A mulher que nunca riu de uma piada

Poder fazer os outros rirem seria uma irônica vingança

Não tinha senso de humor. Sempre foi assim. Na infância, a milésima reprise de um episódio de Chaves era o suficiente para tirar seu apetite. Como poderia almoçar tranquilamente depois de ser exposta às desventuras de uma criança abandonada que mora em um barril e anseia por um simples sanduíche de presunto?

Depressão, cunharam leigos e especialistas. Passou a juventude medicada e ainda incapaz de rir de uma piada sequer. Mas seu problema nunca esteve relacionado à apatia, desânimo, baixa autoestima. Ao atingir a maioridade, cortou os remédios e tocou a vida, apesar da excêntrica miopia que a impedia de enxergar a graça de uma piada.

Em um aplicativo de relacionamentos, conheceu um técnico de informática que aspirava ser comediante. Quase fez com que ele desistisse de seu sonho, mas acabou por transformá-lo em um dos maiores humoristas de sua geração. Em suas tentativas inúteis de arrancar uma mísera risadinha de nariz de sua amada, aprimorou tanto o seu repertório que foi alçado ao status de gênio. Provocava o riso de milhões de pessoas, menos o dela. Passou a fazer graça do assunto e assim o caso da mulher que nunca riu de uma piada ganhou cada vez mais notoriedade.

Até o dia em que um homem bate à sua porta. Ela tenta convencê-lo de que a visita seria perda de tempo. Comediantes e neurocientistas do mundo inteiro se sentiram desafiados por ela e fracassaram em obter uma gargalhada ou diagnóstico que fosse. Mas o assunto é sério. Trata-se de um agente da inteligência do governo.

Há séculos, uma piada rascunhada em um papel emoldurado vem sendo mantida sob total sigilo em um bunker, como uma arma de destruição em massa. Ceifou a vida de todos os que entraram em contato com ela, sem exceção. Mas de nada adianta um artefato de guerra tão poderoso se nenhum ser humano é capaz de manuseá-lo.

Ela adentra o bunker sozinha, com a chave do cofre que protege o aparentemente inofensivo pedaço de papel. Agora é tomada por outro tipo de cegueira. Para alguém que sempre foi alvo de piadas por não ter senso de humor, o poder de fazer os outros rirem pela última vez se apresenta como uma irônica vingança. Finalmente entende que a vida é uma piada e morre de rir.

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Mural da História – 2008

pacotinho-de-arroz

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Bom dia, do Plural Curitiba

Hoje, terça, 29 de agosto. 80 anos de Edu Lobo. Finalmente Lula decidiu tributar os mais ricos. Segura firme que amanhã diz que acaba a friaca.

O império dos R$ 6

Do Caixa Zero

“Nos últimos setenta anos, quantos prefeitos governaram Curitiba? Mas durante todo esse tempo um outro poder continuou sempre nas mesmas mãos, com pequenas variações. Desde os anos 1950, o transporte coletivo de Curitiba, responsável hoje por cerca de R$ 1 bilhão ao ano, esteve sempre nas mãos das mesmas famílias – principalmente nas mãos da família Gulin. (…)

Além das muitas empresas de ônibus (hoje 7 das 11 que prestam serviço em Curitiba são dos Gulin), o império da família vai muito mais longe. A reportagem de Rosiane Correia de Freitas mostra isso de um jeito novo. Junto com as outras poucas famílias donas do transportes público de Curitiba, como os Bertoldi, os Gulin são sócios ou donos de nada menos que 371 empresas.

São empresas de todo tipo, incluindo construtoras chiques, hidrelétricas, muitas empresas de transporte, claro. E na verdade o mapeamento poderia ir muito mais longe, já que boa parte dos CNPJs em nome dos donos do transporte são empresas de participação. Ou seja: são lugares onde eles põem o dinheiro da passagem para investir em outros empreendimentos.”

Veja o texto completo aqui.

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Meu tipo inesquecível

© Peter Lindbergh

Monica Anna Maria Bellucci (Città di Castello, 30 de setembro de 1964) atriz e ex-modelo internacional italiana. Nos anos 1980, Bellucci abandonou os estudos de Direito na Universidade de Perúgia para seguir a carreira de modelo e cinematográfica internacional.

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Adrenalina

https://cartunistasolda.com.br/wp-content/uploads/2017/11/Reinado-Godinho-Adrenalina.mp3?_=1

 

Reinaldo Godinho & Solda

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Palíndromos do Fraga

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que filme
é esse que me assiste
de camarote
um susto, um cavalo,
um trote?
que ciúme é esse
que me assiste,
um drama, uma comédia,
um chiste?
teda bara, tarzan,
maciste?
que ciúme é esse
que insiste
e insiste
e nunca desiste?

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Ainda pulsa!

© Negbev Votiek

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Redquestion_078. © IShotMyself

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Foto do rábula de plantão

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Flagrantes da vida real

Antes da frente fria. © Maringas Maciel

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© Joel Peter. Pitkin

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Agata Kuleszka

Ida, Melhor filme estrangeiro, Oscar 2015. Direção de Pawel Pawlikowski. A jovem noviça Anna (Agata Trzebuchowska) está pronta para prestar seus votos e se tornar freira, só que antes disso, por insistência da Madre Superiora (Halina  Skoczynska), vai visitar a única familiar restante: tia Wanda (Agata Kulesza), uma mulher cínica e mundana, defensora do Partido Comunista, que revela segredos sobre o seu passado. O nome real de Anna é Ida, e sua família era judia, capturada e morta pelos nazistas. Após essa revelação, as duas resolvem partir em uma jornada de autoconhecimento, para descobrir o real desfecho da história da família e onde cada uma delas pertence na sociedade.

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Bolsonaro, a vítima

Dono do PL, Valdemar Costa Neto admitiu a interlocutores que passou do ponto de não-retorno sobre o apoio ao bolsonarismo e a Jair Bolsonaro. Além do muito dinheiro gasto, seu envolvimento e o de seu partido não permitem mais desistir do ex-presidente.

É por isso que o PL, institucionalmente, e Jair Bolsonaro vão brigar em organismos internacionais para denunciar o que vão chamar de perseguição política e desrespeito às liberdades políticas e individuais do ex-presidente e de seus apoiadores.

Acham que conseguem repetir o caminho percorrido por Lula, conquistando o apoio internacional contra a sua perda de direitos políticos e o que chamam de perseguição judiciária contra ele e sua família.

Uma prisão de Bolsonaro nos próximos meses coroaria a estratégia, diz um deputado do PL inteirado das conversas.

A estratégia é construir uma narrativa de vítima para o eleitorado e, fora do país, para organismos multilaterais e a direita internacional. Admitem não conseguir reverter a inelegibilidade para as eleições de 2026, mas tentam preparar o terreno para garantir que Bolsonaro se mantenha um grande eleitor.

 

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