Mural da História – 2011

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Muito além do ministro

A Construservice, empresa que é alvo de investigações da Polícia Federal que miram o ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil-MA), tem relações suspeitas com a Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba) que vão além do estado do ministro.

No Tocantins, a empresa foi contratada em 2019 pela Codevasf por valores que superam os R$ 10 milhões para prestar serviços de pavimentação asfáltica de vias rurais em diversos municípios.

Um relatório da Controlodaria-Geral da União mostra que houve falhas na fiscalização das obras, pagamentos indevidos, escolha de vias com características incompatíveis com às do projeto licitado, uso de material de pior qualidade e não aplicação de multa pelo atraso injustificado para o início da execução dos serviços.

“Considerando que a Ata de Registro foi assinada em 31/12/2019 e possuía validade de 12 meses, a Codesvasf tinha até o dia 31/12/2020 para firmar o contrato. Contudo, o contrato foi assinado em 09/09/2020 e a Ordem Serviço em 21/10/2020; então, consequentemente, a finalização das obras deveria ocorrer até 21/10/2021. Todavia, a primeira atividade da Construtora registrada em diário de obra, ocorreu apenas em 22/04/2021”, diz o documento da CGU.

Após operação contra aliados do ministro, o presidente da Codevasf, Marcelo Moreira, determinou a suspensão de todos os contratos mantidos com a Construservice. A PF cumpriu mandados de busca e apreensão contra Luanna Resende, irmã de Juscelino e prefeita de Vitorino Freire (MA). De acordo com a corporação, as emendas parlamentares indicadas por Juscelino foram usadas em contratos com a Construservice a partir de editais fraudados.

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Mais feio que cão chupando manga.

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Mural da História – 2011

Maxixe Machine e Paulo Diniz, no Teatro Paiol, em algum lugar do passado. © Ceres Prado de Oliveira

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Jorunarismo

Gisere Hishida, BandNews. © Orurando Peduroso, de Son Pauro, em algum lugar do passado.

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Prejuízo para o saco

Na primeira mocidade, tempo de formação, acompanhei a polêmica na imprensa entre Alceu Amoroso Lima (Tristão de Athayde) e Gustavo Corção, pensadores católicos, um de esquerda, outro de direita, o primeiro adversário e o segundo defensor da ditadura militar. Disputa de alto nível ideológico, cultural e estilístico, entre dois escritores de indiscutível talento e obras consagradas. Em homenagem a eles e ao que lhes devo incluo-me fora da – e indiferente à – disputa pela internet entre o atual senador Sérgio Moro e o ex-delator Toni Garcia. Nessa briga, se os dois, metidos num saco, forem lançados ao rio, o prejuízo é do saco.

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Mural da História – 2013

capa-bandidoEditora Nossa Cultura, Curitiba, 2013, Tonhinho Vaz. Na capa, Paulo Leminski em seu habitat. Foto de Américo Vermelho. Criação do cartunista que vos digita.

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Henri Bergson

Humor – Predisposição do espírito para o cômico. Diz-se de todas as situações que, num texto literário, provocam o riso. Para o pensamento antigo, de acordo com a célebre “teoria dos humores”, atribuída a Hipócrates (séc.V a.C.), existiam no corpo humano quatro líquidos ou humores (sangue, bílis negra, bílis amarela e fleuma) relacionados não só com quatro órgãos secretórios (coração, baço, fígado e cérebro) mas também com quatro elementos cósmicos (ar, terra, fogo e água). Seria o predomínio de um desses humores que determinaria o temperamento de cada ser humano, distinguindo-se os seguintes: sanguíneo, melancólico, colérico e fleumático. No séc. XVII, o termo ainda se encontrava associado à teoria formulada por Hipócrates, na qual o dramaturgo Inglês Ben Jonson se baseou para escrever a comédia Every Man in His Humour (1598).

No século seguinte, a palavra humor começou a ser utilizada em Inglaterra no sentido que, de uma forma geral, lhe é atribuído actualmente. Opondo-se a wit, que é deliberado, cerebral e não envolve emoções, o humor implica uma atitude do Homem perante a vida e si próprio enquanto ser humano, pressupondo a consciência do seu carácter ridículo mas também sublime. O que distingue o humor é, no fundo, a atitude de simpatia humana que faz parte da sua natureza. O humor adquiriu densidade literária na Inglaterra no decurso do século XVIII através de autores como Jonathan Swift, Henry Fielding, Laurence Sterne e James Boswell. No panorama literário do séc. XIX, ocupou lugar de destaque aquela que é considerada por vários críticos como a obra-prima do humorismo britânico: The Pickwick Papers, de Charles Dickens. Destacou-se ainda William Makepeace Thackeray, romancista que defendia que o humor se deveria revestir de um carácter educativo, didáctico. Thackeray foi um dos primeiros redactores da revista Punch. Tendo surgido na Inglaterra em 1841, na época da “moral vitoriana”, esta publicação caracterizou-se, desde o seu início, pelo seu carácter satírico associado à vertente humorística. Nos últimos anos da era vitoriana, a ironia e o paradoxo aliaram-se ao humor. No contexto literário irlandês, adquiriram relevo Oscar Wilde, George Bernard Shaw e Gilbert K. Chesterton. Já no séc. XX, as personagens de Pelham G. Wodehouse podem ser consideradas arquétipos do humorismo britânico.

Como a própria referência à produção literária deixa evidenciar, qualquer tentativa de definição de humor se depara com a dificuldade de delimitar o seu domínio, uma vez que este se articula não raras vezes na literatura com a paródia, a sátira, a ironia, a caricatura, o paradoxo, etc. São vários os estudos consagrados ao humor em articulação com o Cômico, destacando-se o de Theodor Lipps e Richard M. Werner, intitulado Komik und Humor (Comicidade e Humor), que serviu de ponto de partida para a obra Der Witz und seine Beziehung zum Unbewussten (Os chistes e a sua relação com o inconsciente), da autoria de Sigmund Freud. Também essencial para a compreensão dos mecanismos do humor é Le Rire (O Riso), de Henri Bergson. Todas estas obras nos dão conta da complexidade do humor. Segundo Freud, este é uma das mais altas manifestações psíquicas e consiste num meio de obter prazer apesar dos afectos dolorosos que interagem com ele, já que se coloca no lugar desses mesmos afectos. Quem é vítima de ofensa, dor, etc, pode sentir um prazer humorístico; quem não é envolvido por esses afectos penosos ri, obtendo um prazer cómico. Conclui, assim, que o prazer no humor advém de uma “economia na despesa com o sentimento”. (op.cit., p. 265). Por outro lado, Bergson considera que o humor é o inverso da ironia, mas, tal como esta, uma forma da sátira: “Acentua-se o humor […] descendo cada vez mais ao interior do mal real, para notar as suas particularidades com uma mais fria indiferença.” Refere ainda que “o humor se dá bem com os termos concretos, com os pormenores técnicos, com os factos precisos.” , fazendo residir nessa espécie de postulado a essência daquele.

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Mural da História – 1977

 Jornal de Humor, editado por Miran, suplemento do jornal Diário do Paraná, década de 1970.

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Fez voto de silêncio no intuito de proteger suas conquistas dos invejosos

Mas o esforço constante para calar a boca a consumi-a como uma vela de despacho

Esta é a história de uma mulher que falava demais. A famosa boca de sacola, que ostentava intimidades para porteiros e motoristas de aplicativo e transmitia em tempo real cada passo errático de sua vida nas redes sociais. Até o dia em que ela se viu diante da expressão “calada vence”, repetida à exaustão por coaches e lacradores na internet.

Ao tentar aplicar o conceito na prática, não sabia o tamanho do desafio que estava prestes a encarar. Fez um voto de silêncio no intuito de proteger suas metas e conquistas da inveja alheia. Já queimou a largada, dividindo com seus seguidores uma postagem enigmática com a hashtag #caladavence.

Só depois se deu conta de que bradar “calada vence” aos quatro ventos era expor os seus planos de não expor os seus planos, um ato contraditório que poderia botar tudo a perder. Apagou o post certa de que falando menos e fazendo mais sua energia se voltaria para o que realmente interessa. Mas o esforço constante para calar a boca passou a consumi-la como uma vela de despacho.

Convencida de que o silêncio era seu amuleto da sorte, privou-se de comemorar pequenas vitórias e reclamar de grandes frustrações até com seu núcleo mais íntimo. Colecionando segredos sob sua língua de lápide, tornou-se uma companhia apática, sem vontades e novidades.

Diante de uma oportunidade de trabalho, foi questionada pela recrutadora sobre onde queria estar cinco anos à frente. Permaneceu calada, orgulhosa por ter passado no teste. Só não passou na entrevista de emprego, mas tudo bem. Algo maior estava guardado para ela. Guardado, pelo visto, a sete chaves, com tranca, corrente, cadeado e código de segurança criptografado.

Mesmo criticando a superficialidade da cultura da imagem, seguia profundamente afetada por ela. Em um mundo que confunde visibilidade com sucesso, cada vez que engolia em seco sentia o gosto amargo da derrota.

Observou todos à sua volta vencendo verborragicamente. Já não confiava em ninguém, nem no próprio processo. Sem poder culpar a inveja alheia pelos próprios fracassos, decidiu quebrar o silêncio com uma verdade difícil de engolir: caladas também perdem.

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Jade Sheena Jezebel Jagger, designer de jóias , socialite e ex-modelo, nasceu em Paris (21 de outubro de 1971), França. Ela é a única filha de Bianca (Pérez-Moreno de Macías), uma nicaraguense modelo, atriz e, Mick Jagger, o Rolling Stone. 

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Patience Dolder. © Zishy

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Mural da Hitória – 2013

SAM_141230º Salão Internacional de Humor do Piauí. On the road. Voltando pra Parnaíba, com Chico Correia.  © Vera Solda

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Mais sério que delegado em porta de baile

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