© Torsten Richter

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Para Greca idosos são vilões da passagem de ônibus

Prefeito diz que prefeitura tem que arcar com R$ 70 milhões para “idosos passearem de ônibus” pela cidade

Curitiba tem um novo vilão. Melhor, vilões: idosos que desperdiçam dinheiro público para passear pela cidade sem pagar passagem de ônibus. É o que disse o prefeito Rafael Greca (PSD) em intervenção no LIDE Brazil Development Forum 2023, um conosquinho promovido por lideranças empresariais em Washington DC nesta sexta, dia 1o. de setembro. Greca viajou para os EUA com as despesas pagas pela prefeitura.

Na intervenção, o prefeito perguntou se há a possibilidade de subsídio federal à gratuidade concedida a idosos no transporte coletivo. O benefício é previsto em lei federal, mas sem previsão de fonte de recursos. Ainda durante sua fala, Greca disse que “os idosos adoram passear de ônibus em Curitiba” e que esse hábito deixaria um rombo de R$ 70 milhões por ano na Rede Integrada de Transporte da cidade.

Segundo dados da URBS, os passageiros isentos (que incluem além de idosos, pessoas com deficiências ou patologias crônicas e aposentados por invalidez) representaram 15% dos passageiros do transporte coletivo em julho de 2023. O sistema de transporte custou em média, por mês, em 2023 R$ 78,4 milhões e arrecadou, em média, por mês, R$ 66 milhões.

Com isso, o déficit já soma R$ 100 milhões desde o começo do ano, porque a prefeitura paga para as empresas concessionárias uma tarifa mais cara do que a cobrada dos passageiros.

Aqui.

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Let’s play that!

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A certeza da condenação

Jair Bolsonaro está certo de que será condenado pelo ministro Alexandre de Moraes e que em seguida a decisão confirmada pelo plenário do Supremo Tribunal Federal.

Ele acha que dificilmente conseguirá escapar das acusações, hoje uma tese da Polícia Federal, de peculato —quando há desvio de um bem público— e associação criminosa.

É por isso que tentará tirar o seu caso do Supremo Tribunal Federal. Foi o que afirmou para que ele e a mulher, Michelle Bolsonaro, não prestassem depoimento à PF na quinta-feira (31).

Apesar da estratégia, ele duvida que terá sucesso. É por isso que Bolsonaro e o PL levarão o seu caso a cortes internacionais, como informou o Bastidor.

Bolsonaro tentará construir uma narrativa dentro e fora do país, de que fora perseguido politicamente pelas instituições brasileiras e pelo ministro Alexandre de Moraes.

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“Porradas da vida, mijoias“, as ironias de Micheque sobre o Enrolex. Nunca antes na história desse país tivemos uma primeira dama tão vulgar. Bem, havia Marisa Letícia. Mas ela não conta, pois nunca abriu a boca, a não ser quando golpistas batiam panelas diante da casa da família, e isso quando o marido estava fora do governo. Nessa hora, e apenas então, Marisa mandou que os paneleiros “enfiassem as panelas no cu” – sempre na intimidade do recinto doméstico.

Caso de somenos, comparado ao governador Roberto Requião, que em pleno exercício do terceiro mandato e diante da imprensa mandou ruralistas fazerem o mesmo com faixas de protesto; logo ele, gerado e nutrido no patriciado curitibano. Portanto, faltando atenuantes a Requião, sobram-nos em Marisa, pois no caso qualquer um mandava entrouxar as panelas, sem cuspe e sem jeito. Então, pelos ponteiros do Rolex, Micheque será sempre a primeira. E até prova em contrário a única.

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Flagrantes da vida real

Farol do Saber – Conjunto Solar, Bacacheri. © Caetano Solda

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© Jan Saudek

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O irritante guru do Méier

© AF Press

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Momento “Colunia social”

Em 2015, evento da Casa da Cultura Polônia Brasil, trocando histórias e piadas de polaco com o saudoso e inoxidável mestre Ivens Fontoura. Foto de  Kátia Velo

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Rir é o melhor remédio

Tarja Branca usa a lucidez humana para aludir o exercício  simplista de brincar, incorporando em ações a ingenuidade típica da infância, para libertar a sensação de nada ter a fazer além do próprio desejo. Os entrevistados do documentarista Cacau Rhoden tem profissões diversas, tendo em comum a volúpia pelo ato de brincar, que filosoficamente, se iguala a um ato científico, explicado como uma necessidade humana empiricamente, comumente ignorado pela vida adulta.

A definição prematura dos seres simples é de que brincar é sinônimo de alegria espontânea, a manifestação da alma, a mais pura essência do ser humano sendo plenamente humano. Após as falas práticas, especialistas teóricos, entre psicólogos e filósofos confirmam as palavras das pessoas simplórias, que a priori, nada têm a oferecer a não ser suas vidas e sentimentos. O “deixar viver” faz parte da matemática inexata que rege a existência, como condição natura, irremediável e prazerosa do que forma o ideário do sujeito comum.

A criança vive pelo impulso, sua tensão e tesão está na pesquisa do mundo, o olhar criativo tem a ver com o ato de brincar, da unidade do homem com a natureza, perdido logo após a puberdade, na maioria das vezes. Sentir, querer, viver além das necessidades puramente obrigatórias. A criança viver sem qualquer discurso recalcante, que tende a driblar os aspectos comerciais, claro, quando se consegue evitar ser alvo da publicidade, com o capitalismo predatório sendo implantado desde cedo, que entre outros aspectos, visa matar o nível elementar da criação feito pelos infantes.

O costume educacional de cercear as brincadeiras naturais restringe a criatividade e até a felicidade futura do pequeno ser humano, ao menos de acordo com os depoentes, que visam com suas palavras e testemunhos, valorizar mais esse exercício, permitindo aos pequenos ter contato com a natureza de ser quem ela é, constituindo uma revolução comportamental, que ajudaria a formar uma sociedade um pouco mais otimista, em uma dimensão humana que não deixa de ser realista por jamais ter perdido contato com a veracidade do que é existir.

A vida adulta é comumente associado ao cativeiro, já que o brincar partia também do comum ato dos negros brasileiros, escravizados pelos brancos europeus. O ato de não dar vazão a pulsão da infância faz limitar a imaginação, o senso artístico e a vontade ser e fazer.

O retrato pintado por Cacau Rhoden é acima de tudo uma ode ao galhofar, aos gracejos que têm a sua base na fase inicial da vida, um milagre vivo, que deveria ser, segundo o documentarista e seus mentores – entrevistados – exemplo para todo o restante da vida e existência, onde as preocupações não sufocam o livre existir. Tarja Branca é um conjunto.

Felipe Pereira

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Stella Barry. © Zishy

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Coração de Faustão e razão na política

A oportunidade que traz o envolvimento de celebridades ao tema doação de órgãos poderia ser um impulso.

No mesmo dia em que se anunciou que Faustão precisava de um coração, recebi um livro que dedica um capítulo ao tema doação de órgãos. O livro é “Nudge: como tomar melhores decisões”, de Richard H. Thaler e Cass R. Sunstein. É a reedição revista pelos autores de um clássico em tomada de decisões, que eles chamam também de arquitetura da escolha.

A fascinante pergunta é esta: como salvar mais vidas? Sabemos que há um déficit de doadores e, em quase todos os países, uma grande fila de espera.

O tema apareceu nas eleições argentinas na boca do candidato Javier Milei, que propõe a solução pelo mercado. Essa solução é rejeitada mundo afora. Apenas um país, segundo o livro, adota o comércio legal de órgãos: o Irã.

De qualquer forma, a venda só poderia ser de rins, porque as pessoas têm dois. No caso de coração, não funciona: ninguém sobrevive sem ele.

A grande questão política é esta: que método adotar para evitar que pessoas morram nas filas de espera? Existe o caminho da doação voluntária: os candidatos se alistam para que seus corpos sejam usados. É o consentimento explícito. Existe outro método: o consentimento implícito. Todas as pessoas saudáveis são doadoras, quem não aceitar a condição pode comunicar que está fora.

A segunda solução, o consentimento implícito, aparece, de acordo com o livro, como mais eficaz para salvar vidas. Como os voluntários são poucos, o outro sistema, da vontade implícita, reúne muito mais doadores. Poucos conhecem o processo e, além do mais, não enfrentariam a burocracia só para retirar seu nome do rol de doadores.

Na prática, entretanto, a tendência é sempre consultar as famílias. Em alguns estados americanos, os peritos retiram as córneas para doação automaticamente. Mas isso não é o ideal. Nem todo mundo quer que mexam no seu corpo depois da morte. As famílias também apresentam uma grande resistência.

Daí a conclusão dos autores de que o caminho da doação voluntária pode ser o melhor. Para isso, é necessário dar um ligeiro empurrão: motivar as pessoas para que se alistem como doadoras. O livro cita vários exemplos bem-sucedidos. Nos Estados Unidos, o Departamento de Transportes pergunta ao motorista no ato de conceder a carteira se ele aceita ser doador. Em Israel, a mesma pergunta foi feita aos eleitores no dia da votação para o Parlamento.

Curiosamente, o livro cita um exemplo brasileiro como um dos achados internacionais. É a campanha do Sport Club do Recife que passava um vídeo nos jogos e oferecia carteira de doador com o escudo do time. Uma mulher que recebeu um coração prometeu que ele baterá pelo Sport. Segundo os organizadores, 50 mil pessoas se inscreveram para doar. Nesses casos, é muito simples argumentar com a família, pois se trata de cumprir o desejo da pessoa.

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O irmão do Maracanã

O morto começa a ser esquecido em pleno velório.

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Cinema

Do filme Uma Viagem Extraordinária (2013), de Jean-Pierre Jeunet (O Fabuloso Destino de Amélie Poulain (2001).

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