Em “Hell”, Bárbara Paz interpreta a personagem-título, uma garota rica e fútil que se apaixona por um rapaz (Ricardo Tozzi) tão arrogante quanto ela. Os dois acabam tendo uma relação trágica. “Eles não são capazes de suportar a felicidade do amor. Vivem um desencontro entre querer ver e ser visto ou ter uma simples história de romance”, diz Paz, ao Guia Cultural SP.Fotos de Lenise Pinheiro.
Bárbara Paz (c) ao lado do marido e diretor da peça Hector Babenco (esq.) e do iluminadorBeto Bruel. Ela vive a personagem-título de “Hell”, baseado no livro “Hell Paris”, de Lolita Pille. Foto de Lenise Pinheiro
Noel de Medeiros Rosa, Rio de Janeiro, 11 de dezembro de 1910 — Rio de Janeiro, 4 de maio de 1937, foi um sambista, cantor, compositor, bandolinista, violonista brasileiro e um dos maiores e mais importantes artistas da música no Brasil. Teve contribuição fundamental na legitimação do samba de morro e no “asfalto”, ou seja, entre a classe média e o rádio, principal meio de comunicação em sua época – fato de grande importância, não só o samba, mas a história da música popular brasileira. Foto sem crédito.
Janis Lyn Joplin, Port Arthur, 19 de janeiro de 1943, Los Angeles, 4 de outubro de 1970, foi uma cantora e compositora estadunidense. Tornou-se conhecida no final dos anos 60 como vocalista da banda Big Brother and the Holding Company, e posteriormente como artista solo. Foto sem crédito.
A Itiban Comic Shop recebe o quadrinista Laerte Coutinho no dia 7 de outubro (quinta-feira), às 19h para o lançamento de seu mais novo álbum, Muchacha (Quadrinhos na Cia.).Na ocasião, haverá bate-papo com a plateia e sessão de autógrafos. A entrada é gratuita.
Muchacha reúne as histórias publicadas por Laerte na Folha de S.Paulo semanalmente e narra o que acontece por trás das câmeras do programa de TV do Capitão Tigre. A história é uma homenagem aos seriados televisivos de aventura da década de 1950, filtrada pela memória do autor. O álbum é um lançamento da Quadrinhos na Cia., selo da Companhia das Letras dedicado às histórias em quadrinhos, com 96 páginas e preço de R$ 29,90.
Laerte Coutinho é desenhista, escritor e quadrinista; foi editor e autor da revista Circo, e posteriormente de Piratas do Tietê, na década de 1980. Forma, ao lado de Angeli e Glauco, o trio mais importante de quadrinistas nacionais da época: Los 3 amigos. Laerte produziu séries de tiras em quadrinhos memoráveis como Piratas do Tietê, Os gatos, Suriá –a garota do circo, Deus, Overman e muitos outros. Publica diariamente suas tiras na Folha de S. Paulo. Como escritor de séries para a TV trabalhou nos roteiros de TV Pirata, Sai de baixo e TV Colosso (todos da rede Globo). Escreveu a peça de teatro Piratas. Publicou recentemente: Laertevisão (Conrad),Piratas do Tietê – Saga completa e Overman – o álbum, o mito (Devir), Striptiras e Fagundes – um puxa-saco de mão cheia (L&PM),Carol (Noohva América) e diversos outros álbuns de histórias em quadrinhos. Mantém um blog com seu trabalho:
Avenida Silva Jardim, 845, Rebouças, Curitiba, PR. Horário de atendimento: de segunda a sexta-eira, das 10h às 19h.Sábado, das 10h às 17h30. Telefone:41 3232 5367.
Minha assimilação do punk rock foi tardia. Nasci em 1972, ouvia London Calling com 13 anos, 6 anos depois do seu lançamento. Já estava intimamente envolvido com Mozz e Marr. E foi através deles e da minha dedicação que conheci a geração anterior, americana, protopunk. Lembro do dia em que comprei os vinis de Fun House e Raw Power dos Stooges. Realmente, a banda mais perigosa da história do rock. Em Your Pretty Face Is Going To Hell, uma parede sonora, como aquela criada pelo gênio Phil Spector no início dos anos 60, se transforma num massacre de guitarras, liquidificadores e microfonias, descrito pelo crítico Edwin Pouncey, como “o som de um jato pousando na sua sala”. Nas apresentações ao vivo, tudo piorava. Ouvir Iggy Pop cantando Gimme Danger, com seu andar torto e seu peito cortado por vidro, em tiras de sangue e carne, é a experiência mais, realmente, insana que você poderá testemunhar. Amado por Sex Pistols, Jello Biafra, Black Flag, Kurt Cobain, Sonic Youth, David Bowie e Jack White, o The Stooges sempre foi o bando que me metia medo.
Até que a voz de David Johansen invadisse meu quarto. “When I Say I`m In Love You Best Believe I`m in Love L-u-v”. Ainda hoje me arrepio quando ouço a introdução da faixa 2 do disco de estréia do New York Dolls: Looking For A Kiss. A frase cita a música Give Him A Great Big Kiss das incríveis garotas do The Shangri-Las. Foram só dois discos e mais alguns registros das brilhantes apresentações, mas o New York Dolls, com muito pouco, sempre foi a banda mais sedutora que conheço. Desde Personality Crisis, no primeiro disco, até a Chatterbox de Johnny Thunders no segundo, passando por uma aula de erudição da música popular, citando Leiber & Stoller, Archie Bell, Sonny Boy Williamson. Tudo isso, os meninos faziam travestidos de bonecas punks. Essa vida curta e luminosa, tenham certeza, inspirou tudo o que veio depois, Glam, Punk Rock, New Wave.
Quando os Strokes surgiram, naquela capa famosa do semanário New Musical Express que dizia “Porque eles vão mudar a sua vida”, todos falavam do novo The Velvet Underground. Mas, da linda capa oficial de Is This It (uma das minhas preferidas, aquela da luva e do quadril feminino) até a estratégia de cruzar o Atlântico e divulgar o trabalho antes no apaixonado Reino Unido, tudo me lembrava a história do New York Dolls. BillyMurcia (de origem Colômbiana) e Sylvain Sylvain (judeu banido, com a família, do Cairo) tinham uma loja de roupas (soa familiar?) chamada “Truth and Soul”. Inspirados em uma loja de consertos de bonecas, chamada New York Doll Hospital, criaram a banda com Johnny Thunders, aquela espécie de Keith Richards punk. David Johansen (sacrilégio, o Julian Casablancas da história) veio depois com todas as suas canções. Arthur KillerKane logo depois. Assim, eles fizerem o primeiro show, em 1971, num abrigo para sem-tetos. Amavam Marc Bolan, Stooges, Phil Spector, George “Shadow” Morton. Eram cheios da consciência de suas ironias. Ainda na primeira tour pela Inglaterra, sem nenhum disco ou single lançado, Billy Murcia intoxicado por Quaaludes, foi largado numa banheira gelada pelos “amigos” e morreu afogado, com 21 anos. Na época, o mesmo semanário NME, apontava para os Dolls: “Vimos o futuro da música”.
A partir daí, os Dolls eram uma febre. Tocando no 82 Club, Mercer Arts Center ou no Max`s Kansas City, assistidos por todos os pensadores e artistas de Nova Iorque, Bob Gruen, um dos maiores fotógrafos da história da música, define aquelas noites e dias, sombrios como delineadores de olhos, como “a coisa mais empolgante que eu já vi na vida”. O disco de estréia foi produzido por Todd Rundgren do Nazz e a banda foi eleita a melhor e a pior do ano de 1973! A clássica aparição no programa da BBC de Bob Harris influenciou toda aquela geração, muito em especial, vocês já sabem, aquele menino de Manchester que, recentemente, disse que a gravação de There`s Gonna Be A Showdown, um dos clássicos da música soul de Gamble and Huff, faixa 4 do lado 1 do segundo disco dos Dolls, é o que ele, definitivamente, levaria para ilha deserta.
Depois disso o mundo era deles. Um mundo de garotas diabólicas com saltos quebrados e homens travestidos perigosos e viciados, como disse Dee Dee Ramone. Uma dessas garotas, chamada Connie, cortou fora o polegar de Arthur Killer Kane em um ritual não explicado. David Johansen, numa tour pela Flórida, disse que não continuaria mais viajando com um bando de drogados. Johnny Thunders foi internado em uma clínica de reabilitação mas morreu, no início da década de 90, estranhamente, em um quarto de hotel de New Orleans. Jerry Nolan morreu de miningite. Arthur Kane participou da reunião promovida por Morrissey em 2004,mas morreu de câncer em seguida.
Nos últimos shows, na década de 70, Malcolm Mclaren (ele mesmo) vestiu os Dolls em roupas de borracha vermelha. Uma tentativa de trazer sentido político para o ato livre e instintivo da banda. Um laboratório experimental para o que aconteceria anos depois na Inglaterra. Ele errou com os Dolls. Aprender com o fracasso é importante. E então, Malcolm se apaixonou pela Blank Generation de Richard Hell e voltou pra Londres com a idéia dos Sex Pistols.Quanto aos Dolls, tudo o que é bom dura pouco. Mas é lembrado para sempre.
Para fornecer as melhores experiências, usamos tecnologias como cookies para armazenar e/ou acessar informações do dispositivo. O consentimento para essas tecnologias nos permitirá processar dados como comportamento de navegação ou IDs exclusivos neste site. Não consentir ou retirar o consentimento pode afetar negativamente certos recursos e funções.
Funcional
Sempre ativo
O armazenamento ou acesso técnico é estritamente necessário para a finalidade legítima de permitir a utilização de um serviço específico explicitamente solicitado pelo assinante ou utilizador, ou com a finalidade exclusiva de efetuar a transmissão de uma comunicação através de uma rede de comunicações eletrónicas.
Preferências
O armazenamento ou acesso técnico é necessário para o propósito legítimo de armazenar preferências que não são solicitadas pelo assinante ou usuário.
Estatísticas
O armazenamento ou acesso técnico que é usado exclusivamente para fins estatísticos.O armazenamento técnico ou acesso que é usado exclusivamente para fins estatísticos anônimos. Sem uma intimação, conformidade voluntária por parte de seu provedor de serviços de Internet ou registros adicionais de terceiros, as informações armazenadas ou recuperadas apenas para esse fim geralmente não podem ser usadas para identificá-lo.
Marketing
O armazenamento ou acesso técnico é necessário para criar perfis de usuário para enviar publicidade ou para rastrear o usuário em um site ou em vários sites para fins de marketing semelhantes.
Para fornecer as melhores experiências, usamos tecnologias como cookies para armazenar e/ou acessar informações do dispositivo. O consentimento para essas tecnologias nos permitirá processar dados como comportamento de navegação ou IDs exclusivos neste site. Não consentir ou retirar o consentimento pode afetar negativamente certos recursos e funções.