O Museu Oscar Niemeyer (MON) terá funcionamento normal nos feriados de 7 e 8 de setembro (quinta e sexta-feira). Nessas datas são comemorados, respectivamente, a Independência do Brasil e o Dia de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, padroeira de Curitiba.
O horário de visitação ao MON é das 10h às 18h, com acesso permitido até as 17h30. Os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria física ou de maneira remota, aqui.
As exposições atualmente em cartaz são: “Buraco no Céu”, de Túlio Pinto; “Sou Patrono”, “Perpétuo Movimento”, de Norma Grinberg; “África: Diálogos com o Contemporâneo”, “Ásia: a Terra, os Homens, os Deuses – Colonialismo”, “Sonoridades de Bispo do Rosário”, “Tela”, de Leila Pugnaloni, “O Mundo Mágico dos Ningyos”, “Serguei Eisenstein e o Mundo” e “Poty, Entre Dois Mundos”, além do “Pátio das Esculturas”, “Espaço Niemeyer” e “MON Sem Paredes”.
SOBRE O MON
O Museu Oscar Niemeyer (MON) é patrimônio estatal vinculado à Secretaria de Estado da Cultura. A instituição abriga referenciais importantes da produção artística nacional e internacional nas áreas de artes visuais, arquitetura e design, além de grandiosas coleções asiática e africana. No total, o acervo conta com aproximadamente 14 mil obras de arte, abrigadas em um espaço superior a 35 mil metros quadrados de área construída, o que torna o MON o maior museu de arte da América Latina.
Serviço: Mais informações nas redes sociais: @museuoscarniemeyer e no site: www.museuoscarniemeyer.org.br
Até aliados do governo riram de um trecho Projeto de Lei Orçamentária Anual, enviado ontem, que autoriza créditos suplementares para o ano que vem. Riram porque sabem que não será aprovado desta forma.
Para um deputado do PT que olhou o texto, “um erro básico” da articulação do governo, que deveria conhecer o perfil deste Congresso, especialmente o da Câmara. “Ninguém vai aceitar não discutir —e pedir— a cada vez que o governo precisar de dinheiro”, diz.
Segundo esse petista, houve ingenuidade por parte das equipes de Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento), mas não poderia haver da articulação em aceitar o texto neste modelo.
O Congresso não autorizará desde já, diz, e parecerá que o governo perdeu. “Desgaste desnecessário”, conclui.
Os franceses se encheram Da Argélia e vieram pra cá Se esquecer de pensar em Parri Era só gente fina a Colônia Argelina Anchantê sivuplé uí madame merci Te Dom Pedro Segundo Virou meio mundo Pra vir conhecer todo o charme daqui
Todo mundo se amarra cherri No Bacacheri Todo mundo se amarra cherri No Bacacheri
Todo mundo se amarra No Bar do Edmundo Cerveja buchinho mentruz e mandi Na velhinha que fala Bonjur Pirraquarra Cafê suvenir bonsoar Barrigui No senhor de bengala Que fez muita farra Lá no Burro Brabo quando era guri
Todo mundo se amarra cherri No Bacacheri Todo mundo se amarra cherri No Bacacheri
No Fernando do Bumbo No Country no Bobs Na Banda da Base ou do 20 R.I. No Melo Maluco Que no teco-teco Só dá pirueta não tá no gibi E em todo piá que já deu com orgulho Um mergulho no Tanque do Bacacheri
Todo mundo se amarra cherri No Bacacheri Todo mundo se amarra cherri No Bacacheri
José Paulo Paes – 1926|1998 – Paulistano, poeta, tradutor, também viveu em Curitiba à época de estudante universitário. Teve seu nome incluído entre os 85 cronistas paranaenses que constam da antologia O Tempo Visto Daqui, editado pela BPP, para a qual escreveu a referida crônica, contando sua vivência curitibana.
Dezenas de autores, todos já falecidos, não demonstraram interesse em participar da Academia Paranaese de Letras por diversos motivos: porque achavam que a entidade não os representava (por motivos estéticos, ideológicos ou por diferenças pessoais com acadêmicos), por proibição estatutária (caso da presença feminina), por viver longe do Paraná, por timidez do escritor ou por desinteresse da própria Academia em estimular possíveis candidaturas. Sem esquecer que o limite de 40 membros sempre se mostrou um permanente limitador. Entre esses, selecionamos dezenas de nomes que fizeram parte da vida científica e cultural do Paraná, sem passar pela nossa instituição. Exceto Júlia Wanderley, autora de artigos e textos diversos, mas sem obra em volume, os demais tiveram livros publicados. Outros nomes podem ser sugeridos.
Um estudo paralelo de duas mulheres – uma psiquiatra que vive com um parceiro de longa data e uma esposa em uma família conservadora, quase tirânica – mostrando as possibilidades e limitações que existem para as mulheres na Turquia de hoje.
Clair Obscur|Tereddüt, 2017. Dirigido por Yesim Ustaoglu, 1h 45m| Alemanha, França, Polonia, Turquia. Netflix
Carteira de habilitação – Documento oficial sem o qual ninguém está autorizado a atropelar pedestres, chocar-se com outros veículos e receber multas por uma infinidade de infrações.
Check-up – Uma série de exames rigorosos que a gente faz, para saber como vai o nosso plano de saúde.
Contrapartida – É o novo e eufemístico uniforme do jogo de interesses no campo dos negócios.
Degradação – A baixa qualidade das serralherias quanto à produção de gradis domésticos sem ISO 9000.
Impacto ambiental – Qualquer coisa que qualquer um faça a qualquer hora em qualquer lugar.
Impunidade – Isso que condena a todos por causa de muitos que não são nem serão condenados.
Percepção extra-sensorial – Algo que você acha que viu com os ouvidos, sentiu com os olhos, ouviu com o nariz ou notou com a boca.
Periclitante – É um lugar, condição ou situação onde até os perigos estão a perigo.
Pontualidade – Está em todos os relógios mas daí não passa.
Vigilante sanitário – O mais salutar de todos os empregos insalubres.
Alto funcionário do Tribunal Penal Internacional pede a Lula apoio contra o genocídio contra os armênios. Parece piada. Lula não consegue acabar com o genocídio do Brasil. Mas Lula pode ajudar: lá fora é fácil, rende manchete e dá prestígio. E não tem bolsonarista.
Impróprio para maiores
Micheque explica seu silêncio na PF: o lugar era “impróprio“. Ela só fala com Deus, Damares, o Imbrochável e o cabeleireiro dos faniquitos. Tem razão. Todo lugar com Bolsonaros presentes é impróprio para menores de 100 anos.
Nos meus, jamais
Lula quer aumentar a pena para o crime de roubo. Para os de furto, estelionato e peculato, nada. É que tem gente da base aliada envolvida e isso de cortar na própria carne é para suicida que rasga os pulsos. A base aliada não se alia para o roubo e tem horror ao próprio sangue.
Empresa particular, operando em OM, FM, bula de remédio e Mercedes Benz. Programação totalmente gravada, 32 horas diárias de bom humor e malícia, facécias, pilhérias e chistes. As chalaças cheiram a chamusco, alusões irônicas a todo instante, piadas picantes e situações macabras que fariam corar o Marquês de Sade. Recomendável para quem operou amígdala recentemente. Música de Les Luthiers, composições de Johan Sebastian Mastropiero. Os locutores são todos mancos, não sabem crasear e estão com o pagamento atrasado há 36 meses. Entre quatro e cinco da tarde a emissora faz um minuto de barulho pela morte da poesia.
Rádio Himalaia (198.652 KHZ, ondas elevadas, falta de ar)
Programação de alto nível. A nostalgia é o ponto forte da emissora, quando transmite entrevistas com colunáveis do passado. A última, com Ramsés II, despertou tamanho rancor que um bêbado norueguês apanhou sua bicicleta e nunca mais foi visto na região. As transmissões geralmente acabam em pancadaria, sendo a Himalaia a estação mais ouvida no reino do Butão. A História da Música, em capítulos semanais, promove gincanas, concursos e lutas de boxe entre o público. O canto homófono, que permite ao solista sobressair-se, é o slogan da estação. O futebol, geralmente transmitido domingo antes do almoço, atrai milhares de ouvintes à sede da emissora para linchar o locutor, um grego expulso da Grã-Bretanha por ser fanho, vesgo e arrimo de família.
Rádio Kolsheya (17.984 KHZ, ondas vagas, com direito a brindes)
Emissora japonesa que transmite diariamente meia hora de música catatônica. O resto da programação consiste na fissão nuclear de urânio controlada e interferências. A cada cinco minutos, um locutor gago tenta ler em esperanto um noticiário fictício sobre os problemas da civilização diante de uma dízima periódica simples. As doenças infecciosas e parasitárias recebem tratamento especial durante a madrugada, quando vai ao ar o programa “Focos de Bócio”, com participação dos ouvintes que telefonam pedindo bis.
Rádio Jet-Set (2 KHZ, ondas curtas, curtíssimas)
A base sólida da programação é a hipocrisia. Debates, pontapés e latidos a tarde toda. É a única emissora que permanece apenas um dia por mês no dial. O prefixo musical “Semper Fidelis”, em arranjo para fole escocês, causa imensa dor de ouvidos em todo o pessoal técnico da estação de TV mais próxima. Os ouvintes, que são atendidos através de cartas, são brindados com garrafas vazias de Liebefraumilch e conselhos que vão desde como manter um crustáceo vivo numa taça de champanhe às notas sociais com erros de português. Destaque especial para os últimos 15 minutos do programa “Tungstênio Sound”,“dublado em alemão, que consegue fazer com que a Academia Inglesa de Futebol com Bola Murcha envie seguidas cartas de protesto ao presidente da FIFA.
Que abertura é essa a deles, com 35 laudas de regras a serem seguidas
Quero começar este texto dizendo uma coisa importante: sou de outra geração. Isso me alivia por alguns segundos, mas a desculpa não cola. Então vou tentar de novo. Quero começar este texto dizendo que sou formada de partes boas e partes não tão boas, como todo mundo. Hmmm, não sei, achei clichê, simplório, católico, blé. Quero começar este texto dizendo que não fui eu. Lembram aquela comunidade do Orkut “Não fui eu, foi meu eu lírico”? Vou lançar o “Não fui eu, foi meu eu sexual”. Ficou meio piadinha tosca, e estou tentando parecer profunda aqui.
Vou tentar um papo meio sessão de análise então: algo em mim deseja, algumas (muitas) vezes, o exato oposto do que aprendi com boas autoras feministas (e médias influencers feministas no Instagram que metralham a timeline com frases já ditas por boas autoras feministas). Acho que é isso.
Não pode transar com homem casado que não está em um relacionamento aberto porque é falta de sororidade com a mana casada com ele. Legal, não pode mesmo. Você nem conhece a mana que é casada com ele e ele é um gostoso e você de repente tá na seca há um ano, mas tá certo, não pode. Noventa e nove vezes não pode. Mas tem uma que escapa, não tem? E não é quando algo nos escapa que vivemos? Distraídos venceremos. Escapados gozaremos. Você faz contrato com seu desejo? No inciso 156.B diz que você não pode escapar a nenhuma das outras laudas? Que inferno é ser um jovem livre em 2023.
Não pode transar com chefe e colega de trabalho em posição superior ou aceitar um jogo de poder que possa minimamente te sujeitar. Só de escrever essa frase eu já salivei. Nem 67 boas leituras feministas foram mais fortes do que minha feridinha narcísica delicinha de não ter tido um pai intelectual e firme em seus ensinamentos. Em outra vida eu prometo voltar melhor. Tive um caso com um chefe por sete anos apenas porque ele, 15 anos mais velho, um dia falou que meu trabalho estava uma merda. Como foi sexy aquilo. Saudade de Rita Lee cantando “Vestindo fantasias, tirando a roupa”.
Tenho entrevistado, conversado e convivido com muita gente de 20 e 30 anos. São adeptos de relacionamentos abertos, poliamor, e quanto mais os ouço mais percebo o quanto eu transava mal e errado nessa idade. E mais saudade sinto de transar mal e errado.
Eles criam 35 laudas de regras para que a relação seja aberta. Que abertura é essa com 35 laudas? Eu nunca fui infiel, mas nem por isso deixei de fazer minhas besteirinhas. Um negocinho aqui e ali, raros, esporádicos, livres, maravilhosos, sempre avisados e informados na negociação mais honesta que existe, que é a atmosfera silenciosa do “eu sei que você sabe, eu também sei de você, afinal, estamos vivos, somos humanos, mas ainda existe amor aqui”. Libertos de 35 laudas de regras sobre como trair, que horas trair, até onde contar, como contar, por que contar, para quem contar. Estava ou estou errada?
Provavelmente. Sou velha e não sou boa pessoa? Com certeza. Mas, se a outra opção é deixar de desejar para fora do que se deseja ou desejar seguindo 35 laudas de regras, eu realmente não sei como faz para um desejo sobreviver.
Esquerdomachos, por exemplo. São uma desgraça? Uma terrível perda de tempo? Sem dúvida. Contudo, meu cérebro foi, por décadas, programado para gostar deles. Lembro de um que nunca, jamais, me perguntava nadinha sobre minha vida ou meu dia. Assim como para Lacan, a mulher para ele não existia. Mas me mandava com frequência suas fotos em expedições, palestras, encontros, sempre exausto e suado em nome da militância. Tudo para nos salvar diariamente. Eu pensava “credo, sai daqui nojento, vai pra terapia macho”? Nada. Eu pedia mais fotos. De preferência sem roupa. Vai, gostoso, milita bastante. Me manda esse muque com foice e martelo, seu delícia. Isso, me esnoba, me subjuga, seu tesudo com doutorados em filosofia e ciências sociais. Quem é o objeto?
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