Proposta decente

O governo Lula prepara proposta para proibir militares em cargos civis. Lembrando que Jair Bolsonaro fez isso às pamparras, quase chegando a diminuir o efetivo do Exército, sua força preferida. O governo Lula está enganado, exato pelo que Bolsonaro fez e pelo que os militares fizeram – ou deixaram de fazer. A lei tem que proibir militares em cargos militares, isso sim, pelo menos por uns vinte anos, o tempo da ditadura. Nesse período as escolas militares continuariam a funcionar, mas com currículos atualizados, diferentes desses que utilizam, do tempo da Guerra Fria, da luta entre democracia e comunismo, duas coisas que nem existem mais e não raro são aliadas.

Enquanto na escola, os militares contariam tempo de serviço, teriam promoções e, findos os vinte anos, assumiriam os postos – ou eventualmente seriam reformados. Se a alguém causa horror esta ideia, que avalie o que os militares fizeram no governo Bolsonaro – ou deixaram de fazer e acontecer de braços cruzados. As tarefas das forças armadas seriam assumidas por civis, essa gente safada do Centrão, a bancada da bala, a bancada da Bíblia e os abancados do orçamento secreto, que aprenderiam o patriotismo que os militares – ainda que com desvios, equívocos e exageros – sempre praticaram. Seria reeducação cívica, no estilo do exército de Mao Tse Tung.

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Quando fumar era obrigatório

Anúncio de cigarros Charm com José Zaragoza, 1970.

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Mural da História – 2013

In vino veritas

“Nossa orientação aos padres é que procurem reduzir ao máximo a ingestão do vinho (com álcool) durante as missas, lembrando de que se trata do sangue de Cristo. É importante também que os padres estejam sempre munidos com a carteirinha de padre, para atestarem que são sacerdotes e estão ao serviço da Igreja. Os que preferirem substituir o vinho com o álcool pelo sem, ou pelo suco de uva, poderão fazê-lo, pois já estão autorizados pelo arcebispo.” 2|02|2013

De minha parte, se tiver carteirinha de padre sobrando eu compro – Adélia Lopes 

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Eine Tanzerine, the Dancer.  © Jan Saudek

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MON promove atividade para público com mais de 60 anos

©Kraw Penas

O legado do artista Bispo do Rosário é o tema central do Arte para Maiores (APM) em setembro, programa direcionado a pessoas com mais de 60 anos. As atividades presenciais acontecerão, respectivamente, nos dias 5/9 e 12/9, das 14h às 17h. Haverá uma ação virtual em 19/9, das 14h às 15h30.

Educadores do Museu vão conduzir uma mediação na exposição “Sonoridades de Bispo do Rosário”, em cartaz na Sala 6, seguida por uma oficina artística. Os participantes também poderão participar de uma videoconferência com o curador da mostra, Luiz Gustavo Carvalho. Para se inscrever, basta preencher o formulário online.

O tradicional programa do Museu Oscar Niemeyer tem como objetivo aproximar o público com mais de 60 anos do Museu e da arte. Em 2019, o APM conquistou um importante reconhecimento nacional na área de educação em museus – o Prêmio Darcy Ribeiro 2019, concedido pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram).

Recentemente, o programa foi selecionado e apresentado com destaque aos grupos de trabalho do I Encontro Nacional de Educação Museal, promovido pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), na Bahia.

Em cartaz

“Sonoridades de Bispo do Rosário” coloca o legado do artista em diálogo com outros nomes cujos processos criativos foram influenciados por ele e pela convivência com a Colônia Juliano Moreira, na qual passou a maior parte da sua vida como interno. Bispo do Rosário (1909-1989) carregou vários estigmas de marginalização social, ainda vigentes em nossa sociedade – negro, pobre, louco, asilado em um manicômio –, e conseguiu, na sua genialidade, subverter a lógica excludente proposta a partir da sua obra.

Sobre o convidado

Luiz Gustavo Carvalho é curador, artista e pianista. Realizou sua primeira curadoria na França, em 2011. No Brasil, como curador de mais de 80 exposições, apresentou pela primeira vez no país a obra de diferentes artistas visuais. Desde 2016, vem colaborando de maneira regular com o Museu Bispo do Rosário Arte Contemporânea, no Rio de Janeiro

Sobre o MOM

O Museu Oscar Niemeyer (MON) é patrimônio estatal vinculado à Secretaria de Estado da Cultura. A instituição abriga referenciais importantes da produção artística nacional e internacional nas áreas de artes visuais, arquitetura e design, além de grandiosas coleções asiática e africana. No total, o acervo conta com aproximadamente 14 mil obras de arte, abrigadas em um espaço superior a 35 mil metros quadrados de área construída, o que torna o MON o maior museu de arte da América Latina.

Serviço|Encontro Arte para Maiores na exposição “Sonoridades de Bispo do Rosário”. Encontros|Terça-feira, 5 de setembro – das 14h às 17h. Terça-feira, 12 de setembro – das 14h às 17h. – Videoconferência – Terça-feira, 19 de setembro – das 14h às 15h30.

Link para inscrição: bit.ly/APMsetembro2023

*As vagas são limitadas e não é necessário possuir conhecimento prévio em artes. A participação é gratuita para pessoas com mais de 60 anos e outros grupos isentos de pagamento de ingresso no MON (confira aqui).

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Flagrantes da vida real

Lambe-lambe na era digital.  © Maringas Maciel

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Arte é intriga (Millôr Fernandes)

© Luiz Antonio Guinski

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Mural da História – 2004

Lan e Pryscila Vieira (atrás deles, Orlando Pedroso) em Foz do Iguaçu, Humor at The Falls, novembro.  © Vera Solda

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Mama Áfrika

 

© Cau Gomez – Charge Online

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© Katie West

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Mierda

Fontanarrosa. – 1944|2007 – Que no fue ninguna mierda…

El uso de la palabra Mierda, es una cuestión de educación? Ya que nadie puede negar que la usamos para múltiples circunstancias relacionadas con muchísimas cosas, creo que merece su reivindicación en el diccionario de la vida, por ejemplo:

Ubicación geográfica: Andate a la mierda.
Adjetivo calificativo: Sos una mierda.
Momento de escepticismo: No te creo una mierda.
Deseo de venganza: Lo voy a hacer mierda.
Accidente: Se hizo mierda.
Sensación olfatoria: Huele a mierda.
Deseo al despedirnos: Váyanse a la mierda!
Especulación del conocimiento: Qué mierda es esto?
Momento de sorpresa: A LA MIERDA!
Actitud de resentimiento: No me regaló una mierda.
Sensación gustativa: Esto tiene gusto a mierda.
Acto de impotencia: No se me para esta mierda!
Deseo de ánimo: Apurate con esa mierda!
Situación de desorden: Todo está hecho una mierda.
Rechazo despectivo hacia una persona: Quién se cree que es la mierda esa?
Situación alquimista: Todo lo que toca se vuelve mierda.
Cómo nos arreglaríamos sin esta palabra? Y si este mail te molesta… ya sabés… tiralo a la mierda.

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Mas bah, tchê!

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© Furnaius Rufus

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Para sempre Bibi

Bibi em sua Lua de Mel. © Jean Jacques Lartigue.

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Fernando Gabeira, escritor, jornalista e ex-deputado federal pelo Rio de Janeiro (1998-2010), nascido em 1941, é mineiro de Juiz de Fora e carioca por opção desde 1963. É pai de duas filhas: Tami e Maya.

Destacou-se como jornalista, logo no início da carreira, na função de redator do Jornal do Brasil, onde trabalhou de 1964 a 1968. Os colegas de redação diziam que o estilo marcante dos textos de Gabeira podia ser reconhecido até em bilhetes. No final dos anos 60, ingressou na luta armada contra a ditadura militar. Foi preso e exilado.

Em dez anos de exílio, esteve em vários países. Testemunhou no Chile, em 1973, o golpe militar que derrubou Salvador Allende. Mais tarde, retrataria a queda e o assassinato de Allende em roteiro para a TV sueca. Na Suécia, país onde viveu mais tempo durante o exílio, exerceu desde o jornalismo, principalmente na Rádio Suécia, até a função de condutor de metrô, em Estocolmo.

Com a anistia, voltou ao Brasil no final de 1979. Nos anos seguintes, Gabeira dedicou-se a uma intensa produção literária, construindo as primeiras análises críticas da luta armada e impulsionando no Brasil temas como as liberdades individuais e a ecologia. Livros como O que é isso Companheiro, O crepúsculo do Macho, Entradas e Bandeiras, Hóspede da Utopia, Nós que Amávamos tanto a Revolução e Vida Alternativa apontaram novos horizontes no campo das mentalidades e colocaram na berlinda uma série de velhos conceitos da vida brasileira.

Em 1986, candidatou-se ao governo do estado pelo Partido Verde e inaugurou uma nova forma de militância política. Os tradicionais comícios e passeatas, sisudos e cinzentos, ganharam uma nova estética. Dois momentos culminantes foram a passeata Fala, Mulher, que coloriu a avenida Rio Branco de rosa e a cobriu de flores, e o Abraço à Lagoa, em que milhares de pessoas deram as mãos em torno da Lagoa Rodrigo de Freitas, produzindo um dos momentos de maior força simbólica e plástica da cena política brasileira.

Nos anos seguintes, Gabeira continuou jornalista, escritor e tornou-se um dos principais líderes do PV. Em 1987, cobriu em Goiânia o acidente radioativo com o césio 137 e escreveu seu décimo livro, Goiânia, Rua 57 – O nuclear na Terra do Sol. Sua atuação política e jornalística foi marcante em diversos outros fatos importantes da vida nacional, particularmente os ligados à questão ambiental, como a investigação do assassinato de Chico Mendes, a interdição da usina nuclear de Angra I por problemas de segurança e o encontro mundial dos povos indígenas em Altamira (PA). Em 1988, lançou o livro Greenpeace: Verde Guerrilha da Paz, uma reportagem-ensaio que apresentou ao Brasil a filosofia e os bastidores da maior organização ecologista do mundo.

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