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passo a língua entre os dentes
sinto a saliva morna em volta da minha boca
cristalizo as madrugadas no esquecimento
fujo das normas sãs
meus ossos e minha pele continuam a me dizer frases soltas
esparsas
vazias

invento um vocabulário
transformo a dor em palavra
reverto a espera em pequenas doses de ternura
para me salvar de algo qualquer
e abrir meus olhos novamente
fazer você soprar em meus cílios
uma calma
uma brisa
um amor

minhas mãos guardam a chuva que acaba de cair
molho minha boca
sinto a saliva e a chuva
as feridas dilatam
e os meus sóis
seguem em brasa

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Mural da História

Ayrton Senna da Silva (São Paulo, 21 de março de 1960,  Bolonha, 1 de maio de 1994).

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Mar Paraguayo (para Wilson Bueno)

Me voy a morir en el Mar Paraguayo
Y hacerte llorar. Porque isso fizeste:
Me fizeste chorar com essa língua de flor
Estilete-tulipa-añaretãmeguá!
Vou correndo pro mar, “entrepernas” noturnas
Colorir e embalar
O teu texto de cunas – añaretãmeguá!
Que remansos!
Que babas!
Que salivas candentes!
Que cobras tão meninas!
Que cabras-asinas-añaretãmeguá!
Voy a naufragar en tu Mar Paraguayo
Só pra te assustar. E ficar cativa
Da tua rede de teias
Da tua língua de pêlos
Do teu corpo vermelho
Amado andirá-añaretãmeguá!

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Dia do Trabalhador e da Trabalhadora: Além de conquistar direitos, a luta é também por mantê-los

Durante todo o ano de 2023, trabalhadores e trabalhadoras do Brasil defenderam seus direitos com afinco por meio de 1.132 greves. Os dados são do Sistema de Acompanhamento de Greves do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que publicou um levantamento denominado “Balanço das Greves 2023”. Segundo o documento, o funcionalismo público liderou essas greves, 51% delas partiram de servidores de estados, municípios e governo federal.

A esfera privada teria mobilizado, conforme destacado pelo Dieese, 43 % das greves, que corresponderam a 488 paralisações. O que chama atenção, entretanto, é que o levantamento revela que as maiores bandeiras dos grevistas foram de manutenção de direitos já conquistados. Essa luta, classificada pelo Dieese de “caráter defensivo”, esteve em 78% das greves deflagradas ao longo do ano passado.

Ou seja, a luta dos trabalhadores tem se concentrado na manutenção de direitos, mostrando que vivemos um tempo em que a distância entre a realidade da classe trabalhadora e novas conquistas torna-se cada vez maior.

E tudo isso é, na visão do Sindicato dos Professores do Ensino Superior de Curitiba e Região Metropolitana – SINPES, fruto de intensos ataques contra trabalhadores e trabalhadoras que tiveram como ponto de partida a famigerada Contrarreforma Trabalhista de 2017.

Desde então, direitos históricos conquistados pela classe trabalhadora têm sido alvo de ataques mais diversos, desde projetos de Lei que tramitam no Poder Legislativo até inusitadas medidas adotadas pelo Poder judiciário, impensáveis há dez anos.

Entre as medidas adotadas no âmbito do STF, na contramão dos interesses de trabalhadoras e trabalhadores, destacam-se liminar concedida pelo Ministro Gilmar Mendes contra decisões do TST que têm reputado que o recreio é tempo do professor à disposição do empregador e deve ser remunerado como extras. E decisões proferidas em Reclamações Trabalhistas, subscritas por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), afastando a possibilidade de exame por parte da Justiça do Trabalho da “pejotização” – contratação quase sempre fraudulenta de trabalhadores como empresas, sem direitos sociais e sem reconhecimento de vínculo trabalhista.

O Sinpes ingressou como amicus curiae na ação do recreio e participou, no dia 28 de fevereiro de 2024, de um ato em defesa da competência da Justiça de Trabalho que reuniu entidades do direito e sindicatos em frente dos fóruns da Justiça do Trabalho de inúmeras grandes cidades.

Essa mobilização já rendeu frutos, com a adoção de posicionamentos favoráveis à competência tradicional da Justiça do Trabalho de pelo menos 5 Ministros do Supremo Tribunal Federal.

Neste 1º de Maio, o Sinpes alerta que é preciso cada vez mais politizar e mobilizar a classe trabalhadora em favor de novos direitos e de resistência contra as tentativas de solapar direitos já conquistados, que se multiplicam.

Essa atitude tem pautado condutas constantes na história do Sinpes em seus 33 anos de existência. E assim continuará sendo!

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Governo derruba dois vídeos de Lula pedindo voto a Boulos

Transmissões com pedido de voto a Boulos foram veiculadas nos canais oficiais do governo federal e da Presidência da República no Youtube

O presidente Lula (à direita na foto) lamentou o baixo público em seu ato pelo 1º de Maio em São Paulo e cobrou publicamente Márcio Macedo, chefe da Secretaria Geral da Presidência da República. “Eu disse para ele: ‘ô, Márcio, o ato tá mal convocado. Nós não fizemos o esforço necessário para levar a quantidade de gente que era preciso levar”, reclamou.

No resto do discurso, Lula pintou um Brasil muito melhor do que o que consegui entregar até agora, tentou negar a crise com o Congresso Nacional, que atribuiu, como de costume, à imprensa, mas reclamou da desoneração aprovada pelo parlamento, e que seu governo foi ao Supremo Tribunal Federal (STF) para bloquear.

“Se vocês acompanharem a imprensa todo dia, dá impressão [de] que tem uma guerra entre o governo e o Congresso Nacional. Vocês sabem que a minha bancada, a chamada bancada progressistas que me elegeu nas eleições, a gente não chega a 140 deputados de 513. Mas eu quero fazer um reconhecimento: nós fizemos alianças políticas para governar, e, até hoje, todos os projetos que nós mandamos para o Congresso foram aprovados de acordo com os interesses de que o governo queria”, discursou, sem mencionar quantidade de emendas que seu governo tem de liberar a cada uma dessas votações.
Desoneração

Na sequência, o petista chamou atenção para seu veto ao projeto de lei que prorrogou a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia e de prefeituras. O veto foi derrubado pelo Congresso e, em resposta, o Palácio do Planalto encaminhou uma medida provisória para se desfazer progressivamente das desonerações. Sem conseguir se entender com o Congresso, o governo foi tentar ganhar a disputa no STF, o que desagradou a cúpula do Congresso.

“A gente faz desoneração quando o povo pobre ganha, quando o trabalhador ganha, mas fazer desoneração sem que eles sequer s comprometam a gerar o emprego, sem que eles sequer se comprometam a dar garantia para quem está trabalhando, eu quero dize: no nosso país não haverá desoneração para favorecer os mais ricos, e sim para favorecer aqueles que trabalham e que vivem de salário”, discursou.

Durante o evento, Lula sancionou o projeto de lei altera os valores da tabela progressiva mensal do Imposto de Renda e o Decreto de Promulgação da Convenção e Recomendação sobre o Trabalho Decente para as Trabalhadoras e os Trabalhadores Domésticos.

Vote em Boulos?

Lula exaltou vários de seus ministros no discurso, como o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, que usava um boné da CUT, e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, mas o que chamou a atenção mesmo foi o pedido de voto para o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), que é pré-candidato à Prefeitura de São Paulo.

“Eu vou fazer um apelo: cada pessoa que votou no Lula em [19]89, em [19]94, em [19]98, em 2006, em 2010, em 2018, em 2022, tem que votar no Boulos para prefeito de São Paulo”, discursou.

Pela legislação eleitoral, o candidato ou seus aliados podem fazer pré-campanha eleitoral, mas a norma veda de forma clara o pedido explicito de voto em torno do eventual candidato. Segundo analistas eleitorais consultados por O Antagonista, isso pode ser configurado como crime eleitoral, passível, inclusive, de perda de mandato, caso Boulos venha a ser eleito.

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Extra, extra! Novidades da Julia

Está no ar o Catarse da Julia. Via plataforma de financiamento coletivo, você pode assinar e apoiar a partir de R$15/mês. São opções com assinatura da versão digital ou o combo com a versão física.

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Lembrando que o nosso lançamento acontece no mês de julho e a edição física é encadernada artesanalmente, com impressão em risografia e beleza pra dar e vender. Aproveita para seguir a revista no Instagram e acompanhar as novidades em tempo real [juliarevistadeliteratura].

Confira um pouco do projeto gráfico sensacional da primeira edição:

Além de ter acesso ao conteúdo da revista, todos as modalidades de apoio têm vantagens exclusivas. Você tem acesso a presentes como livros, pôsteres, nossa ecobag exclusiva, cupons de desconto pra livros, participa dos sorteios variados que serão rotina na Julia e, de quebra, apoia um projeto cultural, uma editora independente e as autoras e autores paranaenses que são parte fundamental desse projeto.

Se você tem um negócio, iniciativa ou empresa, pode também anunciar. Entra em contato pelo juliarevistadeliteratura@gmail.com e conversa com a Raquel 🙂 E não esquece de compartilhar a notícia da Julia com mais entusiastas da literatura. Viva Julia!

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Literatura kitsch é assunto no Cândido de abril

O Jornal Cândido de abril investiga um elemento estético pouco debatido no meio literário: o kitsch, que passa muitas vezes despercebido, e se caracteriza pela linguagem com forte teor sentimental. Ao ler, por exemplo, A Hora da Estrela (1977), de Clarice Lispector, dificilmente identificaremos o kitsch no texto. É essa dualidade que o repórter Lucas Daniel explora na reportagem especial, em entrevistas com Gerson Trombetta, Ronaldo Bressane e Vanessa Passos. Na retranca, uma curadoria de leituras para se aprofundar no universo kitsch.

Ainda, o jornal publica o perfil de Elza de Oliveira Filha, jornalista e professora, no especial “Mulheres contra a Ditadura”, por Francisco Camolezi. Na seção de entrevistas, a conversa entre o repórter Luiz Felipe Cunha com a escritora e tradutora Julia Raiz sobre trabalho, sonhos, obsessões e Anne Carson.

No “Especial Nicolau”, o Cândido revive o humor e a genialidade de Valêncio Xavier em entrevista imaginária com Poty Lazzarotto — que completou 100 anos em março —, publicada originalmente na primeira edição do Nicolau, em julho de 1987. Na seção de literatura, o conto “Revisitando as ruínas circulares de Borges”, de Daiana Pasquim, além da pensata de Carlitos Marinho sobre a relação entre os regimes autoritários e o futebol nas estratégias de comunicação de massa. Na editoria de fotografia, Anderson Tozato expõe registros inéditos. A arte da capa é de Felipa Queiroz.

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Playboy|1960

1969|Lorrie Mencon. Playboy Centerfold

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Padrelladas

Quando tiozinho do capeta concedeu graça ao cara que ofendeu o STF, isso deve significar que o meliante não vai mais receber pagamento em troca do puxassaquismo. Agora, se quiser continuar prestando serviços ao cabeça de butiá vai ser de grátis. O amor é assim.

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O Perse na vingança

A senadora Daniella Ribeiro achou uma forma de aumentar o valor do Perse

A mudança feita no Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) pela relatora, senadora Daniella Ribeiro (PSD-PB), nesta terça-feira é mais um lance da disputa entre o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e o governo.

Daniella Ribeiro incluiu no texto vindo da Câmara a correção do valor máximo de 15 bilhões de reais pela inflação. É um truque eficaz, uma forma de aumentar o valor para 17 bilhões de reais até 2026.

A senadora é colega de partido do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que está de mal do governo desde que a Advocacia Geral da União apelou ao Supremo Tribunal Federal para brecar a desoneração da folha de pagamento de municípios e de 17 setores. A desoneração foi aprovada pelo Senado no final do ano passado.

Portanto, a atitude de Daniela deve ser vista como mais um movimento de Pacheco e seus aliados para se vingar do governo. É um conflito que está começando. Pacheco tenta forçar o governo a aceitar a renegociação da dívida de Minas, entre outros interesses. Nesta terça, ele desmarcou almoço que teria com líderes de partidos do governo e com ministros. Foi um recado de má vontade.

Se a mudança de Daniela for aprovada na votação marcada para esta terça, o texto terá de voltar à Câmara e não poderá ser promulgado até quarta, dia 1º. Devido ao feriado, praticamente não há parlamentares em Brasília.

O Perse é um programa que dá desconto em impostos. Foi criado para auxiliar o setor de eventos durante a pandemia, mas seus valores se multiplicaram e despertaram a atenção da Receita Federal, que encontrou sinais de empresas que nada têm a ver com o setor e de corrupção.

Segundo o Ministério da Fazenda, o Perse custou quase 11 bilhões de reais no ano passado, um valor acima do esperado. Em busca de mais receita para a meta fiscal, o governo quer reduzir o programa – o que significa menos dinheiro para empresas que estavam aproveitando a benesse.

A briga vai longe. Mesmo que o projeto seja aprovado no Senado, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), já encaminhou um projeto para restringir os benefícios do Perse: apenas empresas com faturamento de até 78 milhões de reais por ano teriam direito ao programa.

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Metamorfose de conveniência

Um promotor foi atacado por Zeus, o pittbull que resistia ao despejo em ocupação irregular na ilha da Gigoia, Rio. A polícia abateu o animal a tiros. Até agora Zeus não foi pranteado pelo primeiro casal, Lula/Janja, como estes fizeram em favor de Joca, o outro cão, no transporte da Gol. Logo Zeus, o pai do Olimpo, xará metafórico de Lula, e o cachorro que praticou justiça poética para o presidente ao atacar o ministério público, o promotor-vítima a imagem viva de Deltan Dallagnol. No amor, na moral e na indignação, o primeiro casal é seletivo e metamórfico por conveniência.

Publicado em O Insulto Diário - Rogério Distéfano | Com a tag , , | Deixar um comentário
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Playboy|1980

1980|Mardi Jacquet. Playboy Centerfold

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