Vera Prado, no Pasquale, Passeio Público, reunião do Teatro Margem, década de 1970. © Beto Bruel

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O irmão do Maracanã

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Assionara Souza -1969|2018

Cecília Não é Um Cachimbo

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Humor à primeira vista

Os Contravérbios – Bione

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Mural da História – 2009

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Mural da História – Playboy 1980

1980|Martha Thomsen. Playboy Centerfold

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Sessão da meia-noite no Bacacheri

Durante a Guerra Fria entre a Polônia stalinista e a Paris boêmia dos anos 50, um músico amante da liberdade e uma jovem cantora com histórias e temperamentos completamente diferentes vivem um amor impossível. Direção de Pawel Pawlikowski (Ida, 2013). Polônia, Reino Unido, França, 2018. Com Agata Kulesza, Joanna Kulig, Tomasz Kot, Borys Szyc.

Wiktor (Tomasz Kot) e Zula (Joanna Kulig) se conhecem durante a já citada Guerra Fria, em um momento em que a Polônia usa a música e a cultura para tentar se reerguer. Ele já é um homem experiente e com seus próprios segredos, enquanto ela é uma jovem talentosa que está tentando encontrar seu lugar no mundo. Essas diferenças entre o casal pontuam todas as contradições que serão exploradas no filme: Wiktor representa o caos de um mundo ultrapassado, enquanto Zula é a renovação que chega depois da guerra.

Mas apesar de explorar o amor entre essas duas pessoas, Guerra Fria não faz isso do modo romântico tradicional. Os desencontros que acontecem durante os 15 anos da vida do casal são viscerais e dolorosos e não existem grandes demonstrações de amor. Ao invés disso, cada vez que enfrentam um problema, Wiktor e Zula se olham com um sofrimento profundo, envolto na capa de um amor calmo e conformado. O carinho está em pequenas ações e isso torna o relacionamento de ambos crível e nada óbvio.

Também é interessante perceber como Pawlikowski pontua as diferenças entre o caos e o belo. Em vários momentos há uma incrível cena de dança, com figurinos pomposos e cantoras afinadas, enquanto ao fundo há uma plateia passiva, vestida de preto, que observa o espetáculo como se ele não fizesse parte daquele lugar. Esse sentimento de inadequação também existe na protagonista. Zula é uma das jovens mais talentosas da companhia de dança, mas sempre está ligeiramente fora do tom em comparação aos outros músicos, como se não se encaixasse em nenhum lugar.

O clímax de Guerra Fria é rápido, agridoce e esperançoso. Mesmo com todos os problemas, Wiktor e Zula alcançam aquilo que – talvez – todos os casais buscam: eles se enxergam no olhar um do outro. Nem o tempo, a guerra e as separações foram capazes de mudar o sentimento de plenitude que os dois sentem quando estão juntos. Os cabelos não são mais os mesmos, as linhas de expressão já são aparentes, mas ali, na frente um do outro, os dois continuam tão jovens quanto já foram um dia. 

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Jan Saudek. O Beijo.

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Ritalizando, sempre! © Maringas Maciel

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Wassef diz nunca ter vendido joias: “Total armação”

Segundo a PF, o advogado da família Bolsonaro teria recomprado Rolex em março, após caso chegar ao TCU

Alvo da Operação Lucas 12:2, na sexta-feira (11), o advogado Frederick Wassef (foto) negou que tenha participado do esquema de venda ilegal de presentes oficiais recebidos pelo governo Jair Bolsonaro. Em nota, Wassef afirmou estar “sofrendo uma campanha de Fake News e mentiras de todos os tipos”.

“Fui acusado falsamente de ter um papel central em um suposto esquema de vendas de joias. Isto é calúnia que venho sofrendo e pura mentira. Total armação”, acrescentou.

Segundo a Polícia Federal, o advogado recomprou o Rolex saudita vendido ilegalmente por assessores de Bolsonaro após o caso das joias sauditas chegar ao Tribunal de Contas da União.

Wassef, que representa a família Bolsonaro, teria recuperado a joia nos Estados Unidos em 14 de março, segundo as investigações.

Naquela época, o TCU já havia determinado o congelamento das joias do segundo pacote. A defesa de Bolsonaro prometeu devolver esse kit no dia 13.

A operação de sexta integra o inquérito da milícias digitais e foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

Dentre os alvos, além de Wassef e Mauro Cid, está o general da reserva Mauro Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens, e o tenente Osmar Crivelatti, outro assessor de Bolsonaro.

Leia a íntegra da nota de Wassef:

“Como advogado de Jair Messias Bolsonaro, venho informar que, uma vez mais, estou sofrendo uma campanha de Fake News e mentiras de todos os tipos, além de informações contraditórias e fora de contexto. Fui acusado falsamente de ter um papel central em um suposto esquema de vendas de joias. Isto é calúnia que venho sofrendo e pura mentira. Total armação.

A primeira vez que tomei conhecimento da existência das joias foi no início deste ano de 2023 pela imprensa, quando liguei para Jair Bolsonaro e ele me autorizou como seu advogado a dar entrevistas e fazer uma nota à imprensa. Antes disso, jamais soube da existência de joias ou quaisquer outros presentes recebidos. Nunca vendi nenhuma joia, ofereci ou tive posse. Nunca participei de nenhuma tratativa, e nem auxiliei nenhuma venda, nem de forma direta ou indireta. Jamais participei ou ajudei de qualquer forma qualquer pessoa a realizar nenhuma negociação ou venda.

A Polícia Federal efetuou busca em minha residência no Morumbi em SP e não encontrou nada de irregular ou ilegal não tendo apreendido nenhum objeto, joias ou dinheiro. Fui exposto em toda televisão com graves mentiras e calúnias.”

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50 anos em cena

Todo mundo lá!

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Há sangue frio

Há sangue frio na geladeira, silva-se. Enquanto organizo, prenso: histórias de cavalheiros e damas, etiópias e lamas, cronópios, corrupios e famas. É o kaos. Dizem as más línguas. Pois é, poesia, pois é: petit pois, já maneirando fulano e sicrano de bergerac. A idade dá razão à trinta anos de mim mesmo. Salvaboiam haroldos, augustus & decius pelas ribanceiras entrepostas. Espremelham resquícios de angelis, ave, cézar! Os que vão morrer vão te cobrir de porrada antes que o sol despinguele atrás do açudeziano velhasério. Missas cheias de moças velhoiras bundudas, tesões estremecidos no gargarejo da água morna.

Apedeutas empalhados açoitam personagens pendurados no altar do seu egocego barbicacho, münchenfests aleluias, tende piedade de marcelino, pão e vinho, hasta la vista! Jurisfósseis repimbocam en la parafuseta del paraplégico, impressionados com a justalógica estremunção que o vigário geral aplica na cabeçonda de hipócritas, já sem pelo nenhum, careca de corpo inteiroliço! Hipócrita não peida, flatos contidos, odores embucetados, insepulto! Insepulto! O cadavérico se esconde entre as pelancas recheadas de banha da progenitora secular, fétida, exposta em pedaços nas ruas quinzes do mundo inteiro, vírgulaprudentis, és tu, chatus de galochas?

De repente uma explosão de furúnculos baragoléticos! Especimezinha que brotoeja esotérica na alinhavada esfinge halitosa de sacco & vanzetti, última dor do inácio, aquele magrela, hipócritas entregam pizzas na academia paranaense de letraset, comedor de quejandos entocado na cavernosa idiotice, cantando mantra: só lamente uma vez, bigodites, cavanhaquices sisudas misturam ditados de poetas philósophos pelados descendo o nhundiaquara de bóia-fria, à margem esquerda de quem sai e espera o barreado frígido locopaca, embutido no insepulto que já fede. Urubus vomitam. Ninguém é prefeito.

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O tradutor e o estilo

Uma obra literária consta basicamente de enredo e estilo. A história que é contada e as palavras escolhidas para contar essa história. (Sim, sei que tem muito mais coisas, mas bora em frente.) Tem gente boa de enredo e que escreve apenas mais-ou-menos, e tem gente que escreve super bem mas só imagina histórias banais. A grande e a pequena literatura estão cheias de exemplos.

Essa divisão de tarefas mentais explica, parcialmente, a existência de grandes tradutores. Tem gente que diz que o tradutor é um escritor frustrado.  Não vejo bem assim. Há mil influências pessoais e variáveis de vida que conduzem um indivíduo a essa profissão quase mediúnica, mas eu diria que muitos tradutores são pessoas que são refinadas em estilo mas não têm (ou não tentam ter) capacidade fabulatória, capacidade para inventar histórias, imaginar personagens a partir do zero, produzir peripécias. Escritores assim muitas vezes tornam-se tradutores, porque na tradução é proibido mexer no enredo, mas é preciso saber reproduzir inúmeros estilos.

O que é traduzir?  É escrever um livro que já está escrito, só que escrevê-lo em português. O livro está lá, prontinho da silva, em russo, alemão ou espanhol.  O tradutor não pode cortar cenas nem adicionar cenas.  Não pode mudar o desfecho. Não pode reduzir uma descrição demasiado longa, mesmo que não goste dela. Não pode alterar um diálogo. Por outro lado, toda essa lista do “não pode” pode ser revertida, positivamente, para um “não precisa”: ele não precisa fazer nada disso, porque já está feito, o autor russo ou alemão já se deu o trabalho de arrancar tudo a fórceps do próprio cérebro, e entregou a história finalizada para que ele, o tradutor, faça o que mais gosta: tecer sua prosa como uma aranha tece sua teia.  E acreditem, amigos, existem poucos prazeres superiores ao de tecer mentalmente uma frase inteira e colocá-la no papel antes que o vento (ou a campainha do telefone) a leve embora.

Claro que o processo não é indolor, mas se a gente avisar o quanto dói os jovens saem correndo e vão fazer o concurso do Itamaraty. Melhor falar do prazer de ler uma história brilhante e bem escrita e aceitar o desafio de reescrevê-la de tal modo que ela continue brilhante e dê a impressão de ter sido escrita em português. O tradutor é um camaleão de estilos, um coringa de vozes narrativas. Ele se veste na pele do autor a quem traduz, introjeta sua personalidade, consegue pensar igual a ele como o Pierre Menard de Borges sonhava pensar igual a Cervantes. Enredo? O enredo é um presente que o autor original lhe dá de graça, e ao qual ele deve retribuir com uma prosa feita de sangue, suor e café.

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