Elas

Emmanuelle Seigner, atriz, cantora e modelo. Casou-se com Roman Polanski em 30 de de agosto de de 1989. Eles têm dois filhos, Morgane (nascida em 1993) e Elvis (nascido em 1998).  © Le Press

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Uma noção bem periférica suspensa no centro

O buda passou distraído
Na minha calçada
Falando ao celular
Sabe-se lá com quem
É meu ponto aquele
Meditar, isolar toda imagem e fluxo de pensamento
E só
Coisa pouca
Quando chegava lá na casa de praia
Era tanto vento e sol
A gente corria de biquíni
Uma vez teve aquele golfinho morto
O mar devolveu
Um fim de tarde e a gente ficou olhando
Ali, onde aquela menina morreu afogada
No dia do aniversário
Os macacos loucos se agitando dentro da mente
Nesses galhos vários galhos
O buda, pois bem: o buda
Distraído na calçada lá de casa
Falando, falando, falando
Eu cheguei nele com tudo
Passa essa porra desse celular, seu budinha do caralho
Passa agora! Bora! Bora! Bora!
Desliga essa porra aí
Era um buda jovem
Estava lá no fundo dos olhos
Por trás daquela veste de garota distraída falando ao celular
Falando, falando, falando
Encontrei ele na calçada de casa
Aí, peguei e matei

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Flagrantes da vida real

Olha a banana, olha o bananeiro! © Maringas Maciel

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Elas

Isabel Ribeiro (Frederica Isabel Iatti Ribeiro – 1941|1990) foi uma atriz brasileira, de ascendência polonesa.

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O milagre acidental

O cerco se aperta. O pai do coronel Mauro Cid, general Mauro César Lourena Cid, fez corretagem das joias sauditas em Miami. Já precificadas – a tal “cotação sem mal nenhum” de Bolsonaro -, teriam gerado lucro de R$ 1 milhão aos vendedores, R$ 600 mil a parte de Jair Bolsonaro, que as recebeu como presente ao governo brasileiro. O general é amigo e foi colega de Jair Bolsonaro desde a escola militar. Segundo o Uol, o Exército acompanha com “preocupação” o desenrolar das investigações sobre a família Cid. Essa preocupação significa receio de manchar a corporação. Essa mancha não é gratuita e é a prova de fogo da instituição.

A mancha vem da tinta espalhada por Jair Bolsonaro e à qual se submeteram muitos militares que aderiram ao Mito desde a campanha, a começar pelo general Villas Bôas, que pressionou o STF a frustrar a candidatura de Lula em 2018, até o ministro da Defesa, general Paulo César Nogueira de Oliveira, que tentou obrigar o presidente do TSE a aceitar a perícia das urnas eletrônicas por técnicos do Exército – que deu em nada, mas mesmo assim sem obter o reconhecimento da lisura do equipamento pelo general. Sem contar o aliciamento de altas patentes da reserva para cargos no governo. Bolsonaro fez o que pôde para cooptar os militares. Um milagre que não realizou.

Foi um milagre acidental, só possível pela incapacidade de Jair Bolsonaro, e pela valiosa, vigilante e corajosa ação do ministro Alexandre de Moraes, apoiado por seus pares do STF, que o Brasil não descambou para – mais – uma ditadura. Sim, porque Bolsonaro não queria o poder no estilo Getúlio Vargas ou Ernesto Geisel. Ele queria o poder apenas para ganhar dinheiro para si mesmo e os filhos, mais as sobras para seus cúmplices, os corretores de joias sauditas em Miami. O preço da nossa liberdade, até para o gado que muge para o Mito, foi a eterna vigilância do STF, que resgatou sua dívida histórica pela complacência com a ditadura militar.

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Bah!

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Tempo – 2015

© Lina Faria

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O irritante guru do Méier

Dedico aos humoristas, meus companheiros de ofício, que vieram ao mundo para revelar a verdade da milanesa, artifício culinário para esconder um mau pedaço de carne.

De Aristófanes a Gregório de Matos, de Ian Neruda a João do Rio, de Karel Cäpek a Lima Barreto, de Robert Benchley a Antonio de Alcântara Machado, de Lewis Carrol a Monteiro Lobato, de Levine a Lan, de Joe Miller a Cornélio Pena, de Cervantes a Machado de Assis, de Will Rogers a Juó Bananere, de Daumier a Paulo e Chico Caruso, de Ogden Nash a Ascenso Ferreira, de Ionesco a João Bethencout, de Sholom Aleish a Leon Eliachar, dos do “Canard Enchainé” aos do “Pasquim”, de Ambrose Bierce a Agripino Grieco, de Petty a Péricles Maranhão, de André François a Cláudius, de Wilhelm Bush a Ziraldo, de Sterne a Fernando Veríssimo, de Popov a Piolim, de George Grosz a Loredano, de Ramón Gómes de La Serna a Don Rossé Cavaca, de Bocaccio a Oswald de Andrade, de Disney a Maurício de Souza, de Oski a Carlos Estevão, de Danny Kaye a Oscarito, de Zero Mostel a Jô Soares, de La Fontaine a Jésus Rocha, de Chaplin a Procópio, de Steinberg a Fortuna, de Edward Lear a Glauco Matoso, de Magrite a Juarez, de Bosh a Henfil, dos do “Lampoon” aos do “Chê”, de Jerry Lewis a Chico Anísio, de Grock a Olimecha, de Alfredo Jarry ao Jaguar, dos Irmãos Marx aos Trapalhões, de Damon Runyon a Sérgio Porto, de Fred Allen a Haroldo Barbosa, de Folon a Caulos, de Chamfort a Ivan Lessa, de Parke Cummings a Carlos Eduardo Novaes, de Crumb a If, de George McManus a Miguel Paiva, de Winsor McCay a Vasques, de Ring Lardner a Léo Jaime, de Chaval a Redi, de Eça a Jaab e a Fraga, Guidacci, Zélio, Hilde Weber, Adail, Reinaldo, Alcy, Mino, Borjalo, Cláudio Paiva, Lor, Miranda, Vilar, Santiago, Sílvio Abreu, Racsow, Hubert, Agner, Othelo Caçador, Bastos Tigre, Aldu, Dwayer, Nani, Mollica, Gê, Dirceu, Flávio Miliaccio, Demo, Canini, Moliére, Plautus, Mark Twain, Hummy Chummez, Peric.

E tantos outros, que foram chegando ou foram partindo, para os quais não faço comparações talvez por serem incomparáveis. Nilson, Albert Piauí, Mariza, Edgar Vasques, Nicolielo, Lapi, Redi, Mayrink, Hippertt, Liberati, Aliedo, Aroeira, Márcia Braga, Cavalcanti, Luscar, Angeli, Glauco, Adão, McAlicut ,Mariano, Ertha, Amorim, Cláudio Duarte, Cruz, Jota, Laylson, Clériston, Nildão, Hélio de La Peña, Mu Chebabi, Kassio, Cauh Gomes, Loredano, Quinho, Lelis, Laerte, Miran, Solda, Leonardo, Lula, Mario Valle, Dante, Fred, Fetter, Othelo Caçador, Carlos Eduardo Novaes, Aldyr Blanc, Tutty Vasques, José Simão, Alvim, Geandré, Willy, Marcelo, Mem de Sá, Michelle, Xalberto, Luiz Gê, Dálcio, Falcão, Cláudio Rodrigues, Planeta & António (Portugal), Cristina Sampaio (também), Vasco (idem), Ique, Baptistão, Ykenga, Sabat, Ralph Steadman, Art Spielgelman, Rubem Braga, Steve Martin, Roland Toppor, Trimano, Gerald Scarffe, Naranjo, Pancho, Plantu, Silverstein ,Vargas, Mordillo, Appe, Nássara, Carlos Estevão, Alceu Pena, Péricles Maranhão, Raul Solnado, Agildo Ribeiro, Zé de Vasconcelos, Juca Chaves, José Sarney, Itamar Franco, Fernando Henrique… melhor parar por aqui. A decadência está se acentuando.

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Domingo no parque

Benjamin e Caio, netos no parquinho. © Sandra Solda

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A tropa no choque

Convocação de Rui Costa fez governo levar a sério potenciais riscos da CPI do MST

O tratoraço do governo sobre a CPI do MST pareceu desperdício de munição, dado que a comissão vinha sendo vista no Palácio do Planalto como mero palco para bolsonaristas dançarem ao som de uma orquestra de lacrações em série, sem maiores chances de desdobramentos danosos.

Foi assim, mas deixou de ser quando a oposição conseguiu aprovar a convocação do ministro da Casa Civil, Rui Costa. Aí o alerta foi aceso, tanto em decorrência dos questionamentos a ele sobre suas relações com os sem-terra enquanto governador da Bahia quanto a novas convocações que acentuassem a leniência dos petistas com ilegalidades do movimento.

Algo fatal para a reconstrução de relações com o agronegócio, mas não só. Havia também o receio de que a CPI enveredasse por quebras de sigilos indesejáveis (correu neste terreno o nome de João Pedro Stédile) e pudesse alcançar também supostos acordos de governadores do Nordeste —parte deles hoje ministros— para criar obstáculos ao cumprimento de ordens de reintegração de terras.
Se essa linha fosse adiante, poderia haver complicações legais para os que tivessem confrontado a

Justiça. Ante o risco, o governo preferiu não flertar com o perigo. Daí a convocação da tropa recentemente reforçada com a reforma ministerial em andamento.

O apelo foi prontamente atendido. Os partidos do centrão trocaram seus representantes na CPI por outros mais permeáveis aos interesses do Planalto a fim de marcar, com o gesto, a inauguração da nova fase e alterar de forma radical a correlação de forças na comissão.

A tropa atuou no choque, mas deixou claro que a fidelidade não inclui necessariamente as votações em plenário. Estas seguirão o acerto feito entre os presidentes da República e da Câmara: temas de interesse comum terão apoio; agenda que implique retrocessos não andará; e assuntos de natureza marcadamente ideológica serão disputados no voto.

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Em cartaz

Jan Saudek. Czeski mistrz fotografii

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Salão de Internacional de Humor de Piracicaba – 1974|1984

Desenho de Glauco (Jandaia do Sul, 10 de março de 1957, Osasco, 12 de março de 2010).

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Que país foi este?

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Bugigangas escolares

Eu sou do tempo em que os alunos matavam
as aulas, e não o contrário.

A melhor maneira de absorver noções de
anatomia é através de um bom atlas
científico, nunca por meio de facadas
ou balas perdidas.

A dor ensina a gemer, mas agora, com tantos
e feridos diariamente nas escolas, chegou-se
à pós-graduação.

De todas as armas que os jovens podem
levar para as salas de aula, a mais perigosa
de todas, fornecida pelos pais,
é a prepotência.

Uma coisa é um aluno “apanhar” de uma
matéria mais difícil para ele; outra bem
diferente é um professor apanhar
de um aluno.

Muros e grades e não impedem que
a violência entre na escola. Afinal, ela
já está matriculada lá, onde também
muitas vezes leciona.

Entre a Academia Brasileira de Letras
e as academias de artes marciais, o coração
do estudante não balança.

Segundo a sociedade, pôr alunos
de castigo contradiz os direitos humanos.
Segundo o Estado, aviltar os salários
dos professores não é nenhuma
contradição.

O autoritarismo prejudica o aprendizado.
A falta de autoridade faz mal ao ensino.

Se não fosse a merenda escolar diária,
a evasão seria maior; se não fossem
as invasões cotidianas, o pesadelo seria
menor.

Neste momento delicado, a pedagogia
e a didática podem e devem ser questionadas.
Claro, sem nenhuma lâmpada acesa
na cara delas ou um delegado
interrogando.

Claro que conhecimento e cultura não
salvam a pátria. Mas pelo menos fariam
menos vítimas que a ignorância e a falta
de educação.

Enquanto não se discutir as mazelas
da educação nacional, as discussões entre
o corpo docente e o corpo discente
vão ser sempre resolvidas no
corpo-a-corpo.

Etc.

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Gente

Odelair Rodrigues (Curitiba, 1935 – 2003) atriz brasileira, pioneira da televisão paranaense.

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