Causinho

Quando as pessoas começam desesperadamente a me evitar, quando animais selvagens saem correndo de mim quando passo pelas trilhas, quando animais domésticos se entocam apavorados quando aponto na curva da esquina, quando mandorovás caem secos das jabuticabeiras e camaleões se escondem de roxo quando surjo no devão do quintal, quando urubus passam voando baixo com uma asa cobrindo as narinas, então finalmente compreendo que está na hora de tomar banho, mesmo sabendo que o banho faz mal pra água.

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Vídeo de agressão a Moraes é mais aguardado que filme da Barbie

Ao contrário do filme da Barbie que já estreou e levou multidões aos cinemas, um outro filme vem sendo bastante aguardado pelo público brasileiro. Ainda sem estreia prevista no Brasil, o vídeo que comprova as agressões a Alexandre de Moraes e seu filho no aeroporto de Roma está causando comoção nas redes sociais.

Outro material que está causando ansiedade nos espectadores é aquele sobre a bomba. Não. Não estamos falando de Openheimmer e sim do celular de Mauro Cid.

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O dia de Joyce

O dia 16 de junho é conhecido no mundo inteiro como o “Bloomsday”. É o dia, na vida de Leopold Bloom, em que transcorre toda a ação do romance Ulisses de James Joyce, e foi escolhido pelo escritor por ser o dia do seu primeiro encontro amoroso com Nora Barnacle, que viria a ser sua esposa. 

James Joyce é um dos grandes equívocos do mundo da literatura, mesmo tendo sido um escritor de gênio. Não uso o termo “gênio” para dizer que ele era mais inteligente ou que escrevia melhor do que os demais, mas no sentido de que era um desses caras que parecem possessos, parecem possuídos por um espírito, por um gênio ou “djinn” oriental, por um orixá das letras. 

O gênio literário não é apenas o cara que escreve bem. É o que que sacrifica tudo – bem-estar, amor, família, dinheiro, saúde física, sanidade mental – para criar uma obra literária. O gênio, em geral, é aquele cara cuja obra gostaríamos de ter escrito, mas cuja vida não ousaríamos jamais viver.

Por que Joyce é um equívoco? Por muitas razões. 

Uma é a de se insistir nele como um modelo literário, um escritor a ser imitado, um sujeito que reinventou o romance e cujas descobertas precisam ser aprofundadas. Não é nada disso. Joyce foi um sujeito que afastou-se da avenida principal da literatura e abriu por conta própria um beco sem saída. Seu mérito foi criar um caminho só seu. Algumas de suas descobertas literárias podem ser usadas, com moderação. Usá-las em demasia resulta em pastiche, pelo caráter absolutamente pessoal que elas têm. 

A obra de Joyce é um retrato do microcosmo histórico, social e cultural de James Joyce, a um nível de profundidade como poucas vezes um escritor conseguiu. Tentar fazer o que ele fêz, do modo como o fêz, é não entender o espírito do seu gesto libertário. É desperdiçar o heroísmo suicida de seu exemplo: “seja você mesmo, até as últimas consequências”. Seja você. Não seja “James Joyce”.

O culto a Joyce é hoje quase uma religião literária. A editora Naxos Audiobooks acaba de lançar o Ulisses numa caixa com 22 CDs, lidos por Jim Norton e Marcella Riordan, com fotos e estudos. (O preço, para quem se dispuser, é de 149 dólares). 

Na esteira desta fama, surge outro equívoco: o marginal transformado em monstro sagrado; o rebelde erigido em modelo; o destruidor-de-regras que passa a servir de manual-de-instruções. 

Por outro lado, o excesso de interpretações eruditas de sua obra dá a impressão de ser ela uma arca-de-noé de erudição, quando é uma das obras mais intuitivas, menos cerebrais da literatura. Para visualizar quem foi Joyce, leiam os contos de Dublinenses e o romance Retrato do artista quando jovem. A leitura de Ulisses ou Finnegans Wake é um caminho-de-São-Tiago literário. Só vá se achar que a perna aguenta.

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Tempo

Paulo Roberto Pereira/1953/2018 – Pablito Pereira. © Lina Faria

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Fraga

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Elas

Lina Wertmüller,  italiana roteirista e diretora de cinema, mais conhecida por seus filmes The Seduction of Mimi, Swept Away, e Sete Belezas, Film d’Amore e d’Anarchia. Ela foi a primeira mulher nomeada para um Oscar de Direção para Sete Belezas.  © Reuters

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Mais folgado que cama de viúva.

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Em busca da aliada Janja

Na medida em que alguns nomes (todos homens) ganham força como possíveis indicados de Lula para a vaga de Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal, mulheres do governo vão tentar incluir a primeira-dama, Janja da Silva, na pressão para que Lula indique uma mulher, de preferência preta, para o lugar da ministra que se aposenta em outubro.

Lula tem dado indicativos de que não pretende atender à demanda das ministras e dos movimentos sociais. Afirmou mais de uma vez que não assumiu compromisso com a reivindicação durante a campanha eleitoral. A substituição de Weber será a última durante o mandato do petista.

Uma das cotadas por movimentos sociais para o STF é a advogada Vera Lúcia Araújo. Ela, porém, tem negado qualquer movimentação política entorno de seu nome. A interlocutores, disse que não foi procurada por ninguém do governo ou algum emissário para falar sobre a possibilidade.

Este ano, Lula indicou Cristiano Zanin, seu ex-advogado, para o Supremo. Se outro homem for colocado no lugar de Rosa Weber, restará apenas Carmen Lúcia na corte. Em seus 215 anos e mais uma centena de ministros, o Supremo só teve três ministras.

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Flagrantes da vida real

Rogério Dias, no poste. © Maringas Maciel

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Follow the money

A PF informa que o bombeiro Maxwell Correia, o Suel, planejador do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes movimentou R$ 6,4 milhões. A fonte e o destino da grana não são revelados, só que Suel também acabou assassinado – do mesmo modo que Marielle e Anderson, abatido a tiros vindos de carro em movimento. R$ 6,4 milhões é renda de político carioca, dos bons, absolvidos mais tarde.

(*Follow the money foi a orientação do informante sobre Watergate aos repórteres Bob Woodward e Carl Bernstein, que investigavam a corrupção na reeleição de Richard Nixon. O informante era Mark Felt, número 2 do FBI, que teve a identidade por trinta anos. Os repórteres chamavam-no Deep Throat, garganta profunda, do filme pornográfico da atriz Linda Lovelace.)

Publicado em Rogério Distéfano - O Insulto Diário | Deixar um comentário
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A pressão em cima da Copa do Mundo feminina nunca foi tão grande

O abismo que separa o salário entre as seleções masculina e feminina é imenso, mas elas não vão desistir

Treinadora: “A pressão em cima do nosso desempenho nunca foi tão grande. O governo brasileiro decretou ponto facultativo para assistir aos jogos da Copa do Mundo feminina. O torneio bateu um recorde histórico de ingressos vendidos. É uma oportunidade de ouro para aumentar a visibilidade e o engajamento do público no futebol feminino“.

Treinadora: “A pressão em cima do nosso desempenho nunca foi tão grande. O governo brasileiro decretou ponto facultativo para assistir aos jogos da Copa do Mundo feminina. O torneio bateu um recorde histórico de ingressos vendidos. É uma oportunidade de ouro para aumentar a visibilidade e o engajamento do público no futebol feminino“.

Jogadora: “Justiça, por favor”.

Denise: “Ele não fala português. Tem que comunicar com os olhos, com o corpo. Acessa essa dor dentro de você. Lembra os coleguinhas de escola que chamavam você de sapatão porque o que você gostava era de jogar bola. Lembra que as mulheres eram proibidas de jogar futebol no Brasil, por lei, na década de 1940. Lembra que até 2015 a seleção feminina não tinha nem uniforme próprio. Olha para o abismo que separa o teu salário de um jogador da seleção masculina, que ganha em torno de 60 vezes mais do que você. Mas você vai desistir por causa disso? Não vai, porque você é brasileira! Deixa a emoção tomar conta, se o David Luiz pode abrir o berreiro, você também pode.

Pronto, juiz deu o cartão vermelho. Sustenta a personagem, levanta sentindo a lesão. Arrasta mais essa chuteira, olha para cima, pede força para Jesus Cristo, enxuga o rosto com a camisa. Sinalizou que está bem, pediu o carinho da torcida e voltou para o jogo. Bravo! Alguém aqui conhece o sistema do Stanislávski? Não? Tudo bem, hora da mímica. Que tema vocês preferem, música ou filme?”

Publicado em Manuela Cantuária - Folha de São Paulo | Deixar um comentário
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Já foi na Academia hoje?

No decorrer do estudo da obra do escritor paranaense Cesar Bond, a memória dispara: Leminski por Bond, ou mais uma dobra das história(s) da poesia paranaense. Agradeço à confiança de Carmen Vilanova e Luiza Bond, como também de Jose Francisco Bond, Maria Thereza Bond, Danielle Francelli e aos editores da Revista Sibila.

Vinicius Comoti

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Tempo

Toninho Vaz e Carlos Careqa se encontram em Curitiba, em algum lugar do passado. Careqa é o do meio.  © Angela Bussmann

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