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Publicado em Desbunde!
Com a tag © Jan Saudek, a bunda mais bonita da cidade, fotógrafo tcheco
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A família Aras e o PT
Seu pai, Roque Aras, disputou uma vaga no Senado pelo partido em 1986. Perdeu, mas esteve na legenda até os anos 2000. De lá, Aras pai foi para o Partido Verde e manteve boa relação com o PT da Bahia.
A despeito de ter arquivado 104 pedidos de investigação contra Jair Bolsonaro, como informou o UOL, ele diz só ter feito o seu trabalho, garantindo “estabilidade institucional” ao país.
O mandato do procurador-geral da República termina em setembro. Lula já indicou que poderá não escolher da lista tríplice do Ministério Público, como fez em seus primeiros mandatos.
Aras se movimenta não exatamente para ser escolhido, mas para influenciar na escolha de um aliado, alguém que não levante problemas de sua gestão na PGR.
Publicado em O Bastidor
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Como ajardinar um jardim sem jardineiro nem jardinagem
Vocês aí – e nunca eu aqui – sabem bem como fazer florescer coisas defronte às suas casas, em suas avarandadas varandas, nos seus alpendres alpendredados ou em suas sacadíssimas sacadas. Minha única contribuição é informar vocês, que não conhecem a flora que eu conheço, quais plantas não plantar: as que têm o desplante de desmanchar prazeres botânicos, de enfear canteiros, de deflorar as expectativas primaveris. Selecionei alguns tipos típicos:
Escapulidas – Notáveis pela ausência. A qualquer momento, se retraem, encolhem, somem do canteiro, caule e tudo, como se jamais tivessem existido ali.
Delongas – Quem tiver paciência que me ignore. Essa cacheada espécie é um teste de devoção ao cultivo. Dificilmente se assiste ao desabrochar das delongas. Se quiser tê-las, plante os bulbos e aguarde 3 ou 4 primaveras, quem sabe.
Antagônias – Se flores têm algum temperamento, são essas. Urtigas crescem longe delas. Pela petulante conformaçăo da corola, causam uma instantânea antipatia em quem as olha.
Impropícias – Famílias educadas, com crianças ou pessoas idosas, devem evitar o plantio dessas mimosas florzinhas. Além dos estames e pistilos semelhantes a partes humanas que nem posso sugerir aqui, se esfregam umas às outras até atingir aquilo que muitos casais nem sempre conseguem.
Promísculas – Lembram, no efeito escandaloso em gente moralista, as impropícias. Porém são mais ativas: se insinuam para qualquer outra flor por perto, chegando a despetalar as mais frágeis. Uma vergonha em cor púrpura.
Desabonas – Devido à má aparência das pétalas, às cores desinteressantes, às folhas murchas e aos galhinhos pendentes, as desabonas prejudicam a reputação de qualquer jardineiro. As pessoas farão tsk, tsk, tsk para os seus canteiros.
Lassidônias – Você acorda radiante, corre para admirar seu jardinzinho, e o quê vê? Não vê. Na seiva dessa planta há um hormônio, ócionila, que faz inverter seu crescimento: elas imbrotam.
Condolências – A não ser que alguém tenha uma floricultura próxima de um cemitério, essa flor é um drama para o cultivo. O simples manuseio faz a pessoa cair em prantos.
Pústulas – Sensível ou insensível, seu olfato não vai apreciar o olor dessa flor.
Deplorávias – Floridas ou não, se mostram sempre em péssimo estado de conservação, por mais bem conservadas que estejam. Nem pense em oferecer um ramalhete à namorada.
Negaceias – Embora singelamente atraentes, são impossíveis de colher. Com hastes ágeis, enganam mãos, escapam dos dedos. E pra quê servem flores que não podem se abuquesar para a mesa da sala?
Paródias – Dotadas de extraordinária capacidade mimética, imitam muito bem verbenas, açucenas, dracenas e outras flores que rimem com essas. Mas, basta um segundo olhar para confirmar a falsidade. Como por desencanto, a admiração desaparece na hora.
Usurpas e deturpas – Parasitas do mesmo ramo, têm hábito predador: se enfiam sob a terra, brotam junto de outra flor e assumem seu lugar, além de modificar as características florais das demais, desde rosas até antúrios.
Arcaicas – Flores antigas, nem se usam mais. Com cálices e sépalas demodês, provocam enfado em quem as vê. A variedade mais comum é a prosaica, que viceja até entre mosaicos.
Firulas – Espécie exibicionista. Carente e dependente da atenção do dono do jardim, tem movimentos chamativos. Um permanent incômodo, sobretudo para aqueles que têm ótima visão periférica.
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Com a tag biscoito fino, José Guaraci Fraga, porto alegre
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Eles não se calam
Elas
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O irritante guru do Méier
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Esforços colossais no debate da Amazônia
Durante os dias 8 e 9 de agosto, em Belém, acontecerá a Cúpula da Amazônia, um encontro dos nove países amazônicos, realizado pelo Brasil com o objetivo de produzir consenso a respeito da maior floresta tropical do mundo, que será colocada nos debates climáticos globais.
O documento resultado da reunião será entregue pelas autoridades brasileiras aos 193 Estados-membros na Assembleia Geral das Nações Unidas, que acontecerá em setembro.
Além disso, o encontro tem o objetivo de se preparar para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-30). O diálogo amazônico tem grande significado político no fortalecimento dos laços e cooperação entre os países.
“Em agosto, o mundo, ou quase todo mundo, estará de olho no evento que ocorrerá em Belém, intitulado Cúpula da Amazônia. Mas o que dizem os povos da Amazônia? Suas vozes se farão ouvir ou terão que novamente presenciar várias vozes que vêm de fora dizer o que é melhor para eles?”. Esses são os questionamentos feitos por Neidinha Bandeira, defensora dos direitos humanos.
Durante os dias 28 e 30 de junho, os povos e organizações indígenas e aliados reuniram-se em Brasília com o objetivo de avaliar e promover um diagnóstico do processo de construção e deliberações acerca da realização da cúpula, que resultou na Carta dos Povos Amazônicos sobre a Cúpula da Amazônia.
A carta expressa que os povos originários da região, verdadeiros protetores e conhecedores da floresta, ainda não têm garantido efetivamente a sua participação, indispensável e necessária, para a construção de um processo justo, verdadeiro e transformador.
Neste sentido, a Coiab, a Fepipa, a Umiab e a Apib realizarão durante os dias 5 a 9 de agosto a Assembleia dos Povos da Terra pela Amazônia com o objetivo de impactar o evento dos presidentes.
“A importância da nossa participação é que precisamos estar nesses espaços para que nossas propostas possam chegar às mãos dos líderes da Bacia Amazônica porque, de toda forma, se não participarmos dessa pré-cúpula que o governo está chamando de Diálogos Amazônicos, nossas propostas não chegarão até eles. Então, estamos garantindo que terá um representante em cada plenária entregando esse documento. No dia 8 de agosto terá esse momento de entrega para esses líderes e esses três dias que antecedem a chegada dos presidentes serão para construção de diálogos”, é o que diz Alana Manchineri, comunicadora da Coiab e participante do GT de Organizações para a Assembleia dos Povos, criado no encontro em Brasília.
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O terno branco
Ele já não tinha nome.
Era conhecido pelos apelidos, que eram muitos, dependendo de onde estivesse, dos amigos a sua volta, se era madrugada e estava numa boate, se anoitecia e estava num boteco. Só não tinha um apelido para as manhãs, quando passava dormindo, roncando demasiado alto para seu corpo pequeno, produzindo um estardalhaço sonoro que parecia capaz de quebrar vidraças.
Acordava pontualmente às duas da tarde, a boca queimando, os olhos vermelhos, que dizia infestados por espinhos, não tem mesmo um espinho neste olho?, perguntava, abrindo as pálpebras com dois dedos em alicate. Saía da cama gemendo, ia ao banheiro, enfiava a cabeça debaixo da torneira e, num mesmo gesto, esticava a mão para apanhar a garrafa de conhaque que deixava no armário ao lado. Bebia no gargalo e estalava os beiços.
Sempre vestido de preto.
Uma calça e duas camisas pretas e puídas, que fediam a mil noites e muitas mulheres da vida. Só permitia que fossem lavadas às segundas-feiras, quando não acordava às duas horas da tarde e seguia roncando pelo resto do dia. Saía da cama quando já era noite. Pedia um café embora soubesse que ninguém o atenderia e, cruzando o corredor rumo à cozinha, declarava:
– Segunda-feira é mesmo um dia que não presta pra nada!
Tomava café frio, olhava com desinteresse para a televisão, diante da qual a mulher e a filha estavam plantadas como duas samambaias. Ia ao banheiro com algum estrondo, empestando os ares da casa, batia portas, deixava cair os sapatos quando tentava calçá-los, atrapalhava-se com a camisa do pijama, que enroscava nos braços. Depois desta encenação que repetia com uma precisão de relógio, dizia puta que o pariu que ninguém fala comigo nesta casa! e, parado no meio da sala, decretava, com ênfase:
– Segunda-feira é mesmo um dia que não presta pra nada!
E voltava para a cama, onde se punha a fazer cálculos na tentativa de descobrir há quantos anos ninguém o ouvia, há quantos séculos não tinha notícias da filha, que estava lá plantada no sofá, como era mesmo o nome da desinfeliz?, há quanto tempo não conversava com o filho, que cuspia para o lado quando cruzava com ele? E a mulher, quem era ela?
Depois, dormia aos solavancos até mergulhar num sonho onde havia uma mulher que lhe dizia: vem. Ele ia, sentava-se à mesa, contava casos, anedotas, pregava apelidos em quem estivesse por perto e fazia com que todos rissem muito e batessem nas suas costas dizendo que era mesmo um sujeito admirável, uma figura. Acordava na terça-feira, às duas horas da tarde, pontualmente. E recomeçava.
No mais, terminava certas noites emborcado numa calçada, acordava com dois policiais cutucando suas costelas com o coturno. Noutras, abria os olhos numa casa desconhecida, no meio da madrugada, diante de uma cortina de plástico que era um escandaloso campo coberto com flores vermelhas e amarelas. Ou era erguido por dois braços fortes e jogado na rua, onde quebrava um dente contra o meio-fio. Ia até a farmácia, passava mercúrio cromo na boca, nos braços, na testa, pregava alguns esparadrapos pelo corpo e entrava no primeiro boteco.
Foi assim até o dia em que chegou em casa num domingo à tarde, provocando alvoroço na vizinhança, o que ele fazia em casa àquela hora?, o que estava acontecendo? Atravessou a curiosidade daquela gente cretina sem se deixar abalar e entrou em casa com um pacote muito jeitoso debaixo do braço. Cumprimentou a todos, não recebeu resposta alguma, a filha na frente da televisão, a mulher fabricando os biscoitos com os quais sustentava a casa, o filho cuspindo para os lados como se fosse um preto velho de macumba.
Entrou no quarto e, como sempre, deixou a porta aberta. Todos viram quando abriu o pacote com cuidado e dele retirou um terno branco, claríssimo, e uma camisa também branca. Viram quando estendeu o terno sobre a cama e dependurou a camisa num prego ao lado do armário. Despiu-se, jogando no chão o terno preto e a camisa preta, e estava nu, pois não usava cuecas, uma de suas implicâncias. Viram sua exibição inocente de carnes flácidas, a bunda murcha, o sexo desatento entre as pernas.