Como encurtar o caminho e abrandar as circunstâncias

Henry James.  © Singer

Afirma-se que as personagens de Henry James não têm intestinos nem órgãos sexuais. Desconheço os seus livros. Depois de ele ter escrito um certo número de histórias sobre homens de letras, sempre aparecia alguém que protestava dizendo que os escritores não eram assim. Henry James replicava: ‘Tanto pior para eles.’ Aí, vem Somerset Maugham e conta um causo: no Museu de Arte Moderna de Nova York tem uma tela de Mondrian constituída de algumas linhas pretas e uma vermelha que divide o fundo em quadrilongos e quadrados. Por uma razão que ele jamais descobriu, depois que ele o viu… nunca mais conseguiu esquecer.

Reconhecia no quadro ‘algo curiosamente obsessivo’ e não encontrando nada que o quadro ‘dissesse’ sentia-se perturbado e, ao mesmo tempo, satisfeito. Talvez alguém achasse que era só pegar uma régua, uma bisnaga de tinta preta e outra vermelha e fazer o quadro. Alguém quer tentar?

*Rui Werneck de Capistrano Não é Bobo Nem Nada

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Nossa tribo

Neri da Rosa, caingangue, com a camiseta RádioCaos, inspirada no disco produzido por Alfred Hitchcok “Música para cometer suicídio”.  Foto de quem estava lá.

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Mais extraviado que chinelo de bêbado.

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PhotoSight RussianAwards

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As contradições da elite brasileira

Seria bom que os brasileiros de hoje, que integram as camadas sociais mais elevadas da sociedade tivessem em mente que os brasileiros de ontem, ou seja: os seus avós e bisavós, que emigraram para o Brasil nos séculos 19 e 20 eram, na sua grande maioria, famílias muito pobres, sem acesso à educação formal, muitos eram analfabetos, portanto, eram excluídos sociais em seus países de origem.

Chegando aqui eles receberam as atenções e benefícios do governo brasileiro e, por isso e, claro, por sua dedicação ao seu trabalho puderam prosperar socialmente, ou seja: eles melhoraram de vida, enriqueceram em função da existência e da aplicação de algo que hoje grande parte dos seus descendentes, prósperos, bem-educados, com acesso a bens sociais, não suportam e não querem que sejam aplicadas aos brasileiros pobres de hoje.

Ou seja, contraditoriamente, grande parte das elites brasileiras de hoje (e de desde há muito tempo) odeiam que sejam criadas e mais ainda, que sejam implementadas pelo Governo Brasileiro quaisquer Políticas Públicas que visem o Desenvolvimento Social do povo brasileiro das camadas sociais menos favorecidas, sendo que, justamente de Políticas Públicas para Desenvolvimento Social os seus antepassados foram beneficiados para poderem progredir e prosperar socialmente.

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Quando fumar era obrigatório

© Ziraldo

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A imagen de Che Guevara é a obra mais reproduzida na história da fotografia. Alberto Korda e o valioso negativo.© Marcos López

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La Petit Mélancolie

Ruth Bernhard, nude bowl – 1934.

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Carcereiros da arte

Politização de histórias de fantasia nos impede de escapar da prisão da realidade

É antigo o preconceito que obras de fantasia enfrentam no meio literário. No ensaio “Sobre Histórias de Fadas”, de 1939, o escritor J.R.R. Tolkien apontou o equívoco de uma das críticas, aquela que acusa o gênero de escapismo: a ideia de que feiticeiras, elfos, deuses e heróis com poderes mágicos servem apenas para desviar a atenção da realidade.

Em resposta, Tolkien não apenas não recusa a suposta pecha, como a exalta, a partir de sofisticada argumentação. “Por que deveria ser um homem desprezado se, ao descobrir-se numa prisão, ele tenta escapar?”. Um prisioneiro não precisa escrever apenas sobre celas e correntes. Na verdade, quem demonstra mais hostilidade à ideia do escapismo são, por óbvio, os carcereiros.

A fantasia estimula a imaginação. Escritores do gênero precisam ter a habilidade de levar o leitor a experimentar um outro mundo. Para quem lê, é uma oportunidade para rever perspectivas e sentimentos a partir do contato com um novo universo.

Mas atualmente há um movimento para tornar a fantasia cada vez mais real. O filme “A Branca de Neve”, produzido pela Disney, mudou aspectos do conto original para adaptá-lo a questões sociais da atualidade.

Em entrevista, a atriz Rachel Zegler, que interpreta a personagem título, disse que o conto é antiquado por não representar mulheres em papéis de poder, e conclui: “Ela não será salva pelo príncipe. Ela não vai sonhar com o amor verdadeiro, mas sonhar em ser uma líder”.

Agora, as meninas precisam lutar contra o machismo e lembrarem que são fortes e independentes não apenas no dia a dia, mas também no mundo da imaginação. Não há saída da realidade. Ninguém escapa. Estamos presos na cela política.

Como se ver um filme no qual a princesa é salva pelo amor fosse fragilizar as mulheres, ou como se apreciar histórias do gênero fosse uma espécie de traição à causa. Como disse Tolkien, “estão confundido a Escapada do Prisioneiro com a Fuga do Desertor”, e acabando com a imaginação pelo caminho.

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Desaforismos

Manoel Carlos Karam

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© Maria Inez Furlani

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Sara Saudková

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Zeta B. © Zishy

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Pasticche

Cheiro de café acha sorvete de pistache a melhor coisa do mundo

Isso porque eu já tinha avisado antes sobre as distâncias que existem entre algumas coisas específicas e sorvete de pistache
Uma coisa específica por exemplo um poeta
por exemplo o mesmo que tenta advertir cheiro de café sobre as distâncias específicas entre sorvete de pistache e algumas coisas que existem

Avisei: uma coisa é sorvete de pistache (segundo cheiro de café, a melhor coisa do mundo)
outra coisa as distâncias
por exemplo, o que está escrito
por exemplo, cheiro de café
por exemplo, sorvete de pistache

Isso porque eu já tinha avisado antes.

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