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Nora Drenalina indica:
Curitibanos dos Campos Gerais descreve a trajetória de uma família que vive em território paranaense há 10 gerações. Apresenta uma árvore genealógica em que, de tempos em tempos, surgem nomes conhecidos da História do Paraná. Não trata, porém, daqueles que ocuparam posições de destaque, dos que se sobressaíran na economia e na política. Procura, antes, o cotidiano, as relações internas, os fatores que permitiram a permanência e a evolução desse grupo familiar.
Enfocando o dia a dia dessas pessoas, a autora revela detalhes esclarecedores de uma vida social que, geralmente, os estudos genealógicos não apresentam. O livro é uma contribuição para o entendimento das raízes paranaenses fundados na origem portuguesa de seus primeiros povoadores.
Curitibanos dos Campos Gerais, de Vera Maria Biscaia Vianna Baptista. Coordenação Editorial: Mirabilia; fotografias: Zig Koch, João Urban e Carlos Henrique Kugler; ilustrações: Maria Angela Biscaia; projeto gráfico e capa: Guilherme Zamoner; incentivo Cultural Siemens, 2002.
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vai, tolo,
faz jus à fama,
cai de cabeça nessa tua quimera,
dá, fausto, tudo por um idílio,
devotas tua alma insana,
inocente do quê o espera
faz jus à fama,
cai de cabeça nessa tua quimera,
dá, fausto, tudo por um idílio,
devotas tua alma insana,
inocente do quê o espera
sê fiel a teu credo
de que há amor infindo,
bem que nunca acabe…
…a mão e a luva…
…a corda e a caçamba…
…unha e carne…
cego,
dá-se por completo,
ignoras o dolo
de quem prezas ao extremo
e atolas no lodo
suave, fragrante e pleno,
dos coitados
ah!, tolo…
exposto à prova
do sexto mandamento,
te entregas ao instinto
e recebes em troca
o “precisamos dar um tempo”
o “te gosto como amigo”
em desespero aflito,
te vês num pesadelo
pensas em formicida, trem, gilete, corda, tiro
te afogas em redentora carraspana,
e entre os teus encontras consolo
és o filho bastardo
imolado pelo destino
numa novela mexicana
e terminas teu folhetim
com fama de mal-educado,
um polaco da nhanha
ignorante e chinfrim,
tolo,
teu remédio é ouvir,
num disco riscado,
um tango argentino
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Foto sem crédito.
Ninguém mais morre de fato,
a morte perdeu seu antigo status.
a morte perdeu seu antigo status.
A vida ocupou todo o espaço
assim como nos desertos os cactus.
Foi-se pra sempre a negra figura da morte,
decretamos nossa eternidade à revelia.
Doações de órgãos de toda sorte:
um olho pra fulano, outro pra beltrano, alegria
pra sicrano e o coração pra qualquer uma.
Aos pedaços, algum incauto há de dizer:
isso é vida? uma duna que se avoluma?
Só sei que foi tudo que pude morrer.
Antonio Thadeu Wojciechowski
e Sérgio Viralobos
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Vem aí!
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No Reino das Jararacas
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Poluicéia desvairada!
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Na moldura
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Em Sampa – Eduardo Kobra – Neo-vanguarda paulista por Paulo Klein
Kobra é o nome artístico de Carlos Eduardo Fernandes Leo (São Paulo, 1976), um expoente do que chamo de neo-vanguarda paulista. Seu talento brota por volta de 1987, no bairro do Campo Limpo com o pixo e o graffiti, caros ao movimento Hip Hop, e se espalha pela cidade. Com os desdobramentos, que a arte urbana ganhou em Sampa, ele derivou – com o Studio Kobra, criado nos anos 90 – para um muralismo original – inspirado nos pintores mexicanos e no design mural do norte-americano Eric Grohe -, beneficiando-se das características de artista experimentador, bom desenhista e hábil pintor realista. Nesse caminho ele desenvolve o projeto Muros das Memórias, com pinturas cenográficas, algumas monumentais, realizadas em pontos estratégicos da capital paulista. Através delas recupera cenas antigas da cidade, mesclando-as, às vezes, a interferências atuais. O maior destes murais, com cerca de 1000 m2, foi realizado, em 2009, na Avenida 23 de Maio.
Paralelamente, Kobra prepara sua história pessoal, que passa pela pesquisa de materiais reciclados e novas tecnologias, como a pintura em 3D sobre pavimentos (desenvolvida por nomes internacionais, como Julian Beever e Kurt Wenner), além de reciclar, recriar momentos e formatos das histórias da Arte e das cidades.
A presente exposição é síntese de seu modo peculiar de criar, através do qual pinta, mas também adere, interfere, sobrepõe personagens e cenas das primeiras décadas do século XX (de Gaensly e fotógrafos de sua época) com tags, tramas da Op Art, elementos da Arte Concreta. Ou, ainda, sobre-adesiva transparências em camadas que se harmonizam em cores, em preto e branco.
Tudo arranjado para encantar aos olhos e mentes, resgatar flashs nostálgicos, condimentados com fragmentos soltos da História, pintura executada com aerógrafo ou pincel sobre suportes inusitados (portas, janelas, refrigeradores antigos, placas e luminosos descartados) ou não (madeira, tela ou lona de caminhão). Inquieto e irrefreável em suas buscas criativas, Kobra é, hoje, um fenômeno da arte brasileira, da neo-vanguarda que “já” não se permite ignorar.
Paulo KLEIN – Crítico de Arte/Curador. Association Internationale Des Critiques D’Art – Paris. Associação Brasileira de Críticos de Arte – São Paulo.
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Cala-te, boca!
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