Na medida em que alguns nomes (todos homens) ganham força como possíveis indicados de Lula para a vaga de Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal, mulheres do governo vão tentar incluir a primeira-dama, Janja da Silva, na pressão para que Lula indique uma mulher, de preferência preta, para o lugar da ministra que se aposenta em outubro.
Lula tem dado indicativos de que não pretende atender à demanda das ministras e dos movimentos sociais. Afirmou mais de uma vez que não assumiu compromisso com a reivindicação durante a campanha eleitoral. A substituição de Weber será a última durante o mandato do petista.
Uma das cotadas por movimentos sociais para o STF é a advogada Vera Lúcia Araújo. Ela, porém, tem negado qualquer movimentação política entorno de seu nome. A interlocutores, disse que não foi procurada por ninguém do governo ou algum emissário para falar sobre a possibilidade.
Este ano, Lula indicou Cristiano Zanin, seu ex-advogado, para o Supremo. Se outro homem for colocado no lugar de Rosa Weber, restará apenas Carmen Lúcia na corte. Em seus 215 anos e mais uma centena de ministros, o Supremo só teve três ministras.
A PF informa que o bombeiro Maxwell Correia, o Suel, planejador do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes movimentou R$ 6,4 milhões. A fonte e o destino da grana não são revelados, só que Suel também acabou assassinado – do mesmo modo que Marielle e Anderson, abatido a tiros vindos de carro em movimento. R$ 6,4 milhões é renda de político carioca, dos bons, absolvidos mais tarde.
(*Follow the money foi a orientação do informante sobre Watergate aos repórteres Bob Woodward e Carl Bernstein, que investigavam a corrupção na reeleição de Richard Nixon. O informante era Mark Felt, número 2 do FBI, que teve a identidade por trinta anos. Os repórteres chamavam-no Deep Throat, garganta profunda, do filme pornográfico da atriz Linda Lovelace.)
O abismo que separa o salário entre as seleções masculina e feminina é imenso, mas elas não vão desistir
Treinadora: “A pressão em cima do nosso desempenho nunca foi tão grande. O governo brasileiro decretou ponto facultativo para assistir aos jogos da Copa do Mundo feminina. O torneio bateu um recorde histórico de ingressos vendidos. É uma oportunidade de ouro para aumentar a visibilidade e o engajamento do público no futebol feminino“.
Treinadora: “A pressão em cima do nosso desempenho nunca foi tão grande. O governo brasileiro decretou ponto facultativo para assistir aos jogos da Copa do Mundo feminina. O torneio bateu um recorde histórico de ingressos vendidos. É uma oportunidade de ouro para aumentar a visibilidade e o engajamento do público no futebol feminino“.
Jogadora: “Justiça, por favor”.
Denise: “Ele não fala português. Tem que comunicar com os olhos, com o corpo. Acessa essa dor dentro de você. Lembra os coleguinhas de escola que chamavam você de sapatão porque o que você gostava era de jogar bola. Lembra que as mulheres eram proibidas de jogar futebol no Brasil, por lei, na década de 1940. Lembra que até 2015 a seleção feminina não tinha nem uniforme próprio. Olha para o abismo que separa o teu salário de um jogador da seleção masculina, que ganha em torno de 60 vezes mais do que você. Mas você vai desistir por causa disso? Não vai, porque você é brasileira! Deixa a emoção tomar conta, se o David Luiz pode abrir o berreiro, você também pode.
Pronto, juiz deu o cartão vermelho. Sustenta a personagem, levanta sentindo a lesão. Arrasta mais essa chuteira, olha para cima, pede força para Jesus Cristo, enxuga o rosto com a camisa. Sinalizou que está bem, pediu o carinho da torcida e voltou para o jogo. Bravo! Alguém aqui conhece o sistema do Stanislávski? Não? Tudo bem, hora da mímica. Que tema vocês preferem, música ou filme?”
No decorrer do estudo da obra do escritor paranaense Cesar Bond, a memória dispara: Leminski por Bond, ou mais uma dobra das história(s) da poesia paranaense. Agradeço à confiança de Carmen Vilanova e Luiza Bond, como também de Jose Francisco Bond, Maria Thereza Bond, Danielle Francelli e aos editores da Revista Sibila.
Ammonite se passa em 1840 e é a história da caçadora de fósseis Mary Anning (Kate Winslet), que trabalha sozinha para uma companhia. Com seus dias de fama ficados para trás, ela agora procura por fósseis comuns para vender para turistas, com intuito de sustentar a si mesma e a sua mãe doente. Quando um homem rico lhe oferece um trabalho, Mary passa a criar laços com sua esposa, obrigando as duas mulheres a determinarem a verdadeira natureza de seu relacionamento.
1h 58min / Drama, Biografia. Direção: Francis Lee. Elenco: Kate Winslet, Saoirse Ronan, Fiona Shaw. Nacionalidades Reino Unido, Austrália, EUA.
Auxiliares de Lula admitem que faltam ao governo uma marca que simbolize o terceiro mandato do presidente. Nesse aspecto, é quase unanime que a comunicação do Palácio do Planalto falhou.
O governo, como mostrou o Bastidor, optou por resgatar programas lançados nos primeiros anos de Lula no poder. O maior exemplo foi a retomada do Bolsa Família e a promessa de relançamento do novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Marcado por obras paradas e denúncias de corrupção, o programa só não ganhou um novo nome porque as sugestões apresentadas pela Secom (Secretaria de Comunicação) não agradaram a Lula.
No segundo semestre, a missão do chefe da Secom, Paulo Pimenta, é consolidar uma marca. A aposta do ministro que será levada ao presidente é o tema da sustentabilidade e da transição energética. “É o assunto central do protagonismo desse governo no Brasil e no exterior. Não há uma mesa no mundo que discuta meio ambiente sem que o Brasil seja protagonista”, tem repetido Pimenta a interlocutores.
Não será fácil unificar o discurso, admite um petista ao Bastidor. Isso porque ministros do PT classificam o governo Lula como uma gestão de “profundas contradições” e de “opiniões muito distintas sobre questões estratégicas”.
Nos próximos meses, Lula terá que arbitrar na disputa que antagoniza a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o de Minas e Energia, Alexandre Silveira, sobre a exploração de petróleo na margem equatorial do Amazonas. “Será uma boa oportunidade para descobrir qual será o rumo do governo”, afirmou um integrante do governo.
Muita gente não tem a menor ideia de como um filme de longa-metragem é feito. Não sabe, e não se interessa em saber. Deve achar que é como filme de aniversário de criança: organiza-se a festa, chama-se o rapaz com a câmara, e no outro dia o filme está pronto pra passar. Não é assim. É um trabalho insano e cansativo, que envolve às vezes anos de preparação, meses e meses de execução, e no final deixa centenas de pessoas esgotadas de tanto esforço. E custa (geralmente) milhões de dólares – sempre com a expectativa de render bem mais.
Quando a gente se queixa da violência dos filmes, da TV, dos videogames, está de certa forma se queixando não apenas da possível má influência mental que eles possam vir a ter sobre as pessoas, principalmente os mais jovens, mas também do paradoxo de que tanto dinheiro e tanto esforço se concentrem em produzir coisas assim, quando seria possível, talvez, ganhar dinheiro com filmes diferentes – afinal, comédias, filmes românticos, filmes de simples aventuras, tudo isso também costuma dar bons lucros, quando acerta com o “paladar” da galera
A matança que aconteceu nos EUA na pré-estréia do novo “Batman” de Christopher Nolan não é uma consequência do filme, nem desse tipo de filme. Os dois são sintomas de nossa fascinação permanente pela violência e pela destruição. Somos seres biológicos, de carne e osso, vulneráveis à violência, condenados à morte, e por isso pensamos nisso o tempo todo. Somos o único animal que sabe que vai morrer e o único que (como diz o ditado) morre mil vezes de mentira antes de morrer de verdade. Batman, o herói desarmado que evita matar, é o Ego tentando reprimir os Coringas incontroláveis da crueldade, e sentindo sempre o horror de se saber semelhante a eles.
Cresci numa época em que a censura etária era mais rigorosa nos cinemas, e não havia a TV a cabo, como hoje, passando sexo pornô e esquartejamentos explícitos ao alcance de qualquer guri de 10 anos. A galera de hoje sofre um verdadeiro massacre de violência, e não o faz a contragosto, faz (se bem recordo minha infância) por fascinação própria. Quando eu tinha dez anos eu queria ver isso tudo. Não queria que acontecesse a ninguém, mas se acontecesse eu queria ver como foi. Não é de admirar que ao lado de 999 caras que querem somente “ver como foi” apareça 1 querendo fazer. Somos animais de carne e osso com uma trágica consciência da dor, da maldade, da morte.
Um dia nos transformaremos em avatares eletrônicos dotados de consciência, mas enquanto isto não ocorre iremos sentir o que Augusto dos Anjos descreveu como “essa necessidade do horroroso/que é talvez propriedade do carbono”.
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