Tempo – Poluicéia Desvairada!

Promotoras descansando entre uma abordagem e outra na Oscar Freire, em algum lugar do passado. © Lee Swain

Publicado em poluicéia desvairada! | Com a tag , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Tempo

Pecê Lopes, jornalista, Teresina, Piauí, em algum lugar do passado. © Joyce Vieira

Publicado em Geral | Com a tag , , , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Redemption Song

Bob Marley – Tradução de Ivan Justen Santana

Publicado em Geral | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Kurt

Em algum lugar da Alemanha existe um rio chamado Vonne.

Esta é a origem do meu estranho nome. Sou escritor desde 1949. Autodidata. Não tenho qualquer teoria sobre literatura que possa ser útil aos outros. Quando escrevo simplesmente me transformo no que aparentemente devo ser. Tenho um 1 metro e 98, peso quase 90 quilos e tenho os movimentos mal coordenados, exceto quando nado.

Quem trabalha escrevendo é toda essa carne emprestada. Quando nado sou lindo. Meu pai e meu avô paterno eram arquitetos em Indianápolis, no estado de Indiana, onde nasci. Meu avô materno era dono de uma cervejaria lá. Ganhou uma medalha de ouro na Exposição de Paris com a sua cerveja, que se chamava Lieber Lager.

O ingrediente secreto era café. Meu único irmão, oito anos mais velho do que eu, é um cientista bem sucedido. Sua especialidade é a física no seu relacionamento com as nuvens. Seu nome é Bernard e é mais engraçado do que eu. Lembro-me da carta que escreveu depois que seu primeiro filho, Peter, nasceu e foi levado para casa. “Aqui estou eu” – começava a carta – “limpando merda de praticamente todas as coisas.” Minha única irmã, cinco anos mais velha do que eu, morreu aos quarenta.

Também passava de um 1 metro e 80 por quase um angstrom, mais ou menos. Era divina de se olhar e graciosa, tanto dentro como fora d’água. Era escultora. Fora batizada “Alice”, mas sempre negava ser uma Alice. Eu concordei. Todos concordaram. Talvez num sonho, algum dia, eu descubra o seu nome verdadeiro. Suas últimas palavras foram “não dói”. São últimas palavras muito boas. Foi o câncer que a matou. E agora me dou conta que os dois temas principais das minhas novelas foram ditados por meus irmãos: “Aqui estou eu, limpando merda praticamente de todas as coisas” e “não dói”.

O conteúdo deste livro são amostras dos trabalhos que vendi para financiar meus romances. Aqui se encontram os frutos da empresa privada. Eu era relações públicas da General Electric e depois me tornei escritor free-lance da chamada ficção comercial, principalmente ficção científica. Se melhorei moralmente após passar por esta transformação não estou em condições de dizer. É uma das perguntas que pretendo fazer a Deus no Dia do Juízo Final – junto com uma outra a respeito do nome verdadeiro de minha irmã. Isto pode muito bem acontecer na próxima quarta-feira.

Kurt Vonnegut Jr.

*Vonnegut escreveu esse texto em 1968. Que o nobre gigante tabagista esteja à esta altura chamando sua irmã pelo nome secreto e apreciando seus mergulhos nas nuvens.

Publicado em Sem categoria | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Álbum

Mário Quintana, Curitiba, março (1983).  © Julio Covello

Publicado em álbum | Com a tag , , , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Desiderata. © IShotMyself

Publicado em Geral | Com a tag , | Comentários desativados em
Compartilhe Facebook Twitter

Publicado em Comédia da vida privada | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Bateu, levou

Reciclados no fascismo italiano, os brasileiros que agrediram o ministro Alexandre de Moraes no aeroporto de Roma justificam-se à PF: apenas reagiram em legítima defesa. Então foi o ministro que agrediu as reses bolsonaristas. Como? Deu cabeçada lustrosa nos espécimes masculinos, passou a mão no forévis da bolsomínia, chutou o filhote de mussolini? Nada disso. O ministro cometeu um crime à distância, o de mandar prender os golpistas do 8 de janeiro. Como acontece com os bolsomínios covardes, eles negam o óbvio.

Publicado em Rogério Distéfano - O Insulto Diário, Sem categoria | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

O Rabino Yehuda e Seus Fieis Alcoólatras

O Rabino Yehuda era particularmente rigoroso e não suportava ver os judeus de sua Congregação se embebedando.
Um dia, com a informação de que alguns deles estavam frequentando um bar muito conhecido, decidiu aparecer lá de repente.
Ele entrou, e chegando perto de Stan, um conhecido da Sinagoga, perguntou:
– “Stan, você quer ir para o céu?”
O homem, assustado com a pergunta, respondeu afirmativamente e o Rabino disse:
– “Então fique parado ali contra a parede”.
Stan obedeceu e o religioso fez a mesma pergunta à outro membro que reconheceu:
– “Wolf, você quer ir para o céu?”
– “Certamente, Rabino” – foi a resposta do homem.
“Levante, encoste ali na parede ao lado do Stan e espere” – falou o Rabino.
Então o Rabino Yehuda foi até Chaim Yankel, um antigo frequentador da Sinagoga, e repetiu a pergunta:
– “Chaim, você quer ir para o céu?”
Para surpresa dele, o homem respondeu:
– “Não, Rabino, eu não quero”.
Num tom que denotava incredulidade, o Rabino indagou:
– “Quer dizer que quando morrer você não quer ir para o céu?”
Aí Chaim Yankel explicou:
– “Ah, quando eu morrer, quero, lógico. Eu pensei que o senhor estava juntando um grupo para ir agora”.

Uma Pérola da Sabedoria Judaica
– “É surpreendente o quão importante um homem se torna quando morre”.

Frases dos Melhores Humoristas Judeus
Samuel Goldwyn (Samuel Goldfish – Varsóvia, 17/8/1879 – Los Angeles, 31/1/1974)
– “Eu não acho que alguém deva escrever sua autobiografia antes de morrer”.

As Terríveis Pragas Judaicas
“Que todos os teus dentes caiam, menos um, para doer e te fazer sofrer”.

Publicado em Gerson Guelmann | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Heloisa Teixeira

Heloísa Buarque de Holanda mudou de nome. Não quer mais ser conhecida pelo sobrenome do falecido marido. A escritora, pesquisadora e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) agora se chama Heloisa Teixeira, alcunha materna. Foto de Leo Martins.

Publicado em Sem categoria | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Extrema direita e a tática do escândalo

Os últimos acontecimentos no interior do PL mostram que o bolsonarismo não tarda muito a virar a mesa.

Um dos problemas de estudar a História da extrema direita é que, às vezes, durmo no sofá e tenho curtos pesadelos. Supremacia branca, antissemitismo, homofobia, raiva de mulheres — cada grupo tem seu gosto, e juntos formam a chamada direita alternativa — alt-right.

Uma coisa que aprendi nas horas de estudo e vigília é que a extrema direita tem uma tática de escandalizar para emergir no chamado mainstream. Foi assim quando Hillary Clinton, nas eleições de 2016, mencionou a alt-right. Muitos grupos celebraram por terem sido citados.

— Conseguimos entrar na cabeça dela — postaram nas suas redes.

Sou pai de professora e tenho tudo para estar indignado com o deputado Eduardo Bolsonaro, que comparou os mestres brasileiros a traficantes de drogas.

No entanto não posso deixar de colocar sua fala no contexto, como dizíamos antigamente. O pai foi derrotado na votação da reforma tributária.

Nesse quadro de isolamento, uma tábua de salvação é precisamente dizer algo bombástico. Os adversários comentam e movem processos, o próprio governo manda investigar.

Um encontro insignificante de pessoas que defendem armas acaba tendo uma divulgação que o salvou de passar completamente em branco, ou em cinza, dependendo de como se avalia o anonimato.

Sempre se pode questionar a racionalidade política de quem escolhe frases bombásticas para marcar posição. Mas a análise básica é que existe um sistema opressor, e quem se levanta contra ele, não importa como, acaba ganhando adeptos. Em outras palavras, vivemos na matrix e precisamos distribuir pílulas vermelhas da rebeldia. Isso pode ter acontecido num certo momento. Mas é conjuntural.

A extrema direita personificada por Bolsonaro caminha para anos difíceis. Assim como Trump, com o Partido Republicano, Bolsonaro também se abriga em partidos que não criou. Ambos são uma espécie de hóspedes barulhentos que exigem seus direitos com base nos votos que atraem.

Bolsonaro não pode ser candidato, sua tarefa se limita à de um cabo eleitoral. Mas os últimos acontecimentos no interior do PL mostram que o bolsonarismo não tarda muito a virar a mesa. O grupo de zap do partido foi interrompido por causa da troca de insultos entre seus membros.

O bolsonarismo já implodiu um partido, o PSL. A bancada eleita em 2018, na esteira do líder carismático, se liquidou em lutas fratricidas. É previsível que se destruam. Foram formados num contexto de redes sociais, guiados pela lógica algorítmica, confrontos, trolagem e indignação.

No período pré-digital, os quadros se formavam com reuniões presenciais, assembleias, formação de correntes, trocas e discussão de documentos. O processo de se iniciar na política implicava um certo aprendizado em negociação, num nível de tolerância com as ideias diferentes.

Continue lendo

Publicado em Fernando Gabeira - O Globo | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

PP pronto para aderir

O lançamento de um documento de diretrizes para o PP, como prometeu o senador Ciro Nogueira (PI), presidente do partido, não impedirá a legenda de entrar no governo, como vêm discutindo integrantes da sigla, sobretudo na Câmara dos Deputados.

Ciro e Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, têm uma conversa marcada para quinta (20). A ideia é discutir ministérios e eventuais nomes para ocupar as pastas na esplanada.

Lula, como vem informando o Bastidor, sabe que ao escolher nomes do PP e do Republicanos para o ministério não terá a garantia de levar as bancadas para a base. Ele conta, porém, com o empenho dos ministros para atuar em defesa dos projetos do governo quando necessário.

Ciro Nogueira afirmou neste fim de semana que pretende lançar uma “Agenda Central”, a partir da qual os parlamentares da legenda devem se pautar no Congresso.

Segundo disse ao Bastidor um integrante do partido, os temas serão centrados sobretudo em pautas econômicas e não servirá para impedir quem quiser aderir ao governo. Mas servirá para evitar posicionamentos mais à esquerda, com vistas a 2026.

Publicado em O Bastidor | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Robert Amorim

Julho|2011

Publicado em tempo | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Já foi na Academia hoje?

Wilson Buen0|1949-2010

Publicado em Sem categoria | Com a tag , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

© Jan Saudek

Publicado em Jan Saudek | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter