Nora Drenalina recomenda:

Quem não lê, só fica por dentro do que está por fora.
Soruda san, no suco.
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Poluicéia desvairada!

Zequinha na HQMIX.
(Praça Roosevelt)

Foto de Maria Taccari.
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Todo mundo lá!

Essa menina vai longe!

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Roxinho básico

Foto sem crédito.
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Alegreresina!

Foto sem crédito.

O Albert Piauí (presidente da Fundação Nacional do Humor e coodenador do Salão Internacional de Humor do Piauí, Brasil) retornou da Capital do Poder (esteve lá semana passada) cheio de gás e confirmando a realização do evento para o período de 25 a 31 de maio do ano corrente. Espiando o blog do Don Suelda, espero! Kenard Kruel.
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Nora Drenalina recomenda:

Quem não lê, só fica por dentro do que está por fora.
Soruda san, no suco.
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dentro de um shopping Center
todas as cidades são iguais
todos os desejos são iguais
todas as juras são iguais
é a humanidade reduzida
ao máximo divisor comum
em doze vezes no cartão
sem juros

alberto centurião

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Antena da raça

Foto Prisacom. SA.

Antoine Marie Joseph Artaud, conhecido como Antonin Artaud (Marselha, 4 de setembro de 1896, Ivry-sur-Seine, Paris em 4 de março de 1948) foi um poeta, ator, escritor, dramaturgo, roteirista e diretor de teatro francês de aspirações anarquistas. Ligado fortemente ao surrealismo, foi expulso do movimento por ser contrário a filiação ao partido comunista. Sua obra O Teatro e seu Duplo é um dos principais escritos sobre a arte do teatro no século XX, referência de grandes diretores como Peter Brook, Jerzy Grotowsky e Eugenio Barba. Seus restos mortais se encontram no Cimetiere de Marseille, França.
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Para conhecimento geral da Nação

A recente descoberta dos textos OSS, na antiga capital do Paraná, uma cidade que se chamava Ka-Ra-I-Tu-Ba (ou Ko-Reu-Dupa, conforme outra tentativa de leitura possível) começa a provocar verdadeira revolução na idéia que se fazia do aborígene que habitava as bordas da Boca Maldita, rico sítio arqueológico onde foram encontrados os restos do “Homo Adherbalensis” e uma mandíbula do “Homo Mazzensis”, índices seguros de que havia vida inteligente no lugar, quando os textos foram escritos.

O crânio de um Dalton Trevisanosaurus Rex, um antepassado do vampiro da Transilvânia, com seu caninos afiados, prova que boa parte da fauna local se alimentava do sangue dos próprios companheiros de flora e habitat. A imensa quantidade de garrafas de Velho Barreiro e de cerveja é uma evidência dos hábitos etílicos da população desse vale, que se revelou tão rico em tesouros arqueológicos.

Basta dizer que foram encontrados vestígios do esqueleto de um Solda, a vértebra de um Manoel Carlos Karam intacta, a asa inteira de um Rogério Dias e até o omoplata de um Roberto Requião, facilmente reconhecível pela sigla PMDB, gravada na face anterior.

Nenhum Leminski foi ainda encontrado nas imediações da Boca, mas isso se deve ao fato de que esses animais ariscos preferiam as cruzes do pilarzinho para desovar seus ovos e cometer seus desatinos. Esses animais viviam às custas dos bandos de dantes mendonças e setos que sobrevoavam os pântanos da Boca em busca de tipos para caricaturar. As primeiras tentativas de decifrar os textos OSS, hoje classificados em dois grupos, o Grupo OSS-Nossos e o Grupo OSS-Deles, começam a produzir resultados. O primeiro texto a ser traduzido nos revela um mundo cheio de esperança e alegria, onde as ternas alegrias do lar se mesclam, delicadamente, a alguma porradas de karatê na boca. Ele diz, mais ou menos assim, traduzo livremente:

meus amigos bebem demais
meus amigos fumam demais
meus amigos falam demais
meus amigos morrem demais
eu chego sozinho aos quarenta


A julgar por este fragmento dos textos OSS os contemporâneos tinham muitos amigos. Sem dúvida, a amizade era um dos sentimentos mais cultivados entre os OSS. O tom melancólico da conclusão insinua que os OSS não chegavam facilmente aos 40 anos, coisa que se devia certamente às condições insalubres da vida que levavam, a seus hábitos noturnos e aos vícios que praticavam. O que mais espanta os tradutores dos textos OSS é a violência de inúmeras passagens, o que insinua que não era fácil a sobrevivência desse povo, em eterna luta contra instituições injustas. Basta atentar para passagens como:

vou te preparar uma emboscada
se sobrar um osso, dou
pra cachorrada…

Ou:

é duro perder um dedo
mesmo tendo esta mão
cheia de dedos

Nada nos autoriza a imaginar que os OSS tivessem mais de cinco dedos. “Cheia de dedos”, aqui, quer dizer apenas “uma mão inteira”. Por esse lado, podemos fazer um paralelo entre os OSS e a tribo “punk” que nessa época invadiu as butiques, danceterias e as lanconetes da Boca, e proclamou o império da porrada, do Relógio das Flores até o Pasquale, ao lado da Ilha dos Macacos. Alguns pesquisadores suspeitam, po isso, que os OSS tinham relações íntimas com os primatas que praticavam “Rock and roll”, um ritual sangrento que exigia que um Jimi Hendrix morresse de “overdose” de heroína de seis em seis anos, para aplacar a fome de lucros das Warnes Brothers, uma divindade da época que soltava elepês e compactos pelas narinas. Segundo opinião unânime, o mais comovente dos textos OSS é um hino à um cometa chamado “Desta vez vai bater”, um poema que começava dizendo:

em todos os textos antigos
desde os tempos mais remotos,
para terminar melancólico.
quer correr mas agora é tarde
quer gritar mas agora é longe.

Não, senhores. Não era fácil a vida do povo que escreveu os textos OSS. O pessimismo que permeia os textos OSS fornece um testemunho eloqüente da dificuldade de se relacionar com as ilusões da época, o desespero transformado em sarcasmo e ironia, a agressividade dos agredidos, a ira estéril daqueles que já não acreditam mais em nenhuma utopia. Nas areias movediças da angústia, os OSS não economizavam palavrões nem insultos, nem maldições aos deuses do céu e da terra.

Amanhã, de manhã, na livraria Dario Velloso, na feira “hippie”, na Praça do Relógio das Flores, vão estar à venda alguns poemas OSS, num volume chamado exatamente “OSS”. Quem quiser ir, vai. Quem não quiser vai plantar batatas, pois como diz um texto OSS:

ninguém vai querer saber
se você presta ou não presta
a grande maioria te odeia
o resto te detesta

Paulo Leminski (Não encontrei a data nos meus arquivos. (Thadeu, pega essa bola!)

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Amigo é pra essas coisas

Foto National Geographic.
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Polacada no samba

No show do Maxixe Imbatível Machine: Barbara Kirchner, Thadeu Wojciechowski, Catarina Velasco, Gabrielle Amilívia e Mr. Magoo. Foto de Anderson Tozato.
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Tempo, tempo, tempo

Massao, Angeli, Soruda san, e Dante Mendonça no Teatro Paiol, outubro, 1975, exposição “12 Desenhistas de Humor”, durante a temporada da peça Bicho de Sete Cabeças, de Manoel Carlos Karam. Como vocês podem notar, nós seguimos o conselho do irmão do Maracanã, Nelson Rodrigues: “Jovens, envelheçam!”. Foto de Sisquecemos Completamente.
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Nessa estrada

Filme que Spielberg fez pra TV. Vi no cinema com Manoel Carlos Karam. Depois, em VHS, com Caetano, meu filho, 5 anos, muitas e muitas vezes. Este DVD, com extras, explica tintim por tintim como nasceu Encurralado. Duel, com Dennis Weaver, Lucille Benson, Eddie Firestone e Care Loftin. Produzido por George Eckstein. Solda.
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Vai lá!

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