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Sessão da meia-noite no Bacacheri

Márta, uma neurocirurgiã de 40 anos, se apaixona por um médico que conheceu em uma conferência. Ela deixa sua brilhante carreira nos Estados Unidos para trás e retorna a Budapeste para começar uma nova vida com ele. Mas, logo no primeiro reencontro, o amor de sua vida afirma nunca tê-la conhecido antes.

Preparativos para Ficarmos Juntos por Tempo Indefinido. Diretor: Lili Horvát – Duração: 94 minutos. Ano de Lançamento: 2020. País de Origem: Hungria

Você está quieta no seu canto, levando a sua vida, com tudo no lugar e um dia, em uma fila de cinema, ou em qualquer outro lugar, o mais inesperado que seja, encontra aquela pessoa que acha que é a que esteve procurando por toda a sua vida. Aquele momento se transforma na sua cabeça, cada segundo adquire uma relevância que nada mais parece ter tido, tudo é gigante, superlativo. Seu corpo inteiro grita com você e fica assim por dias e dias. A paixão é como a uma doença, um vício, aliena, enlouquece, transforma a vida pós-encontro numa busca constante pela mesma sensação, e, insanamente, muito do que se vive é criado, está nos floreios imaginativos do ser apaixonado. Preparativos para Ficarmos Juntos por Tempo Indefinido, enquanto corajoso, é sobre isso.

É assim que quem se apaixona larga tudo para trás, inclusive o bom-senso, pega um avião, gasta uma fortuna, e vai encontrar-se com a pessoa de quem não consegue mais ficar um minuto longe. É assim que esse  alguém pode descobrir que do outro lado pode não haver ninguém além de uma imagem criada pela sua vontade, carência, desejo ou qualquer que seja o sentimento. Essa é a história de Marta, mas podia ser a minha, a sua e a de tantas outras pessoas pelo mundo afora. A diretora e roteirista Lili Horvát parte de um lugar muito familiar e identificável para construir a sua história. Se os passos não são os mesmos, os locais mudam, os sentimentos e reações são velhos conhecidos.

A dúvida da paixão — além do sentimento de Marta, que de tão real é quase palpável — está por todo o filme, desde o poético e vago título aos eventos narrados pela protagonista. As interações entre esta e Janos também são construídas de maneira artificial. Mais do que questionar, a ideia é perceber a interferência e o quanto cada um desses momentos contrasta com a personalidade prática e fria da protagonista. Horvát exagera quando investe pesado na contraposição de enquadramentos e elementos de cena. Um bom exemplo seria a secura da visita do pós-operatório em comparação ao passeio nas calçadas opostas. Porém, quando a diretora confia que o sentimento é suficiente para falar por si, o filme adquire uma força extra.

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Acordo de saída

Ficou acertado entre o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e o prefeito de Belford Roxo, Wagner Carneiro, que a ministra do Turismo, Daniela Carneiro, deixará a pasta nesta quinta. Ela tem um encontro com Lula às 15h.

O casal ganhou a promessa de que conseguir fazer indicações no Rio de Janeiro e que Daniela será uma das vice-líder do governo na Câmara.

O Bastidor adiantou ontem que Lula esperava que Padilha resolvesse as dificuldades com Wagner e Daniela Carneiro ainda esta semana para poder colocar o deputado Celso Sabido (PA), do União Brasil, no lugar.

Wagner Carneiro, como informou o Bastidor, quer o controle dos hospitais federais no Rio e Padilha prometeu um hospital em Belford Roxo, além de verificar os possíveis espaços com Lula e com a ministra Nísia Trindade (Saúde).

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Governo Pirandello

O governo Lula demite o presidente do INSS; motivos: farra de passagens e filas no atendimento dos segurados. Não apresenta a definição de farra, que é conceito equívoco, com vários significados. Tem farra de todo tipo em Brasília, inclusive as patrocinadas pelo governo Lula. Fila no atendimento dos segurados também é conceito equívoco: filas sempre houve, que aumentam mais ou menos, nunca diminuem ou cessam. Na realidade, o cara do INSS foi demitido porque trouxe com o cacoete do bolsonarismo aliado, que o indicou para o cargo: a vocação para a improbidade. Em suma, o governo Lula é como as peças de Pirandello, o que parece não é; e o que não parece, é.

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Dancers in Paradise.  © Jan Saudek

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Revista Ideias|156|Travessa dos Editores

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Requiescat in pace

Maior nome da dramaturgia nacional e criador da linguagem tropicalista no teatro, José Celso Martinez Corrêa, o Zé Celso, que encenou a folia, a orgia e a anarquia no Teatro Oficina, morreu nesta quinta-feira (6), aos 86 anos, em São Paulo. © Gabriel Rinaldi

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Mural da História

Ademir Vigilato, o Paixão, e Ivo Rodrigues, The Voice, no Stuart Bar, na Praça Osório. © Daniele Régis

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Hoje

Venha conhecer a nova sede e deixar sua assinatura no nosso mural. Hoje, das 19 às 22 horas, na Rua Conselheiro Laurindo, 825, sala 411.

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O antigo chá de sumiço ganhou uma série de novas variantes na era atual

A prática do ghosting, tradicional na paquera, tem agora versões na amizade, na vida familiar e até no mercado de trabalho

Nos últimos anos, o termo “ghosting” vem assombrando os solteiros que estão à procura de uma alma gêmea.

A prática, que deriva do gerúndio de “fantasma”, virou até termo de dicionário. De acordo com o “Cambridge Dictionary”, “ghosting” significa uma maneira de terminar um relacionamento de repente, interrompendo toda a comunicação. O outro lado da relação chega a imaginar que a pessoa morreu, mas, na verdade, ela partiu para outra, sem ao menos dar o mínimo de satisfação.

O que parecia falta de empatia virou prática cada vez mais comum. Em tempos, quando ninguém tem mais agenda e disposição, nada mais conveniente do que simplesmente sumir, em vez de perder duas horas vendo outra pessoa chorar.

O que poucos sabem é que o “ghosting” é praticado há muitos séculos, em situações que vão bem além das amorosas.

Os australopitecos já chamavam o ato de “dar no pé”, “chá de sumiço”, “escafeder” ou “ele, o boto”. Como termos em inglês são descolados, “ghosting” virou a palavra da moda.

No Rio de Janeiro, o “ghosting carioca” já é uma prática habitual. Qualquer cidadão local que diz “vamos marcar” ou “passa lá em casa” claramente não quer marcar coisa nenhuma. Aliás, poucos conseguiram entrar em um lar carioca.

Outro sumiço que traumatiza gerações é o “ghosting paterno”. Também conhecido como “comprou um cigarro e nunca mais voltou”, trata-se do ato do indivíduo do sexo masculino conceber uma criança e não assumir, não pagar pensão, não conviver, sumir.

Muitos trabalhadores sofrem do “ghosting coorporativo”, praticado por gestores e funcionários do RH. O candidato faz a entrevista de emprego e ouve dos responsáveis pela vaga um “mantemos contato”.

Se o entrevistador fosse muito sincero, diria “não tem condição de trabalhar com você”. Também existe o “ghosting de amizade”, quando um conhecido simplesmente passa reto, fingindo que não conhece você naquela ocasião —o que poderia ser normalizado, em casos de amigos vacilões.

Há o “ghosting de carregador”, quando o cabo do celular some. Ele também ocorre com isqueiros, pares de meias e tampas de caneta.

Por último, o “ghosting financeiro”, do qual a maioria dos brasileiros são vítimas, quando o dinheiro simplesmente some da conta bancária, sem se despedir ou, ao menos, dar uma satisfação.

Publicado em Flávia Boggio - Folha de São Paulo | Deixar um comentário
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Mural da História – Baú do Benett

Sempre gostei desses livros com títulos sentenciando o fim de alguma coisa: o fim do trabalho, o fim do emprego, o fim de livros com títulos apocalípticos. Mas esse texto, de apocalítptico, tem só o título. Vou falar sobre um assunto de importância vital e de interesse coletivo: os salões de humor.

Salão de humor não é um lugar onde você vai para fazer as unhas e o cabelo com alguém como o Costinha. Salão de humor é o reduto onde cartunistas se encontram, expõem seus trabalhos e passam uma semana em um hotel 5 estrelas com tudo pago -pelo governo, de preferência.

Cartunistas já foram uma classe artística/intelectual importante nos anos 70/80, decaindo um pouco nos 90, se tornando quase prosaica nos anos 00 e que, para a próxima década, corre sério risco de extinção, ou de ver seu status rebaixado ao nível dos tipógrafos, dos taxidermistas e dos escritores de cordel. Por quê? Um dos motivos é porque os salões de humor minguaram, se tornaram meio arcaicos, viraram quase uma feira de artesanato de colônias exóticas do interior do Paraná. Com isso, foram simplesmente deixando de ser interessante para os cartunistas mais importantes e atraente para o público.

Os salões que tinham mais repercussão na mídia -quando falo mídia, estou me referindo à imprensa escrita, falada e televisada, e não à cds virgens azulados. De onde essa de chamar cds e dvds virgens de “mídia”? A mídia nunca foi virgem, pra começar…

Do que eu tava falando? Ah, sim, os dois maiores salões de humor desapareceram: Salão de Foz do Iguaçu e Salão Carioca de Humor. Piracicaba sobrevive, Piauí foi pra UTI e… bem, sobraram dois ou três bravos resistentes que correm o sério risco de desaparecer mais rápido que nota de 10 reais em minha carteira.

Eu já tinha conversado sobre isso com o Solda, o grande mestre do cartum paranaense. Sobre a possibilidade de fazer um salão de humor em Curitiba. Mas com outro nome talvez, porque salão me parece salão do automóvel ou salão de beleza da Irene. E o termo está desgastado. Teria de ser algo que envolvesse mais do um concurso e uma exposição. Algo envolvesse… telecatch!

Sim, lutas físicas entre cartunistas: Ziraldo versus Ota, com a preliminar de Edgar Vasquez contra Albert Piauí. O vencedor encararia o ganhador de Millôr Fernandes versus Rettamozo. Ok, essa última idéia é esdrúxula, mas a idéia de um encontro de humoristas e artistas gráficos em Curitiba seria fantástica. Pra tirar um pouco do limo. O vencedor encararia o ganhador de Millôr Fernandes versus Rettamozo.

Ok, essa última idéia é esdrúxula, mas a idéia de um encontro de humoristas e artistas gráficos em Curitiba seria fantástica. Pra tirar um pouco do limo.

Benett, Salmonelas|11 de março, 2008

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Um que eu tenho

São Paulo, 1554, Hoje, Joelho de Porco. Dr. Próspero Albanese, Tico Terpins, Walter Baillot, Flávio Pimenta, Serginho Sá, Dudi Auber. Capa de Juarez Machado. Crazy Gravadora Editora Ltda, 1976.

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É uma merda

senhoras e senhores
a partir deste vocativo
invoco a musa dos fedores
e assim torno imperativo
o tema que agora abordo

senhoras e senhores, é uma merda
o grande cagalhão que como um bólido
nos enfiam pela boca aberta
deixando uma sensação fétida
tanto na calcinha como na cueca

senhoras e senhores,
isso não é uma metáfora
e muito menos uma metonímia
destilando magia de mandrágora
ou um poeta lambuzando a pílula

não, senhoras e senhores,
não é a merda de Salvador Dali
que nos faz rir a gases despregados
e nem mesmo aquela do Leminski daqui
comparando a amada em versos apaixonados

não, senhoras e senhores,
a merda a que me refiro
não é essa merda que dignifica
engrandece o espírito
e sólido o caráter nos edifica

não, senhoras e senhores,
também não é a merda da corrupção,
do tráfico, da violência, da prostituição,
da grana entupindo cu de políticos,
da miséria exposta como ornamento da nação

não, senhoras e senhores,
a merda, a grande merda de que estou falando
é que o povo brasileiro em sua grande maioria
tanto na prática como na teoria,
ao ver merda, merda, merda e mais merda
está cagando e andando, puta merda!

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Publicado em José Pires - Brasil Limpeza | Com a tag , , | Deixar um comentário
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