Cartazes de teatro

© Foca Cruz

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Ninguém salva este país!

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Mural da História – 2010

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Patrulha da língua

Cartilha pública que imputa racismo à palavra “esclarecer” é manifestação clara de obscurantismo

A Prefeitura de São Caetano do Sul, na Grande São Paulo, lançou uma cartilha com termos racistas que devem ser evitados por professores e alunos. Intitulado “Expressões Racistas: Por que não usar?”, o material foi produzido pelo Centro de Capacitação dos Profissionais da Educação e tem só duas referências bibliográficas: uma cartilha do TSE e uma reportagem da BBC.

Entre os 36 verbetes listados, há expressões de fato racistas como “cabelo ruim” e “serviço de preto”. O problema é a inclusão de termos que, segundo especialistas, não têm relação com discriminação racial, como “criado-mudo”, “feito nas coxas” etc. Ou seja, é dinheiro do contribuinte usado para ensinar conteúdo falso que promove censura.

A presença do termo “esclarecer”, por exemplo, causa espanto. O racismo se dá porque a palavra “transmite a ideia de que a compreensão de algo só pode ocorrer sob as bênçãos da claridade, da branquitude, mantendo no campo da dúvida e do desconhecimento as coisas negras”.

A explicação confunde cor da pele com uma metáfora que surge a partir da relação ancestral entre homem e a natureza. Na noite da savana africana, nossos antepassados temiam predadores que não conseguiam ver. Daí a relação entre escuridão e ignorância, claridade e conhecimento.

Por isso o termo “Idade das Trevas” foi cunhado por humanistas no Renascimento para imputar falta de progresso intelectual à Idade Média. Da mesma forma, “Iluminismo” ou “Era das Luzes” designam o período histórico no qual se acreditava que a razão e o conhecimento trariam luz à humanidade, dissipando a ignorância do passado.

Uma cartilha que bane a palavra “esclarecer” está, portanto, na escuridão, propagando dogmas sem sentido para patrulhar a língua. Curioso que ditos progressistas que apoiam essa patrulha usem “obscurantismo” para falar daqueles que se opõem à ciência, quando a origem do sentido do termo é a mesma de “esclarecer”, a tal palavra racista. São obscurantistas e não conseguem ver.

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Flagrantes da vida real

Sérgio Viralobos, o poeta da Piada Louca. © Maringas Maciel

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“Antigamente, quando me pegavam fazendo arte, eu apanhava”

César Marchesini. Foto de Patricia Ferraz

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Fraga

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Tomi Ungerer

Jean-Thomas “Tomi” Ungerer – 1931|2019, cartunista, artista e escritor francês. Publicou mais de 140 livros, que vão de  infantis muito amados a trabalhos adultos controversos e do fantástico ao autobiográfico. Ele era conhecido pelas sátiras sociais e aforismos espirituosos. © Reuters

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Putz!

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O nome de Lira para a Saúde

Arthur Lira indicou a seus interlocutores o nome que poderia indicar para o Ministério da Saúde: a médica Ludhmila Hajjar, que quase virou ministra de Jair Bolsonaro.

Ela se aproximou de Dilma Rousseff quando a ex-presidente esteve no Hospital Sírio-Libanês para fazer uma angioplastia. Um vídeo em que aparece cantando a música “Amor, I Love You” para a petista viralizou quando esteve para assumir a Saúde durante a gestão de Bolsonaro.

Por fim, ela recusou assumir o ministério depois de encontrar Jair Bolsonaro.

Lula resiste tirar Nísia Trindade, mas ela sofre oposição dentro do próprio PT e tem sido vítima de fogo amigo dentro e fora do governo. O nome de Hajjar poderia diminuir a resistência de Lula, por se tratar também de um nome técnico.

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© Jan Saudek

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Muito prazer, Adan Block – Escritor com x

Autorretratem Adan Blok, mas ninguém sabe absolutamente nada sobre ele. Alguns tentaram disfarçar a ignorância escrevendo volumosos livros de ensaios sobre a obra dele. Outros se aventuraram em caudalosas biografias — completadas com fotos — falsas — do autor e citações — absurdas — de diversos estudiosos de seus escritos. O fato é que a figura enigmática de Adan Bok também povoou a imaginação dos leitores durante boas décadas. Vários deles foram atendidos em consultórios psicológicos e oficinas de tornearia mecânica.

A minha abordagem neste curto ensaio, portanto, deverá servir apenas para clarear, na sociedade de sua época e posterior, o papel de um escritor deste quilate. Para que meus argumentos fossem convincentes, recorri a uma biografia realizada vinte anos antes do nascimento de Adan Blok. Note-se, desta maneira, o poder profético do biógrafo que chegou a marcar a data do nascimento de Adan Blok para 23 de setembro de 1932 e deu como seus pais Adinor Blok e Helena Dramabruska Blok. Mesmo errando feio — Adan Blok nasceu em 30 de julho de 1880 e era filho de Roman Blok e Gioconda Anuska Blok — o biógrafo se deu conta de que havia criado uma técnica que se tornou comum pelos tempos afora — a da mentira deslavada.

Dos ensaios críticos extraí um conjunto de postulações que infelizmente diminuem demais o papel de Adan Blok na história da literatura mundial — ficou mais ou menos do tamanho de um selo de R$ 0,05. Para completar, fui atrás das obras completas dele. Encontrei-as a trinta milhas náuticas de Porto Príncipe numa arca. Logo nas primeiras páginas senti a influência — benéfica, positiva e sólida — de Tom Creek, nascido apenas cem anos depois. Essa influência é visível em todos os parágrafos que começam com letra maiúscula e terminam com ponto — acusando centenas de vírgulas no decorrer do período. O que mais me chamou a atenção e me prendeu à leitura foi a sensação de que o autor me olhava de soslaio em casa página.

Ele usava óculos escuros na boca e tinha bigodes atrás das orelhas. Além disso, a emoção e a razão lutavam com as palavras por um lugar ao sol. Cada uma usava todo um arsenal de obviedades metafóricas de doer a alma. Morreram todas! Quase no final de Baudelaire Dançante — sua obra seminal — pressenti que devia me evadir do local imediatamente, pois cinco urubus de cabeça preta espreitavam a carniça. Escapando são e salvo, tenho a dizer que Adan Blok marcou lugar na corrente literária do Séc. XIV. Mais precisamente na obra de alguns autores de hoje – que se movem ao longo do texto tal e qual um hipopótamo numa loja de 1,99.

*Rui Werneck de Capistrano é sinuquista e artista prático

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Patriotas embarcam em submarino para visitar destroços da carreira política de Bolsonaro

Um grupo de bolsonaristas se reuniu e alugou um submarino para ir até as profundezas observar os destroços da carreira política de Bolsonaro. Um deles não conseguir embarcar a tempo e foi agarrado na lataria do veículo.

A votação pela inelegibilidade do ex-presidente começou na quinta-feira com a leitura do relatório, mas foi adiada porque nem os ministros do TSE querem votar em Bolsonaro. Alguns pediram o adiamento da sessão porque queriam tempo para ler o voto impresso. Se a inelegibilidade for confirmada, Bolsonaro não poderá se candidatar nem a síndico do Vivendas da Barra.

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