Tudo o que você nunca quis saber sobre sexo

Os gambás se suicidam cheirando um lenço embebido em perfume francês falsificado ao perceberem que a impotência está a duas quadras de distância.

As samambaias do litoral são as únicas plantas que não sentem atração nenhuma por cadeiras coloniais, mas são capazes de amar intensamente qualquer frasco de água de colônia.

As focas, ao chegarem à praia, dão uma rápida reboladinha e se mandam para a Nigéria, que é o local mais indicado para elas, nesses momentos de intenso prazer.

As vacas argentinas, ao serem curradas pelos touros uruguaios, sentem na carne a opulência do macho, a não ser que ele esteja do outro lado da cerca.

Os contos eróticos noruegueses, depois das cinco da tarde, perdem completamente a noção do tempo.

Um jacaré, por mais experiente que seja, não sabe o que é um peitinho intumescido.

Os lagartos hipocondríacos não sabem distinguir um maço de salsão de um espanador.

O cão pequinês, ao sentar num rolo de arame farpado, torna-se irreverente e petulante e imediatamente começa a pronunciar palavras de baixo calão, esfregando a orelha num frenesi incontrolável.

Os pintores renascentistas, ao descobrirem os marsupiais, acabavam com a vida em rápidas pinceladas.

Depois do terceiro uísque o javali é um animal insuportável.

O óleo de fígado de bacalhau é o afrodisíaco mais usado pelos macacos da esquerda radical, na África.

As colheres, ao contrário do que se pensa, não têm uma vida sexual ativa. Quando muito, conseguem obter orgasmo apenas três vezes durante a vida, dois deles dentro de pratos de sopa requentada.

Os grilos machos, no verão, permanecem em silêncio e com a luzinha apagada a noite toda, com a finalidade de atrair a parceira que se encontra a milhares de km de distância e não sabe que o macho apagou a luz mas ainda não foi dormir.

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Retratos

Bruna Linzmeyer.  © Jorge Bispo

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C’est la vie!

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Flagrantes da vida real

Aquele abraço! © Maringas Maciel

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Séquisso

© Orlando Pedroso

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Vertigem, salto no escuro. O mundo vira literalmente de cabeça para baixo. Sensação de voo, mas queda livre. Nada segura, nada sustenta, nem a respiração lenta que pausa o movimento.

Sem estabilidade, firmeza, chão. Neste momento as palavras caem como estrelas, cobrem o corpo inundado de incertezas. A falta de equilíbrio inverte a paisagem horizontal, formal, linear. Encontro um novo caminho.
Deito, fecho os olhos e lembro que quando isso acontece as cores mudam, as dimensões aumentam, os sentidos chegam mais longe, o livro que estava em cima da mesa cai, como uma folha da árvore.

Cada objeto distrai da sua função, as coisas mudam de lugar e dançam no escuro. O medo vem em forma de vento forte, daqueles que só se veem em dias de tempestade. Mudanças, presságios, sonhos em que se sente a respiração e a textura da pele.
Em um tempo que não sei calcular – acredito que seja instantâneo, embora pareça uma eternidade – um labirinto de vozes, coisas, nomes, palavras ressoa em meus ouvidos. Como zumbido de insetos quando invadem uma plantação.

Permaneço inerte nesse estado próximo à vigília, percorro os caminhos que possam chegar aos lugares mais distantes, abro as janelas, deixo o vento entrar pela porta, escrevo mais um capítulo nas silenciosas manhãs tingidas de branco – quando abre, quase sem querer, a página do livro de Mário Quintana onde está escrito: “sonhar é acordar-se para dentro”.

Revista Ideias|176

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Museu Oscar Niemeyer realiza exposição do artista Bispo do Rosário

A exposição “Sonoridades de Bispo do Rosário”, com mais de 100 obras, estará disponível ao público a partir de hoje, na Sala 6 do Museu Oscar Niemeyer (MON). A mostra coloca o legado de Arthur Bispo do Rosário em diálogo com outros artistas cujos processos criativos foram influenciados por ele e pela convivência com a Colônia Juliano Moreira, onde Bispo do Rosário passou a maior parte da vida como interno. A curadoria é de Luiz Gustavo Carvalho.

“Ao realizar esta exposição, o MON propõe ao espectador uma profunda reflexão sobre o que é arte e o seu papel transformador”, comenta a diretora-presidente do Museu, Juliana Vosnika.

“Celebrado e reconhecido postumamente no Brasil e no exterior, num processo incomum, ausente de formação acadêmica, Bispo do Rosário produziu a partir de materiais inusitados, transformando sua genialidade em instalações surpreendentes, comparáveis à obra de Marcel Duchamp ao mostrar que a arte é possível também a partir da simplicidade de objetos do cotidiano”, afirma.

Evocando os aspectos sonoros e poéticos presentes na obra do artista, os diversos objetos, instalações, colagens, assemblages e estandartes presentes na exposição dialogam com a obra visual, performática e poética de outros artistas que integram a exposição, deixando evidente o impacto de seu legado no cenário da arte contemporânea.

São eles: Antônio Bragança, Stella do Patrocínio, Leonardo Lobão, Paulo Nazareth, Marlon de Paula, Rick Rodrigues, Eduardo Hargreaves, Fernanda Magalhães e Guilherme Gontijo Flores.

Arthur Bispo do Rosário (1909-1989) foi interno da Colônia Juliano Moreira (RJ), um dos maiores hospitais psiquiátricos do país no século passado, durante boa parte de sua vida. Carregou vários estigmas de marginalização social ainda vigentes em nossa sociedade – negro, pobre, louco, asilado em um manicômio – e conseguiu, na sua genialidade, subverter a lógica excludente proposta, a partir da sua obra.

A sua cela no Núcleo Ulisses Vianna, em vez de ser um lugar de confinamento, passou a ser ateliê e espaço de investigação. “Ele defendia os seus trabalhos com obstinação (…). Em um mundo ensurdecido pelo caos da normalidade e no qual as vozes são abafadas, Arthur Bispo do Rosário vê a necessidade de gritar”, explica Carvalho.

Durante anos, o artista desfiou os uniformes azuis do hospício, em um ato de subversão e lucidez contra a prisão manicomial, para em seguida transformá-los, bordando, rebordando, juntando, consertando, escrevendo, ocultando e criando catálogos e cartografias que ultrapassam as fronteiras entre o real e o imaginário, o visível e o invisível, o consciente e o inconsciente.

“Não podemos deixar de perguntar: como foi possível a uma pessoa que passou décadas enclausurada em um sistema manicomial que via como regra a exclusão do indivíduo ter nos legado uma obra de importância singular, em âmbito mundial, em pleno século 20?”, indaga o curador da exposição.

Centenas de exposições nacionais e internacionais feitas ao longo das últimas décadas em torno do seu trabalho mostram o incrível alcance de sua obra. Bispo do Rosário foi tema de livros, filmes e peças de teatro, entre outras vertentes artísticas.

SOBRE O MON

O Museu Oscar Niemeyer (MON) é patrimônio estatal vinculado à Secretaria de Estado da Cultura. A instituição abriga referenciais importantes da produção artística nacional e internacional nas áreas de artes visuais, arquitetura e design, além de grandiosas coleções asiática e africana. No total, o acervo conta com aproximadamente 14 mil obras de arte, abrigadas em um espaço superior a 35 mil metros quadrados de área construída, o que torna o MON o maior museu de arte da América Latina.

Serviço: Exposição “Sonoridades de Bispo do Rosário”|A partir do dia 5/7|Sala 6

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Arthur Bispo do Rosario 

© Getty Images

É aqui no hospício que eu vou me apresentar, que eu devo ser apresentado a humanidade.  Por seus diretores até aqui, frades cardeais, ninguém conseguiu ver Cristo, mas agora vão encontrá-lo porque eu vou me apresentar. Vou me transformar a fim de me apresentar a Ele que é meu vigário, mais nada” – Arthur Bispo do Rosario in  O prisioneiro da passagem” de Hugo Denizart.

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Katya Nesterova. © Zishy

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Flagrantes da vida real

Banco 24 horas. © Maringas Maciel

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E agora, Jair?

Existe uma possibilidade de a direita pós-Bolsonaro aceitar de forma tímida a ideia de proteção ao meio ambiente.

A roda rodou, a fila andará. E agora, Jair? É uma questão coletiva: as mudanças num campo político, indiretamente, devem provocar mudanças no campo oposto. Emerge uma nova configuração.

Tenho feito muitas perguntas desde que se tornou previsível o resultado do júri. Algumas talvez até já tenham resposta, como a sucessão pessoal em 2026. Será uma escolha de sangue, um dos filhos de Jair? Será alguém com poder político e aura de administrador?

A direita tomará um novo rumo. Seguirá sendo pautada pelos temas de Bolsonaro? Nas análises anteriores, concluí que a misoginia de Trump e Bolsonaro tinha a base de apoio nas redes sociais. Nos Estados Unidos isso é mais nítido. Campanhas antifeministas precederam a entrada de Trump em cena eleitoral. Coletivos de homens revoltados com a rejeição feminina cresceram, surgiram os incel, coletivos de celibatários involuntários.

O ressentimento com as mulheres atingiu um nível dramático com o culto a Elliot Rodgers, um jovem de 22 anos que matou seis pessoas e lançou um manifesto falando de seu fracasso com as mulheres. Embora não exista uma estrutura tão organizada no Brasil, Bolsonaro intuiu que hostilizar as mulheres era um caminho popular entre um grande número de homens. Acontece que, no Brasil, as mulheres são maioria e definem as eleições. É possível que a direita descubra isso e as trate, pelo menos, com um respeito formal. Já seria algum tipo de mudança.

A destruição apaixonada do meio ambiente e a negação do aquecimento global são típicos de Bolsonaro. Coincidem em parte com a direita americana. Não é assim, entretanto, com a direita europeia. Entre os ingleses há um intenso diálogo da ecologia com a visão conservadora. A base parlamentar, parte substancial do agronegócio, é entusiasta da visão de Bolsonaro. O problema são as características do Brasil, suas grandes chances como potência ambiental, a nova maneira de ver os recursos ambientais como riqueza estratégica. Existe, portanto, uma possibilidade de a direita pós-Bolsonaro, caso a ala mais radical não predomine, aceitar de forma tímida a ideia de proteção ao meio ambiente.

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Lá no Pasquale – 1984

Jaime Lerner, Tatára, J.B.Vidal, José Maria Correia, Tato Taborda, Zuateg e Roberto Requião, 1984. © Julio Covello

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Imperdível!

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Todo dia é dia

© Manuel Dalpendre

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