Deputados e prefeitos do PT têm reclamado da dificuldade de acesso a dois ministros do governo Lula: Waldez Góes, do Desenvolvimento Regional, (PDT-AP), e Jader Filho, das Cidades.
Os petistas buscam os ministros atrás de dinheiro para suas cidades e regiões. “A gente tem que implorar”, disse um deputado federal do PT, de um estado que recentemente sofreu com desastres naturais. “Muitas vezes, [os ministros] nem nos recebem”.
O parlamentar afirmou ainda que há diferença no tratamento dispensado a petistas em relação a integrantes de outros partidos. Segundo ele, os ministros têm agendas frequentes com deputados da base aliada, mas ignoram os apelos da bancada do PT.
As reclamações ocorrem em meio à tentativa do governo de construir uma base parlamentar sólida no Congresso. Nos próximos dias, para melhorar a relação com o União Brasil, o Palácio do Planalto vai confirmar a substituição da ministra do Turismo, Daniela Carneiro (RJ), por Celso Sabino (PA). Há a possibilidade de novas mudanças, no que depender do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Centrão.
Um membro do governo disse ao Bastidor que a insatisfação é legítima e que a relação do governo com o PT vai melhorar, mas antes é preciso resolver as pendências com a Câmara e o Senado.
Le Cinéma Dans L’Oeil de Magnum|O cinema no olho da Magnum
A criação da Agência Magnum representa um encontro sem precedentes entre dois mundos aparentemente opostos: o fotojornalismo e o cinema. A partir da união entre a realidade e a ficção, os mais renomados fotógrafos criaram registros históricos dos grandes atores, atrizes e cineastas, de John Huston a Marilyn Monroe, passando por Orson Welles, Kate Winslet, Antonioni, Angepopolous, Tarkovski e Sean Penn. Documentário de Sophie Bassaler, 53 minutos, 2017, França.
A máquina de lavar tem função terapêutica. Coloca-se tudo dentro dela, misturam-se os pós e liga-se no botão “lavagem”.
As roupas irão sair limpas. Aparentemente. Para se obter uma roupa verdadeiramente limpa – recomendam as lavadeiras-, não basta
isso: é preciso, antes, mergulhar a roupa em água quente, com pó. Depois, com uma colher de pau de madeira, bater até a água ficar escura.
É importante observar a mudança na tonalidade desse escuro. Ele se adensa com as batidas, como se as roupas desprendessem a sujeira
mais profunda. Só então recorre-se à centrifugação. Não se compara uma roupa lavada assim com uma roupa lavada diretamente na máquina.
*Antonio Cescatto tem três livros publicados: O mundo não é redondo (2010), Preponderância do pequeno (2001) e Cloaca (2012). Este é o seu primeiro livro de poesia. Editora 7 letras]
Dezenas de autores, todos já falecidos, não demonstraram interesse em participar da Academia Paranaense de Letras, por diversos motivos: porque achavam que a entidade não os representava (por motivos estéticos, ideológicos ou por diferenças pessoais com acadêmicos), por proibição estatutária (caso da presença feminina), por viver longe do Paraná, por timidez do escritor ou por desinteresse da própria Academia em estimular possíveis candidaturas. Sem esquecer que o limite de 40 membros sempre se mostrou um permanente limitador. Entre esses, selecionamos dezenas de nomes que fizeram parte da vida científica e cultural do Paraná, sem passar pela nossa instituição. Exceto Júlia Wanderley, autora de artigos e textos diversos, mas sem obra em volume, os demais tiveram livros publicados.
Adalice Araújo (1931-2012) – Nascida em Ponta Grossa, era considerada uma das maiores críticas de arte do país, formada em Belas Artes e especialização na Itália. Passou a vida dedicando-se a preparar o Dicionário de Artes Plásticas do Paraná, obra monumental enfim publicada em 2006. Foi também poeta e cronista.
Sérgio Rubens Sossélla (1942-2003) – Juiz de Direito, foi poeta, crítico, ficcionista, jurista e, quase sempre, editor de seus próprios livros. Entre dezenas de títulos que publicou a partir de 1962, estão Auto(cine)biografia, A Linguagem Prometida, Rosa Maria rosa, O enterro do sol, Da aparência da situação jurídica, A Nova Holanda. Sua obra segue sendo objeto de análise por estudiosos e acadêmicos.
Itamar Assumpção (1949 – 2003) – Francisco José Itamar de Assumpção nasceu em Tietê (SP) e faleceu em São Paulo. Foi ator, compositor, cantor, instrumentista, arranjador e produtor musical. Viveu por muitos anos em Arapongas, no Norte do Paraná, e começou sua carreira artística em Londrina, nos anos 1970, como ator de teatro e como parceiro de Arrigo Barnabé, na música. Destacou-se na cena independente e alternativa de São Paulo nos anos 1980 e 1990.
Teresa Urban (1946-2013) – Jornalista, ambientalista e escritora nascida em Curitiba. Militou na resistência à ditadura militar e foi presa política, após o que se exilou no Chile. Escreveu mais de 20 livros, como 1968 – Ditadura Abaixo, O Livro do Matte, Missão (Quase) Impossível, Rios por Onde Passo e Dez Fitas e um Tornado, sua última obra.
Ex-presidente ajudará a eleger prefeitos no ano que vem, mas será coadjuvante em 2026
Não há quem não dê como certa a retirada de Jair Bolsonaro dos páreos eleitorais até a virada da próxima década. Seja pela ação ora em julgamento no Tribunal Superior Eleitoral ou por alguns dos outros 15 questionamentos que existem contra ele a serem ali examinados, tudo caminha para a aposentadoria do ex-presidente como candidato.
Segundo gente que se diz fiel a ele (caminhões de dúvidas sobre a consistência dessa fidelidade), muito melhor para todos que seja patrocinador de candidaturas. De capitão a cabo, agora eleitoral. Por essa versão, ele ajudaria a preservar o eleitorado anti-Lula e não atrapalharia os planos da direita com sua enorme rejeição.
Portanto, trata-se de um cenário em que Bolsonaro é visto como um utilitário. Alguém de quem se aproveitam as vantagens e se descartam as desvantagens. Na figura de “facilitador”, pode transitar de eleição em eleição até readquirir seu direito de concorrer.
Terão se passado oito anos, uma eternidade na política —onde, sabemos, não existe vácuo. Tanto que nem bem se definiu a situação dele e já se fala em substituição. Assim, não há que se falar em bolsonarismo como se diz por aí para definir quem se sente representado pelas ideias do ex-presidente.
O “ismo”, aplicado a políticos como Luiz Inácio da Silva e Getúlio Vargas, implica a existência de características ausentes em Bolsonaro, um fenômeno de ocasião.
Lula e Getúlio voltaram ao poder a bordo de forte base social e, no período em que estiveram na planície, mantiveram-se como referências para uma massa robusta de seguidores.
De Bolsonaro já vemos segmentos importantes, como evangélicos e militares, querendo se distanciar, além de movimentação para a ocupação do lugar dele.
O ex-presidente ajudará a eleger prefeitos em 2024, mas em 2026 será coadjuvante de um protagonista que, perdendo ou ganhando, vai liderar a direita daí em diante.
Os EUA têm a figura do pato manco, o presidente em fim de mandato. Na sabatina de Cristiano Zanin descobrimos que o Brasil inventou o marreco manco, aquele senador que no começo parece estar no fim do mandato.
Primeira campanha do Festival de Teatro de Curitiba, que nasceu e cresceu sob as bênçãos do Bamerindus (Sérgio Reis acreditou e bancou uma ideia na qual pouca gente botava fé). Nesta campanha, criamos e produzimos 24 filmes (um para cada peça), num esforço cooperado com a Audisom e a TV Paranaense.
Tudo isso para ser veiculado em 15 dias. Na equipe de criação Eugênio Thomé, JuraciPires de Camargo, o cartunista que vos digita, Ricardo Corrêa e Vinicius Alzamora. No atendimento, Cláudio Hoffmann e Dino. Vera Diaz (naquele tempo era Dias) na produção. Tanto tempo depois, é bom ver que a marca do Festival (criada pelo Jura) foi mantida até hoje.
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