Mural da História – 2011

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Marco Jacobsen e Pryscila Vieira, em algum lugar do passado.  © Vera Solda

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Zarah. © IShotMyself

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A morte com aviso prévio

Várias celebridades só morreram durante ou pouco depois de algo que lhes deu prazer ou satisfação

Em 1826, aos 83 anos, o ex-presidente dos EUA Thomas Jefferson estava morrendo de diarreia. Mas queria chegar ao dia 4 de julho, 50º aniversário da Declaração da Independência, assinada por ele. Um dia, acordou e perguntou: “Hoje é 4 de julho?”. Ao ouvir que sim, suspirou e morreu. Já o dramaturgo norueguês Henrik Ibsen estava em coma em sua casa, em 1896, cercado pelos amigos. A enfermeira examinou-o e disse que ele parecia melhor. Ibsen protestou “Ao contrário!”. E morreu no ato. E Mark Twain, autor de “Huckleberry Finn”, nascido sob a passagem do cometa Halley em 1835, escreveu que só morreria quando o cometa passasse de novo. O Halley voltou no dia 10 de janeiro de 1910. Onze dias depois, Twain morreu.

Em 1959, aos 72 anos, Gilberto Amado, escritor e diplomata, chegou da rua vendendo saúde e pediu à funcionária: “Faça-me o melhor chá da sua vida, porque será o meu último”. Ela o serviu, ele adorou e foi cochilar. Horas depois, viu-se que fora mesmo o seu último chá.

Gilberto pode ter morrido de prazer. Mas, nesta categoria, há possibilidades ainda melhores. O lendário jornalista Alcindo Guanabara, em 1918, e o poeta e empresário Augusto Frederico Schmidt, em 1964, ambos casados, morreram na cama com suas namoradas. Imagine o que devia ser, na época, ter um homem famoso, casado e morto na sua cama.

Em 1959, Dolores Duran chegou de manhãzinha em casa, vinda do Little Club, no Beco das Garrafas, onde cantava, e disse à empregada: “Que sono! Vou dormir até morrer!”. Dito e feito. Tinha 29 anos. Já o cronista e compositor Antonio Maria foi mais prudente. Ao se recolher, deixou um bilhete para o colega de apartamento: “Se me encontrar dormindo, deixe. Morto acorde-me”.

Mas Maria só morreu muito depois, em 1964, aos 43, na rua, de um infarto. Melhor assim, porque teve tempo para compor “Madrugada 3 e 5”, “Canção da Volta” e “Manhã de Carnaval”.

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Edilson Del Grossi (1959|2017)  © Vera Solda

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Tabagismo

© Alberto Korda

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traças em polvorosa

acabam de provar

um livro de guimarães rosa

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Meu tipo inesquecível

Jane Mallory Birkin (Londres, 1946) é uma atriz e cantora inglesa. Foi casada de 1965 a 1968 com John Barry, um compositor inglês que escreveu a trilha original dos filmes de James Bond.

A filha de ambos, a fotógrafa Kate Barry, nasceu em 1968. Jane teve uma relação muito apaixonada e criativa com o seu mentor Serge Gainsbourg — eles se conheceram no set de Slogan e casaram em 1968. Tiveram uma filha, a atriz e cantora Charlotte Gainsbourg, e separaram-se em 1980. Em 1982 teve a terceira filha, Lou Doillon, de uma relação com o director Jacques Doillon. © Reuters

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Cada um no seu canto

Segundo políticos próximos dos ministros do Supremo Tribunal Federal, depois do julgamento da criação do juiz de garantias não se deve convidar Gilmar Mendes e Luiz Fux para a mesma mesa.

Segundo seus interlocutores políticos, Fux não gostou de ser exposto por Gilmar na demora de três anos para liberar ao plenário a liminar que barrou a criação da figura nova no Judiciário.

Segundo um interlocutor de Fux, em vários momentos Mendes deu entrevistas e declarações sugerindo que o colega postergava o julgamento por saber que perderia por sua proximidade aos integrantes da Lava Jato.

A criação do juiz de garantias — que acompanharia o inquérito, mas não faria o julgamento —ocorreu quando surgiram os vazamentos de diálogos entre o então juiz Sérgio Moro e os procuradores da Operação Lava Jato.

Na ocasião, foram reveladas conversas nas quais Moro orientava os procuradores na obtenção de provas contra investigados, o que não pode ocorrer.

O clima piorou dias atrás, quando Luiz Fux e Gilmar Mendes bateram boca. Mendes reclamou da demora. Fux se sentiu desrespeitado. O climão continua nos bastidores.

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Flagrantes da vida real

Vai encarar? © Maringas Maciel

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Fake dói!

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Mural da História – 2010

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A Linguagem do “Itararé-ês” – Confeitos de Comunicabilidades

Itararé é um belo e bucólico município de divisa de estado. Por isso mesmo é de um cênico mirabolante, um circo de sítios descomunais, um portentoso chão de estrelas, verdadeiro palco iluminado por excelência de andorinhas sem breque (quem nasce em Itararé é “Andorinha”).

E tem uma espécie de dialeto único, todo próprio da cidade bonita pela própria natureza, entre o São Paulo do sudoeste e o estado sulino do Paraná. Mistura nesse “Itararé-ês” de falações, resquícios do gauchês largado (passagens de tropas, revoluções, inclusões logísticas), o cor-de-rosa polaco catarinense que se canta no falar como se salmasse a palavra, o paranaense que mingua caipirices de um brasileuropeu, alguns fragmentos letrais (quemultiplicadores se tornam rueiros) de italianos detravessados (imigrações), entre ciganos, húngaros, alemães, suecos, turcos e outros juncos viajosos de tantas diáspora extracontinentais.

Por isso Itararé tem um variado elenco de repertório composto de diálogos errantes, falações de variantes etnografias, em falácias loquazes de dialéticas exuberantes, mais os chamados ditos populares, os tantos cantares poéticos; contações quase quelíricas e até expiações letrais risantes. Itararé de divisa (e por isso mesmo também), tem lastro crítico-criativo, entre coivaras de ramos lingüísticos e sapés de linguagens com prosopopéias do chamado “contar palha” mesmo. Além de muitos causos e contentezas de variadas pernas e sulfixos, muito das barulhanças do chamado “ouvir-dizer”. Exemplos como forfé, guaiú, tardiscando, faiaca, de-vereda, conheceu papudo, pelames, ir de bubuia, saltei de fininho. Já pensou? Passei a vida inteira catando as linguagens pegajentas e popularescas de Itararé, com minha bateia de granizos. Um mosaico letral ridente. Acho que o itarareense tem linguagem carregada como quiabo na pedra… A bem dizer, escorregadia como água, diz-que-diz-que; bem prosaica no dia-a-dia, pitoresca e barulhada, quase fala-cantoria, louvação.

E também nesse proseio próprio de divisa geocultural (?), separa os confeitos das falas na língua, como se um macadame de conversar em variadas raízes exóticas abrasileiradas, entre moendas e engenhos, feito linguagem líquida. Antes de esmerilhar o sujeito, sapecar o predicado e retumbar o verbo, invertendo com galanteio um e outro, pega a palavra para o varejo. Conhece do oficio. Que serpenteia nas passagens do dizer-se. Aliás, falando sério, o Itarareense é muito bom de bico. Conta papo afiado como garbo, saracoteia diálogos, re-oxigena serelepe as entoações ardidas.

Na conversa fiada alumia os parafusos dos verbos e vocábulos, quando não inventa de inventar misturanças que redundam em neologismos, e no palavreio nutriente-cultural sapeca histórias do arco da velha (e do álcool da mais-valia sobrevivencial – ai de ti boemia de Itararé!). O “falar Itararé” é isso: um itararé-ês. Com falas como andar-de-segura-peido, calcanhar-de-frigideira e outras palavras descruzadas, o Itarareense deixa saudades e flores por onde passa, e nesse andarilhar seresteiro (e noiteadeiro) deixa fluir o seu vareio de linguagem própria. E entre mentiranças, claro, barulheiras sonoras, causos hilários, leva e traz o escarcéu líquido do ser de si, empanturrando bares e viagensde entintadas histórias pra boi dormir.

O Itarareense deita falatório, e, com releturas palavreiro de divisa (com suas peculiares especificidades), como é, está, permanece, seduz e registra. Acontece. Traz Itararé dentro de si, como um signo ficante de enluo e orgulho-raiz. Entre a imaginação fértil e as memórias inventadas, entre o linguajar sério-luso e o lusco-fluxo do tabuleiro das linguagens, depura o arame de gramáticas bonitas, alegres, com paginações retumbantes. Aliás, Itararé é berço esplêndido, e, falando sério, a bem dizer, a fala do Itarareense é centopéica.

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