Chope Duplo

Paulo Vítola & César Marchesini. 

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Você já traiu seu analista?

Humberto quer saber se meu inconsciente já pulou a cerca

Humberto quer saber se eu já tive dois analistas ao mesmo tempo, “sem que um soubesse do outro”. A pergunta seria estranhíssima, não fosse ainda mais grotesca a minha resposta: eu já tive três analistas concomitantemente.

Faz uns seis anos, eu frequentei uma terapeuta de casal winnicottiana (que escolheu o outro lado da história para dar holding), um analista lacaniano (que me honrava com os mais brilhantes cortes secos, até que eu fiquei grávida, cheia de manias e passei a ter uma aflição mortal da sua toalha de rosto esquecida em cima da escrivaninha) e uma terapeuta e escritora judia com quem fiz transferências maternas importantíssimas e que me deram um suporte psíquico fundamental em meio a hormônios amalucados.

A terapeuta de casal não fazia parte da minha traição, ela era a analista exclusiva de um monstrinho formado pela amálgama de dois sujeitos lutando para que seu egoísmo soasse menos grotesco quando em confrontação. Mas o lacaniano e a freudiana se pensavam únicos e eu jamais tive coragem de lhes contar que meu inconsciente estava pulando a cerca (e as minhas reservas financeiras estavam colapsando antes de mim).

Diz-se de alguns traidores, tanto faz o gênero ou o não-gênero, que eles são seres cindidos, incapazes de amar verdadeiramente os parceiros com quem transam gostosinho, ou de se lambuzar satisfatoriamente com quem respeitam a ponto de constituírem família. Por isso, para viverem uma relação que os completem, necessitam sempre de dois ou mais parceiros. Hoje concluo que, naquele tempo, levei essa máxima para a minha vida de analisanda.

A mulher era minha sopa quentinha, meu útero, meu acalanto esquizoide (a gravidez pode ser bastante paranoica) e ainda me dava dicas de livros, séries e filmes. O homem me dizia coisas incômodas, sempre traduzia meus sonhos para surubas e seu divã parecia ter agulhas ou espinhos pontiagudos (jamais esquecerei quando ele disse, seríssimo e bebericando um chá, que um bom sexo anal sem medo era a única coisa que resolveria uma síndrome de intestino irritável —o que em definitivo não era um convite, antes que algum desavisado deseje cassar o diploma de uma profissão sem diploma, era a sua explicação bem acurada (amo a vontade que tive de usar uma palavra com cu aqui, para sintomas advindos de perversões tirânicas recalcadas).

Durante mais de três anos, mantive os dois em minha vida. Empanturrada de associações e interpretações, comecei a me imaginar como aquele marido do conto de Nelson Rodrigues, obrigado a jantar na amante e depois na própria casa (ou era o contrário?). Me perguntei, afinal, qual deles era minha casa e qual era o amante? Ficaria com o amante, certamente. Sem conseguir responder, encerrei com os dois e hoje tenho apenas um psicanalista. Este sim, minha casa, meu amante e meu desejo de permanecer em algum lugar. E foi aí, meus amigos, que a coisa complicou de verdade. Mas fica para outro texto.

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Inabilitados, cassados

O governo Maduro declara inabilitados para disputar eleições na Venezuela os três mais fortes candidatos da oposição. A inabilitação, que corresponde à cassação na ditadura brasileira, perdura até 2030 e inclui as eleições presidenciais deste ano. É a democracia relativa do cientista político Luiz Inácio Lula da Silva, aliado orgânico do regime venezuelano.

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The Skatalites

Loyd Knibb – 1931|2011. © Gilson Camargo

The Skatalites são considerados como os criadores do ska e, também influenciaram o rocksteady e o reggae, seus descendentes musicais derivam dos estilos tradicionais da Jamaica. As suas primeiras gravações de ska datam de junho de 1964, pórém, trabalharam anteriormente como banda de estúdio por bastante tempo para a gravadora/editora Studio One, gravando principalmente rhythm and blues. Os membros originais da banda obtiveram a sua formação musical a partir dos músicos de jazz da Jamaica. Por isso, embora se tenham inspirado em sons oriundos dos Estados Unidos da América (principalmente boogie woogie) e sons africanos, a música dos Skatalites contém muitos elementos próprios do jazz.

Os membros originais dos Skatalites foram Don Drummond (trombonista), Tommy McCook (saxofone e flauta), Roland Alfonso (saxofone), Lester Sterling (saxofone), “Dizzy Johny” Moore (trompetista), Lloyd Brevet (baixo) Lloyd Knnibb (bateria), Jackie Mittoo (piano e órgão), Jah Jerry Haines (guitarra).

The Skatalites gravaram junto com os Soundsystems no Studio One, como uma banda estúdio. Chegaram a ser muito populares na Jamaica, visto que a maioria dos artistas como Bob Marley, Peter Tosh, Bunny Wailer ou os Toots & The Maytals gravaram com eles. A banda original dissolveu-se em 1965, ano em que o líder do grupo Don Drummond matou a esposa e foi internado no centro psiquiátrico De Bellevue, centro no qual morreu passados dois anos.

A banda reapareceu reformada como grupo em 1983 e na atualidade segue ainda tocando, com a maioria dos membros substituídos. A banda foi indicada duas vezes para o Grammy, na categoria Melhor Álbum de Reggae, em 1996 e em 1997.

Os Skatalites estiveram em Curitiba em abril de 2008 (se não me falha a memória; já ouviram falar em Alzheimer Transitório?) no Curitiba Master Hall, Espaço Callas, onde o fotógrafo Gilson Camargo registrou tudo e eu, Vera, Giselle Hishida, Anderson Tozato e Claudia Seratiuk vimos, pela primeira vez, Doreen Shaffer cantando clássicos do Ska.

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Alegorias bíblicas

© Gal Oppido

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Fraga

Retícula sobre foto de Orlando Pedroso

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Playboy|1980

1981|Karen Price. Playboy Centerfold

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Elas

Malgorzata Szumowska, diretora, produtora e roteirista polaca (Cracóvia, Malopolskie, Polônia). Principalmente pelo filme “Elles”, 2012, que conta a história da jornalista de uma grande revista voltada para o público feminino, Anne (Juliette Binoche) que faz um trabalho obre a prostituição estudantil. Ela consegue os depoimentos de duas estudantes de Paris, Alicja (Joanna Kulig) e Charlotte (Anaïs Demoustier), que abrem suas vidas sem pudor ou vergonha. Tais confissões acabam ecoando no dia a dia de Anne e interferindo em seus relacionamentos pessoais. © Reuters

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Sem compostura

Foto de Misquici

Jair Bolsonaro divulga sua foto sem camisa para exibir a cicatriz da facada na pança, sem a da facada nas costas que diz ter recebido no TSE. Está em campanha para alguma coisa, no momento a de vítima-mor do Brasil, com direito ao poder eterno que nem Cristo exigiu com suas chagas. Perda de tempo, suas minions adorariam tê-lo no Only Fans com a revelação de seu dote imbrochável.

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Tempo – Os cartunistas têm de ir aonde a artista está

Na casa de Fátima Campos: Orlando Pedroso, Fred, Fátima, Rubem Grilo, Fernandes, Solda, Gilmar, Paulo Urso, Albert Piauí e Érico. Em Teresina, é claro, em algum lugar do passado. © Vera Solda

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A democracia relativa de Lula

Até no PT houve gente quem sentisse frio na espinha quando ouviu Lula dizer que o “conceito de democracia é relativo” à Rádio Gaúcha, na manhã de quinta (30).

Um petista admitiu ao Bastidor que lembrou imediatamente da “democracia relativa” defendida durante a ditatura militar por quem controlava o poder. “Sem querer, ele se alinhou a golpistas”, disse o correligionário.

Lula foi além. Disse que Venezuela é uma democracia porque há eleições – ignorando que democracia é mais que isso. “O Brasil quase sofreu um golpe em 2022, quando a Polícia Rodoviária Federal tentou impedir que eleitores sabidamente de Lula chegassem às urnas. Fosse bem sucedida a operação da PRF, haveria eleição, mas o processo não teria sido democrático”, afirmou o petista.

O grande problema, seguiu o desabafo, é que ninguém pode chegar em Lula para orientá-lo. “Praticamente só Janja Silva pode falar verdades para ele. Mas, às vezes, nem ela”.

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Portfólio

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Fraga

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Traduções de Virginia Woolf revelam outros olhares sobre a escritora no Cândido de junho 

A edição de junho do jornal Cândido, editado pela Biblioteca Pública do Paraná, traz uma reportagem especial sobre as traduções da escritora Virginia Woolf no Brasil. Leonardo Fróes, Emanuela Siqueira e Ana Carolina Mesquita destacam a complexidade de verter ao português uma das mais importantes figuras literárias do século XX e fonte de inspiração para mulheres do mundo todo. 

“Ela é muito sofisticada justamente pelas escolhas dos vocábulos que emprega em seus livros; se o tradutor(a) facilitar para o leitor de outra língua, vai deformar a obra e não vai dar uma ideia do que foi concebido originalmente”, aponta Fróes. O material, assinado por Luiz Felipe Cunha, traz ainda uma seleção de livros e produções que ressalta a versatilidade e a contemporaneidade da autora inglesa.

Outros destaques do Cândido 139: entrevista com Mar Becker (concedida à Samantha Abreu), poemas de Pedro Cassel e Yuliana Oritz (traduzidos por nina rizzi), fotografias de Vitor Lopes Leite e textos de Isabella Prati e Michel Neves, dois dos ganhadores do 5° Concurso Literário Luci Collin (UFPR). A arte da capa é de Bruna Alcantara.

Serviço|Jornal Cândido|Publicação de literatura editada desde 2011

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