Absolveram o PM. Condenaram o pai

Eu conhecia o Paulo porque ele é amigo do meu primo, mas nunca tinha falado muito com ele. Até o dia em que ele me procurou dizendo que o filho tinha sido baleado e morto. Quem atirou, como tantas vezes acontece, foi um policial militar. Não estava fardado e estava de folga. Mas foi junto com cinco outros PMs à paisana (e de folga) resolver o caso de um carro roubado – a vítima era irmã de um deles.

O Mike, filho do Paulo, estava metido com a história. Nunca soube exatamente o grau de envolvimento dele com o furto do carro. Provavelmente era o caso de ser preso. Certamente investigado. Mas o que aconteceu foi que o PM à paisana meteu três tiros dele, dois deles na cabeça. O Mike morreu com as mãos no colo, e não como quem está atirando para reagir.

Nesta semana o TJ absolveu o PM que atirou. Sumariamente, sem nem abrir processo. Os desembargadores resolveram que não há dúvida que Mike atirou (cadê o projétil? ou cadê uma filmagem que confirme isso? ou cadê uma prova qualquer?). Já sobre a política ter ou não plantado a arma no garoto morto, bom isso os desembargadores dizem que não tem como saber. Curioso: em tese a Justiça serviria exatamente para descobrir esse tipo de coisa.

Ao Paulo restou chorar. E à gente resta dizer que esse tipo de coisa não pode ser banalizado. A PM matou mais de 400 pessoas no Paraná em 2022. E quantos policiais foram pelo menos processados?

Aqui!

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O imbecil relativo

Quando surgirá alguém que mande Lula calar a boca, assim como o rei Juan Carlos fez com Hugo Chávez, o ditador da Venezuela? Exato sobre a Venezuela Lula disse a maior estupidez desde que assumiu: que o conceito de democracia é relativo. Dá exemplo: no Brasil a democracia é plena, apesar de Bolsonaro. Já na Venezuela quem define o modelo de democracia é o povo, mediante eleições livres. Parece um cientista político falando, mas Lula não disse que as eleições da Venezuela foram livres. Diz apenas que o Brasil irá exercer controle sobre as próximas eleições deles. Meu Deus, o que é isso? O cara valoriza a democracia brasileira que celebra por tê-lo feito presidente, mas aceita a ditadura venezuelana!

A coisa só não fica pior com tais imbecilidades do atual presidente porque o Brasil aguentou por 4 anos um presidente que dizia imbecilidades piores. No frigir dos ovos Lula tem razão. A democracia do Brasil é tão forte que resiste a um imbecil para escolher outro imbecil. Em última análise, a democracia de Lula é a verdadeira: o direito do povo de trocar um presidente muito imbecil por outro presidente relativamente imbecil. Relativamente? Sim, a relação de comparação entre as coisas: tomando-se Bolsonaro como o imbecil absoluto Lula é relativamente imbecil. Pobre Brasil, Lula tornou-se a nova Dilma, que não sabe o que fala.

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Elas

Jeanne Moreau – 1928|2017 – Paris 2003|Vanity Fair © Peter Lindbergh

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Mural da História – 2010


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© César Marchesini

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Saudades do que não vivemos

A proximidade dos eventos, jantares e encontros informais em Lisboa fez renascer nos dirigentes de PP e União Brasil aquela vontade de se juntar. Em além-mar, Ciro Nogueira (PI), controlador do PP, e Antonio Rueda, vice-presidente do União Brasil, além de Elmar Nascimento (União – BA) e Arthur Lira (PP-AL), combinaram de voltar a discutir uma federação dos partidos.

No início do ano, os representantes das legendas conversaram, conversaram, mas não saíram do lugar (aqui, aqui e aqui). A federação de União Brasil e PP parou por conta de disputas regionais de poder e, principalmente, pelo controle do dinheiro.

Regado a vinho do porto e pastel de nata, o quarteto prometeu “fazer acontecer” na volta ao Brasil. Acham que o governo terá de ceder mais aos dois partidos unidos. O PP está fora do ministério. O União Brasil já indicou (e ainda não levou) o Ministério do Turismo, com o deputado Celso Sabino (PA). E só.

Eles querem mais. O governo até avalia dar mais espaço, mas numa federação, acreditam, Lula não terá como fugir.

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torre-de-papel

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O Bandido Que Sabia Latim

quando eu tiver setenta anos
então vai acabar esta adolescência
 
vou largar da vida louca
e terminar minha livre docência
 
vou fazer o que meu pai quer
começar a vida com passo perfeito
 
vou fazer o que minha mãe deseja
aproveitar as oportunidades
de virar um pilar da sociedade
e terminar meu curso de direito
 
então ver tudo em sã consciência
quando acabar esta adolescência.

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O bandido perderá no fim

Mas, se os Poderes tivessem feito seu papel, Bolsonaro custaria muito menos dinheiro ao Brasil

O julgamento da inelegibilidade de Bolsonaro é só a primeira das séries a que vamos assistir, não pela Netflix, mas pela TV Justiça. Em todas, o bandido perde no fim e, em algumas, puxará cadeia, com direito, por deferência do carcereiro, a ração diária de pão com leite condensado. O que isso nos custará aos cofres é irrelevante e não se compara ao que poderia ter sido poupado se os Poderes tivessem cumprido seu papel quando solicitados. Exemplos?

Durante seu império de quatro anos, Bolsonaro foi alvo de 158 pedidos de impeachment —o referente à reunião com os embaixadores foi apenas o 145°—, 66 dos quais sob Rodrigo Maia na presidência da Câmara e 92 sob Arthur Lira. Todos foram arquivados, desconsiderados ou postos em “análise”, a qual nunca foi feita e agora é desnecessária. Já o relatório da CPI da Covid, que custou seis meses de audiências e acusou Bolsonaro de crimes contra a administração pública, a paz pública e a saúde pública foi dirigido ao procurador-geral da República, Augusto Aras, a quem competia avaliar as acusações. Mas Aras o mandou para uma gaveta na PGR reservada ao parto de ratos.

Diz-se que Bolsonaro tem 600 processos contra ele, além de 16 acusações tão graves quanto esta em curso. E sabe-se agora que o Judiciário o advertiu 31 vezes por seus ataques ao sistema eleitoral. Não seria mais econômico tê-lo barrado na quinta, 12ª ou 21ª advertência?

Imagine o quanto as ações contra Bolsonaro já nos custaram em clipes, papel timbrado, carga de impressora, leitura de atas, busca em compêndios, serões nos tribunais, horas extras remuneradas e lavagem de togas. Só porque o deixaram ir longe demais.

E não vai parar. Condenado nas várias instâncias, Bolsonaro recorrerá em cada uma ao Supremo. Perderá em todas, mas continuará a dar baita despesa e a ocupar o tempo que o Brasil deveria estar destinando a consertar seu estrago.

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© Jan Saudek

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Sônia Braga|1990|© David Mcgough

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Tempo

Lina Faria, Ao Distinto Cavalheiro, 2007, em algum lugar do passado © Vera Solda

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Os livros do Prof. Thimpor

Orgasmo Intransponível. Volume de pequenas narrativas sexuais. Realidade e ficção se misturam num frenesi alucinante e tudo acaba, inevitavelmente, num orgasmo intransponível. Não há personagens. Apenas duzentos milhões de espermatozóides tentando desesperadamente vencer a corrida rumo à vagina, atraídos pelo muco uterino. 

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Faça propaganda e não reclame

piadaDesencannes

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