CPF emprestado

Cristiano Zanin quer chegar ao STF com unanimidade: desde Lula até o mais genocida dos bolsonaristas. Treinado para todas as platéias, já encantou evangélicos: o ministro “terrivelmente evangélico” André Mendonça pediu aos bolsonaristas de seu tempo de ministro de Bolsonaro que recebessem o candidato de Lula para conversa – enquanto isso o Mendonça atrasa com pedido de vista julgamentos com maioria definida no STF. Zanin quer chegar a ministro seduzindo – como se diz em Curitiba – “um polaco de cada colônia”.

Ninguém espera que um ministro do STF seja o pai da controvérsia e inimigo de todos (um Gilmar Mendes já basta, ainda assim com a atenuante de ser inimigo ocasional e seletivo). Desse jeito, apenas para pagar dívida de honra – que ninguém avaliza, nem os petistas -, Lula impinge um ministro com todas e nenhuma expressão. Prepare seu bolso, que a fatura do Senado será alta para escolher Zanin: verbas, cargos, nomeações. Lula não tem mais mensalão, não precisa. Arthur Maia ensinou como fazer negócio com o CPF alheio.

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Álbum

patricia-basquiat© Patrícia Basquiat

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Ame de qualquer maneira

Crítica que atrela monogamia ao capitalismo tem tom autoritário que ignora história natural e romantismo

“Qualquer maneira de amor vale a pena”, diz Milton Nascimento. Mas, ao longo da história, algumas formas foram privilegiadas e, outras, não só desvalorizadas como penalizadas. Após muita luta, parte das sociedades baniu leis nefastas que interferiam nessa liberdade individual.

Ainda há padrões. A monogamia é um deles, e vem sendo alvo de críticas por dois motivos: repressão dos desejos e opressão política.

Tal comportamento seria uma construção antinatural que gera sofrimento psíquico. Mas seres humanos, a todo momento, reprimem instintos para viver em sociedade. Há custos, mostrou Freud em “O mal-estar na civilização”, mas é uma troca vital para os grandes feitos da cultura humana —ciência, democracia etc.

E é justamente por causa desses grandes feitos que, hoje, podemos escolher se ficamos solteiros ou casamos, se entramos em um relacionamento aberto ou no poliamor.

Por isso, a segunda crítica apresenta tom autoritário: a monogamia deve ser não apenas problematizada (o que é bem-vindo), mas combatida por ser um mecanismo capitalista que só serve para proteger a propriedade privada e subjugar mulheres.

Ora, mas a monogamia é anterior ao capitalismo, e verifica-se até mesmo em animais. Estudos antropológicos relacionam a prática ao cuidado da prole e à proteção contra adversidades ecológicas.

Estima-se que a relação monogâmica tenha se estabelecido com a agricultura sedentária, há cerca de 10 mil anos.

Ademais, o falatório ideológico ignora o amor romântico que, segundo ensaio de Octavio Paz, remonta a culturas diversas da Antiguidade, como a árabe e a greco-romana.

Militantes acham que a política é o centro gravitacional da vida das pessoas, mas João não pensa no neoliberalismo enquanto se encanta pelos olhos castanhos de Maria, tampouco Ana sente a força do capital nos ternos braços de José.

A monogamia é uma forma de amor e, como qualquer outra, também vale a pena. Feliz dia dos namorados, seja qual for a sua.

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Mural da História – 2008

eu-sou-você-amanhã

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Cinema

Do filme Seven: Os Sete Crimes Capitais (1995) – David Fincher

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Fotografia

© Julio Covello

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Hazel Moore. © Zishy

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O acidente foi no tristemente célebre Retângulo das Bermudas.

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2024

leminski tiago recchia 221944|2024 – 80 anos. Desenho de Tiago Recchia

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Curitiba, capital dos limpos

Curitiba é a capital que dá o menor índice de aprovação a Lula, ou a maior rejeição. Gente fina, a dos institutos de pesquisa. Trocassem as palavras rejeição e aprovação por ódio e repulsa seriam precisos. Lula não cola em Curitiba. A rejeição a Lula deve-se a ele ter sido preso em Curitiba. Curitibano odeia presidiário, tanto que nunca alguém da elite curitibana passou mais de um dia preso. Isso é para o pobre pagão, aquele sem padrinho.

Ignorada pelo povo adolescente, a história registra os poderosos locais que mataram as mulheres a pancadas. Julgamentos adiados até as calendas voltaram livres aos cargos vitalícios (consulte na Biblioteca Pública). Beto Richa foi o único a dormir no xilindró, quando, fora do governo, transitava para o Senado. Apenas uma noite; Richa sequer levou escova de dentes e muda de cueca. Dia seguinte saiu, hálito puro e relojão de mauricinho.

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Em busca de um cargo

A ex-senadora Katia Abreu promoveu nesta semana, em sua casa em Brasília, um jantar que reuniu o advogado Cristiano Zanin, indicado por Lula para o Supremo Tribunal Federal, integrantes do governo e ministros do STF.

No cardápio, dois pratos principais. Um deles foi a sabatina que Zanin enfrentará no Senado ainda este mês. Um acordo entre o governo, o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que preside a Comissão de Constituição e Justiça, estipulou a data-limite para o advogado ser ouvido pelos senadores: 21 de junho.

Até lá, antes de chegar à CCJ, o advogado que defendeu Lula na operação Lava Jato vai continuar batendo às portas de parlamentares e participando de convescotes como o de Katia Abreu. Nesta semana, ele se encontrou com parlamentares e lideranças evangélicas.

Um parlamentar da base aliada, em conversa com o Bastidor, lembrou que a ex-senadora tem uma preocupação maior do que a indicação do Zanin: assumir algum cargo na administração federal, o outro prato que foi servido aos convidados.

Participaram o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), os senadores Renan Calheiros (MDB-AL), Randolfe Rodrigues (Sem partido-AP) e Weverton (PDT-MA). Do STF foram os ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli. O advogado-geral da União, Jorge Messias, o ministro do Superior Tribunal de Justiça Mauro Campbel e Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União (TCU), também foram.

Katia, é bom lembrar, foi impedida de assumir a vice-presidência do agronegócio do Banco do Brasil por conta da Lei das Estatais. Ela é mãe do senador Irajá, que preside o PSD de Tocantins, e a legislação não permite que indicados para o posto ​​tenham parentes de até terceiro grau em cargos executivos ou de direção de partido político. O cargo, por meio do Plano Safra, terá algo em torno de R$ 200 bilhões para liberar ao setor.

Kátia Abreu busca uma saída jurídica para alguma indicação. Ela tentou, sem sucesso, uma indicação ao Tribunal de Contas da União. Uma alternativa já aventada é ser indicada pelo BNDES como conselheira na JBS.

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© Orlando Pedroso

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