Álbum

Nautílio e Helena Portela.  © Albert Nane.

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Mural da História – 2019

República dos Bananas

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Viver é muito perigoso

plano-de-saúde© João Urban, década de 1980.

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Ostras

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Há sangue frio

Filósofos helênicos abotoaram o paletó injustamente: libório arrancou as teclas da máquina de escrever para machucar os dedos enquanto datilografa. Eles sangram pra lá e pra cá, sujando a mesa de um vermelho vivo. Chicletes grudam na massa cinzenta já aprodecida de insepultos, agora de bruços, senho fechado. Campos de carvalhos me acenam da estante. Ilíadas e mais ilíadas, lidas, relidas, esmiuçadas por algum selvagem de motocicleta.

O homem do mato de mãos dadas com a mística feminina. É proibido. Chegou godot, três dias atrasado, esteve viajando, diz, no país das maravilhas. Lá se come bem. Os certões estavam errados, a revolução no fruturo começa semana que vem, com o teatro do comprimido e outras rimas poéticas. Mas à essa altura do campeonato, quem tem medo da megera domada? Ter certeza da dentista cansada de guerra e paz, elementar, meu caro watson! A avó está no mundo há oitenta anos e ainda não viu a luz no fim do tonel; um certo cafetão rodrigo quer beber sete: é oito e meio, além do imposto. Enterrem meu coração no encouraçado na curva do calombo, junto com os cada vez mais estupefactos que ainda bebem leite de onça. Tragélida cosmopolenta, fadiga na perna esquerda, carne da minha carne, sangue do meu sangue, mesoparina de antanho, esquálida borboletra zanzando sobre as flores de maracujá, agora mesmo, neste instante.

Hipócrita fede. E tem hipócrita que cheira, mas só na casa dos outros.

Oposição frontal: não há duelo solitário, ninguém assassina a própria sombra sem motivo; ser explícito no acesso à leiteratura, literatejar em abundância sem ser versado em literatura nem em letras, dig it? Arrebentar a proveta, provecto. Veja o diário da tia. Vejam só, fins negam os sheiks sem fundos. É a guerra com o jogral, deixa o alfredo falar. Só o vento sabe a resposta. Esquadrão do norte, espumando pelo canto da boca, a cólera do cão; livro vermelho dos millôres, erros de sifilização. Caiu o pano! Essas coisas insaciáveis, o tempo e o vento, lá vou, gulliver! Divina comédia, fizeste aval de três freiras que assombram o país. A cinza das noras, morte e vida sem verina; feliz ano novo, tia zulmira. Carona do pai thomaz: é do tipo do rei. Cavalinhos de platiplanto. Os dentes ao sol. Rei posto, ele está pelado, com a navalha na carne. Mas traga. Catatchau

Pior que o hipócrita, só a mulher do hipócrita, sem pai nem mãe. Mas com o hipócrita, de braços dados. Esse casamento não vai longe: no máximo, até o banheiro, pra vomitar. O corpo se decompõe; o baluarte inexiste, finalmente. Ninguém reclama do cheiro desagradável. Lanfônesas costifúnculas esmerilham cabelécidos em plena bouca malditante, esforétidos maraquintinius! A bebedeira, a ebriedade, êxtase, enlevação, a embriaguez! Fiat lux! Circulam informações de cocheira sobre a nossa ração cultural diária. O balaustre é atingido, quase no fim da feira. Daqui ouço os milagres no palacete do tico tico: es muy bueno! Corruíras helioleitosas abrem o mar paraguayo.

Enquanto agonizo, pinto. Em rápidas pinceladas, porque o gambá do ano passado invade a minha sala, o exército inimigo bate à minha porta: correndo, perco as sandálias mas não perco o trocadilho. Atiro primeiro: se a vítima não rir, gastei bala zequinha em poeta de compota.

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© Sara Saudková

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A caxumba do Mito

Bolsonaro, mentiroso patológico e serial, recai na fake: a vacina para o covid causa problema nos testículos. Potoca do mentiroso. Bolsonaro teve caxumba retardada enquanto brincava de estadista na Flórida. Mais falso que nota de R$ 3, continua a negar que tomou vacina para o covid. O Google ensina: “É verdade que a caxumba pode “descer”? Sim. O vírus pode atingir testículos nos homens e ovário nas mulheres, provocando inflamação e, sem tratamento, infertilidade”.

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Estatuto do Poeta

Primeiro Rascunho Para um Esboço de Projeto Amplo, Total e Irrestrito

Artigo Um – Todo Poeta tem direito de ser feliz para sempre, mesmo além do para sempre ou quando eventualmente o “para sempre” tenha algum fim.

Artigo Dois – Todo Poeta poderá dividir sua loucura, paixão e sensibilidade com mil amores, pois a todos amará com o mesmo prelúdio nos olhos, algumas asas nas algibeiras e muitas cítaras encantadas na alma, ainda assim, sem lenço e sem documento.

Parágrafo Único – Nenhum Poeta poderá ser traído, a não ser para que a ex-Musa seja infeliz para todo o resto dos dias que lhe caibam na tábua de carne desse Planeta Água.

Artigo Três – Nenhum Poeta padecerá de fome, de tristeza ou de solidão, até porque a tristeza é a identidade do Poeta, a solidão a sua Pátria, sendo que, a fome pode muito bem ser substituída por rifle ou cianureto. E depois, um poeta não precisa de solidão para ser sozinho. É sozinho de si mesmo, pela própria natureza, com seus encantários, mundo-sombra e baladas de incêndio.

Artigo Quatro – A Mãe do Poeta será o magno santuário terreal de seus dias de lutas e sonhos contra moinhos e erranças de gracezas e iluminuras. Filho de Poeta será como caule ao vento, cálice de liturgia, enchente em rio: deverá adaptar-se ao Pai chamado de louco por falta de lucidez de comuns mortais ou velado elogio em inveja espúria.

Artigo Quinto – Nenhum Poeta será maior que seu país, mas nenhuma fronteira ou divisa haverá para o Poeta, pois sua bandeira será a justiça social, pão, vinho, maná, leite e mel, além de pétalas e salmos aos que passaram em brancas nuvens pela vida. E depois, uns são, uns não, uns vão, uns hão, uns grão, uns drão – e ainda existem outros.

Artigo Sexto
A todo Poeta será dado pão, cerveja, amante e paixão impossível, o que naturalmente o sustentará mental e fisiológicamente em tempos tenebrosos ou de vacas magras, de muito ouro e pouco pão.

Artigo Sétimo – Nenhum Poeta será preso, pois sempre existirá, se defenderá e escreverá em legítima defesa da honra da Legião Estrangeira do Abandono, à qual sabe pertencer, com seu butim de acontecências, ou seu não-lugar de, criando, ser, estar, permanecer, feito uma letargia, um onirismo.

Artigo Oitavo – A infinital solidão do espaço sempre atrairá os Poetas.

Artigo Nono – Caso o Poeta viaje fora do combinado, tome licor de ausência ou vá morar no sol, nunca será pranteado o suficiente, nem lhe colocarão tulipas de néon, dálias aurorais, estrelícias de leite ou dente-de-leão sob o corpo que combateu o bom combate. Será servido às carpideiras, amigos, parentes, anjonautas e guardiões, vinho de boa safra por atacado, mais bolinhos de arroz, pão de minuto e cuque de fubá salgado.

Artigo Décimo – Poeta não precisará mais do que o radar de seus olhos, as suas mãos de artesão sensorial no traquejo do cinzel interior, criativo, sua aura abençoada e seu halo com tintas de luz para despojar polimentos íntimos em verso e prosa, como pertencimentos, questionários e renúncias.

Artigo Décimo-Primeiro – Poeta poderá andar vestido como quiser, lutar contra as misérias e mentiras do cotidiano (riquezas impunes, lucros injustos), sempre buscando pela paz social, ou ainda mamando na utopia de uma justiça plural-comunitária. Quem gosta de revolução de boteco é janota boçal metido a erudição alcoólica e pseudo-intelectual seboso e burguês. Poeta gosta mesmo de humanismo de resultados. De pegar no breu. A luta continua!

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Daltonsday: viajando no voo do Vampiro

Joyceano roxo, Dalton Trevisan se orgulha de ter nascido dois dias antes do Bloomsday, 16 de junho, que homenageia anualmente o personagem Leopold Bloom do romance Ulísses. Em homenagem ao nosso escritor maior, que completa 95 anos, propomos instituir, a partir deste 14 de junho, o Daltonsday. Assim como no Bloomsday, sugerimos também um roteiro lítero-turístico para celebrar a Curitiba cantada por Dalton em seus mais de 50 livros. Os pontos aqui indicados são acompanhados por trechos do próprio Trevisan (sem muita bibliografia, para não atravancar a prosa).

Nossa viagem bem que pode começar pelo relógio de sol da Farmácia Stellfeld, de 1857, ainda ativo na Praça Tiradentes. que participa, no conto Prova de redação, de uma cena erótica entre um escritor velho-babão e uma lolita com uniforme de normalista: “De repente o doutor me empurra (eu? ela?) de cara contra a parede. Ergue a saia e bota o Ponteiro do Relógio de Sol (tem um lá na Praça Tiradentes, isso que é falar bonito!) dentro da calcinha entre as bochechas (ai, lindas bochechas minhas, bem redondas, assim empinadas).” Outra alusão fálica, ali perto: “O doutor exibe o que chama de Memorial de Curitiba, com troféus e escudos pendurados.”

Um dos fetiches daltescos é “a Ponte Preta da estação, a única ponte da cidade, sem rio por baixo”, cenário do conto Debaixo da Ponte Preta, uma fina paródia do filme japonês Rashomon: “Na noite de vinte e três de junho, Ritinha da Luz, com dezesseis anos, solteira, prenda doméstica, ao sair do emprego, dirigiu-se à casa de sua irmã Julieta, atrás da Ponte Preta. Na linha do trem foi atacada por quatro ou cinco indivíduos, aos quais se reuniram mais dois. Então violada por um de cada vez e abandonada entre as moitas. Seu choro atraiu um guarda-civil, que a conduziu até a delegacia.”

O local na Marechal Floriano (entre Rua XV e Praça Tiradentes) onde ficava o sórdido bar Buraco do Tatu é outra parada no roteiro do Daltonsday: “Garçom do Buraco do Tatu, trabalhava até horas mortas; uma noite voltou mais cedo, as duas filhas sozinhas, a menor com febre. João trouxe água com açúcar e, assim que ela dormiu, foi espreitar na esquina. Maria chegava abraçada a outro homem, despedia-se com beijo na boca. Investiu furioso, correu o amante. De joelho a mulher anunciou o fruto do ventre.”

Outros marcos, materiais e imateriais, da odisseia urbana de Dalton: “Os conquistadores na esquina da Escola Normal, os bailes da Sociedade Operária, os Chás de Engenharia (“onde as donzelas aprendem de tudo, menos a tomar chá”), as ruas de barro com mil e uma janeleiras e seus gatinhos brancos de fita encarnada no pescoço, a zona da Estação, a sociedade secreta dos Tulipas Negras (uma pioneira confraria gay), o Templo das Musas com os versos dourados de Pitágoras, o expresso de Xangai que apita na estação, o Pavilhão Carlos Gomes, as pensões familiares de estudantes, o relógio na Praça Osório que marca implacável seis horas em ponto, os sinos da Igreja dos Polacos, o bebedouro na pracinha da Ordem.”

Finalmente, além da Livraria do Chain, que Dalton usou por algum tempo como posta restante informal, temos a casa do escritor na esquina da Ubaldino Amaral com a Amintas de Barros. Ali, há alguns anos, a vida de Dalton foi infernizada por uma seita que tinha seus cultos animados por um rock heavy metal ensurdecedor.

“No princípio era o silêncio na Rua Ubaldino, eis que o número 666 da Igreja Central Irmãos Cenobitas ergueu cartazes anunciando sinais e prodígios, não a flauta doce e harpa eólia para louvar o Senhor, mas a caixa de ressonância da buzina do Juízo Final e o amplificador dos agudos desafinados de Gog e Magog, além da mão esquerda não saber o que faz a direita, as duas juntas rompem no batuque iconoclasta do bumbo, nunca tal se viu na Rua Ubaldino de hospital escola gente calada.”

Passado o terror cenobita, instalou-se nos últimos anos na casa vizinha da Amintas de Barros uma sauna gay com música de discoteca. Depois de insistentes queixas, o escritor reconquistou seu direito sagrado ao silêncio. Só espero que a instituição do Daltonsday não leve hordas de turistas curiosos a perturbar o seu sossego.

Longa vida e muita paz ao nosso Vampiro querido!

Roberto Muggiati|2020

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Sessão da meia-noite no Bacacheri

L’événement (Happening) é adaptado do romance de Annie Ernaux, e se passa numa França de 1963, ainda quando o aborto era ilegal no país. Anne é uma estudante com um futuro promissor, e quando descobre que está grávida, ela imediatamente insiste na interrupção, mas seu médico avisa sobre as leis implacáveis ​​contra procurar ou ajudar abortos, e suas tentativas de chegar a seus amigos mais próximos são rejeitadas.

À medida que as semanas passam, sem apoio ou acesso, uma Anne cada vez mais desesperada persiste inabalavelmente em buscar qualquer meio possível de interromper a gravidez na esperança de recuperar seu futuro. O longa detalha direta e graficamente não apenas os perigos e indignidades da busca angustiante de Anne, mas também como a indiferença ao redor aumenta sua situação, imergindo-nos na certeza de sua personagem de que o fracasso em interromper esta gravidez certamente seria o fim de sua vida também.

Audrey Diwan (1980) é uma jornalista, romancista, argumentista e realizadora francesa. Em 2019, estreou-se no cinema com Losing It e, em 2021, ganhou o Leão de Ouro no 78º Festival de Veneza com seu último filme, L’événement. Audrey Diwan é ainda membro do Collectif 50/50, uma ONG francesa que promove a igualdade entre homens e mulheres na indústria cinematográfica.

L’événement | 1h39 | 2021 |  Realização: Audrey Diwan. Com Anamaria Vartolomei, Kacey Mottet-Klein, Sandrine Bonnaire, Louise Orry-Diquero, Louise Chevillotte, Pio Marmaï, Anna Mouglalis, Fabrizio Rongione, Luàna Bajrami, Leonor Oberson, Julien Frison e Alice De Lencquesaing. Argumento: Audrey Diwan e Marcia Romano. Edição: Géraldine Mangenot. 

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O que é ser medíocre?

Mateus quer saber o que leva uma pessoa a ser ou agir de forma medíocre

Mateus me escreve para saber a minha opinião sobre o que leva uma pessoa a ser ou agir de forma medíocre. Em seu e-mail ele deixa bem claro: “Não o que você pensa na teoria, ou baseada em leituras, ou querendo parecer erudita, ou querendo ser politicamente correta, ou cheia de dedos para não parecer arrogante, mas sim o que você considera medíocre de verdade e sem pensar muito. Quero que você fale comigo como se eu estivesse numa mesa de bar com você.”

A primeira cena que vem à minha mente sou eu andando por uma rua em Ipanema. Eu tinha 28 anos, morava no Rio de Janeiro há poucas semanas e tinha feito uma única amiga até então. Comentei que andava com falta de ar, enjoo e taquicardia.

Não tinha sido fácil sair de São Paulo tão de repente. Recebi a proposta de um ogro que deixou bem claro: “Ou você chega em três dias ou perde a oferta de trabalho.”

Desalugar o apartamento que eu adorava, ter me mudado para um quarto em cima de um restaurante (eu odiava o barulho e o cheiro de gordura), largar um namorado, mudar de emprego, mudar de profissão, ficar longe de todos os meus amigos, ficar longe da minha família e passar a ganhar 1/10 do que era meu patamar salarial na época.

A garota deu uma risada debochada e me respondeu “vai para a praia que passa”. Essa pessoa era medíocre. Praia é uma coisa maravilhosa, eu adoro, eu realmente me sinto bem, mas quem não consegue aprofundar nem um tiquinho quando se trata de uma conversa sobre angústia e acha que todos os problemas podem ser resolvidos na praia me parece bem medíocre.

A segunda cena é meu tio me dizendo que eu não “constituiria família” se continuasse escrevendo as coisas que escrevo.

A terceira cena sou eu com um namorado péssimo, na companhia de seus amigos ainda piores. Todos os amigos com suas respectivas namoradas. Em determinado momento, eles se distanciam de nós para terem conversas mais “de homem”: comentários a respeito de política, ironias contra pessoas chatas do trabalho e uma ou outra piada sexual. Por alguma razão, acham que a gente poderia não gostar ou não acompanhar o assunto.

Eu começo a berrar da sala para onde fui segregada e a competir com eles pelas melhores ironias e sacanagens verbais. Naquela mesma noite, moças se chocam e o tal namorado termina comigo. Era um homem profundamente medíocre, amigo de homens medíocres que, por sua vez, namoravam moças medíocres.

Eu na hora do recreio com uma garota que se chamava Ana Carolina. Eu dizendo: “Carol, eu gosto do Felipe porque ele é estranhíssimo” e Carol me dizendo “que horror, você tem que gostar de quem todo mundo gosta ou a estranha é você”. Não sei como anda a doce Ana Carolina 30 anos depois, mas deve ser medíocre.

Penso agora nos meus amigos queridos que odeiam o filme “A Grande Beleza”. E em outros conhecidos até bem simpáticos que adoram o filme “Na Natureza Selvagem”. Paolo Sorrentino me emocionou tanto com esse filme, mas tanto, que eu não conseguia me mover. Não conseguia me levantar da cadeira do cinema e andar. Acho que foi uma das experiências cinematográficas mais fortes que já tive. Na saída, dei de cara com um casal de amigos que estava indignado “que filme pretensioso, que nada, que grande besteira”. Eu fiquei em silêncio e, imageticamente, tatuei para sempre, em neon, a palavra MEDÍOCRE naquelas testas. Gosto desses amigos, não são medíocres na vida real. Mas naquele dia foram tremendamente medíocres.

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Mural da História – 2019

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Roberto José da Silva, o popular Zé Beto, no tempo dos papiros.  © Ralf Guido Stade

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