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Publicado em poluicéia desvairada!
Com a tag assim caminha a humanidade, lee swain
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Tempo
Wilson Bueno
magrura
minha meia-irmã
chegou de Piracicaba
ainda mais magra
corremos em seu socorro
de magra voou pro morro
Publicado em Sem categoria
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Mural da História – 2016
Rapidinhas de Humor Judaico
A Comunicação Entre o Casal Russo
Depois de anos de espera um casal de judeus russos recebeu permissão para emigrar para Israel, mas a primeira autorização foi emitida somente para Sara. Antes da viagem, Rabinovich combinou um código com a esposa:
“Tudo o que eu te escrever em tinta preta é verdade, e com tinta vermelha é mentira”. Algum tempo depois Sara recebeu a primeira carta, toda em tinta preta: – “A vida aqui na Rússia está cada vez melhor. As roupas melhoraram de qualidade e baixaram de preço. Não falta carvão para o aquecimento. O serviço de saúde está cada vez melhor. A situação para nós judeus é ótima, a carne é tão abundante que chega a ser difícil escolher o que comprar. Em compensação, sei que vai te parecer irrisório, mas em nenhum lugar se encontra tinta vermelha para caneta”.
Publicado em Gerson Guelmann
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O que passou, passou?
Antigamente, se morria
1907, digamos, aquilo sim
é que era morrer.
Morria gente todo dia,
e morria com muito prazer,
já que todo mundo sabia
que o Juízo, afinal, viria,
e todo mundo ia renascer.
Morria-se praticamente de tudo.
De doença, de parto, de tosse.
E ainda se morria de amor,
como se amar morte fosse.
Pra morrer, bastava um susto,
um lenço no vento, um suspiro e pronto,
lá se ia nosso defunto
para a terra dos pés juntos.
Dia de anos, casamento, batizado,
morrer era um tipo de festa,
uma das coisas da vida,
como ser ou não ser convidado.
O escândalo era de praxe.
Mas os danos eram pequenos.
Descansou. Partiu. Deus o tenha.
Sempre alguém tinha uma frase
que deixava aquilo mais ou menos.
Tinha coisas que matavam na certa.
Pepino com leite, vento encanado,
praga de velha e amor mal curado.
Tinha coisas que têm que morrer,
tinha coisas que têm que matar.
A honra, a terra e o sangue
mandou muita gente praquele lugar.
Que mais podia um velho fazer,
nos idos de 1916,
a não ser pegar pneumonia,
deixar tudo para os filhos
e virar fotografia?
Ninguém vivia pra sempre.
Afinal, a vida é um upa.
Não deu pra ir mais além.
Mas ninguém tem culpa.
Quem mandou não ser devoto
de Santo Inácio de Acapulco,
Menino Jesus de Praga?
O diabo anda solto.
Aqui se faz, aqui se paga.
Almoçou e fez a barba,
tomou banho e foi no vento.
Não tem o que reclamar.
Agora, vamos ao testamento.
Hoje, a morte está difícil.
Tem recursos, tem asilos, tem remédios.
Agora, a morte tem limites.
E, em caso de necessidade,
a ciência da eternidade
inventou a criônica.
Hoje, sim, pessoal, a vida é crônica.
Paulo Leminski
“La Vie en Close”, Editora Brasiliense
Publicado em Todo dia é dia
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Piauí
Publicado em piauí
Com a tag orlando pedroso, praça d. pedro II, teresina|piauí, vera solda
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Flagrantes da vida real
À bangu
Publicado em Rogério Distéfano - O Insulto Diário
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Militares bolsonaristas projetavam golpe desde a escola de comando do Exército
Oficiais-superiores do Exército estudaram subversão e queriam tomar STF
Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou certa vez que bastariam um cabo e um soldado para fechar o Supremo. Disse tal coisa de modo fanfarrão e cafona, mas presciente – sabia com antecipação do que estava falando.
Em tom de quem pede para levar “umas brejas pro churras”, o coronel Jean Lawand pediu ao “irmão” tenente-coronel Mauro Cid, ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, que convencesse o presidente das trevas a dar o golpe, em dezembro do ano passado, em troca de mensagens revelada pela revista “Veja”. A conspiração golpista, porém, era maior e mais antiga.
Além de iletrado e vulgar, o apelo de Lawand parece pateta. Até mesmo Cid responde que Bolsonaro não daria o golpe por falta de confiança no Alto Comando do Exército.
Para quem lembra das quarteladas contra Juscelino Kubitschek (1955-1960), a história parece menos ridícula. Essas intentonas eram o resto do ressentimento pelo fracasso do golpe contra Getúlio Vargas, em 1954, e indícios do que viria em 1961 e 1964.
É um passado remoto? Então se pode lembrar do coronel Hugo Chávez. Caricato? Tudo bem. Então se leiam todos os documentos levantados pela Polícia Federal no celular de Cid.
Antes de ir aos textos, observe-se que Lawand e Cid estavam no caminho para o topo do generalato. Foram os melhores de suas turmas da Academia Militar das Agulhas Negras, o que dá preferência nas promoções iniciais, e tinham carreiras de destaque. Talvez estivessem no Alto Comando dos anos 2030 -em um país podre, talvez ainda cheguem lá. Cid também liderava uma quadrilha de militares falsários, a turma da vacina “fake”, e cuidou da muamba das joias das arábias. Um palerma e um trambiqueiro. Mas armados.
Nos textos do celular de Cid se nota que o golpe era assunto de estudos de pelo menos uma turma do Curso de Comando e Estado-Maior do Exército, de 2017, pós-graduação destinada a majores e tenentes-coronéis. A discussão parece continuar por anos, em textos de lógica capenga e de argumentos jurídicos torturados, com o objetivo de achar um fundamento da intervenção militar nos Poderes.
Existiria um caso, enfim concluem os luminares militares do direito, em que as Forças Armadas poderiam intervir sem a convocação dos Poderes. Provocado por uma espécie de arrazoado do presidente da República, o comando das Forças Armadas avaliaria a situação e poderia, por si, desencadear uma intervenção.
O debate culmina em 2022, com a redação de uma exposição presidencial de motivos para o estado de sítio e a intervenção militar. Entre tantas razões, o STF e o TSE teriam violado o “princípio constitucional da moralidade”, requisito da legalidade.
O material exige análise extensa, que não cabe aqui. Mas deixa claro o projeto de se encontrar doutrina e pretexto para golpes. Quantos estavam envolvidos nesse projeto?
Os generais Augusto Heleno e Braga Netto, braços direito e direito de Bolsonaro, eram admiradores de Augusto Pinochet, ditador, genocida, falsário e ladrão. Os generais Villas Boas, inspirador da nova onda golpista, e Hamilton Mourão, ex-vice-presidente e ora senador, admiravam Olavo de Carvalho (1947-2022), um índice de inteligência e de apreço pela democracia, por assim dizer. Mas quantos golpistas haveria na ativa?
Luiz Inácio Lula da Silva herdou essa encrenca mortal de Michel Temer e Bolsonaro, entre outras. É preciso que os militares voltem a uma caserna limpa de golpismo (e, aliás, que o STF volte ao Judiciário e os parlamentares, que querem governar, ao Legislativo).
Lula tem administrado a nova questão militar com habilidade, mas o buraco fica mais para baixo. Uma reforma institucional profunda é necessária. Politicamente minoritário e com problema de tanta espécie, vai ser muito difícil.
Publicado em Sem categoria
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