Lição de violino. © Jan Saudek

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O sobrepreço do União Brasil

Lula resistiu a atender o União Brasil menos porque Celso Sabino (PA) apoiou Jair Bolsonaro e mais porque sabe que, mesmo fazendo o que quer a bancada do partido, dando o Ministério do Turismo e outras empresas, dificilmente terá a legenda votando com o governo em suas pautas mais ideológicas.

Lula já admitiu que, na Câmara, a exemplo do que ocorreu com a tentativa de mudança no Estatuto do Saneamento ou a aprovação do marco temporal, não terá sucesso numa eventual iniciativa de reestatizar a Eletrobras ou de desfazer a independência do Banco Central.

Disse o presidente a interlocutores que o União Brasil cobra caro demais para o que não vai entregar. Além do Turismo, a legenda quer a Embratur e os Correios. Ainda que amplie seus votos em alguns projetos, a bancada sempre vai lhe impor derrotas em assuntos mais caros ao governo.

Lula pretende avaliar melhor o comportamento das bancadas —e não apenas do partido de Sabino— numa futura reforma mais ampla de seu ministério.

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Bagunça nas contas de Bolsonaro

O TCU aprovou com ressalvas a sua prestação para 2022, com R$ 1,28 trilhão mal explicados

“Eu lhe dei 20 mil réis/ Pra tirar três e trezentos/ Você tem que me voltar/ Dezessete e setecentos.” O baião de Luiz Gonzaga e Miguel Lima, um clássico de 1958, pode ajudar a entender a prestação de contas do governo Bolsonaro para o ano de 2022, aprovada “com ressalvas” na semana passada pelo Tribunal de Contas da União. “Ressalvas” porque, segundo o relatório do TCU, há uma “relevância de distorções” no valor de R$ 1, 28 trilhão. O que são “distorções” de tal “relevância”, só o Sombra sabe. Mas o valor distorcido exige tradução para o português: 1 trilhão e 280 bilhões de reais. Não é pouca distorção.

O relatório acusa o “reconhecimento indevido de receitas com impostos, de reversão de provisões e de ajustes para perdas e ganhos com a reavaliação de ativos” e o “não reconhecimento de desincorporação de ativos, de obrigações com a Previdência Social e com os estados e de ajustes e reservas no patrimônio líquido da União”. O que isso quer dizer, talvez nem o próprio Sombra saiba. O que se deduz é que o governo Bolsonaro deixou uma bagunça de contas no valor de 1 trilhão e 280 bilhões de reais.

E por que não? Bolsonaro passou quatro anos em função exclusivamente de sua reeleição, drenando os cofres públicos para subornar militares, agradar o Congresso e comprar o voto dos pobres. O governo em si ele deixou para os traficantes de vacinas, passadores de boiadas e vendedores de Bíblias. Se Bolsonaro fez o que fez com a saúde, o meio ambiente e a educação, o que não faria com as contas do governo?

Não é um caminhão de dinheiro mal explicado. É uma frota de caminhões. Mas talvez não signifique muito, já que os juízes do TCU seguiram por unanimidade o voto do relator Jorge Oliveira, aliás, indicado por Bolsonaro para o tribunal.

O relatório irá agora para julgamento no Congresso, especialista, como sabemos, nos dezessete e setecentos.

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1976

Aviso de Censura que era exibido no começo de cada programa da TV na época da ditadura militar.

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Mural da História – 1978

paranoia

o aluno está paraninfo
assim como
o preguiçoso está parasita

a muleta está paraplégico
assim como
a porca está parafuso

a janela está parapeito
assim como
a rua está paralelepípedo

o velho está paralítico
assim como
a vela está parafina

o elemento está parâmetro
assim como
ubaldo está paranóico

1978

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Arte é intriga (Millôr Fernandes)

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Tiago Recchia. Plural

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Lula III é Elizabeth II

Lula está sob assédio de Arthur Lira para entregar o ministério da Saúde ao Centrão. A Saúde, esse descalabro brasileiro, chaga escancarada no país que aspira protagonismo internacional, é a boneca cobiçada dos corruptos. Ali tem licitações fraudadas, compras superfaturadas, empreguismo deslavado, desvios de medicamentos e abandono genocida dos enfermos. Mais, o descontrole endêmico que favorece a roubalheira. Prova disso está em que os políticos mais interessados em controlar a Saúde são exato aqueles vindos de regiões onde os índices de precarismo nos serviços é maior, vale dizer, norte e nordeste.

Arthur Lira quer tirar do ministério a titular Nísia Trindade, profissional respeitada e de renome, para trocá-la por um yes man do Centrão. Para ter ideia de como a área de Saúde é o sonho de consumo dos corruptos, o setor do ministério no Rio de Janeiro foi nos últimos quatro anos feudo de Flávio Bolsonaro, o senador, filho 01, que o recebeu do pai como apanágio de príncipe. A situação é tão visível, indecente, imoral e obscena que, ao ser demitida do ministério do Turismo, a deputada Daniela Carneira, eleita pelas milícias do Rio, pediu prêmio de compensação a um Lula, que se debulhava em lágrimas: a área de Saúde do Rio, aquela de Flávio Bolsonaro.

A administração da Saúde sob o controle do governo federal é o maior de todos os desafios de Lula. Se ele ceder ao Centrão, assina sua sentença de morte política, transforma-se no presidente pato manco, mais decorativo que a rainha da Inglaterra – que pelo menos faz do papel decorativo uma decisiva e essencial função de Estado. O Lula rainha será mais grave, muito mais, que mensalão, petrolão e outros escândalos das administrações do PT. Naquela época pelo menos havia José Dirceu, um primeiro ministro fiel ao partido e que sabia negociar com os bandidos do Congresso. Esse Lula chorão de hoje perde os dentes junto com os cabelos.

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© Jorge Bispo

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© Chema Madoz

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Faça propaganda e não reclame

© Maringas Maciel

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Mural da História – 2009

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Fraga

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O amor sem condições

Thea Tavares. Prestem atenção nessa menina, revelada aqui neste blog pelo nosso Zé Beto. É inteligente, escreve bem, sabe o que diz e faz a alegria de todos nós, seus leitores e admiradores. Veio de longe, de Belém do Pará, e enraizou-se no Paraná, onde graduou-se jornalista pela UFPR. Já atuou em editoria política e em movimentos sociais. Fez também assessoria parlamentar. Distribuiu press releases, porque gosta de escrever. “Flutua” sobre as palavras, como diagnosticou o Zé Beto. Mais do que isso, o Zé descobriu que Thea “é música”: “usa trechos das canções que fizeram para nós, mas nas letrinhas que a alma dela ordenou-a a escrever”.

Mais do que colega de escrita neste espaço, sempre fui leitor e admirador dos escritos de Thea Tavares, de suas reflexões, de seus sonhos e questionamentos.

O grande sonho dela, aliás, era ser romancista. Conseguiu realiza-lo. Acabo de receber da autora, com uma carinhosa dedicatória, “Fragmentos – Encontros e Encantos do Amor Incondicional”, edição da Engenho das Letras, onde Thea reúne os textos que publicou no Blog do Zé Beto e com os quais, como bem diz, “direcionou o foco da humanidade para o que há de mais importante e eficaz em nos manter vivos e saudáveis: o amor”.

Através de uma ideia genial, talvez inédita, Thea Tavares oferece-nos um romance construído de crônicas, poemas e reflexões, a partir de um casal de protagonistas, “almas gêmeas dos nossos dias” – Henrique e Helena, que, como ela pontua, “atualizam a história universal do amor incondicional, desse amor puro, intenso e verdadeiro, capaz de conectar as almas que se buscam por toda a eternidade para caminharem em direção ao auto reconhecimento, ao encontro dos seus propósitos de existência”.

Não fosse intromissão indevida de minha parte, eu e a minha Cleonice poderíamos identificar-nos com Henrique e Helena, no quesito “chamas gêmeas”. Estamos juntos há 68 anos (62 de casados mais o tempo de namoro e noivado). É um vínculo que vem de longe, possivelmente de outras encarnações, e, como diz Henrique, “vínculo não se quebra”, posto de representa “uma única alma”. Enfrentamos juntos as alegrias e as tristezas da vida, e assim esperamos continuar por toda a eternidade e ainda além.

É sempre um imenso prazer ler e reler Thea Tavares, que confessa ter readquirido com Zeca Corrêa Leite o vício de presentear pessoas especiais com obras carinhosas, porque está convencida que “a leitura é um presente que a gente escolhe se dar”.

Sobre a narrativa de Thea, Zeca, autor de um dos prefácios do livro, capta “uma crônica sobre a vida dos seres profundamente apaixonados, que justamente por essa razão ignoram a distância física que se interpõe entre eles”.

Grande Thea Tavares! Receba o meu agradecimento e o meu carinho, com a certeza de que “Fragmentos” é apenas o marco inicial de inúmeros outros romances que estão por vir com a mesma qualidade e o mesmo sucesso.

Em frente, menina! Que a força do amor incondicional ilumine o seu caminho!

P.S. – Comoveu-me o agradecimento especial de Thea a Paulo Roberto Ferreira Motta, que nos deixou recentemente e era um leitor entusiasta dos escritos dela.

P.S. II – Continuo de férias, só interrompidas em ocasiões especiais.

Publicado em Célio Heitor Guimarães | Deixar um comentário
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Lançamento do DVD RádioCaos – 15 anos

Na foto de Ícaro Castilho, a multidão (mais de 10 pessoas!) que foi ao Stuart, na Praça Osório,  para rever amigos, tomar umas e outras e jogar conversa fora. Em Curitiba, é assim: no Facebook, 474 pessoas haviam confirmado presença. 

(dezembro 2014)

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