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Todo dia é dia
Musicar uma poesia
Para os Andes
Arrebatar um condor
Vê-lo pousar
No meu indicador
Para os Andes
Arrebatar um condor
Vê-lo pousar
No meu indicador
A dor do som da flauta
A descortinar abismos
O vento a sacudir
A manta da menina quéchua
De olhos cor de selva
Banhada de chuva
No beiral de uma cabana ocre
De janelas negras
E jardim de cactos
Pousará a calhandra
Signo singelo
Da liberdade
Que imantou
Arguedas.
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A MÁQUINA DESCALÇA, de J. Forbes; Editora Ptolomeu; 226 páginas frente e verso; 226 cruzeiros (1 por página); capa grátis.
Uma holandesa é raptada por seres extraterrestres e levada ao planeta 662 – ramal 23, onde permanece 132 anos como prisioneira das potentes máquinas pensantes que habitam o misterioso corpo celeste, do tamanho de uma laranja sem sementes. Como prisioneira dos estranhos seres, a holandesa não diz uma só palavra e, até que as máquinas cheguem à uma conclusão, permanece sentada sobre um exemplar da revista “GutGut”, distribuída nos banheiros públicos de Londres.
Uma holandesa é raptada por seres extraterrestres e levada ao planeta 662 – ramal 23, onde permanece 132 anos como prisioneira das potentes máquinas pensantes que habitam o misterioso corpo celeste, do tamanho de uma laranja sem sementes. Como prisioneira dos estranhos seres, a holandesa não diz uma só palavra e, até que as máquinas cheguem à uma conclusão, permanece sentada sobre um exemplar da revista “GutGut”, distribuída nos banheiros públicos de Londres.
Quando finalmente resolve abrir a boca e dizer algo, uma das máquinas, semelhante à uma lavadora automática cheia de roupas sujas, lhe desfere um pontapé no traseiro, ato imediatamente revidado pela holandesa, que fica com o pé inchado durante o resto de sua permanência naquele planeta.
Devolvida à Terra, ela é encontrada por um povo extremamente desenvolvido, recebendo sessões diárias de acupuntura até que, lendo o jornal de domingo, encontra um emprego de peneira e foge de tudo.
A narrativa forte de J. Forbes evoca Isac Asimov da fase azul, com exceção da parte em que a holandesa sobe as escadas em direção ao WC da Diretoria. Para os leitores da moderna ficção científica com problemas no trato urogenital, um livro perfeito.
Solda.
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Artshow: 30 anos depois
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Ela
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Poluicéia desvairada!
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