Já tem tempo que o povo só entra em carro popular quando vai ao médico de carro de aplicativo. Por isso, o governo anunciou nesta semana um corte de impostos para reduzir em até 10,96% o preço do carro popular. É o programa Carro Zero – isso porque mesmo custando 60 mil, o número de pobres que poderão comprá-los é zero.
“O consumidor poderá dar a entrada em picanha congelada, porque já deu para comprar muita no meu governo”, disse Lula.
A montadoras estão pensando em reduzir mais os preços vendendo o carro sem acessórios como pneus e volante. “Sem seta e farol baixo a gente já vende, porque o brasileiro não usa”, disse o diretor de marketing de uma montadora.
Os carros mais baratos estão cada vez menores e as montadoras estão mirando nos muito ricos para vender os novos modelos para usar de chaveiro para seus carrões.
O Marcos Prado era curitibano – pobre e beberrão. Imaginem o inferno que foi viver justamente na cidade mais conservadora do sul do cu do mundo. Aqui, para viver, artista tem que pedir por favor. Cidade má para com seus mais dotados, só dá valor quando o sujeito morre ou prestes a ir para o bico do corvo. Mas o Marcos não estava nem aí para essa cambada sem alma.
E escolheu, entre as muitas, a Curitiba que amava. Viveu como um dândi. E a mulherada fazia fila para entrar debaixo do seu cobertor. Genial, polêmico, Marcos Prado tinha um parceiro em cada canto. Ele, o canalha perfeito, capaz de fazer qualquer um rir a noite inteira e nem perceber que acabava pagando toda a bebida.
Tudo a seu redor respirava uma atmosfera de poesia e encantamento. Ébrio ou sóbrio, levou a vida além dos limites. E riu como poucos riram da mediocridade curitibana. Bebedor voraz, fumante insaciável, poeta em tempo integral. Prado é destes poetas que tiveram a coragem (ou imprudência?) de impregnar a chama eterna da poesia que tanto amava com os fragmentos descartáveis da vida. Clássico contemporâneo, lírico cibernético, épico barroco?
Ei-lo, inteiro, o nosso saudoso poeta que, como seus iguais, absorveu todo o bem e o mal-querer destes séculos e, em vez de expressar desencanto, cinismo, morbidez e tristeza, conseguiu ir além e nos brindar com a saúde dos seus poemas, esses frutos vivos que, certamente, têm polpa, seiva e caroço suficientes para atravessar, com sabor, os séculos futuros.
Neville O’Riley Livingston, mais conhecido como Bunny Wailer ou mesmo Bunny Livingston, cantor, compositor e percussionista de reggae. Foi um integrante da formação original do grupo de reggae The Wailers, juntamente com Bob Marley e Peter Tosh.
Bunny viajou em turnê com os Wailers pela Inglaterra e Estados Unidos, mas logo tornou-se relutante em deixar novamente a Jamaica. Ele e Tosh foram marginalizados no grupo quando os Wailers começaram a fazer sucesso internacional, com todas as atenções focadas em Marley. Wailer e Tosh deixaram a banda para seguirem carreira solo. Eles foram substituídos pelas “I Threes”, uma estratégia com vistas a ampliar o sucesso dos Wailers no mercado não-jamaicano.
Depois de deixar o grupo, Bunny fixou-se mais em seus princípios espirituais. Assim como os outros Wailers, ele era um rasta declarado. Produziu alguns dos seus álbuns, além de compor e regravar a maioria do material do catálogo dos Wailers. Ele obteve sucesso gravando músicas apolíticas, mais pop e dançantes. Bunny sobreviveu aos seus contemporâneos quando a morte violenta era um lugar comum.
Wailer ganhou três Grammys de “Melhor Álbum de Reggae” de 1990, 1994 e 1996 pelo seu desempenho em Time Will Tell: A Tribute to Bob Marley, Crucial! Roots Classics e Hall of Fame: A Tribute to Bob Marley’s 50th Anniversary respectivamente. Morreu em 2 de março de 2021, aos 73 anos de idade, no Medical Associates Hospital em Kingston.
Tese: chantagem. O Centrão tem imposto derrotas a Lula, como o recente desbaste das administrações do ambiente e dos índios. Prevê-se outra para o dia 31, quando caducam as medidas provisórias do ministério da obesidade mórbida. Antítese: reação. Lula acaba de mexer no Codevasf, a impressora de dinheiro falso do Centrão, Síntese: termo final. No Brasil tese e antítese convergem para a síntese do fica tudo diferente, mas igual.
Públicos ou não, casos de racismo são parte do cotidiano de milhões de pessoas
O assassinato de Genivaldo de Jesus —o homem negro, com esquizofrenia, asfixiado até a morte numa viatura transformada em câmara de gás por policiais rodoviários federais— completou um ano na quinta-feira (25). Apesar da fartura de imagens acerca do ocorrido às margens de uma rodovia no Sergipe, passaram-se 12 meses até que a PRF dirigisse um pedido de desculpas à família, que segue esperando por justiça e indenização.
Na quarta-feira, um jogo eletrônico estimulando a exploração sexual e a tortura de pessoas negras foi retirado da loja virtual da multinacional Google. Intitulado “Simulador de Escravidão”, o dito “entretenimento” (contém tristeza e ironia) estava fazendo sucesso. Além de avaliações positivas, usuários pediam por mais opções de castigos físicos —pasmem os minimamente civilizados.
Também dia 24, a divulgação do Índice de Escravidão Global 2023, elaborado pela organização internacional Walk Free, apontou que o Brasil —último país das Américas a abolir a escravização— tem 1,05 milhão de pessoas em situação de escravidão contemporânea.
Diante do rumoroso caso de racismo sofrido pelo jogador Vinícius Jr., na Espanha, na terça-feira (23) o senador Magno Malta (PL-ES) disse que a imprensa estaria “revitimizando” o atleta e cobrou a defesa dos macacos! Depois, tentando se explicar, deu entrevista onde afirmou ter uma filha “negra de verdade”.
Em três dias consecutivos, exemplos diversos de violação de direitos envolvendo a questão racial. Públicos ou não, casos de racismo são parte do cotidiano de milhões de pessoas submetidas a privações, humilhações, dores físicas e psíquicas causadas pela desumanização de seus corpos mundo afora.
Colocar-se no lugar do outro é mais fácil quando se está na mesma situação. Mas o antirracismo precisa ser tratado como causa da humanidade. Aos que questionam por que escrevo “só” sobre isso, lembro que mudar a pergunta é revolucionário.
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