© Jan Saudek

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Vale a pena ver de novo

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Linha Retta

folha-seca-cartazLuiz Rettamozo

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Sem kama-sutra, a cama surta

Suposição – Filósofos penetram a alma um do outro com excitantes hipóteses, até gozarem de tédio.
Pressuposição – Assexuados se unem fazendo de conta que uns são ativos e outros, passivos.
Deposição – Conspiradores, inimigos de qualquer regime, derrubam e montam no Poder, se revezando no ato.
Indisposição – Hipocondríacos enfiam seus rígidos queixumes nos seus lubrificados tímpanos.
Composição – Professores primários se curvam diante de seus baixos proventos enquanto a realidade os possui por cima.
Reposição – Funcionários públicos pedem ao Governo que faça o que quiser com eles mas o Poder faz só um pequeno percentual do que desejam.
Imposição – Patrões sobem em empregados sem vínculo empregatício, que abrem as pernas diante de expedientes avantajados.
Disposição – Otimistas e pessimistas enrabam a Esperança, num ménage à trois sado-masoquista…
Preposição – Gramáticos e linguistas praticam sexo oral, mantendo a língua ereta durante a pronúncia de frases impronunciáveis
Justaposição – Contorcionistas se encaixam e assim ficam, coladinhos, enquanto aguardam por deliciosos espasmos musculares.
Contraposição – Adversários e antagonistas discutem qual o melhor lado da cama, enquanto a noite passa.

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Veronica Weston. © Zishy

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Anos-escrevendo-72© Orlando Pedroso

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Mister Wong

A fonte era atrás da Igreja dos Lavados – e fiquei horas num êxtase, língua à brasa de coxas, andando, no pensamento, em torno do poço com erva da tempestade no céu da boca.

Bebi aguardente, benzi pedras e gatos.

Vi, pela primeira vez, o aspecto interior da fonte de água mineral que me envolve e me incita ao linho. Sonhei, chuva a chuva, o abismo em que me precipitei nulo. Escutei em meus tímpanos o bosque de uma voz que desfiava uma barca na correnteza.

Retirei da sombra o meu vazio íntimo, meu ser colossal e banal ao mesmo tempo, e tirei-me a ferros das entranhas de mim mesmo. Devaneio entre o bairro de Água Branca e o bairro dos Paulas. Gozo antecipadamente o prazer de ir tocar as coxas de uma das três mulheres Araxá.

Uma hora estou aqui deitado nas folhas das folhas de relva, outra hora estou lá e pratico ablução com areia embaixo de um baobá, vendo os ângulos algumas vezes cáusticos do absurdum – bato o fino tambor: absurdum, absurdum, absurdum.

Tornamo-nos cadáveres, ainda que falsos, até atingirmos aquele ponto da ilusão em que a própria ilusão se destroça, onde já não distingüimos quem somos, de onde viemos, para onde vamos. Porque, de resto, o que fingimos é isto, fingimos estar vivos e somos cadáveres e não sabemos nunca a nossa origem primordial.

O único modo de estarmos de acordo com essa vidraça – ou a vida –, é estarmos em desacordo com nós próprios e com esses talhos fundos sobre a fauce, como feitos por dentes de garfo.

O absurdo é o divino e eu passo por entre lianas, alcanço o retábulo de pedra e nele adormeço. Acordo para estabelecer a seguinte teoria: o mar assina oráculo na carapaça da lagosta, depois age contra ela, para justificar o quanto é oco esse oráculo e ocas as nossas ações e as teorias que as vivificam.

Talhar uma tainha na nuvem, e logo em seguida soprar as nuvens e seguir por essas alturas.

Ter, nos gestos todos, jorro de água e, no pensamento, uma loja de cristais; gestos aquáticos e o inferno é esse gato persa que penetra surdamente na loja de cristais e os cristais – tensos todos – confidenciam que nem somos gato persa e talvez sejamos todos esse Mister Wong que tecla ao piano dois tufões.

Adquirir um livro para ler nas páginas desertas a pétala, o salmão e, se pétala de salmão é escama, também é selo de poesia. Ir a concertos para não escutar os cellos suntuosos de Brahms nem para ver o Mister Wong que sempre lá está (no auditório de um concerto, todo calvo é sempre o Mister Wong); dar longos passeios por cima das ondas, andar no bosque vazio por estar farto de andar no bosque vazio e ir passar domingos com a cabeça embaixo do travesseiro só porque ali o céu não nos aborrece.

Agora que me oprime a roda-de-ferro na fronte, aquela angústia antiga me conta que chovem fios de mel na carpa, por vezes bebo o andamento delas num aquário e respiro deitado numa das longas folhas da bananeira. E como, ao sair Mister Wong do casario, o vento verificasse que a garrafa de vinho ficou pela metade, o vento bateu com a cortina na garrafa, aliviou-a de repente de seu líqüido e o vento se afastou.

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Pés no chão

Parodiando Lina Faria, baixo retrato, caminhada matinal para apanhar o jornal. 24|9|2009

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kodama-bioO primeiro lançamento da Editora Boom das Biografias, breve nas melhores casas do ramo.

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Angela Davis

© Getty Images

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Tutti-Frutti

Suicídio é uma maneira de dizer à Deus: “não precisa me despedir, eu me demito”

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Quem é quem

Hermínio Macêdo Castelo Branco, Mino, correndo o risco. Leia mais aqui!

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Emílio de Meneses

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