Poluicéia desvairada!

Bob Marley, na interpretação
de entalhador do Embu das Artes.

Foto de Lee Swain.
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Crist

Clarín – Argentina.
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Uebas!

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Mimos e regalos

Soruda san, feliz com os agrados. Na cabeça, o gorro russo – para o inverno curitibano – que Robert Pomme de Terre trouxe de Moscou; atrás, na estante, balas, balas e mais balas, além do café Fauchon Paris (café corsé et crémeux), tudo enviado por Mirella Marcon, de Paris e, nas mãos, La Pasión de Crist, livro de Cristobal Reinoso, desde Córdoba, Argentina. Felicidade é ter amigos assim. Foto de Vera Solda.
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Ouiés!

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tancaras

Tomie Ohtake e Yono Ono. Foto sem crédito.
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Benett

Gazeta do Povo.
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Quaxquáx!

Celso Pitta deixa a sede da Polícia Federal em São Paulo no inicio da madrugada de hoje após o STF conceder habeas corpus ao ex-prefeito de São Paulo e a Naji Nahas. Apu Gomes/Folha Imagem. Esse entra-e-sai da Polícia Federal está incomodando os brasileiros. Solda.
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Blog da hora: 7:26

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Solda

O Estado do Paraná.
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Ouiés.

The Winehouse. Foto sem crédito.
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O Turco

Foto sem crédito.

16 de maio de 2003.cinco anos, um mês e 54 dias morria Jamil Snege que ontem, 10 de julho, completaria 69 anos. Sem exagero, antes ao contrário, um dos mais talentosos textos que passou por este mundo. Leveza. Rapidez. Humor. Concisão. Precisão.
Em busca de Rostropovich.
Gosto dos outonos nublados e frios de Curitiba. Vista aqui do alto, do vigésimo andar, Curitiba lembra um pouco Buenos Aires, a Calle Lavalle, lembra um pouco Lyon, Bruxelas ou outra cidade européia que jamais conheci. Por um momento essa atmosfera me envolve a ponto de me convencer a vestir o casaco e descer até a rua, predisposto a saciar uma súbita fome intelectual por um bom livro, uma boa música, uma obra de arte qualquer. Li recentemente que Rostropovich reuniu em álbum suas principais gravações feitas entre 1950 e 1974, das Bachianas a Schumann e Beethoven, incluindo os dois concertos de Chostacovich. Eis o pretexto: procurar Rostropovich nas casas especializadas de Curitiba, embora saiba de antemão que será uma busca vã. Já imagino o ar de riso das moças que me atenderão, as consultas ao gerente, as desculpas, mas preciso manter a qualquer custo a atmosfera. Estou, afinal, numa capital européia — não é disso que a propaganda oficial sempre tentou nos convencer? Não duvido, portanto, de cruzar com o próprio Rostropovich e seu violoncelo no meio da Praça Osório, atrasado para o ensaio de dali a pouco na Escola de Música e Belas Artes do Paraná.
Animado por tal perspectiva, ergo a gola do casaco e avanço. Pose de intelectual compenetrado, finjo não ver garotos cheirando cola, meninas se prostituindo, gente mal vestida remendando o frio com tudo o que havia no guarda-roupa, do plástico à lã sintética, das malhas ordinárias de náilon made in Taiwan.

Fragmento extraído do livro Os verões da grande leitoa branca.


Um dia sem ver a bela — ei-la que ressurge entre nuvens de vapores caminhando pela borda da piscina. Escolhe uma cadeira próxima à minha, tira o roupão, estende a toalha, estira-se com um langor de gata e só então me serve um naco de pão de seu sorriso. Temos vivido assim, numa dieta de distâncias e sorrisos, sem palavras, pois tudo nos dizendo com os olhos. E que falta nos fazemos um ao outro quando à tribo já reunidos um de nós se atrasa.

Hoje estamos realizando, pela primeira vez, a prova da piscina. Significa que vamos nos revelar os pequenos estragos que o tempo esculpiu em nossos corpos já maduros. Ela, mais nova que eu, uns sete ou oito anos; eu, mais velho que ela, uns dez ou doze anos, a julgar pela maneira como imagino que ela me veja. Mas não importa. Não preciso esconder nada dela. Ao contrário: exibo minhas pernas finas, a pele descorada, esses pêlos longos e duros que de uns tempos para cá começaram a nascer nos meus ombros. Gostaria que ela soubesse que três dos dentes com que lhe sorrio são removíveis e laváveis.

Ela, por seu turno, me exibe no alto da coxa uma depressão lateral de pele luzidia, que suponho o resultado de uma cirurgia de colo de fêmur. E na perna oposta, logo acima do joelho, uma pequena rede de varizes que ela faz questão de massagear com ostensivo empenho. Depois empina os seios e se examina, reprovando um excesso que eu aprovo, como aprovo tudo nela.

Já estamos irremediavelmente condenados um ao outro.

Fragmento final da novela Viver á prejudicial à saúde.

Fábio Campana

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Hitchcock Blonde

Em cartaz, a partir de 24 de julho,
no Teatro José Maria Santos.
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Triuebas!

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Bah!

Foto sem crédito.
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