Detox cívico

Antes que esqueça: nos próximos vinte dias o Insulto funciona no modo devagar quase parando, mas sempre atento ao mundo. Motivo, detox cívico pelos três meses de tropeços de Lula, pela volta de Bolsonaro, com o Brasil recuando dois centímetros da queda para o abismo.

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2007

mãe-renan

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© Guto Lacaz

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Registro e penitência

Do colaborador Paulo Roberto Ferreira Motta a respeito da nota “Os bons jornais”  (ler abaixo):

Por involuntária e lamentável omissão faltou no texto o Rogério Galindo (Plural). Fica aqui o registro e a penitência.

O genial Millôr Fernandes sempre dizia que “jornalismo é oposição, o resto é balcão de negócios”. Tenho comigo que jornal bom é aquele que, no café da manhã, estraga o dia dos governantes federais, estaduais e municipais, passados, presentes e futuros. Curitiba e o Paraná não possuem jornais assim; por isso, um salve ao Zé Beto, ao Solda Cáustico, ao Rogério Distéfano (Insulto Diário) e ao Celso Nascimento (Contraponto).

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Bertolt Brecht

bertolt-brechtDesenho de Fernandes, o moço de Avaré

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2011

congresso-PT-2Blog do Fábio Campana

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Nunca aos domingos

Com duas exceções, tudo de realmente importante no Brasil aconteceu num dia de semana

Sempre desconfiei de que nada de muito importante aconteceu no Brasil aos domingos —importante no sentido de mudar a história. Fui checar, usando uma tabela de conversão num antigo Almanaque Capivarol, e vi que estava certo. Só em duas ocasiões tivemos fatos decisivos num domingo.

A execução de Tiradentes, em 21 de abril de 1792, não foi um deles —caiu num sábado. Nem o Dia do Fico, 9 de janeiro de 1822, uma quarta-feira. Nem o da Independência, 7 de setembro, um sábado. A Guerra do Paraguai começou numa sexta, 13 de dezembro de 1864; em outra, 15 de novembro de 1889, proclamou-se a República; e em ainda outra, 3 de outubro de 1930, caiu a Primeira República.

As mulheres ganharam o direito de voto numa quarta-feira, 24 de fevereiro de 1932. Também numa quarta, 10 de novembro de 1937, Getulio Vargas decretou o Estado Novo. Em 22 de agosto de 1942, um sábado, o Brasil declarou guerra ao Eixo nazifascista e, em 9 de agosto de 1943, uma segunda, criou a Força Expedicionária Brasileira, a FEB. Getulio se matou numa terça, 24 de agosto de 1954. Brasília tornou-se capital numa quinta, 21 de abril de 1960. E Jânio Quadros renunciou à presidência numa sexta, 25 de agosto de 1961.

O golpe de 1º de abril de 1964 foi numa quarta. A imposição do AI-5, numa sexta, 13 de dezembro de 1968 —e, por coincidência, também sua extinção, em 13 de outubro de 1978. Tancredo Neves foi eleito presidente numa terça, 15 de janeiro de 1985. Em 1º de julho de 1994, outra sexta, nasceu o Plano Real. Em 4 de junho de 1997, uma quarta, o Senado, bem pago, aprovou a emenda da reeleição. E por aí vai, nunca aos domingos.

Mas duas datas capitais da nossa história caíram num domingo. Em 22 de abril de 1500, o Descobrimento do Brasil. E, em 8 de janeiro de 2023, o quebra-quebra dos bolsonaristas em Brasília —o fato mais vergonhoso desses 523 anos. Por enquanto.

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Sessão da meia-noite no Bacacheri

Em 2012, perdidos há mais de 500 anos, os restos mortais do rei Ricardo III foram descobertos sob um estacionamento em Leicester. A busca foi orquestrada por uma historiadora amadora, Philippa Langley, cuja pesquisa incansável foi recebida com incompreensão por seus amigos e familiares e com ceticismo por especialistas e acadêmicos.

A história verdadeira de uma mulher que se recusou a ser ignorada e que enfrentou os historiadores mais eminentes do país, forçando-os a pensar novamente sobre um dos reis mais controversos da história da Inglaterra. O filme é estrelado por Sally Hawkins, Coogan e Harry Lloyd e foi produzido pela Pathé, Baby Cow Productions, BBC Film e Ingenious Media,  distribuído pela Pathé na França e na Suíça como distribuidor independente e no Reino Unido via Warner Bros. Pictures. Estreou no Festival Internacional de Cinema de Toronto em 10 de setembro de 2022 e foi lançado no Reino Unido em 7 de outubro de 2022 e o filme recebeu críticas positivas da crítica.

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Excelentes figuras humanas

Reinaldo Figueiredo – Folha de São Paulo

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chatGPT/Massa

Você é funcionário do Estado? Está feliz com os 5,79% de aumento que por graça e generosidade o governador promete conceder – quando, não se sabe, pois o Paraná funciona como Roma, a lei é aquilo que quer o rei. Outra pergunta: votou em Ratinho? Uma e decepcionou? Então tem a cabeça no lugar. Duas, e convicto? Faça scan no miolo.

Satisfeito ou conformado, seu cérebro funciona como chatGPT/Massa: o governador fala e você garatuja. Portanto, vote em Ratinho para presidente – ou como canhoto de Micheque. Bem feito pra você, se não nasceu rico nem tem pai bilionário. Depois a gente morre, abraçado como as caveiras de Évora: “nós ossos que aqui estamos pelos vossos esperamos”.

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2011

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Solda & Tiago Recchia

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Everton Miguel dos Anjos

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As duas voltas de Bolsonaro

A novela bifurca-se nas hipóteses ficcionais ‘Caso de polícia’ e ‘O mito da Fênix’

O ato introdutório não trouxe surpresa. Do aeroporto de Brasília emergiu um Bolsonaro miniaturizado: o líder que fugiu enquanto seus devotos idiotas sofriam as consequências do ato golpista engendrado por seus discursos. A recepção teve os contornos de um cortejo fúnebre político, com as presenças sombrias de um Valdemar e um Braga Netto e sólidas ausências de antigos aliados, na moldura da algazarra de uma diminuta turba de zumbis vestidos em camisetas amarelas.

Daí, a novela bifurca-se em hipóteses ficcionais distintas. Batizo a primeira como “Caso de polícia” e a segunda como “O mito da Fênix”.

1. Caso de polícia

Na noite anterior à aterrissagem, uma reunião discreta, restrita, no Alvorada delineou a postura do governo. Alguém, talvez um Padilha ou um Dino, deu o tom da resposta oficial: um silêncio ensurdecedor. Lula, ele mesmo, enviou a orientação à presidente petista. Na linha combinada, um porta-voz secundário do partido declarou à imprensa que “Bolsonaro é caso de polícia, não de política”.

A estratégia solicitava uma renúncia: Lula e os seus abririam mão da polarização retórica destinada a aquecer a base militante. Perde-se de um lado, ganha-se muito mais de outro. O governo não se distrairia das suas prioridades econômicas, sociais, ambientais e diplomáticas. De quebra, esvaziaria preventivamente a narrativa bolsonarista sobre uma suposta perseguição política conduzida a partir do Planalto: Bolsonaro não teria o privilégio de interpretar o personagem do mártir.

A circunspecção de Lula surpreendeu gregos e troianos. Sem o contraponto de Lula, Bolsonaro perdeu os alvos fáceis, reduzindo-se ao papel de um bufão anacrônico.

Nessa versão fictícia, o sistema judicial resolveu seguir a lei. O Ministério Público desistiu de fazer política, concentrando-se nas suas funções constitucionais. A Polícia Federal juntou as peças de acusação que ainda faltavam. Juízes sem partido acolheram as denúncias de crimes contra a saúde pública, de violação dos direitos dos indígenas e de atentados múltiplos contra as instituições democráticas.

No fim, Bolsonaro tornou-se réu em diferentes processos, encolhendo à sua verdadeira estatura. Provou-se, finalmente, que a “lei das gentes” vale para todas as gentes.

2. O mito da Fênix

Na versão ficcional alternativa, a reunião promovida por Lula não foi tão restrita. Nela, um Teixeira ou um Costa inspirou a estratégia de retomada da polarização. “O genocida retornou para dar ordens diretas àquele cidadão do Banco Central que sabota nossa economia”, vociferou o presidente, para júbilo do círculo de operadores bolsonaristas.

A fênix, ave imortal da mitologia grega, perece em chamas, mas renasce periodicamente de suas cinzas. Jair replicou, no tom de sempre, mencionando o “ex-presidiário que voltou à cena do crime”. O teatro político seguiu o roteiro mais previsível. Lula aproveitou para conectar Bolsonaro a Moro e a Lava Jato ao maléfico Departamento de Justiça dos EUA, dando curso à sua vendetta pessoal. Uma certa Gleisi, feliz como nunca, enxergou a oportunidade de associá-lo a Roberto Campos Neto, ao BC e à taxa Selic, sabotando o plano de Haddad de reaproximar as políticas fiscal e monetária.

A guerra verbal recrudesceu nas redes (anti)sociais dos mortos-vivos Carlos, Michelle, Bia, Damares e Deltan. Enquanto a briga de rua distraía o público, as engrenagens do sistema de Justiça permaneceram estagnadas. Bolsonaro só teve que dar explicações sobre os mimos sauditas. Uns vândalos de terceira receberam punições pelo 8 de janeiro. As palavras “genocídio” e “terrorismo” continuaram a circular, como enfeites de uma farsa. O relógio da história andou para trás: Bolsonaro nasceu de novo, à frente de uma oposição extremista.

Torço sem muita esperança pela primeira versão. A razão me diz que prevalecerá a segunda.

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