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Fraga

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2018

Bicho, Coroa, Prafrentex. Tenho amigo que não renovou a linguagem da gíria. Parou por volta dos anos setenta do século passado. Me chama de bicho quando está de bom humor ou de coroa, quando estamos em controvérsias. E qualifica os demais como reaças ou companheiros e as mulheres mais avançadas nos costumes de prafrentex.

Ele também não mudou as ideias. Continua a consultar um velho Manual de Filosofia da Academia de Ciências da União Soviética ou um ensebado volume dos Princípios elementares de filosofia do Georges Politzer. E não tem dúvidas sobre o futuro. A crise geral do capitalismo virá e com ela a revolução socialista. Tem saudades do Stálin. Abomina os revisionistas. Insulta os neoliberais. Pois, pois, creio que não é único. Assim caminha a humanidade.

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Drama de Angélica – Jararaca e Ratinho

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Você conhece a Família Thimpor?

Toshiro Thimpor – Proprietário de uma modesta pastelaria em Presidente Prudente, Toshiro tem duas paixões na vida: pastel de carne e pastel de palmito. A família desconfia que ele seja japonês. É treinador do time de beisebol da cidade, onde jogam todos os seus filhos. Não fuma, não bebe e não joga, mas é viciado em haraquiri.

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© Jan Saudek

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Mazzi. © IShotMyself

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O circo foi à falência quando o anão começou a crescer…

Abraham Weintraub, ex-miniztro da Educassão.

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Maria, Maria

Em breve, quando me chamar, quem sabe, a morte, o último cheiro vou levar desta vida será o da açucena. Uma moça estará tomando banho. Olharei por um buraco de fechadura e voltarei no tempo para ser menino de novo.

O calendário está parado numa data imprecisa do começo dos anos 60. Maria, a mulata, nossa diarista, é a moça no chuveiro. O banheiro fica ao lado do quarto dela, nos fundos da casa onde morávamos, na Rua Engenheiros Rebouças, esquina com Westphalen. São dois quilômetros do centro de Curitiba – muitíssimo para a época, uma viagem. O estádio do Ferroviário está à direita. O do Atlético, à esquerda. Nos dias de clássico, dá até pra ouvir a galera.

Jamil Snege, que mais tarde será um grande escritor, mora na mesma rua, 500 metros adiante, mas ele tem uns dez anos a mais, circula em outra turma, a gente quase não se vê. No meu quarteirão, têm casas o palhaço Chic-Chic, do Circo Irmãos Queirolo, e a poetisa Vera Vargas, da Academia Paranaense de Letras. Toda área, por causa de tanta beleza por metro quadrado, é iluminada de fantasia. Chic-Chic pouco aparece, está sempre em turnê. Mas o famoso bandido Carlinhos, genro dele, sempre dá as caras entre uma cana e outra, até o dia em que será morto de tocaia, numa quebrada, na calada da noite, com uma barra de ferro, por dar um tapa na cara de alguém.

A gurizada se diverte assistindo “Os Flintstones” e “Bonanza” pela TV, jogando bolinha de gude e fazendo concurso para ver quem mija mais longe. Um mundo feliz, linear, sem surpresas. Não fazemos a menor idéia de que, lá fora, a ditadura recém-implantada pelos milicos está assassinando brasileiros.

Cem metros acima fica o legendário Bar do Pasquale, ponto de encontro de jornalistas e jogadores, que depois o João transferiu para o Passeio Público. Cem metros abaixo mora dona Valderez, irmã do Vinícius Coelho, o cronista esportivo, que anos depois, na década de 70, vai me arrumar o primeiro emprego, na Rádio Independência – ‘R.I. – a primeira estação daqui’.

Nenhuma dessas doces almas sabe que Maria, a mulata, vem sendo sistematicamente espiada por um garoto taradinho depois do seu expediente. Eu mesmo, o voyeurista. O frestador mirim, desde cedo olhando para os outros sem que eles percebam

Diz a fantasia que, após a terceira vez, Maria ouviu algum barulho do outro lado e, cheia de sestro, passou a se exibir. Não poderia ser por nada que se demorava tanto no chuveiro, nem que se espumava tão provocativamente em paragens tão secretas, cercadas de mistérios e cabelos negros.

Até que um dia, tão de repente quanto possível, Maria abriu a porta e deu o flagra. Foi minha primeira vez frente a frente com uma mulher nua, e minha estréia diante de uma mulher de cabelos molhados.

O que ocorreu então, 40 anos atrás, pode ser uma mentira ditada pelas trapaças da memória. Mas aquele incrível cheiro de açucena ficou até hoje. Era o sabonete Phebo.

Maria tomou-me pelas mãos e levou-me para o quarto, e então eu posso descrever cada suspiro, cada travo, a intensidade de cada batida do coração. A memória não me falhará justo na despedida, de forma que, por favor, foi exatamente daquele jeito, sem tirar nem pôr, detalhe em cima de detalhe, que na solidão daquelas quatro paredes eu visitei o paraíso pela primeira vez.

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Prof. Thimpor e Marilyn Monroe

© Ricardo Silva – 1961|2022

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Tapinha da avó carinhosa

O TCU reprovou o recebimento de relógios presenteados a Bolsonaro e equipe em viagem ao Qatar. Mas não mandou devolver, seja no original, seja em espécie. “Converteu [a reprovação] em ciência, em atenção ao caráter pedagógico da presente ação”; apenas isso, um tapinha da avó carinhosa na mãozinha do netinho peralta. O TCU mostrou, “em caráter pedagógico”, sua/dele irrelevância e inutilidade.

Os ministros são políticos na origem; o relator Antonio Anastasia foi governador de Minas como vice de Aécio Neves, e nomeado ao TCU enquanto exercia o mandato de senador. O caráter pedagógico de cumprir a lei que proíbe presentes de alto valor nunca foi respeitado por qualquer político, antes ou depois de assumir nos tribunais de contas.

Ao decidir fazendo opcional o ilegal, os ministros do TCU revelaram seu complexo de culpa. Suas excelências bem que podiam ter consertado a impostura, dourando ainda mais a pílula, e informar aos ingênuos contribuintes que os acompanhantes de Bolsonaro, inclusive o próprio, cada qual recebeu um Enrolex. Sim, aqueles vendidos por marreteiro, que enganam até a – outra – gangue do Rolex.

Publicado em Rogério Distéfano - O Insulto Diário | Deixar um comentário
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Portrait of my lover|1993. © Jan Saudek

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Tempo

Toninho Vaz e Ivo Rodrigues, em algum lugar do passado. © Mauro Campos

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Bolsonaro Store vende de tábua de madeira a prótese peniana

No caso da prótese, o comprador poderá ouvi-lo dizer ‘Imbrochável, imbrochável’

Alguns ex-presidentes inauguram fundações, outros investem em bibliotecas, universidades e ganham até o Oscar, como Barack Obama. Já Jair Bolsonaro resolveu seguir um outro caminho e lançar a loja virtual “Bolsonaro Store”.

Com um logotipo que mistura a fonte helvética e letras de convite de casamento, o site vende produtos como canecas, calendários e tábuas de madeira.

Segundo Eduardo Bolsonaro, a loja serve para “manter vivos na memória os trabalhos de Jair Bolsonaro”, mas sabe-se que o objetivo é sustentar o presidente, que continua nos Estados Unidos sem fazer nada, morando de favor.

Um dos carros-chefe do site é a tábua de madeira para cortar alimentos. Trata-se de uma piada de mau gosto dos marqueteiros, já que, no governo Bolsonaro, todos sabem que não houve alimentos. O item também resume o que foi a gestão do presidente, uma ferramenta para triturar carne de brasileiro.

A equipe planeja lançar, em breve, a versão com o rosto de Bolsonaro estampado, em referência à sua cara de pau que perdurou pelos últimos quatro anos.

A lojinha também venderá próteses penianas compradas para o Exército, mas com um upgrade. O usuário, ao apertá-las, poderá ouvir, na voz do presidente, sons como “Talkey?” e “Imbrochável, imbrochável”.

Outro item à venda no site é o calendário 2023. Mesmo que já estejamos em março, ainda é início do ano para a família Bolsonaro, pois ninguém começou a trabalhar.

Cada mês do calendário traz imagens icônicas do ex-presidente, como o inesquecível almoço em que ele babou farofa pelo chão ilustrando janeiro. Já março vem com o registro do capitão fazendo “arminha” com a mão de uma criança.

Outros meses trazem imagens históricas de Bolsonaro em lanchiatas, motociatas, mostrando colar de nióbio, imitando doentes sufocando e correndo atrás das emas com embalagem de cloroquina.

Para aumentar as vendas, as lives do ex-presidente terão o logo da “Bolsonaro Store” piscando, assim como a marca Jequiti na emissora de Silvio Santos.

Os preços dos produtos variam de R$ 49,90 a R$ 109,90 à vista. Se parcelar, os juros chegam a 30%, em uma clara homenagem ao legado de Paulo Guedes na economia.

Há planos para dar descontos especiais a quem pagar com depósitos em dinheiro ou 21 cheques nominais para Michelle Bolsonaro.

Publicado em Flávia Boggio - Folha de São Paulo, Sem categoria | Deixar um comentário
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