Arredores de casa

Foto de Alberto Melo Viana.
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Benett – Gazeta do Povo.
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Teatro

Felipe Hirsh e Beto Bruel. Parodiando Pessoa: O ator é um fingidor/finge tão completamente/que chega a fingir que é dor/a dor que deveras sente. Foto de Dani.
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Tudo pelos pêlos!

Colaboração de Almir Feijó, nosso pentelhófilo
de plantão. Foto sem crédito.
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Pradaria coxa-branca

Uebas e ouiés!
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Diburro

Desenho de Toni VedúItália BrazilCartoon.
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Luto

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Desenho de Henfil.
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Do Claustro

Foto Divulgação.
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Cantinho da Dani

Chico César e Daniele Régis. Dani, como todo mundo, também acha que deve ser legal ser negão no Senegal. Foto sem crédito.
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Macalé

Lanny, Macalé e Tutty. Foto sem crédito.

Jards Macalé, primeiro disco do cantor carioca, é um dos trabalhos mais inusitados da música brasileira. Um disco até hoje duro de ser conceituado – e por isso mesmo genial, e tantas vezes esquecido. Feito após Jards ter passado por experiências diversas como músico, o álbum marcava sua transição para a via pop, revolucionando a música brasileira ao mesclar rock, samba, eruditismo, jazz, bossa-nova, tropicalismo, melancolia e sofrimento em doses cavalares. Gravado às pressas, da forma mais minimalista possível (com Jards no violão, Lanny no violão solo e no baixo e Tutty na bateria), o disco traz uma sonoridade crua, anti-comercial, com letras que chegam a soar punks. O LP abria com “Farinha do desprezo”, quase um b desconstruído, misturado com samba e jazz (a letra: “só vou comer agora da farinha do desejo/alimentar minha fome para que nunca mais me esqueça/como é forte o gosto da farinha do desprezo”).

Uma vinheta com b a capella – cantada de forma quase fúnebre, fantasmagórica mesmo – antecede o forrock “Revendo amigos”, que chegou a ir 12 vezes para a censura, encucada com versos como “se me der na veneta eu morro/se me der na veneta eu mato”. Numa época em que Roberto Carlos era rei, Jards só oferecia romantismo em faixas originais como o quase-samba “78 rotações”, na voraz “Meu amor me agarra & geme & treme & chora & mata” e na desolação de “Movimento dos barcos”. O lado mais característico de Macalé, no entanto, era a faceta melancólica e existencial de faixas como o rock “Mal secreto” (“massacro meu medo, mascaro minha dor, já sei sofrer”) e o hino “Let’s play that” (“vai, bicho/desafiar o coro dos contentes”, dizia a letra de Torquato Neto). Num viés tenso, repleto de improvisos roqueiros ao violão, em que não havia oposição entre tristeza e felicidade, alegria e melancolia (“dessa janela sozinha/olhar a cidade me acalma/estrela vulgar a vagar/rio e também posso chorar”, diz a letra de “Hotel das estrelas”, que fechava o disco), Jards Macalé também trazia o rock´n roll suicida e ágil de “Farrapo humano” (de Luiz Melodia) – sintomaticamente seguido pelo samba
“A morte”, de Gilberto Gil.

A ousadia custou caro: Jards Macalé acabou tendo pouca tiragem e logo foi tirado de catálogo. O cantor iniciou uma série de shows, mas continuava com problemas de colocação no mercado. Em 1973, liderou na b um misto de show-disco coletivo, O banquete dos mendigos, feito por ele e por vários amigos para comemorar o aniversário de 25 anos da Declaração Universal dos Direitos do Homem e, de quebra, ajudar a tirar a conta de Macalé do vermelho: o show foi feito, mas o disco ao vivo acabou sendo completamente censurado e só liberado em
1979 (e já pela RCA).
Texto de Ricardo Schott
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Site da hora: 9:27

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Charge antiga, mas nem tanto

Publicada n’ O Estado do Paraná.
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Salão de Humor do Piauí

Teresina, há dois anos, na abertura do 23º Salão, no Theatro D.Pedro II: na fila de trás: Liana, o cartunista Fred, da Paraíba e Mino, do Ceará. Na frente, Vera Solda e Soruda-san. Foto Divulgação.
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Ués?

Foto sem crédito.
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