Haja sax!

© Julio Covello

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1980

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Mudança de Estação

 

A Cor do Som

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Cagandis e Andandis

fingal© Struggle Pogue

“Eu reconheço um crítico literário pelo andar e pelo fedor. Eles cheiram a smegma, não têm mais o controle do esfíncter anal, são sustentados por prostitutas, escritores fracassados, dândis que andam em bandos”.

Fingal O’Connoly, escritor irlandês, colunista do jornal The Irish Times, diário fundado em 1859, o mais influente jornal da Irlanda. Ele foi preso após jogar um desafeto que não gostou do seu livro “Shower of savage” —  Uma galera ignorante, burra  — numa fossa nos arredores de Dublin.

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O irritante guru do Méier

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meu-tipo-inesquecível--ariane-labedAriane Labed, atriz greco-francesa, cuja extensa filmografia inclui The Lobster, O Quarto Proibido e mais Attenberg, Alpes e Antes da Meia-Noite, entre outros.  © Reuters

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Alívio nenhum

Ratinho Júnior desfilou na carnaval carioca. Então ele não é terrivelmente evangélico. Alívio, nenhum. Ele continua terrivelmente bolsonarista.

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Flagrantes da vida real

Na banheira. © Maringas Maciel

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PT, 43, na idade da razão

Partido tem a chance de rever erros e dar vida ao reformismo social possível

Com 43 anos recém-completados, o Partido dos Trabalhadores é um dos mais velhos da República. Superam-no apenas o MDB, criado em 1965; o PTB, que nada mais tem a ver com aquele fundado por Getúlio Vargas, em 1945; e o minúsculo PCdoB, nascido da costela do PCB, em 1962.

Com este último, o PT compartilha o fato não ter surgido do interior do sistema político, por iniciativa do estado, nem tampouco de acordos entre políticos profissionais. Nasceu dos setores populares mobilizados –sindicatos, movimentos sociais, intelectuais–, nos estertores da ditadura de 1964, contra a qual se erguiam.

Restabelecida a democracia, era de supor que a esquerda ganharia força político-eleitoral em um país de extensa pobreza e agudas desigualdades. Só não estava dado de antemão quem a representaria. A decisão ocorreu nas eleições de 1989, quando Lula, liderança plasmada nas greves operárias de 1979-80 e fundador de um partido inovador, pois ancorado em movimentos populares, passou ao segundo turno vencendo Leonel Brizola, que encarnava um populismo de esquerda de raiz getulista.

A partir de então, o PT percorreu a típica rota das agremiações social-democratas europeias, adaptada ao lugar e momento histórico. Fincou-se na arena eleitoral, conquistou governos municipais, ampliou a representação parlamentar, enquanto a sua estrutura ganhava robustez. Ao moderar o discurso antissistema promoveu-se a polo articulador das esquerdas nas disputas presidenciais.

Nesse processo, foi se achegando às nada republicanas formas de financiamento da vida partidária e das campanhas eleitorais, praticadas pelos partidos brasileiros de todas as colorações e que, mais tarde, explodiriam nos escândalos do mensalão e do petrolão. Essa trajetória e os dilemas do partido estão contados no excelente livro “PT, uma história” do colega colunista desta Folha, Celso Rocha de Barros.

No governo ao longo de 14 anos, o PT deu impulso inédito à agenda social, expandindo e aprofundando políticas já estabelecidas na saúde, na educação e na transferência de renda. Além de criar outras voltadas à redução das desigualdades, como cotas raciais ou ProUni. Na gestão da economia, Lula temperou com altas doses de pragmatismo o programa do partido, cujos princípios, quando postos à prova, nunca deram bons resultados, como se viu na gestão de Dilma Rousseff.

Agora, de volta ao poder, demonstrando espantosa resiliência, o PT tem a chance de rever na prática os seus erros e dar vida ao reformismo social possível, em tempos de penúria e de ataques ao regime de liberdades.

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© Tomas Rucker

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Rogério Dias, Desidério Pansera, o cartunista que vos digita e alguém desconhecido tomando um uísque generoso na Múltipla Propaganda, 1980. Foto de Misquici.

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Soy loco por Teresina!

dibujo-doisDesenho de Gabriel Archanjo, artista plástico|gráfico, Teresina, Piauí

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