Bob Dylan vai a São Paulo e Rio em poucos dias. Nesta terça (26/2) à noite, ele se apresentou no Auditório Nacional, na Cidade do México. Algumas impressões:
* É uma vergonha que uma cidade como São Paulo não abrigue algo como o Auditório Nacional. No imponente local, cabem quase 10 mil pessoas, sentadas confortavelmente, num espaço lindo e com acústica impecável. É dez vezes maior do que o Auditório Ibirapuera.
* Dylan fez show de quase duas horas. Nas três primeiras músicas, ele fica na guitarra; a partir daí, apenas no teclado. E não fala uma palavra com o público.
* Sua voz está cada vez mais rouca e mais fraca; em várias faixas, é atropelada por teclado e bateria.
* É notório que ele muda as versões das músicas nos shows. Mas não precisava machucar tanto coisas como “Blowin’ In the Wind”, que encerrou a apresentação.
* Dylan virou artista que faz cover de si mesmo. As faixas novas se arrastam; é nítida a falta de força dessas músicas recentes quando ouvidas lado a lado com clássicos como “Highway 61 Revisited” e “Like a Rolling Stone”. E é nítido como esses clássicos nas versões atuais soam pálidos se comparados às versões originais.
O setlist do show:
Rainy Day Women
It Ain’t Me Babe
Watching the River Flow
Masters of War
The Levee’s Gonna Break
Spirit on the Water
Things Have Changed
When the Deal Goes Down
High Water
Stuck Inside of Mobile With the Memphis Blues Again
Nettie Moore
Highway 61 Revisited
Workingman’s Blues #2
Summer Days
Like a Rolling Stone
bis:
Thunder on the Mountain
Blowin’ In the Wind
Do blog Ilustrada no Pop.