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Raquel Welch
Na cama: o beijo (Henri de Toulouse-Lautrec, 1892)
Publicado em Sem categoria
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Mural da História – 2010
Publicado em Charge Solda Mural
Com a tag futebol, Leve-me ao seu líder, O Estado do Paraná
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Outonalidades
Faceiro, é um flâneur elegante, cachecol de plátano ao vento, reverenciado por redemoinhos de cisco como se fossem cuscos. O Outono circula entonando canteiros, entoando viveiros, tão à toa quanto é possível para uma estação. Todo trajado de anil, segue rumo à tarde, deixando atrás de si a limpidez da época. Solitária na paisagem, uma pandorga engravata o peito enfunado do Outono, que já se ajeita, tingido de poesia, para se aninhar no poente. Esplendoroso, o Outono se despede de mais um dia, posando de pintura impressionista.
Publicado em fraga
Com a tag biscoito fino, fraga, José Guaraci Fraga, porto alegre
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Todo mundo preocupado com o meio ambiente
Playboy|1950
Publicado em Playboy - Anos 50
Com a tag coleção playboy, playboy anos 50, revista playboy
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O que é que os outros vão dizer?
Cresci à sombra dessa frase-ameaça, símbolo / síntese/ totem da nossa (curitibana) pudicícia, timidez, excesso de respeito pela opinião alheia. Os outros são uma loucura. Tem um que. Tem um outro. Tem um que outro. E tem cada outro que vou te contar. Outro é o tipo de negócio que nunca falta. Para cada um que sim, tem um outro que não. E talvez um outro. A opinião dos outros já me tirou o apetite. Um outro não me deixou dormir. Teve certas camisas que nunca usei por causa dos outros.
Outro caso são as outras. A outra. Eu sou a outra na vida dele. O fato é que não se pode viver sem essa estranha companhia: os outros. Quem são os outros? Metafísica pergunta que Universidade alguma responde. Não é qualquer um que é o outro. Basta um pouco de intimidade, ela se vai o outro, transformado em íntimo, a pior modalidade de outro que se pode imaginar. Nos anos 60, a intelectualidade curitibana era toda sartreana. Até os marxistas eram, secretamente, acendendo, em público, uma vela a Marx e, em casa, no recesso do lar, um círio (Jamil Snege acendia um sírio) ao casal Sartre- Simone.
O que mais fazer numa cidade sem portas, nem janelas? Extrapolo. Tudo o que eu queria dizer é que, com Sartre, aprendemos a escrever outro com maiúscula. O Outro. Aí o caso é mais sério. O outro, virando o Outro, transformava-se numa espécie de monstro da família de Drácula, Nosferatu, Frankenstein, Monstro da lagoa negra, Fuscão Preto, INPS, Abominável Homem das neves.
Aprendemos, ainda, a outridade, o outrimento, tudo modalidades de manifestações desse prestigioso portento. Alguns exageraram nessa paixão pelo outro. Um dia, acordaram, foram ao espelho. E lá estava o Outro refletido no reflexivo vidro do banheiro. E fizeram a barba do Outro mesmo. Hoje os tempos são outros. Outros os hábitos, outras as preocupações. Mas, vez por outra, ainda me lembro daquele monstro com o carinho com que lembramos das visagens e assombrações da infância.
E só. Hoje, pra mim, o outro entra por um ouvido. E sai por outro.
Fim de Semana|O Estado do Paraná|12 de novembro de 1982.
Publicado em Paulo Leminksi
Com a tag dante mendonça
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A Demissão – 19h
Examinando o script, Francisco Cuoco descobre que é Carla Camurati, no papel de uma empregada doméstica na mansão de dois mafiosos presos pela polícia. Desesperado, agarra Armando Nogueira que passa pelo corredor e exige uma nota de esclarecimento no Jornal Nacional.
Camargo, ainda no camarim, finge indiferença. Pedro atira o iogurte na cara de Laurinda e sai pela culatra. Jacinto volta da Europa e encontra todo o elenco da novela de malas prontas. Reage. É demitido. Confusão. Celeste finalmente recupera a visão e se atira do décimo andar. Vespúcio tenta atravessar a Avenida Paulista. O sucesso o espera do outro lado, num boteco suspeito. Sobem as passagens de avião. Terror.
Há rumores de demissão de diversos ministros. (Solda, década de 1980)