Requiescat in pace

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Carlo Mollino. Untitled nude avec une Olivetti, 1960-63. Courtesy Museo Mollino

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Urgente: Daniel Silveira é preso pela PF

O ex-deputado federal Daniel Silveira (PTB, foto) foi preso hoje pela Polícia Federal em Petrópolis, no Rio de Janeiro. A prisão foi determinada pelo Supremo Tribunal Federal por causa do descumprimento de medidas cautelares definidas pela Corte, como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição do uso de redes sociais.

O aliado de Jair Bolsonaro (PL) se candidatou ao Senado pelo Rio de Janeiro no ano passado, mas não conseguiu se eleger. Com isso, ficou sem mandato e perdeu o foro privilegiado nessa quarta (1º), quando os novos parlamentares tomaram posse.

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Flagrantes da vida real

Ou vai ou racha! © Maringas Maciel

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Quando eu voltar será para sempre

Refiz todos os passos que havia imaginado, inventei paisagens, descobri céus, mergulhei em meus olhos. Escrevi a narrativa do impossível, do que não é palpável, da pele da palavra antes de ser impressa no papel.

Comecei pelo deserto, lugar do silêncio infinito, dos céus tingidos de rubro, das raras espécies que sobrevivem à severidade do tempo, à falta ou excesso da luz, à alta altitude. Munida dessa essência fundamental, parei, observei, voltei ao início de tudo, para depois jogar-me ao abismo. Ali onde me perdi, quase enlouqueci, me descobri.

Caí com toda a velocidade numa espiral de contradições, sinas, sonhos. Apenas o não nos devolve o sim, o que é de verdade, o que ensina a mudar. A realidade mostra todos os dentes, escancara os medos, mas também nos acorda do pesadelo.

Recomecei do zero, recolhi as dores e os medos, e segui por essa trilha desconhecida e imprevisível. Marquei minha pele com palavras que viraram sangue: “Irreversível. Como uma palavra sem volta. Como um rio que corre. Como o sol em meus olhos”.

Como profecia, o improvável acontece, o som do sonho desenha o sim, há leões na porta do mistério. Vejo o mundo submerso que volta à tona para respirar, descubro paisagens possíveis, refaço a composição do sal, curo as feridas.

Por fim, retorno ao começo, de onde vim, o que sou, como se não houvesse outra possibilidade. Ando pelas ruas da minha memória, me absolvo. Preencho todo o vazio com silêncio e delicadeza, com a certeza de que quando eu voltar será para sempre.

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Urgente: Marcos Do Val diz que foi coagido por Bolsonaro a golpe e anuncia renúncia

Senador disse ter recusado qualquer ideia nessa sentido e afirmou que vai se afastar da política

O senador Marcos do Val (Podemos-ES) afirmou hoje nas redes sociais que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou coagi-lo a dar um golpe de Estado. O parlamentar disse ter recusado qualquer ideia nessa sentido e anunciou que vai renunciar ao mandato.

“Eu ficava puto quando me chamavam de bolsonarista. Vocês me esperem que vou soltar uma bomba. Sexta-feira vai sair na Veja a tentativa de Bolsonaro de me coagir para que eu pudesse dar um golpe de Estado junto com ele, só para vocês terem ideia. E é logico que eu denunciei”, disse o senador durante uma live.

Depois, em um post, Do Val afirmou que teve problemas de saúde recentemente, reclamou de ofensas que tem sofrido e mencionou que se afastou de sua família. Ele disse que voltará aos Estados Unidos, onde atuou como instrutor da Swat. Leia a mensagem de Do Val abaixo:

“Após quatro anos de dedicação exclusiva como senador pelo Espírito Santo, chegando a sofrer um princípio de infarto, venho através desta, comunicar a todos os capixabas a minha saída definitivamente da política. Perdi a convivência com a minha família em especial com minha filha. Não adianta ser transparente, honesto e lutar por um Brasil melhor, sem os ataques e as ofensas que seguem da mesma forma. Nos próximos dias, darei entrada no pedido de afastamento do senado e voltarei para a minha carreira nos EUA. Nada existe de grandioso sem paixão. Essa paixão não estou tendo mais em mim. As ofensas que tenho vivenciado, estão sendo muito pesado para a minha familia. Que Deus conforte os corações de todos os meus eleitores. Desculpem, mas meu tempo, a minha saude até a minha paciência já não estão mais em mim! Por mais que doa, o adeus é a melhor solução para acalmar o meu coração…”

Ele foi eleito em 2018 e, com isso, tem mandato vigente até 2026. A suplente de Marcos do Val no senado é Rosana Foerst.

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Proposta de Lula para saúde indígena tem apoio dos governos Biden e Maduro

A proposta do governo de Luiz Inácio Lula da Silva de criar um plano global de saúde indígena na OMS (Organização Mundial da Saúde) ganha o respaldo de diversos países das Américas, incluindo o apoio de governos como o de Joe Biden e Nicolás Maduro.

Numa reunião fechada nesta quarta-feira, em Genebra, representantes do Itamaraty e do Ministério da Saúde apresentaram às demais delegações estrangeiras o rascunho do que será a estratégia. Hoje, o planeta conta com mais de 400 milhões de indígenas, em todos os continentes.

A iniciativa brasileira está sendo interpretada como uma reação das autoridades em Brasília diante das imagens que rodaram o mundo com membros do povo yanomami em condições deploráveis e a fome disseminada.

De acordo com fontes do governo, pelo menos 13 países já sinalizaram apoio. O que chamou a atenção de delegações estrangeiras é que a ideia foi bem recebida tanto por Washington quanto por Caracas, dois governos que vivem atritos e uma ruptura diplomática.

Também apoiaram o projeto os seguintes países:

Canadá, Peru, México, Guatemala, Equador, Colômbia, Paraguai, Argentina, República Dominicana, Guiana e Haiti.

Uma das ideias é de que o projeto passe a ser de toda a América, dando maior força para a negociação de um texto final. A meta é de que a iniciativa seja aprovada em maio, por ministros de Saúde de todo o mundo.

O UOL revelou no início da semana que o governo havia proposto uma resolução na OMS neste sentido. Numa reviravolta importante da postura do Brasil, o atual governo não quer omitir ou minimizar a crise humanitária que assola o povo yanomami. Mas usar a situação para posicionar o Brasil de uma nova maneira no cenários internacional, desta vez como protagonista do debate.

Para diplomatas estrangeiros, se o Brasil ficou marcado por uma postura defensiva durante os últimos quatro anos, o novo governo quer marcar sua volta ao debate internacional de uma nova forma.

O secretário de Ciência do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha, insistiu que a situação do povo yanomami é o “retrato da perversidade da exclusão”. “Trata-se de um espelho que revela a tragédia de um governo que desconsiderava a população”, insistiu.

A resolução sob negociação vai instruir a OMS a tomar as seguintes medidas:

  • Desenvolver um Plano Global para a Saúde dos Povos Indígenas, em consulta com os Estados Membros,
  • Fornecer apoio técnico para o desenvolvimento de planos nacionais com estratégias específicas orientadas para os territórios e comunidades indígenas,
  • Proteção e melhoria da saúde dos povos indígenas,
  • Incentivar a pesquisa sobre a saúde dos povos indígenas,
  • Incorporar uma abordagem intercultural no desenvolvimento de políticas públicas,
  • Reforçar os sistemas de saúde tradicionais dos povos indígenas,
  • Promover mecanismos de consulta aos povos indígenas antes da tomada de decisões sobre questões que os afetam

Raio-x

Segundo Gadelha, o raio-x da saúde dos povos tradicionais mostra uma importante defasagem em relação à média da população mundial.

Diabete: Segundo a ONU, mais de 50% dos indígenas acima de 35 anos têm diabete tipo 2 e, em algumas comunidades, a situação atingiu proporções epidêmicas.

Expectativa de vida: Ainda segundo os dados da ONU, a expectativa de vida de um indígena pode ser até 20 anos mais baixa que a média do país onde ele se encontra. A diferença é de 13 anos na Guatemala, 10 anos no Panamá, 6 anos no México, 20 anos no Nepal e Austrália, 17 no Canadá e 11 anos na Nova Zelândia.

Mortalidade infantil: Num levantamento publicado pela ONU ainda em 2014, os dados apontavam que a mortalidade infantil entre indígenas era 60% às taxas das crianças não indígenas. No Panamá, a chance de uma criança indígena morrer era três vezes maior que os menores não-indígenas.

Tuberculose: Os dados ainda revelam que a tuberculose afeta de forma desproporcional os indígenas. No povo guaraní, na Bolívia, a taxa era cinco vezes maior que na média da população local. No Canadá, a população indígena representa apenas 4,3% dos canadenses. Mas somam 19% dos casos de tuberculose. No Groenlândia, a taxa da doença entre os kalaallit nunaat é 45 vezes a média dos dinamarqueses.

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Flávio Dino mostrou como evitar um golpe

Devo ao ministro, a Cappelli e a alguns outros o retorno a um país que ainda existe

Em 6 de janeiro de 2021, eu me encontrava no sul da Bahia, nas primeiras férias praianas permitidas pelo arrefecimento da pandemia. De lá, assisti à invasão do Capitólio americano pela internet, me perguntando como era possível que Washington e Trancoso coexistissem no mesmo planeta.

O Capitólio caipira de 8 de janeiro uniu os dois opostos. Eu também o acompanhei de longe, numa Europa ameaçada por outra guerra, com Zelenski e Putin dominando a grade do noticiário internacional. Pária global, o Brasil era nota de rodapé na programação e tanto a BBC quanto a CNN ofereceram uma cobertura curta, repetitiva e genérica do levante no DF.

Talvez a distância tenha me feito desatenta, mas os canais brasileiros também se desdobravam em análises, comunicados e coletivas, sem oferecer nenhuma narrativa íntima dos que comandaram o barco legalista na tempestade.

Devo à Patrícia Campos Mello o link de uma entrevista de Flávio Dino aos jornalistas Tereza Cruvinel, Rodrigo Vianna e Marcelo Auler, no canal Brasil 247 do YouTube, verdadeiro decálogo sobre como evitar um golpe.

“Essas histórias devem ser contadas porque, depois, elas se perdem no tempo”, alerta o ministro na conversa. E é o que faço aqui, para esquentar os motores da volta à ativa e para sublinhar o que não deve ser esquecido. Com a palavra, Flávio Dino:

“Na posse do presidente Lula, o acordo operacional funcionou muito bem. O que muda no dia 8 de janeiro? O comando. O comando mudou a orientação. O ministro José Múcio foi ao quartel-general do Exército, tudo tranquilo. Até as 13h30 do domingo, as mensagens que recebi pelo celular foram as mesmas que o Senado e a Câmara receberam do Governo do Distrito Federal, que tem o dever constitucional de garantir a ordem pública. Ou seja, todo mundo foi enganado.”

“O ataque começou às 14h40; 15h15 eu estava entrando na garagem. Quando olhei pela janela do gabinete, primeiro me espantei, porque era uma cena inesperada, depois senti uma profunda indignação. Eu não cometeria o ato vergonhoso, eu não me perdoaria nunca, de assistir a uma tentativa de golpe de Estado e não fazer nada.”

“Destruíram vidraças no Palácio da Justiça, jogaram pedras, bolas de gude de ferro. Durante uma hora e meia não se via policial na Esplanada. A adrenalina vai num nível que você começa a tomar decisões. Agi das três da tarde às três da manhã, 12 horas de pé. De vez em quando eu olhava aquilo e dizia: e se o povo invadir? Como é que vai ser?”

“A rápida decisão de decretar intervenção federal e assumir o comando da segurança do DF foi o que impediu o golpe. Em 1964, não havia o WhatsApp. Nós fizemos uma intervenção federal por WhatsApp, a ferramenta que municiou os golpistas.”

“- Presidente, assine e me mande a foto, porque decreto no meio dessa emergência vale!”

“- Mas não tem número.”

“- Presidente, me dê o decreto com a sua assinatura!”

“Mostrei o documento ao secretário Ricardo Cappelli e disse para ele descer e assumir o comando da PM do DF. E houve a coragem pessoal do Cappelli, o papel do indivíduo na história. Porque ele poderia ter me pedido outra coisa, ele tem filho para criar, mas o Cappelli desceu, foi atrás do comandante da PM e saiu puxando, ele e o secretário Diego Gaudino andaram com a PM até o quartel-general do Exército, no Setor Militar Urbano, levando a horda de terroristas para longe da Esplanada.”

“Havia uma ideia de que a ordem era só para desocupar os prédios.”

“- Não, eles estão em flagrante e nós vamos prendê-los! –eu disse. E abri o Código do Processo Penal no celular; – Está aqui, qualquer pessoa do povo PODE e o agente público DEVE prender quem está em flagrante.”

“No Brasil, os golpes de Estado procuram poupar uma aparência de legalidade. Em 1964, os ministros do Supremo não foram cassados. A invasão do STF gerou um problema de ilegalidade, o Supremo se indignou, começou a dar ordem e a juridicidade se impôs por sobre a violência.”

“Eu não me lembro de, numa sala, estarem os chefes dos Três Poderes, os ministros do Supremo e todos os governadores. E todos desceram a rampa com o presidente da República, atravessaram a praça e chegaram ao Supremo. Esse símbolo nos ajuda a desideologizar as Forças Armadas e policiais, que foram largamente capturadas pelo extremismo.”

Flávio Dino já havia dado provas de caráter e competência à frente do governo do Maranhão, durante o descarrilamento negacionista pandêmico. Depois dessa entrevista, minha sensação é a de que devo a ele, ao Cappelli e a alguns poucos o retorno a um país que ainda existe.

Deixo, aqui o link da entrevista completa e clamo pelo minuto a minuto do domingo do Cappelli, no Brasil 247.

Publicado em Fernanda Torres - Folha de São Paulo | Deixar um comentário
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Tempo

Correio dos Ferroviários foi uma revista de publicação oficial interna da RVPSC (Rede de Viação Paraná-Santa Catarina), editada desde outubro de 1933 e distribuída para todas as ferrovias do país e para a administração da RFFSA, chegando a alcançar, em alguns períodos, uma tiragem variável entre 11,5 a 13 mil exemplares. A revista foi fundada por Antônio Dantas, era editada em Curitiba, e tinha tiragem mensal, tendo veiculado até 1973/ 1974. Apresentava notícias nacionais, internacionais e, em especial, aquelas que dissessem respeito à Rede Ferroviária.

Divulgava os “Atos da Diretoria”, a “Caixa de Aposentadoria e Pensão dos Ferroviários” (C.A.P.), crônicas de ferroviários apaixonados pela Rede, dicas de beleza e etiqueta na “Página da Mulher”, aniversariantes do mês, além de prestar homenagens a figuras que foram importantes para a RVPSC.

A partir de 1949, teve início a segunda fase do “Correio dos Ferroviários”, caracterizada pela ausência de propagandas devido à tutela da RVPSC. Reiniciou, assim, a numeração como ano I, em 1949.

Colaboradores

A revista contou, ao longo de sua existência, com a colaboração literária de escritores, poetas, jornalistas e até anônimos, como era o caso das crônicas “Meu Marido Um Ferroviário”, escritas por esposas de ferroviários. Entre os colaboradores mais famosos figuraram: José Petroski, Denisar Zanello Miranda, Nilo Brandão, Euro Brandão, Raquel Prado, Adolpho Werneck, Newton Sampaio, Manoel de Oliveira Franco Sobrinho, Leonor Castellano, Luiz Antônio Solda, Alceu Chichorro, Carlos Klug, Faria Júnior (caricaturas), Helmuth Erich Wagner, além de apresentar textos e poesias de autores como Cruz e Sousa, Raquel de Queirós, e outros.

José Maria Petroski

José Petroski, falecido em 2005, teve entre outras atribuições, como funcionário da Rede de Viação Paraná-Santa Catarina, a gerência da revista “Correio dos Ferroviários”.

Nilo Brandão

O professor de português Nilo Brandão (1895-1967) foi diretor do “Correio dos Ferroviários” entre outubro de 1952 e 1961, e criou as colunas “Nos Domínios da Gramática” e “Corrija se souber”, nas quais, respondendo a perguntas de leitores, transmitia informações gramaticais.

Adolpho Werneck

O poeta, jornalista, humorista e charadista Adolpho Werneck (1877 – 1932) teve vários de seus trabalhos publicados, postumamente, nas páginas do “Correio dos Ferroviários”, inclusive uma homenagem, a poesia “In memoriam” de seu filho, Arion Werneck de Capistrano, na edição de setembro de 1934.

Newton Sampaio

O romance incompleto “Dor”, de Newton Sampaio, tem o único registro na publicação do seu terceiro capítulo, intitulado “Volta ao lar”, no número 9, de junho de 1934, do “Correio dos Ferroviários”. Outro trabalho de Sampaio publicado pelo Correio foi “Carnaval de Camelô”, em janeiro de 1936.

Denisar Zanello Miranda

Engenheiro graduado em 1956 pela Universidade Federal do Paraná, professor, foi editor por mais de 10 anos do “Correio dos Ferroviários”.

Leonor Castellano

Na década de 1930, a escritora e feminista Leonor Castellano dirigiu algumas colunas femininas no “Correio dos Ferroviários”, pertencendo ao Conselho da revista por duas décadas. Atuou na revista ao lado de Ilnah Secundino e Rosy Pinheiro Lima, as três pertencentes ao Centro Paranaense Feminino de Cultura.

Raquel Prado

Jornalista e escritora curitibana, Raquel Prado (1891-1943), teve vários de seus textos publicados no “Correio dos Ferroviários”. .

Luiz Antônio Solda

Luiz Antônio Solda, paulista nascido em Itararé, mudou-se para Curitiba em 1966 e foi auxiliar de escritório na Rede Ferroviária Federal, participando como ilustrador e chargista do “Correio dos Ferroviários”.

Alceu Chichorro

O jornalista, poeta e chargista curitibano Alceu Chichorro (1896-1977) participou do “Correio dos Ferroviários” na década de 1930.

Carlos Klug

Trabalhou durante 35 anos nas áreas administrativas da Rede de Viação Paraná-Santa Catarina (RVPSC) e Rede Ferroviária Federal S.A (RFFSA). Produziu contos, artigos e poemas para jornais e para a revista “Correio dos Ferroviários”, assinando como Carlos Klug, Carlito ou, ainda, usando os pseudônimos “Cirano” e “K.Litto”. Aposentou-se da RFFSA no ano de 1980. Possuía uma grande paixão a filha Perci Cristina Klug, única filha menina de seu segundo casamento com sua segunda esposa Iraci da Silva.

Manoel de Oliveira Franco Sobrinho

Manoel de Oliveira Franco Sobrinho foi um advogado, juiz, jornalista, administrador público, político, professor e escritor que atuou na cidade de Curitiba, escrevendo vários livros na área jurídica. Colaborou com a revista “Correio dos Ferroviários” nos anos 1930.

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O “poço de virtudes”

Aos poucos, vai se revelando o verdadeiro “poço de virtudes” que foi o desgoverno Bolsonaro. Sabe-se, agora, que até o “cercadinho”, onde o presidente recebia a adulação dos apoiadores, era pago. Com cartão corporativo – quer dizer, com o nosso dinheiro. O mesmo aconteceu quando das “motociatas”. Os componentes recebiam lanches fartos. Pagos com o cartão corporativo da presidência. Até uma hospedagem em hotel de luxo do filhinho Carlos, em São Paulo, foi quitada com o mesmo cartão. Por nossa conta.

Soube-se também que a minuta de golpe através da decretação de estado de emergência no Tribunal Superior Eleitoral, com o objetivo de mudar o resultado da eleição presidencial, encontrada na casa de Anderson Torres, não era uma brincadeirinha, como se disse, pois já circulara por vários ministérios.

Não obstante, isso tudo é “fichinha” comparado ao cardápio de crimes arrolado pelo colunista Ruy Castro, envolvendo o capitão fugitivo: “genocídio dos yanomamis, contrabando de madeira, garimpo ilegal, assassinato de sertanistas, intimidade com milicianos, arsenais domésticos clandestinos, cocaína no avião presidencial, Viagra e próteses penianas para generais, venda de cloroquina, comissão na aquisição de vacinas, Bíblias a peso de ouro, rachadinhas, compra de mansões com dinheiro vivo, cheques para a primeira dama, militares com salários de seis dígitos, (…) empresários financiadores de terrorismo, etc. etc”, além das já citadas mamatas com o cartão corporativo.

Não por acaso, agora o “poço de virtudes” está se borrando de medo de ser preso. Mandou a mulher Michelle de volta ao Brasil e continua acoitado na Flórida. Mas ele tem outro problema: o seu visto oficial (de presidente da República) venceu no final de janeiro. E, para não regressar ao Brasil, está tentando, lá mesmo nos EUA, arrumar um visto de turista. Então surgiu mais um problema: segundo o advogado do ex-presidente, novo visto de turista é um processo demorado, que pode levar até quatro meses… E aí, como ficamos?

Como o nome do “virtuoso”, por sugestão da Procuradoria Geral da República, foi acolhido pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, para figurar no inquérito que investiga a incentivo e autoria intelectual dos atos terroristas de 8 de janeiro, ele teme receber ordem de prisão assim que pisar novamente no Brasil.

Mas, por que o receio?! Afinal, como sempre se jactava, ele não pautou todo o seu mandato presidencial pela legalidade, probidade, combate ao crime, aos brigadistas e aos desordeiros, tal qual à pandemia; pela ajuda aos pobres e aos desvalidos, proteção aos indígenas e às minorias LGBTQIAP+, e apoio desmedido à saúde, à educação, à cultura e à segurança pública – tudo em nome do Senhor Jesus?…

Então, por que o pavor de ser preso?! Ele deveria ter medo daqueles que Ruy Castro identifica como “homens de bem”, aqueles “patriotas” que, em seu nome, vandalizaram o Supremo Tribunal Federal, o Palácio do Planalto e o Congresso Federal. Esses estão sendo presos agora e obrigados a ressarcir os cofres públicos, com o bloqueio de bens, pela invasão e depredação cometidas. Imagina se, no desespero, eles começam a “colocar a boca no trombone”!

Volta Bolsonaro! Na Terra de Pindorama, os seus saudosos apoiadores – que estão minguando a olhos vistos, pela sua ausência – o aguardam com incontida emoção. E o Judiciário também.

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A velha questão…

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Playboy|1990

1998|Deanna Brooks. Playboy Centerfold

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Fica, Soledad Villamil

Mulheres bonitas e inteligentes existem muitas mas são raras as que se pode dizer que têm uma beleza inteligente. Como é difícil explicar o que é isso, exatamente, passemos logo ao melhor exemplo atual do genero: Soledad Villamil.

Quem viu o filme “O Segredo dos Seus Olhos” sabe de quem eu estou falando. O filme é bom, mas nada no filme é melhor do que ela, no papel de uma juíza por quem o protagonista principal tem uma paixão recolhida, e poucas vezes na história do cinema foi tão fácil entender uma paixão.  Soledad é fantástica dos cabelos às presumíveis pontas dos pés, passando por olhos verdes, uma boca ao mesmo tempo sardônica e sensual e um corpo que a sobriedade magistrática tenta disfarçar em vão – e tudo projetando a sensibilidade e a sabedoria que se espera da justiça humana.

A Argentina tem nos mandado um bom filme depois do outro, ultimamente, e grande parte da sua atração se deve ao estilo naturalista de representar dos seus atores. “O Segredo dos Seus Olhos” – que tem algumas falhas de lógica e verossimilhança que não atrapalham a bela trama – é um admirável exemplo disto. O elenco todo é extraordinário. Mas a principal razão para ver e rever o filme é a Soledad.

Desconhecimento.

Eu nunca tinha ouvido falar nela. Agora sei que tem 41 anos e já fez vários outros filmes, peças de teatro e séries para a TV na Argentina – e há pouco fui vê-la no palco como cantora. Levado, acima de tudo, pela necessidade de saber se ela era de verdade. E descobri que Soledad não apenas existe como é uma ótima interprete de tangos e milongas e da música folclórica do seu país, com uma presença de palco que não deveria surpreender quem já a viu dominando um filme inteiro. Uma frustração apenas: ela se apresenta com um vestido longo até o chão, o que nos impediu de avaliar corretamente o corpo apenas adivinhado por baixo dos tailleurs judiciais, no filme. Mas pelo pouco que deu para ver, ele também é perfeito.

O perigo, depois do sucesso do filme, que venceu o Oscar de melhor estrangeiro, é levarem a Soledad embora, e da próxima vez que a virmos ela ser uma coadjuvante mexicana num filme de Hollywood.

Proponho que se comece uma campanha preventiva, “Fica, Soledad”, para impedir que isto aconteça. Fique na Argentina, Soledad. Ou venha para o Brasil. Lá em casa tem lugar.

Luis Fernando Verissimo, em algum lugar do passado.

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Leite Quente nº 1 – Paulo Leminski – Nossa Linguagem

Curitiba do muito pinhão. Curitiba cidade-teste. Curitiba aldeia de ares provincianos. Curitiba urbe de 296 anos. Curitiba modelar em planejamento urbano. Curitiba ponto de luz universal. Curitiba das tantas sociedades filosóficas, operárias, beneficentes, culturais. Curitiba dos imigrantes múltiplos, dos migrantes sem fim. Curitiba dos curitibanos.

É da Curitiba de seu povo, que fala “leite quente”, escandidamente, com peculiaridade única, que tratam as Edições Leite Quente. No lançamento, o tema é “Nossa Linguagem”, neste tempo em que linguagem é modo de se expressar e de se comportar. Quando linguagem é tudo.

Quem trata do assunto é Paulo Leminski, curitibano e polaco, poeta e lingüista, talento múltiplo de muita perseverança e autodidatismo – completando ou substituindo o saber formal. Leminski o faz como “viagem de leve, em asas de andorinha isto “antes que o leite esfrie “.

Edições Leite Quente são ensaios sobre o caráter curitibano. São formas de desvendar o mistério das singularidades com que se processa a vida nesta mui leal Vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinliais, recém-dita como das três melhores cidades do mundo para o ato de viver com qualidade.

Leminski passeia pela nossa linguagem, contra-pondo o velho e o novo, brincando – e inventando nomes de época – com as poses das gerações do passado e da contemporaneidade.

Outros “Leite Quente” virão, explicando á luz de elementos históricos e de percepções individuais o singularíssimo modo de ser curitibano. Quando não por mais, para que todo forasteiro seja bem vindo e possa penetrar com maior facilidade no mistério desta Curitiba de 296 anos.

Maí Nascimento Mendonça, Diretora de Patrimônio Cultural (março, 1989)

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Elas

Diana And Victoria. © Zishy

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