Uma capa de Trimano

No clássico da literatura Moby Dick, coleção juvenil da Abril Cultural, a decisão de dispensar o ícone criado pelo cinema com o Capitão Acab (ou Ahab, o barbudo Gregory Peck, do filme de John Houston), trocando-o pelo autor Herman Melville, sem o cachimbo, garante a autonomia do trabalho em sua originalidade. Ou seja, um indicador mais para o cinema russo do que para Hollywood. Neste caso, Trimano é quem aparece como um velho lobo do mar. As ilustrações internas – meia dúzia delas – trazem o requinte de um bico de pena elaborado com técnica e refinamento gráfico.

Na época, os desenhos despertaram a atenção do diretor de cinema Roberto Santos (A hora e a vez de Augusto Matraga) que estimulou Trimano a desenhar o cartaz do censurado Vozes do medo, de 1972, filme com doze episódios.

(Texto de Toninho Vaz para o site de artes gráficas do artista)

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Mário? Que Mário?

Fábio Silvestre, ator e humorista, gente boa da melhor qualidade. De Ponta Grossa, como Benett, o que evapora! O melhor: ELE NÃO SE ACHA, como muitos que conheço. Mário: carros, eletrodomésticos, apartamentos, a gente compra. Amigo se conquista. E é necessário preservá-los. Solda. Foto de Chico Nogueira.
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Meu tipo inesquecível

Jamil Snege, o Turco. Ele, assim como Manoel Carlos Karam, Paulo Leminski e Sérgio Mercer, entre outros, me ensinou o caminho das pedras. Eu era office-boy da Prefeitura, milênios atrás, e o Turco levou-me para ser redator-júnior na Exclam, ainda do grupo Prosdócimo. Também partiu para Alhures do Sul, há tempos. Solda.
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Antonina rides again!

Baiacu abajur – foto sem crédito.

Um importante (?) advogado e jornalista paranaense, ocupante de cargo público (acho que ele ainda não sabe disso) que insultou os habitantes de Antonina, os chamando de gays – nada contra eles, afirmo eu – foi apelidado de Baiacu. É barrigudo, feio e ninguém come porque tem veneno. Rá!
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Mário? Que Mário?

Enéas Lour, Lejambre, no show Amigos do Mário. Enéas faz parte do quarteto Mário Schoembergerele, Beto Guiz, Beto Bruel e Mário – muito mais que um quarteto irreverente. Uebas! Foto de Chico Nogueira.
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Pancho – Gazeta do Povo.
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Sonho de Natal

Aos sonhos, não importa o preço e não importa o tamanho. O advogado Rogério Distefano tem um sonho grande: mudar o calendário paranaense. Eu também tenho um sonho semelhante: mudar o sistema do nosso sistema métrico para outro mais condizente com a nossa realidade atual.

“Eu tenho um sonho” escreveu o advogado Distefano “Que foi revigorado com a recente viagem do governador à Venezuela. Mudar o calendário paranaense, como Hugo Chávez, seu guia, fez com o fuso horário venezuelano. Roberto Requião bem que podia baixar um decreto – eventualmente um legislativo, como aquele que anulou o acordo de acionistas da Dominó Holdings; a Assembléia aprova tudo dele: o Natal cairia em julho. O orçamento começaria em agosto. O décimo-terceiro salário, pago em julho, injetaria dinheiro na economia numa época melhor do ano, o comércio teria bons preços e as indústrias desaquecidas fariam de tudo para suprir a demanda. Depois, julho é inverno e acabava com esse pastiche dos papais noéis de roupa pesada em pleno dezembro. Natal em julho diminuiria o impacto do esgoto no litoral. E – porque temos que pensar em nossos dedicados homens públicos e mulheres públicas – Natal em julho aqui permite gozar o Natal em dezembro na Europa. O melhor dos dois mundos, como eles gostam”.

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O meu sonho é mais modesto do que esse de Rogério Distefano. Gostaria de implantar no Paraná uma antiga reivindicação do Movimento Antropofágico, que seria a adoção do “berro” e não do pé, do metro, do quilômetro, importadas da Europa como medida de distância. Diziam os modernistas:
“Os limites de uma determinada área se fixariam em pontos, onde pudessem ser ouvidas as últimas ressonâncias do berro”.

O manifesto antropofágico, escrito por Oswald de Andrade, tinha por objetivo a deglutição da cultura estrangeira. Ou seja,
fazer moqueca, feijoada, picadinho, barreado da cultura estrangeira. Os modernistas pregavam que não devíamos negar essas culturas exóticas, mas elas não deviam ser imitadas.

Daí que Oswaldo de Andrade queria adotar o brasileiríssimo “berro” para medir as distâncias no Brasil, porque tudo no Brasil é medido aos “berros”. Especialmente aqui no Paraná, onde temos
um governador que faz uso do “berros” para se dirigir a quem quer que seja.

Na tarde de quarta-feira passada, durante a reinauguração do Mercado Municipal de Antonina (lataria e pintura), o governador se defrontou com um grupo de manifestantes que pedia
reformas também para o trapiche no mercado, outro ponto turístico da cidade.

Roberto Requião não mediu palavras em metros, mediu em “berros”. Com insultos deixou o local, não sem antes “berrar” ao povo de Antonina que todos os manifestantes eram gays. Em resposta, um dos líderes da manifestação “berrou” aos atônitos ouvintes:
“Estávamos fazendo um protesto pacífico. Ele é muito desequilibrado!”.

Roberto Requião não é desequilibrado, façamos uma objeção. O desequilíbrio é a norma de sua estabilidade, é de sua natureza.
Tudo para o governador é medido no relho e no ralho. Aos “berros”, bem no estilo de sua própria vocação antropofágica.

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É preciso medir. Não se sabe ainda a quantos berros o governo está distante de Antonina. Mas pelo que se viu, e ouviu, na inauguração do Mercado Municipal, são milhares de “berros” de distância.

Dante Mendonça [21/12/2007]O Estado do Paraná

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Ouvindo de novo, de novo e de novo

Só podia ser presente de Iara Teixeira, a implacável. Aquele que tem ouvidos para ouvir, deite e role. Uebas! Solda.
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Saideira

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Tricornetas

Rafa Camargo – Tribuna do Paraná.
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Figuras de Curitiba

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Ele evapora!

Benett – Gazeta do Povo.
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Uebas!

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Paixão – Gazeta do Povo.
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Cruelritiba: 2008 vai dar pé?

Foto de Lina Faria.
www.olhodarua55.com
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