Foto sem crédito.
Senna. Em 16 de dezembro de 1997, a justiça italiana declarou não haver culpados na morte do piloto brasileiro Ayrton Senna. Ele bateu na curva Tamburello, uma das mais famosas da F-1.
Sorry, periferia,
mas a revista tinha entre seus colaboradores habituais, além de Clarice, Guimarães Rosa, Rachel de Queiroz, Jorge Amado, Osman Lins… Uma trupe de gênios que nenhuma outra revista, nem antes nem depois dela, conseguiu reunir. Cousa dos gloriosos anos cinqüenta brasileiros.Trinta anos! Nem precisava tanto. Lembro dos domingos angustiosos do verão carioca. O que havia de luz e cor nas praias, parece sobrava de obscuridade em nossas almas vacilantes.
Clarice me chamava ao telefone, à beira do abismo, sempre à beira do abismo: “Querro darr uma volta na quadrra, mas estou com medo…”.Sempre me perguntava, a mim mesmo, quantos dias (ou seriam semanas?) Lispector não saía de casa… Perguntar isso, diretamente a ela, seria ofensa, da grossa. Afinal já era a autora de títulos antológicos da literatura brasileira, embora certa esquerda, sempre burra, tanto ontem quanto hoje – aquela época mais -, a considerasse uma escritora menor.
Wilson Bueno [16/12/2007]O Estado do Paraná