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Tudo pelos pêlos!
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Curitiba, cidade sem portas
Foto de Mathieu Struck.
Cumprimentos ao PMDB de Curitiba. O partido velho de guerra realizou no início da semana um primeiro debate destinado a revelar o candidato mais preparado para disputar a Prefeitura de Curitiba.
Mais que controvertida, a questão de barreiras para o acesso de migrantes à capital não ficou bem esclarecida pelos pré-candidatos do PMDB. Num esforço de reportagem, entrevistamos um dos aspirantes ao cargo de prefeito para nos esclarecer a postura do partido quanto à construção de muralhas na periferia de Curitiba. Por motivos óbvios, o candidato preferiu não se identificar.
Candidato – O novo modelo de estrutura urbana preconizado prepara-nos para enfrentar situações típicas de segmentos reacionários. O cuidado em identificar pontos críticos na consolidação dessa nova revolução urbana vai demonstrar mudanças das direções preferenciais no sentido do progresso.
No debate entre seus cinco pré-candidatos, um tema causou perplexidade até na sauna do Country Club: o fechamento das fronteiras de Curitiba para os migrantes. Essa gente sem eira nem beira que tem o hábito de afanar relógios de grife nas esquinas do
Batel. O tema é polêmico. No entanto, o PMDB lançou uma questão que, cedo ou tarde, viria à tona nesta antiga Cidade sem portas, aquela Curitiba cantada em verso e prosa por Adherbal Fortes e Paulo Vítola no século passado, ao surgir do Teatro Paiol.Mais que controvertida, a questão de barreiras para o acesso de migrantes à capital não ficou bem esclarecida pelos pré-candidatos do PMDB. Num esforço de reportagem, entrevistamos um dos aspirantes ao cargo de prefeito para nos esclarecer a postura do partido quanto à construção de muralhas na periferia de Curitiba. Por motivos óbvios, o candidato preferiu não se identificar.
Pergunta – A cidade está mesmo precisando de muros para estancar o avanço das migrações?
Candidato – Sem dúvida. Nas grandes cidades, a percepção das dificuldades apresenta tendências no sentido de transformar a manutenção dos relacionamentos verticais entre as hierarquias sociais.
Pergunta – Esta clausura urbana não pode causar mais revoltas sociais?
Candidato – É preciso enfatizar o peso destes problemas concernentes aos antagonismos sociais e urbanos. Não obstante, o diálogo entre os diferentes setores da sociedade evidencia a necessidade de revolucionar as alternativas.
Pergunta – Como é possível um partido que se diz de esquerda, e de origem popular, pregar um planejamento urbano que retorna à
Idade Média?Candidato – O novo modelo de estrutura urbana preconizado prepara-nos para enfrentar situações típicas de segmentos reacionários. O cuidado em identificar pontos críticos na consolidação dessa nova revolução urbana vai demonstrar mudanças das direções preferenciais no sentido do progresso.
Pergunta – O governador Roberto Requião já tomou conhecimento deste fosso urbano, provocado pelo estorvo de novos migrantes?
Candidato – Ainda não, mas podemos vislumbrar que a mobilidade das bases pode garantir a contribuição de segmentos importante nas futuras determinações partidárias. Neste sentido, a revolução do traçado urbano viria a ressaltar a relatividade do impacto na agilidade decisória do governador.
Pergunta – Na próxima segunda-feira, dia 26, está programado um novo debate entre os pré-candidatos do PMDB. O fechamento das fronteiras de Curitiba será novamente discutido?
Candidato – Com certeza, o modelo de ocupação racional do tecido fundiário participativo será abordado. Assim como serão discutidos os assentamentos físicos estruturais e seus prognósticos periféricos estruturais.
Dante Mendonça [23/11/2007]O Estado do Paraná.
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A cadeira do pensamento para um pênis pensador
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Cada um se vira como pode
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Abaixo a calcinha!
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Cada um se vira como pode
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Aviso aos navegantes
Oscarito cercado por Violeta Ferraz, Margot Louro (esposa na vida real) e outras. Foto Acervo Atlântida.
A imagem de cinema mais remota que guardo na memória é de uma chanchada da Atlântida projetada na tela do Cine Curitiba, antigo pulgueiro da rua Voluntários da Pátria, no centro da minha cidade. Era o ritual frenético de todos os domingos: comprar uma coca-cola na máquina (geladeira horizontal) vermelha do Reginaldo e correr para garantir um bom lugar diante das impagáveis trapalhadas de Oscarito e Grande Otelo; ou dos beijos do mocinho na mocinha sempre acompanhados de uma algazarra ensurdecedora. Em seguida, com o desenrolar da fita, a magia silenciosa dos movimentos. Para nós, meninos de suspensórios e boca aberta na platéia, aquilo era o máximo. Foram anos de fascínio e hipnose coletiva.
Algumas vezes, para ajudar nas economias familiares, unindo o útil ao agradável, cheguei a trabalhar como baleiro na porta do cinema, carregando um tabuleiro pendurado ao pescoço e anunciando com algum estilo, ao longo da fila:
“Olha o drops, mentex, bala de goma, plainê salgado e doce… Lá dentro não tem bomboniére.”
Mais tarde, já trabalhando como repórter em suplementos culturais, tive oportunidades de, por várias vezes, me gabar de ter assistido todos os filmes da Atlântida, principalmente ao longo da década de 50 e começo dos anos 1960. Ou seja, atravessei a infância e a adolescência assistindo chanchadas, mergulhado na fantasia de um Brasil ingênuo, descontraído e bonachão.
(Trecho do prefácio do livro em processo Por trás das cortinas – a história da Atlântida Cinematográfica, de Toninho Vaz)
(Trecho do prefácio do livro em processo Por trás das cortinas – a história da Atlântida Cinematográfica, de Toninho Vaz)
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Confira!
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