Tempo

Múltipla Propaganda – década de 1980. Desidério Pansera, Gilberto Ricardo dos Santos e Airton Pissetti. © João Urban

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1936

“Rêverie”, model Zoe Mozert, 1936 ( photography for the Brown and Bigelow Calendar Company of St. Paul, Minnesota or May 1936). © Earl Moran

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Faça propaganda e não reclame

Corega. © Desencannes

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© Getty Images

Не шукай правди в других, коли в тебе її немає. *Não procure a verdade em outros, quando você não a tem.

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Como diziam os trocadilhistas

Como dizia o iconoclasta para o parceiro de vandalismo durante uma madrugada numa igrejinha barroca:
– Para baixo todo santo! Ajuda!
 
Como dizia o bobo da corte puxando o saco do príncipe herdeiro à beira do leito de morte do rei:
– No fim tudo vai dar cetro!
 
Como dizia no talk-show a garota curvilínea, que posara nua para mais uma revista masculina:
– Minha carreira artística vai de vento em polpa!
 
Como dizia o bombeiro ao repórter depois de apagado o incêndio num aviário capira:
– As galinhas eram meio velhas mas deram um bom rescaldo.
 
Como dizia um feitor para outro, irritadiço com o desenrolar dos serviços no palácio romano:
– Hoje eu estou uma pilha de servos!
 
Como dizia o médico confirmando diagnósticos para cliente hipocondríaco que aniversariava:
– Há males que vêm, parabéns!
 
Como dizia a podóloga que além de bem-sucedida na profissão também agradava como cantora noturna:
– Devo tudo à genética: tenho um vô calista e outro vocalista!
 
Como dizia a mariposa invejosa a outros insetos, ao observar a crisálida se aprontando para borboletear:
– Se a metamorfose falhar, todo mundo apupa.

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Joca e Helena

Joca Vieira foi um farmacêutico e professor de Geografia nascido em Patos na Paraíba, no final do seculo XIX. Os pais resolveram suprimir Arcoverde de seu nome porque havia um tio homônimo, tendo sido registrado, então, como  João Rodrigues Vieira – mais tarde apenas professor Joca- como gostava de ser chamado.  Depois de formar-se em Farmácia, no Recife, viajou, com seu irmão Miguel Arcoverde para Amarante, no Piaui, onde já residia um outro irmão, Eudocio, juiz de Direito.

Lá montou uma farmácia e casou-se com Helena Sobral, uma descendente de portugueses – a moça da casa de azulejos, filha de um negociante de produtos de decoração importados – com quem teve cinco filhos. Por insistência de Helena, mudaram-se  para a capital, Teresina, tendo ele iniciado uma nova profissão – a docência, deixando para trás a cidade que amaria ate o final da vida – Amarante.

Estudioso, possuía uma cultura vasta e refinada.  Escrevia contos os quais nunca foram publicados. Por terem sido escritos com lápis grafite, processo com pouca duração,  suas escrituras não puderam ser publicadas postumamente. Interessava-se por política o que o motivava a sair quase todas as manhas para saber das últimas notícias acerca da política local.

Com uma visão de mundo vasta, ele acreditava e estudava a existência de vidas fora do Planeta Terra e era terminantemente contrario aos maus-tratos a quaisquer tipo de animais, defendendo o direito que todos eles possuem de viver,  incluindo os insetos.

Joca era calmo e pacífico. Helena era intensa e extrovertida, juntos eram solidários e capazes de lutarem pelo bem-estar de pessoas que jamais haviam visto antes. Apoiaram pessoas, projetos solidários, lutaram juntos por sua sobrevivência e pela dos outros. Apesar de possuírem características opostas, encontraram no amor ao próximo o que solidificava a cada dia o afeto que sentiam um pelo outro.

Ambos morreram em Teresina. Ela faleceu em 1980, seis anos depois do marido, não de amor, como os poetas do Mal do Século,  mas de saudade. Sentia falta de vê-lo no terraço todas as manhãs e tardes, lendo e escrevendo. Naquele dia – seis de agosto –  seria a derradeira leitura – Israel em abril de Érico Veríssimo. Findara a trajetória do professor Joca – um homem  simples em seus anseios cotidianos, complexo em suas ideias e pioneirismo. Um homem de família, para quem a família ia além da esposa e dos que dera vida.

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Muito barulho para nada

O Senado cria CPI para o terrorismo em Brasília. No Brasil a CPI é a melhor maneira de não resolver o problema para o qual foi criada: demora, é tumultuada, esvai-se em convocações e depoimentos desnecessários e termina sem consequências, apenas um palco para demagogos, manipuladores e mentirosos.

Como a CPI do covid, que não assustou o governo Bolsonaro para agir e reduzir o crescente número de mortos. Não puniu ninguém; ao contrário até premiou, elegendo criminosos da covid, como o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, eleito com mais de 200 mil votos – no Rio, onde o povo adora eleger bandidos.

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A vida curiosa das palavras

A maioria dos dicionários etimológicos costuma nos dar o princípio das palavras de um modo quase sempre frio e sucinto. Não há charme nem gozo – as palavras, em estado lexical, lá estão – marcadas, quase sempre, pelas datas de seu surgimento e/ou de seu uso corrente, em abreviados e desengraçados parênteses.Apesar de não abandonar nunca os meus inseparáveis Antenor Nascentes e Antonio Geraldo da Cunha, dois celebrados monstros da pesquisa etimológica, impossível não denunciar, contudo, a “frieza” inerente aos velhos dicionários ou a sua inextricável limitação.

Não tome, entretanto, meu bom leitor, em hipótese alguma, a assertiva, como perfídia; não, é só uma constatação – gelada feito um pepino.Mas isto está por um fio – nas livrarias brasileiras já pode ser encontrado o produto final de sete anos do incansável e diuturno trabalho de um jornalista que só não se tornou filólogo por acaso. Falo do carioca Márcio Bueno, que não é meu parente mas o autor do mais que delicioso “A Origem Curiosa das Palavras” ( José Olympio, 264 págs, R$ 34,00, formato 16 x 23 cm) – extenso e acordado projeto que além de consumir quase um decênio da vida e energia de seu idealizador, posso assegurar, leitor, é barato garantido para quem nele viaje e em seus intrigantes verbetes.

Coisa que podemos fazer, em primeira mão, aqui e agora, só para dar uma idéia, ainda que pálida, do que seja esta “etimologia para milhões”. A melhor maneira, aliás, de fazer interessante a qualquer pessoa o rico patrimônio da última Flor do Lácio, como chamou à língua pátria, em decassílabos perfeitos, o nunca assaz louvado Olavo Bilac, num soneto pra lá de famoso.

A palavra alameda, por exemplo, leitor – atualmente designa rua ou avenida tendo às margens qualquer tipo de árvore. No começo o nome era aplicado somente a vias sombreadas por “álamos”… Já alarme, nos ensina Márcio Bueno, procede da expressão all’arme, que significa, em bom italiano, “às armas”. O brado era usado para que uma tropa militar se armasse com vistas a se defender ante a iminência de uma investida inimiga…

Quando chamamos alpinista ao nosso herói Jorge Niclewiecz, que já chegou ao topo do Aconcágua, só não erramos porque o uso sistemático da palavra a incorporou ao idioma, posto que “alpinista”, na origem, era só para designar quem escalava os Alpes… Tanto assim que no espanhol de nuestra America um sinônimo para alpinista é “andinista”, uma clara referência aos Andes…

Biruta, esta uma descoberta exclusiva de Márcio Bueno, é, sabemos, um saco de lona cônico que, nos aeroportos principalmente, é fixado no alto de um mastro para indicar a direção do vento. Em razão de seus movimentos, muitas vezes descontrolados, o termo acabou por designar também “pessoa amalucada”. E não o contrário, como muita gente pensa…

E quem poderia supor que a palavra canalha tem a ver com “cachorro” ? Pois tem, e muito, leitor. O termo deriva do italiano, de “canaglia” – cachorrada, cachorrice, cachorreira… Já dundum – aquela bala que quase matou o Ronaldo Reagan, e que explode no impacto, muitos aí podem estar pensando ser um vocábulo onomatopaico, isto é, que imita o som que produz, como “xixi”, por exemplo. Quem assim pensou, errou – “dundum” vem do nome da localidade indiana Dum Dum onde foi desenvolvido o projétil…

E xará, então, vejam que coisa curiosa – usado para designar “homônimo”, vem do tupi onde “xe’rerá” quer dizer “meu nome”. Tão curioso quanto a etimologia de xereta que procede do verbo “cheirar” e designa o indivíduo que vive metendo o nariz onde não é chamado… O que não é o caso, – ouviu professor Albino Freire? –, nem do “xe’rerá”.

Bueno, autor deste impagável “A Origem Curiosa das Palavras” e nem deste outro Bueno que em vez de dissertar sobre fugacidades, o seu legítimo ofício, mete-se hoje aqui a demarcar a origem das palavras…

“O Estado do Paraná”, domingo, 22 de junho de 2003

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Quaxquáx!

Anderson Torres, aquele, está com o orifício corrugado na mão. Da Polícia Federal, é claro.

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Exército coloca 960 homens para desocupar acampamento bolsonarista

Neste momento, 960 homens de três unidades do Exército — a Polícia do Exército, o Batalhão de Guarda da Presidência e o Batalhão de Cavalaria de Guarda — trabalham na remoção do acampamento bolsonarista em frente ao QG do Exército que começou há 70 dias. A força-tarefa foi decidida em reunião ontem à noite entre o ministro da Defesa, José Múcio, o ministro da Justiça, Flávio Dino, e o ministro da Casa Civil, Rui Costa.

A decisão da remoção imediata dos acampados foi tomada depois da determinação do ministro do STF Alexandre de Moraes, que deu 24 horas para que as autoridades dessem fim ao acampamento. Na quarta-feira da semana passada, em almoço dos três comandantes das Forças Armadas com o ministro Múcio, o general Júlio César de Arruda, comandante do Exército, deixou claro ao ministro que o Exército não estava disposto a atuar na remoção dos acampados. Naquele momento, Múcio assentiu, convencido de que a saída dos bolsonaristas seria gradativa e espontânea.

Lula decidiu pela intervenção após ver PM tomando água de coco com vândalos.

O presidente Lula decidiu determinar a intervenção no Distrito Federal depois de ver cenas em que policiais do DF faziam selfies e compravam água de côco enquanto vândalos invadiam o Congresso. O presidente estava em Araraquara para prestar solidariedade às vítimas das enchentes que desabrigaram centenas de pessoas e fizeram 16 mortos quando recebeu a informação de que havia uma manifestação de bolsonaristas próxima ao Congresso. A notícia evoluiu para a invasão do local e logo depois para a tomada do Supremo e do Palácio do Planalto pelos vândalos.

Por telefone, o presidente falou com o ministro da Justiça, Flávio Dino, o ministro da Defesa, José Múcio, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, além de ministros do STF e dos presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco. Dino foi o primeiro a defender a decretação da intervenção federal, mas o presidente só tomou a decisão depois de ver, pelo celular, as cenas em que policiais do DF confraternizavam com os radicais.

Segundo um dos presentes à visita do presidente à Araraquara, porém, o que mais deixou Lula indignado em relação à forma como as forças de segurança reagiram ao episódio foi o que ele considerou a inexplicável demora na retirada dos invasores dos prédios do Congresso, do STF e do Palácio do Planalto.

Os episódios de ontem serviram para reforçar os pedidos pela cabeça do ministro da Defesa. Segundo um interlocutor de Lula, até ontem, o presidente não havia manifestado nenhuma intenção de demitir o ministro, cujo nome pode não ter sido a primeira opção do presidente, mas é o que “mais se aproxima do que ele quer”. Num momento em que as Forças Armadas sofrem críticas da esquerda e da direita, uma eventual saída de Múcio — bem visto pelos militares— pode causar ao governo mais problemas que a sua permanência.

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Fraga

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Políticos

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Rechaço ao terror

Vandalismo não é liberdade de expressão, portanto deve ser punido pela lei e repudiado por conservadores e liberais

Bolsonaristas selvagens invadiram a sede do poder federal, depredando o STF, o Planalto e o Congresso. A ideia insana de que as eleições foram fraudadas guiam o movimento antidemocrático.

No sentido lato, o descalabro pode ser considerado como ação terrorista —apesar da lei brasileira sobre o tema, de 2016, tipificar o crime apenas quando cometido por razões de xenofobia e preconceito de raça, etnia ou religião. Afinal, o governo e a população de Brasília ficaram reféns de extremistas que usaram de violência física e patrimonial para alcançar determinado objetivo. Terror puro e simples.

Para piorar a situação, há fortes indícios de que as forças de segurança pública do Distrito Federal foram, no mínimo, lenientes, já que sabiam do enorme grupo acampado em frente ao Exército e de mais ônibus chegando à capital para a manifestação. Há inclusive vídeos de policiais militares confraternizando com os extremistas. Ademais, o episódio revela a incompetência do Exército e dos órgãos de inteligência do governo federal, que não se anteciparam a uma agressão praticamente anunciada.

Portanto, não apenas os vândalos devem ser punidos no rigor da lei como também as autoridades e os agentes de segurança que não cumpriram com as prerrogativas de suas funções. Se o STF cometeu alguns abusos no passado, infringindo os limites da liberdade de expressão em decisões que penalizaram palavras, agora, tem o dever de punir a ação inscrita na lei: atentar contra a democracia a partir de “emprego de violência ou grave ameaça”.

O repúdio não se deve dar apenas no âmbito oficial, mas também no debate público. O bolsonarismo sempre se arvorou a epítome do conservadorismo ou do liberalismo. Mas conservadores, por princípio, se opõem a quebras da ordem institucional, e liberais têm como norte a livre manifestação de ideias, contanto que não se infrinja o direito à integridade patrimonial e física do outro. Rechaço veemente: é isso que a turba delinquente bolsonarista merece.

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