Diburro

Desenho de Du Sava.
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Parece que foi ontem…

Ipanema – Bar Veloso – Foto sem crédito.
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Ibrahim Suelda – Tim Festival

Letícia Magalhães e Júlia Studart Foto sem crédito.
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Vida & Poesia

Participei, na semana, do encontro – Tordesilhas -, que reuniu em São Paulo, sob a curadoria do escritor Cláudio Daniel, alguns dos mais expressivos poetas ibero-americanos.

Da Espanha a Portugal, do País Basco à Galícia, da Catalunha ao México, Cuba, Guatemala, passando por representantes de todos os países sul-americanos – do Uruguai à Venezuela -, no belo auditório do Instituto Cervantes, na Paulista, e no da Caixa Cultural, na Sé, durante cinco dias, de manhã à noite, um só assunto –
poetas e poesia.

Para este vosso renitente escriba, além da enorme alegria de reencontrar, entre outros, o cosmopolita Roberto Echavarren, o mais importante escritor vivo do Uruguai, o não menor encanto de estreitar amizade com a poeta Coral Bracho, tão cultuada no México quanto Cecília Meireles no Brasil. Poeta de finuras e delicadezas, ela própria um ser forjado a porcelana e cristal…

Há poetas que sugerem misturar-se ao que escrevem. Clarice Lispector, indiscutível poeta da prosa, tinha o dom, inefável – ainda que perpassado pela beleza trágica – de, digamos, fazer-se ler por inteira: palavra e vida, uma só coisa; e espantosa! A própria Cecília Meireles fazia questão de representar, na carne, o poema – noite e dia.

Nem um pouco diferente com Coral Bracho e sua fragilidade de louça, mulher pequena, requintada, e de intensos cabelos negros. Os olhos, amendoados, e muito escuros, até eles, não exagero, leitor, pareciam ver além das luzes do auditório.

Não resisto a uma deslavada imodéstia: apresentados, surpreendida de que estivesse frente a este pequeno pintor das tardes melancólicas da Floresta, o que não deixa de ser uma confissão poética, já não falava, sussurrava um terno espanhol dourado. Não por mim, que, evidente, não o mereço, mas sobretudo por Mar Paraguayo, de todos os meus livros o que, até aqui, melhor venceu fronteiras.

Encantou-se com minha leitura que trata de Brinks, o diminuto cachorrinho da marafona de Guaratuba, o qual, no livro, quanto mais diminui, em guarani, através da fala e afeto da personagem (de Brinkezinho a Brinkezinhinhonhozinhinho), maior apresenta-se como significante e menor como significado, a ponto de “desaparecer” naquilo que “só pode ser visto no microscópio”. Feito as bactérias.

Mas nada se compara, óbvio, a Coral Bracho, uma das maiores poetas de língua espanhola, irmã do raro lírio que nasce nos brejos do lago de Chapaya. Flor e anjo, com sua pele de veludo e os ombros, tão estreitos!, apanhados por uma blusita “blanca” de delicadíssimo crochê. E as mãos, daquelas que fazem chorar as chuvas pequenas, se é que me faço entender.

Porque Coral Bracho, como nos melhores koans, sabem como ela é? Coral Bracho não é, leitor, posto que Coral Bracho é uma nuvem. Neblina e chuvisca, o discreto olor dessas almas que não se fazem mais. Poesia da vida, sim, que o corpo todo reverencia.

Wilson Bueno [11/11/2007]O Estado do Paraná.

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Uebas!

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Diburro

Desenho de Moa.
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Exija o selo de garantia

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Crist

Clarín – Buenos Aires.
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Figuras de Curitiba

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Benett – Gazeta do Povo.
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O inferno de Bush!

Foto de Marcus Schreiber.
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Solda – O Estado do Paraná.
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Ganhamos na loteria!

Ficar milionário da noite para o dia e na primeira hora da manhã ser recebido com banda de música pelo gerente da Caixa Econômica Federal para receber o prêmio da loteria. Com exceção do Cecílio Rego Almeida, quem ainda não montou esse filme, com suas mais deliciosas cenas?

Ao anunciar a descoberta de oito bilhões de barris de petróleo pela Petrobras, num buraco atlântico chamado Tupi, a ministra Dilma Rousseff exibia o brilho nos olhos de quem ganhou na loteria. Se o “gerente da Caixa Econômica” confirmar o prêmio, as novas reservas nos colocam na condição de sócio de qualquer clube privê dos Emirados Árabes. E dona Dilma, assim assanhada, uma forte candidata a herdar o buraco do Lula, futuro presidente da Opep.

Chega de gás, vamos torrar gasolina. “Tupi or not Tupi”, já podemos nos considerar os novos ricos do planeta, os nababos da América Latina. Adeus Haiti, Dubai é aqui. Os argentinos, remoendo inveja, se perguntam:
“O que los macaquitos vão fazer com tantas bananas?”.

Hugo Chávez, que ainda vai acabar no fundo do poço, não disfarçou a dor de cotovelo: “Lula, agora que você é um magnata petroleiro, que o Brasil tem tanto petróleo, te proponho que nos juntemos nestes mecanismos de cooperação com países que não têm petróleo, com países que não tem possibilidade de pagar US$ 100 o barril”.

Quando se ganha na loteria, sempre tem um vizinho para propor negócios mirabolantes. É o Hugo Chávez. Metido a rico com o dinheiro dos outros, o valentão ainda vai propor a construção de uma base militar na Lua, para atacar com mais conforto os Estados Unidos. Afora engabelar Lula a doar metade dos oito bilhões de barris ao companheiro
Evo Morales.

Há quem diga que a Petrobras, com toda sua tecnologia para cavar buraco no fundo mar, está mesmo é prospectando no mundo da Lua. O buraco é mais embaixo, dizem os jornais de Buenos Aires. Com invídia, os ministros de Cristina Kirchner calculam que, para chegar ao tesouro abissal, os peões da Petrobras precisam cavar um buraco que vai da bacia de Santos até o Mar do Japão. Inveja pouca é bobagem, os argentinos estão convencidos de que só traremos das profundezas do oceano a camada de sal que cobre o gigantesco lençol de petróleo. O sal, hoje, tem preço de banana, avaliam los hermanos. Pouco importa, salgado está o preço da gasolina. Se as antigas reservas de petróleo já nos bastavam para valorizar as ações da Petrobras, agora que somos mais do que auto-suficientes em sal,
criaremos a Salbras.

Dona Dilma sabe, teve um tempo que o sal era o petróleo. Conta uma história que a princesa disse ao pai: “Eu te amo como sal”. Sua Majestade tomou a frase por desprezo e expulsou a filha do reino. Muitos anos se passaram, as guerras devastaram o reino. Ao ser privado das minas de sal, o rei soube o valor do que perdia e reconheceu o amor profundo da filha.
No conto francês, o rei não dava valor ao sal nem ao afeto da filha. Aprendeu a dar.

“Lula, eu te amo como o petróleo!”, diz o meloso Hugo Chávez, e dona Marisa que fique esperta com o
canastrão da Venezuela.

***
Brasileiro não é tatu, mas sabe os buracos que tem. Se de fato ganhamos na loteria, o gerente da Caixa Econômica que nos aguarde:

— O petróleo é nosso, mas quero o meu prêmio em dinheiro, antes que usem oito bilhões de barris para tapar o buraco de deputados e senadores.

Dante Mendonça [11/11/2007]O Estado do Paraná.

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Parece que foi ontem…

Photographia de Furnaius Rufus.
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Álbum

Foto de Mohamed Azakir, Reuters.
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