Feitiço da Vila

Noel Rosa. Desenho de Fernandes, o moço de Avaré.

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Yvette Nolo. © Zishy

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Horoscópula

Áries (21 março/20 abril) — Todas as pessoas nascidas neste período são propensas à velhice com o passar dos anos, principalmente aquelas que comemoram aniversário todo ano, um após o outro. É de cansar qualquer um. Nesta fase a posição do Sol é bastante propícia para o cultivo de piolho em cabeças de alfinetes, mas sem exageros. Quanto à caspa, não esquente a cabeça: Napoleão (aquele que andava com a mão direita sobre o seio) tinha caspa no sovaco e nunca reclamou.  Evite negócios arriscados, andar no arame sem rede e sogra mal humorada. Arivederci.

Touro (21 abril/20 maio) — Período favorável às operações financeiras e compra de jóias roubadas. As taurinas irão engravidar mais facilmente, três ou quatro vezes mais. E o tempo de gestação será de somente seis semanas, o que pode acarretar indisposição física, ligeira depreciação social e possível perseguição de parentes. Nesta época do ano todos os nativos de Touro se inclinam para as artes, mas é bom não inclinar demais senão o pessoal aproveita. Fuja do carteado, especialmente truco e pife. Um poquerzinho pode, desde que acompanhado de canapés e um bom uísque. Não empreste o violino de maneira alguma: é uma conspiração da vizinhança para acabar com o barulho no bairro. Como já disse no meu livro: “Vizinho não entende nada de música clássica. Vizinho só serve pra emprestar o cortador de grama”. Passem bem.

Gêmeos (21 maio/20 junho) — O Sol neste signo fortifica o intelecto, a pleura e o reumatismo. Mercúrio governa mas é muito mal assessorado, o que significa uma tremenda bagunça no astral dos geminianos. Convém lembrar uma afirmação do meu livro: “As geminianas gordinhas vivem num mar de felicidades em meio à um deserto de dificuldades”. Bom tempo para cultivar dinheiro-em-pencas, brotoeja e salsão, se não chover. No horóscopo feminino a tendência do período é para o lado esquerdo de quem entra, segunda porta. A pedra preciosa das geminianas é a esmeralda rachada, seguida de lápis-lazúli e jacinto alguma coisa. O sexo masculino, os geminianos, não têm pedras preciosas. Têm pedra nos rins. Geminiano não presta! Geminiano não tem vergonha na car! Geminiano é safado! Geminiano não é flor que se cheire! Geminiano não vai para o céu!

Câncer (21 junho/21 julho) — Todo mundo sabe que câncer não tem cura: não adianta consultar os astros! Mas vamos lá que a morte é certa. Período desfavorável para a saúde, apatia e lentidão no agir. Dores contínuas, enfermeiras pra lá e pra cá. Junta Médica desanimada. Parentes que nunca apareceram vão surgir a todo instante. Os mais afoitos vão querer que o testamento seja assinado o mais rápido possível. O quarto já está reservado pra outro paciente, sabia? E esse padre, o que é que ele tá fazendo aí na tua cabeceira? Os nativos de Câncer geralmente morrem cedo, antes das 8 da manhã, o que é lastimável, quando se tem o dia inteiro pela frente. No último capítulo do meu livro eu pergunto: “Existe vida antes da morte?” Descansem em paz.

Leão (22 julho/22 agosto) — O Sol é muito forte neste signo, portanto, é aconselhável chapéu para os cavalheiros e guarda-sol ou sombrinha para as damas. Período indicado para o tratamento das infecções do trato urogenital. Segundo o critério autorizado dos especialistas é indispensável o esvaziamento da bexiga em cada micção. Mas, com as bexigas vazias, como é que fica o aniversário das crianças? Amizades novas e originais irão surgir, aromatizadas artificialmente, sabor morango e pêssego. De brinde o novo e delicioso sabor amargura. Lembrando meu livro: “Ser mãe é o pai descer ao paraíso”. No mais, um cafuné.

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Poeminhas

Há tempos, eu publicava n’O Estado do Paraná, na última página, poeminhas meus. Reynaldo Jardim, em visita à cidade, viu os poemas. E, quando nos encontramos, me passou o bilhetinho que dizia: curto piada. – curta.  © Gerson Marçal e Lucília Guimarães

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Documentário sobre a prisão de Lula ganha novos sentidos após a posse

Exibido originalmente quatro dias antes da posse de Lula, o documentário “Visita, Presidente” ganhou novas camadas após os discursos presidenciais de 1º de janeiro de 2023. Para quem não viu ou deseja rever, neste sábado (07), às 23h, a GloboNews volta a apresentar o filme conduzido pela jornalista Julia Duailibi. Com direção da própria Julia e de Maira Donnici, “Visita, Presidente” reconstitui o período de 580 dias, entre 7 de abril de 2018 e 8 de novembro de 2019, passado por Lula em uma cela da Polícia Federal, em Curitiba.

O próprio Lula não quis dar depoimento para o filme, mas claramente não se opôs à realização. Trata-se de uma constatação fácil de fazer pelo volume de depoimentos de figuras muito próximas ao presidente. De Janja da Silva a Ricardo Stuckert, de Gleisi Hoffmann a Fernando Haddad, passando por assessores de Lula, policiais federais e os seus advogados, todos relatam detalhes sobre o período e ajudam a visualizar a situação passada na prisão.

Várias destas pessoas nunca haviam feito comentários públicos sobre o período da detenção de Lula, o que reforça o interesse do documentário. Mais que isso, como observa Julia ao final, os entrevistados formam uma espécie de tropa muito fiel, com impacto significativo sobre o governo que está começando. Diz ela: “Durante a campanha, Lula insistia em dizer que o passado havia ficado para trás. Mas os dias de Curitiba estão personificados em seu terceiro mandato”

Os exemplos são muitos, lembra a jornalista. Janja, a então namorada que mandava e recebia cartas diariamente, virou a primeira-dama. O assessor que despachava da porta da Polícia Federal, Marco Aurélio Santana Ribeiro, conhecido como Marcola, é o novo chefe de gabinete da presidência da República. A secretária do Instituto Lula, Claudia Troiano, estará na antessala do gabinete presidencial. Um dos agentes da PF, Jorge Chastalo Filho, fará parte de sua segurança pessoal.

Sem falar, é claro, de Fernando Haddad, convocado por Lula na prisão para assumir a candidatura presidencial em 2018, que hoje é ministro da Fazenda. E Gleisi Hoffman, presidente do PT, que nunca esteve tão poderosa, como lembra Julia.

No discurso de posse, no domingo (01), Lula disse trazer uma mensagem de “esperança e reconstrução”, mas também falou sobre a necessidade de punir crimes que tenham sido cometidos pelo governo anterior. Falando sobre a forma como a gestão Bolsonaro lidou com pandemia de coronavírus, disse que “as responsabilidades por este genocídio hão de ser apuradas e não devem ficar impunes”.

No segundo discurso, no parlatório, Lula disse: “Faltam recursos para a compra de merenda escolar; as universidades corriam o risco de não concluir o ano letivo; não existem recursos para a Defesa Civil e a prevenção de acidentes e desastres. Quem está pagando a conta deste apagão é o povo brasileiro”. Em resposta, o público começou a gritar: “Sem anistia!”.

Como diz Julia Dualibi em “Visita, Presidente”, “por mais que Lula tente se distanciar das experiências do passado, dia após dia elas soam com maior intensidade, num discurso mais duro, numa escolha mais pragmática. Cada vez mais Lula parece nos dizer: sua história passa por Curitiba”. Estes primeiros dias do terceiro governo Lula parecem confirmar essa ideia

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Não quero, dentro de mim,
só o tempo a passar,
passo a passo.
Também quero, passando,
o espaço
de uma viagem sem fim.
Um espaço bonito de olhar,
de ouvir, de pegar, de cheirar.
Um espaço bonito da gente comer
e gostar.
Eu viajo assim, sem parar.
Remendando lugar com lugar,
vou fazendo o espaço crescer como o mar
que é pra eu nunca acabar de passar.

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Assim se passaram quatro anos

Um dia, alguém nos perguntará como aturamos viver sob Bolsonaro por tanto tempo

Há dias, numa roda de amigos que falavam dos 21 anos da ditadura (1964-1985) e de como os militares tinham vergonha de sair à rua fardados, o filho adolescente de um de nós perguntou: “Se eles eram tão impopulares, por que vocês deixaram que ficassem tanto tempo no poder?”.

Boa pergunta e difícil de responder. Alguém explicou que os militares não estavam sozinhos, que contavam com civis dispostos a alterar e corromper as instituições para lhes dar respaldo jurídico. Que, em certo momento, rapazes e moças, com coragem e ingenuidade suicidas, pegaram em armas para tentar derrubá-los, mas foram esmagados à custa de prisão, tortura e mortes; e que, em outro, fomos às ruas aos milhões exigindo eleições diretas —em vão. Derrotados, conformamo-nos em esperar que os milicos se cansassem e nos devolvessem o país.

No futuro, outro adolescente perguntará por que aturamos viver sob Jair Bolsonaro durante quatro anos se, já no dia de sua posse, em 2019, ele declarou que iria destruir tudo para depois “reconstruir”. Significava fazer do Brasil ruínas e imperar sobre elas no primeiro mandato e, no segundo, consolidar uma nova ordem legal de modo a se eternizar no poder. Para tanto, Bolsonaro passou quatro anos nos ameaçando com o Exército (o “seu Exército”), o feitor armado a seu serviço, pronto a um golpe para nos enquadrar.

Um dia, de fato, a constatação de que o Exército se deixou usar por um desclassificado será uma resposta. Mas não a única. Deveremos olhar para nós mesmos e perguntar por que, quando a situação exigia, não saímos às ruas para protestar, promover comícios, denunciar as fake news, apoiar a imprensa independente, a CPI da Covid e os ministros do STF e do TSE, chamar os liras e aras pelos nomes que mereciam, enfim, mostrar que existíamos —como os bolsonaristas de então e até hoje.

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Ensinamentos que jamais

Tentei chegar à iluminação, mas faltou luz na rua. Fiquei debaixo do poste esperando a enchente passar. Enquanto isso, abri o Livro das Glosas Internacionais. Minha sorte estava lançada — às moscas! Então, nada melhor do que tirar alguns preceitos motivacionais para usar como bote salva-vidas, enquanto a Defesa Civil atacava pontos de alagamento. Deixei de lado os últimos desacontecimentos políticos, esportivos e econômicos. Me ative apenas aos aspectos peculiares da criação de galinhas carijós com mantra e incenso. Foi com alívio que extraí ensinamentos pra toda a vida de um protozoário ciliado. Vou usar e recomendo. Nunca lavar a cabeça com xampu no dia que faltar água.

1. Não tentar cobrir uma rã-pimenta com edredom sem explícito consentimento dela.
2. Não comer nada com estômago vazio.
3. Jamais gesticular em voz alta com as mãos abanando.
4. Nunca trocar de roupa na frente de um ursinho de pelúcia.
5. Não falar sozinho quando desligar o celular.
6. Não comer peixe cru enquanto ele estiver dentro da água, mesmo que ele insista.
7. Não tentar se aproximar de um elefante quando ele estiver rezando com a tromba voltada pro sol nascente.
8. Jamais chamar o porteiro do edifício se o caso for de uma cabeça de alface trancada no banheiro e chorando.
9. Não piscar durante uma semana cheia de conflitos no ambiente de trabalho.
10. Não atravessar a rua se o semáforo estiver com alguma cor suspeita e de óculos escuros.
11. Nunca dizer pra um cego qual é seu signo no momento em que ele espirrar.
12. Jamais ler um livro se o autor tiver morrido de uma doença rara que nem sequer foi autorizada pelo Ministério da Saúde.
13. Não deixar passar nem um minuto a dívida, caso o relógio esteja devendo uma hora pra você. Não passe adiante, sob pena de multa. Os retardatários serão chicoteados e amarrados com cadarços de alto-coturno. E vice-versa.

*Rui Werneck de Capistrano é autor de Nem bobo nem nada, romancélere, 150 páginas

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Playboy|1970

1972|Ellen Michaels. Playboy Centerfold

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Flagrantes da vida real

Chá de sumiço.  © Maringas Maciel

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Múcio tentou convencer ex-comandante da Marinha a passar o cargo

O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, tentou até o último instante convencer o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier Santos, a comparecer à cerimônia de posse de seu sucessor, o almirante Marco Sampaio Olsen. Múcio chegou a ir pessoalmente ao Comando da Marinha na tarde de ontem para conversar com Garnier. Em vão.

O ex-comandante teve uma conversa cordial com o novo ministro, a quem disse respeitar e admirar, mas alegou “questões de princípio” para não comparecer à cerimônia. Garnier solicitou sua exoneração ainda no governo Bolsonaro para não ter de “prestar continência” ao presidente Lula, que não compareceu à solenidade.

Em vez de protagonizar a tradicional cerimônia de transmissão de cargo, o ex-comandante da Marinha escreveu uma carta de despedida lida com voz embargada na solenidade por um capitão-tenente da Força. Pelo menos um ex-comandante da Marinha juntou-se aos esforços do ministro da Defesa para tentar convencer Garnier a comparecer ao encontro. Seu argumento: neste momento é preciso fortalecer Múcio, que militares consideram estar sob ataque de uma ala do PT e de ministros do governo como Flávio Dino, da Justiça, e Rui Costa, da Casa Civil.

Tanto Dino como Costa defenderam publicamente a necessidade de esvaziar de imediato os acampamentos bolsonaristas em frente a quartéis-generais do Exército. Já Múcio considera a operação arriscada e entende que, com o inicio do novo governo, os acampamentos tendem a se desfazer naturalmente.

Publicado em Thaís Oyama - UOL | Comentários desativados em Múcio tentou convencer ex-comandante da Marinha a passar o cargo
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Com o vigor da araucária

A guarda municipal de Araucária prendeu duas vezes, dois dias seguidos, o idoso de 74 anos que se masturbava na rua e andava de cuecas pela cidade, deixando à mostra a estrovenga. Um cara desses não tem que ser preso, mas celebrado como fenômeno local de priapismo, quem sabe adepto do presidente imbrochável. O editor do Insulto iria se associar à homenagem, nem tanto pela vitalidade do araucariano que evoca o vigor da árvore-símbolo, mas pela desenvoltura do traje, confortável e amigável com a anatomia.

Publicado em Rogério Distéfano - O Insulto Diário | Deixar um comentário
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Em três dias, fotógrafo de Lula trabalhou mais que Bolsonaro em quatro anos

Ricardo Stuckert desenvolveu resistência física de maratonista, mira de franco-atirador e enquadramento de Glauber Rocha

Inclusão, diversidade cultural, beijo de língua, ausência de rugas de Lu Alckmin. A posse de Lula marcou por inúmeros motivos. Mas um dos elementos que chamaram a atenção das redes sociais foi a disposição e onipresença do fotógrafo oficial de Lula, Ricardo Stuckert.

Se uma imagem vale por mil palavras, Stukinha, para os íntimos, clicou, em um único dia, um dicionário completo. Acompanhou o presidente a cada passo, do café da manhã à volta ao hotel, à noite, sem perder seu alvo de foco por um segundo.

No desfile de posse, o fotógrafo ficou ao lado do Rolls Royce, correndo, com uma câmera na mão e outra no pescoço. Enquanto fotografava, pilotava um drone que captava imagens aéreas. Isso usando terno e gravata, sapatos sociais e cabelo estilo Chanel ao vento. No calor brasiliense de 40 graus e -4% de umidade relativa do ar.

No dia seguinte, foi para Santos para fotografar o adeus de Lula ao rei Pelé. Em três dias, Stuckert trabalhou mais que Bolsonaro em quatro anos.

Para ter os melhores cliques, o fotógrafo desenvolveu a resistência física de um maratonista queniano, a mira de um franco-atirador e o enquadramento de Glauber Rocha. O preparo foi tanto que academias paulistas já estariam oferecendo o treino “CrosStuckert”, que consiste em correr quilômetros carregando pesos, sem perder o senso artístico.

Poucos sabem que a disposição é de décadas. Stuckert começou a fotografar Lula em 2003. Desde então, acompanha o presidente de manhã, tarde, noite, madrugada, dias úteis e feriados. Quando Lula foi preso, se mudou para Curitiba para acompanhar os meses de cárcere, sobrevivendo ao pior inverno do mundo, depois do ar-condicionado carioca.

Há boatos de que ele cometeu um crime na cidade, só para ser preso junto com o ex-presidente e captar suas melhores imagens. Só foi expulso da cela porque estaria atrapalhando as visitas íntimas de Janja. No meio tempo, foi fotógrafo oficial da CBF, a Confederação Brasileira de Futebol, indicado ao Oscar, ganhou o Prêmio Esso e morou com povos originários para realizar uma mostra.

O resultado de tanto trabalho são imagens icônicas, como a da passagem de faixa de representantes da sociedade a Lula.

Para quem passou quatro anos vendo fotos de presidente babando farofa tiradas pelo celular engordurado de Carluxo, as imagens de Stuckert foram um colírio para nossos olhos.

Há boatos de que ele cometeu um crime na cidade, só para ser preso junto com o ex-presidente e captar suas melhores imagens. Só foi expulso da cela porque estaria atrapalhando as visitas íntimas de Janja. No meio tempo, foi fotógrafo oficial da CBF, a Confederação Brasileira de Futebol, indicado ao Oscar, ganhou o Prêmio Esso e morou com povos originários para realizar uma mostra.

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