Umbanda

A saudação é amplamente utilizada nas religiões afro-brasileiras, nomeadamente na umbanda, e tem o significado “salve!” ou “viva!

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Clara Luna. © Zishy

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Quaxquáx!

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© Joel Peter

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O mocinho que nunca foi ministro do Meio Ambiente do Brasil

Governo Bolsonaro. Uma página sombria da gestão ambiental no Brasil.

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Em busca de Rostropovich

Gosto dos outonos nublados e frios de Curitiba. Vista aqui do alto, do vigésimo andar, Curitiba lembra um pouco Buenos Aires, a Calle Lavalle, lembra um pouco Lyon, Bruxelas ou outra cidade européia que jamais conheci.

Por um momento essa atmosfera me envolve a ponto de me convencer a vestir o casaco e descer até a rua, predisposto a saciar uma súbita fome intelectual por um bom livro, uma boa música, uma obra de arte qualquer. Li recentemente que Rostropovich reuniu em álbum suas principais gravações feitas entre 1950 e 1974, das Bachianas a Schumann e Beethoven, incluindo os dois concertos de Chostacovich. Eis o pretexto: procurar Rostropovich nas casas especializadas de Curitiba, embora saiba de antemão que será uma busca vã. Já imagino o ar de riso das moças que me atenderão, as consultas ao gerente, as desculpas, mas preciso manter a qualquer custo a atmosfera. Estou, afinal, numa capital européia — não é disso que a propaganda oficial sempre tentou nos convencer? Não duvido, portanto, de cruzar com o próprio Rostropovich e seu violoncelo no meio da Praça Osório, atrasado para o ensaio de dali a pouco na Escola de Música e Belas Artes do Paraná.

Animado por tal perspectiva, ergo a gola do casaco e avanço. Pose de intelectual compenetrado, finjo não ver garotos cheirando cola, meninas se prostituindo, gente mal vestida remendando o frio com tudo o que havia no guarda-roupa, do plástico à lã sintética, das malhas ordinárias de náilon made in Taiwan.

*Do livro “Os verões da grande leitoa branca”.

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O velho matador

Foi num churrasco na casa do marido da minha sobrinha que eles se chegaram a mim. Vi logo que eram estrangeiros, pela roupa, depois pelo modo como se fechavam num canto, falando baixo, e logo depois iam em diferentes direções, abordando diferentes pessoas. Chegaram até mim, e eu sou um homem que todo mundo chama o Rei da Simpatia. Apertei suas mãos, aprendi seus nomes, ofereci bebidas e assentos, desejei que se divertissem; e me afastei. Era a festa dos meus 75 anos, eu não podia parar num só lugar a noite inteira.

 Marcamos reunião para o dia seguinte, e eles voltaram. Queriam fazer um documentário para passar lá na Europa, sobre minha atividade nas milícias. Eu disse a eles que foram as milícias que livraram nossa pátria do comunismo, da corrupção e do voto. Desdobrei exemplos. Eles perguntaram se eu repetiria tudo para eles, com as câmeras, e eu disse que sim, que claro. Falei do meu orgulho em ter executado com minhas mãos mais de mil criminosos políticos que tinham tentado aplicar idéias estrangeiras sobre o nosso povo. Expliquei a eles que todo mês alguém da TV estatal mandava me convidar para um programa para que eu explicasse isto aos jovens.

Trouxeram as máquinas de filmar, viajaram comigo cruzando o país, ficamos companheiros. Eles eram muito concentrados no que faziam, mas sorriam nos intervalos. Só pareceram meio chocados quando re-encenei algumas cenas de interrogatório ou de execução, quando supervisionei a reconstituição de aparelhos especiais, quando mostrei alguns dos souvenirs que preservara.

Fomos a todos os lugares de despejo: à Lagoa dos Patos, ao Brejo da Capelinha, ao Paul Turfoso. Fiz um histórico de todas as execuções heróicas que tinham ocorrido em cada local, e em cada gravação senti, enquanto mostrava tudo com gestos largos e explicava com voz sadia, uma estranha comoção se apossar de mim, como se todas as almas dos corpos que eu executara naqueles locais estivessem ali, à minha volta, esperando somente uma palavra minha para poderem ficar livres para sempre.

Despedimo-nos entre malas e abraços. Voltei às minhas atividades, ao meu gamão, à minha piscina, aos meus churrascos. Então veio a fama, a invasão da imprensa. Atribuíam-me frases que eu talvez tivesse dito, sim, mas talvez não. Fui notícia e fui especial de horário nobre por toda parte. Meus netos, trêmulos de indignação, me mostravam nos iPhones as capas de revistas estrangeiras onde eu era chamado de carrasco e de assassino. Mas da minha varanda, do alto dos meus cabelos brancos, eu olho a cidade, em todas as direções, como que esperando que um inimigo qualquer se erga. Nenhum se ergueu. Nenhum se erguerá.

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Cultura no Paraná

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Bozo

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Mural da História

Morte da missionária Dorothy Stang, 2005. Desenho de Casso

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Já era!

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Este é um texto sério

Bem-vindos a um dos pouquíssimos textos sem graça de minha carreira.

Para ser exato, lembro-me apenas de um assim, redigido na pré-adolescência. Por um desses fatos inexplicáveis da vida acabei, aos 13 anos, sendo raptado na saída do colégio. No esconderijo, o sequestrador mandou que eu fizesse um bilhete à família pedindo o resgate. Junto às minhas palavras dramáticas foi a pontinha da minha orelha. No dia seguinte, meus pais devolveram-na com uma carta dizendo que não tinham o dinheiro. No envelope, um vidrinho de cola Superbonder.

Episódios como o citado acima tornaram-me um adulto cético. Como muitos sabem, o ceticismo é a porta de entrada para o humorismo, essa arte do desespero contido. Foram anos e anos escrevendo em espaços como este. Eram piadas, pilhérias, patacoadas – apenas para ficar na letra “p” porque sou péssimo em sinônimos.

Sempre desejei ser um autor sério. Não um Nietzsche, com aquele bigode vassoura que assustava até padre exorcista, mas um nome minimaente valorizado pelos meus pares e pelo grande público.

É preciso dizer que não há respeitabilidade alguma na vida de um humorista. Duvida? Então tente coEste é um texto sérioncorrer a um prêmio Jabuti, mande seu original ao prestigiado Oceanos, alimente a esperança de que será chamado para uma live da Companhia das Letras, e aí conhecerá a chaga que é viver de fazer a vida alheia mais jocosa.

Humorista não é chamado nem para recolher as cadeiras da festa de encerramento da FLIP. Se um dos nossos aparecer em um evento artístico, vai ser para servir de escada a alguém que tem 500 mil seguidores no Instagram e lançou ensaios sobre a importância do politeísmo nórdico na vida da irmã do meio da Björk.

Humoristas e concursos literários. Outro tópico a ser lembrado numa explanação que pretende ser circunspecta. A chance de um autor humorístico ganhar, por exemplo, um prêmio da Fundação Biblioteca Nacional é a mesma que um papagaio tem de soletrar pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico – sem gaguejar.

Por isso decidi esquecer o riso e agora adotar o siso. Inclusive, acabei de colocar ponto final em um romance em estilo francamente pós-moderno. Nele, não há narrativa, personagens, plot, diálogos, capítulos, capa, folhas. E, claro, nenhuma editora interessada em ler uma cópia. Defino-me na minibiografia da obra como um seguidor de Schopenhauer e Einsenhower, especialmente a parte das piadas sobre bêbados do general.

É preciso ter coragem de promover a mudança quando chega o momento. Não quero mais ser o café com leite das Letras. Se eu for o chá de pata-de-vaca, já é um começo. Luz, quero luz, sei que além das cortinas tem o Pulitzer, o Nobel, o Troféu Imprensa. E, se o preço for bancar o sério, entrar para panelinhas, brigar por voto na ABL, estou disposto a pagar à vista.

Aliás, falando em dinheiro, se alguém souber de algum frila no núcleo de humor da Rede Globo, manda mensagem inbox.

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Love is in the hair!

© Claudio Boczon|Facebook

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De olho

© Ricardo Silva

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