O samba não morreu, ele está no poder

Foto de Adriana Paiva.

Com discos de veteranos como Marisa Monte e de novos talentos como Mariana Aydar e Roberta Sá, gênero se revigora.

Desde que o samba é samba escuto essa conversa mole de que “o samba está morrendo, o samba vai acabar, o samba não tem espaço”, ou, em sua forma conspiratória, “querem acabar com o samba”. Pura malandragem. O samba está no poder, sempre esteve, e agora –na era da eletrônica e do hip hop- está mais do que nunca.

Hoje os gêneros nacionais dominam o mercado musical: mais de 80% dos discos vendidos aqui são de música brasileira, uma boa parte deles de samba. A Nova Lapa renasce e cresce com dezenas de casas de samba e de novos sambistas. Há rádios que só tocam samba. O samba não está renascendo, porque não morreu: apenas cresce e se multiplica.

Os dois artistas de maior prestígio e popularidade das suas gerações, Marisa Monte e Marcelo D2, dedicaram discos inteiros ao samba, venderam milhões de CDs, fizeram turnês triunfais com imensas platéias no Brasil e no exterior.

Entre os novos talentos, os discos de Roberta Sá e Mariana Aydar foram os mais bem recebidos, com críticas entusiasmadas e platéias lotadas. Foram dois grandes discos de samba, de diversas formas do gênero. Os músicos veteranos Lobão e Lulu Santos apresentaram em seus novos discos alguns surpreendentes e inovadores sambas pesados, cheios de guitarras, distorções e baixos roqueiros, que estão entre suas melhores criações.

E agora, fechando a roda, a fabulosa Maria Rita lança o seu melhor disco, exclusivamente de sambas, trazendo estilo, qualidade e novidade ao gênero. Ela não se limita a regravar clássicos ou pérolas esquecidas. Vai buscar o samba vivo, novo, pulsante, com cheiro de rua e com ecos de choro e bossa nova, de funk, soul, reggae, brega, da polifonia urbana carioca, não confinado a cânones e preservacionismos. No disco de Maria Rita, o melhor exemplo são as cinco músicas do sensacional Arlindo Cruz, com vários parceiros, em diversas formas de samba, do romântico ao clássico e ao moderno. Com Maria Rita é tudo samba de primeira, como gostava e fazia João Nogueira, o ídolo de Marcelo D2 e ele mesmo um grande renovador do samba.

O que artistas tão diferentes têm em comum, além do amor e respeito ao samba? Justamente o impulso de renovação do samba, incorporando novas batidas, timbres e sonoridades, renovando ao mesmo tempo o pop, o rock, o hip hop e a MPB. Eles deixam os resgates para o Corpo de Bombeiros, ou como desculpa para os incontáveis discos com inúteis regravações de velhas músicas, muito piores do que as originais. São artistas que fazem enorme e merecido sucesso justamente porque não resgatam, nem repetem e nem se enquadram, que não têm medo de inovar e ampliar as fronteiras, a linguagem e as platéias do samba.
Nelson Motta, colunista da Folha de São Paulo. Enviado por Iara Teixeira
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Ginecologista

Fim de tarde, o ginecologista aguarda sua última paciente que não chega. Depois de 45 minutos, ele supõe que ela não virá mais e resolve tomar um gin tônica para relaxar, antes de voltar para casa. Ele se instala confortavelmente numa poltrona e começa a ler o jornal quando toca a campainha. É a tal paciente, que chega toda sem graça e pede mil desculpas pelo atraso.
— Não tem importância, imagine! – responde o médico

— Olhe, eu estava tomando um gin tônica enquanto a esperava. Quer um
também para relaxar?
— Aceito com prazer – responde a paciente aliviada.

Ele lhe serve um copo, senta-se na sua frente e começam a bater papo. De repente
ouve-se um barulho de chave na porta do consultório. O médico tem um sobressalto, levanta-se bruscamente e diz:
— É minha mulher! Rápido, tire a roupa, deite na cama e abra as pernas, senão ela pode pensar bobagem!
(Enviada por Chico Nogueira)
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Pancho – Gazeta do Povo.
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Álbum

Elle Macpherson – Foto sem crédito.
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Desenho de Fontanarrosa.

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Caroça no baranco!

Isidório Duppa, polaco da gema, estará lançando o CD A Banda Polaca, incluindo o grande sucesso Xaxixão Vermeio.

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Ele apavora!

Benett – Gazeta do Povo.
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Millôr e Angeli se juntam nas Fábulas Fabulosas

As fábulas fabulosas do Millôr são um clássico do humor brasileiro, com seus animais demasiadamente humanos e suas lições duvidosas de moral. O que faz a diferença nesta caixa com dois livros (Novas Fábulas Fabulosas e Contos Fabulosos) são as ilustrações do Angeli. Trabalhando apenas com grafite, ele produz desenhos primorosos, um misto doidão de Robert Crumb com Custave Doré, que casam per­feitamente com o tom alegórico-debocha-do do texto de Millôr. Dois gênios reunidos num mesmo pacote é coisa rara de se ver: não perca. (Desiderata) Edson Aran (Playboy)
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Alegreresina!

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Diburro

Charge publicada na revista Atenção, da extinta
Grafipar Editora. Década de 70.
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Todo dia é dia do poeta

The animal alphabet

The animal alphabet
has twenty-three paws
more or less

where it passes
words and phrases
are born

like phrases
wings are fashioned
words
the slight wind

the animal alphabet
passes
what one does not write remains


p.leminski
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Tudo pelos pêlos!

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Octávio Paz

Octávio Paz e sua mulher Elena Garro,
na lua-de-mel na Espanha em 1937.

Irmandade

Sou homem: duro pouco
e é enorme a noite.
Mas olho para cima:
as estrelas escrevem.
Sem entender compreendo:
Também sou escritura
e neste mesmo instante
alguém me soletra.


Tradução Antônio Moura
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Álbum

Família de Dona Maria, “a louca”.
Foto de Alberto Melo Viana.
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O inferno de Bush!

Foto de Cris Mouroncle.
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