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Rafael Greca acaba com a memória cultural do Teatro Paiol

O atual prefeito de Curitiba gosta de estragar a beleza da cidade, agora ele conseguiu uma conquista história: o maior jacu do país ou seria do planeta, Rafael Greca apagou a pintura de aspecto envelhecido do Teatro Paiol pela pasteurização cultural, um verdadeiro picadeiro de mau gosto e breguice em pleno século XXI, caracterizado por uma cafonice além da imaginação.

Claro, as redes sociais estão detonando o “Buda” (como Rafael Greca é chamado pelos amiguinhos dos finais de semana quando vira as costas), a ex-diretora da Biblioteca Pública do Paraná, Ilana Lerner, filha de Jaime Lerner, postou: “@rafaelgrecaoficial como você deixou isso??? reformar o Paiol e tirar dele toda a lindeza da sua fachada!!!! cadê o seu amor pela identidade, pela história desse espaço??? Inacreditável! Pasteurização cultural!”

O jornalista Jean-Philip Struck classificou a nova pintura do Teatro Paiol, em Curitiba, “horrorosa. Digna da restauração desastrada do Ecce Homo. O aspecto envelhecido que caracterizava a fachada há décadas –  que sempre foi tão familiar para os curitibanos – era muito mais bonito.”

Um vereador de oposição apontou: “a queda do império do cafona Rafael Greca não poderia terminar de forma tão melancólica, um horror de tão bizarro que ficou o Teatro Paiol”.

(Blog do Tupan)

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Grave é o problema, porém mais grave ainda será se nada for feito

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Que saco esse Mourão

O vice presidente Hamilton Mourão estimula os agitadores a continuar o processo violento de contestação à presidência Lula. Que ele não possa atormentar Lula como fez com Bolsonaro. Com este era visível que sonhava com a presidência na eventual queda do parceiro de chapa.

E com Lula? Talvez ser o caudilho que não conseguiu derrubar Dilma ao criticá-la em ato de insubordinação, ele no comando de unidade militar no Sul. Mourão procura um comunista para chamar de seu. Talvez agora Lula sirva, como Dilma antes. Mourão hoje sonha ser o Bolsonaro de ontem. Por que ele não espera para assumir o Senado para propagar o golpe?

Publicado em Rogério Distéfano - O Insulto Diário | Deixar um comentário
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Giana Van Patten. © Zishy

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Insignes

Mais uma legislatura se acaba na Assembleia Legislativa. Alguns ficam, outros vão embora e novos chegam. Tempos atrás, numa Assembleia ou Câmara, ao encerrar a última sessão, o presidente resolve saudar os parlamentares. Galerias lotadas pelos novos legisladores e o séquito de assessores, todos preocupados que os que foram mandados para a casa pelos eleitores recolham seus pertences e liberem os gabinetes.

Fala o presidente: “Insignes parlamentares que saem, insignes que chegam e insignes ficantes…”.

Vida que segue.

Publicado em Paulo Roberto Ferreira Motta | Deixar um comentário
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A bolinha de sabão mais bonita da cidade

Isabella Pucci – © Lauro Borges

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Brincando com fogo

E se as viúvas de Bolsonaro resolverem tirar o arsenal do armário?

Em 2018, o Brasil tinha 203 mil CACs (caçadores, atiradores e colecionadores de armas) registrados. Mas atirar deve ter se tornado o esporte nacional porque, em meados de 2022, os CACs já tinham passado de 960 mil.

Em 2018, eram 4.900 registros por mês de compras de armas de fogo. Em agosto de 2022, esses registros mensais subiram para 37.400 e, coincidindo com o velório de Bolsonaro, saltaram para 60 mil —2.000 novas armas por dia. Com isso, o total de armas em mãos de civis, que era de 1.731.295 em setembro, já beira os 2 milhões. Tudo graças a quatro anos de decretos e portarias de Bolsonaro, segundo os quais pode-se flanar por aí com elas municiadas, a um clique do disparo.

Os possuidores desses trabucos, de uso “restrito” ou “permitido”, têm direito a comprar, respectivamente, de 1.000 a 5.000 cartuchos anuais de munição para cada arma. Como todo CAC está autorizado a ter em casa até 60 armas, multiplique isso pelo número de cartuchos que eles estocam em seus apartamentos e se imagine morando num edifício que, a um fósforo mal apagado, pode ir pelos ares. Esses números não incluem as granadas que eles guardam nas gavetas, nem as armas clandestinas, não registradas, nem aquelas que, magicamente, vão e voltam dos milicianos.

Durante quatro anos, o Brasil se armou por ordens de Bolsonaro, enquanto os militares assobiavam candidamente no azul. Ou talvez nem tão candidamente. Nunca se ouviu deles, por exemplo, que, se o Exército é o detentor das Forças Armadas do país, como tolerar a existência de uma força armada paralela a serviço de um desequilibrado? A não ser que também estivessem do lado do desequilibrado.

Neste momento, as viúvas de Bolsonaro estão só brincando com fogo, alimentado a gasolina e botijões de gás e dirigido a carros e ônibus. A ver se em breve não decidirão que é hora de tirar o arsenal do armário.

Publicado em Rui Castro - Folha de São Paulo | Deixar um comentário
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O fracasso da teimosia

Não sou comentarista esportivo nem tenho a pretensão de entender de futebol. Mas gosto do esporte e enxergo o que vejo. Por isso, sinto-me em condições de afirmar que não foi a seleção brasileira de futebol a derrotada, na sexta-feira, na Copa do Mundo do Catar. Foi o técnico Adenor Bacchi, vulgo Tite. Teimoso e petulante – alardeava humildade, mas era arrogante e refém de certos atletas, como Neymar, Gabriel Jesus e Daniel Alves, além de revelar-se mal-educado, quando deixou o campo após a derrota, sem uma palavra de conforto aos jogadores –, convocou mal e substituiu pior ainda no jogo contra a Croácia.

Fez questão de levar, entre os atletas convocados, apesar da grita geral, o lateral Daniel Alves, um ex-jogador em semiatividade, e o centroavante Gabriel Jesus, que de centroavante tem apenas o nome, não faz gols e é reserva em sua equipe de origem. Em compensação, esqueceu de chamar Scarpa, o melhor jogador do último campeonato brasileiro. Por que? Talvez por Scarpa não fazer parte da tchurma, como o cara de choro Jesus. Daniel Alves, para Tite, é mais do que um simples jogador. “É um articulador” – justificou. Só para a seleção de Tite um “articulador” é convocado. E para não jogar.

Tostão, um dos craques do selecionado brasileiro de 1970, acha que o Brasil perdeu porque “não tem, há décadas, um craque meio-campista, que atua de uma intermediária à outra”. Scarpa não fazia isso no Palmeiras? Não obstante, foi ignorado por Tite e pelos gênios da comissão técnica da CBF.

E as substituições feitas no jogo de sexta? Um desastre, para dizer o mínimo, com exceção da saída de Rafinha, que não fazia nada. Quem era o pior jogador da seleção nacional em campo? Vamos, digam com sinceridade. Na minha opinião, Neymar. O novado Rodrygo foi chamado. Viva! Oficialmente, ele é o substituto de Neymar. Mas entrou no lugar de Vinícius Jr.!!! Primeiro, Rodrygo não é ponta e tirar do jogo logo Vini Jr., a atual grande esperança do selecionado, logo no início do segundo tempo, com todo o respeito…!

Neymar fez um belo gol na prorrogação. Mas por que não jogou assim desde o início da partida? Ora, porque é pretencioso e manhoso como o chefe, e só joga quando quer. No final, chorou. Lágrimas estilo capitão Jair, seu ídolo.

E a defesa brasileira? Não se jactava de ser a melhor defesa da atual Copa do Mundo? Mas não foi a defesa brasileira que permitiu a derrota para Camarões e o gol de empate da Croácia menos de cinco minutos antes do término da prorrogação?!

E a escalação dos cobradores de pênaltis? É elementar no futebol que os primeiros a cobrar são os melhores do time, os mais experientes, para dar embalo à disputa. Quem Tite escalou para a primeira cobrança? O estreante Rodrygo, 21 anos, recém chegado na equipe, com grande futuro pela frente, mas ainda verde em certames como a Copa. Deu no que deu.

A verdade é que a Seleção Brasileira de Futebol era grande demais para o caminhãozinho do gaúcho Tite. Ele teve todas as condições que precisava, convocou a comissão técnica e o selecionado que quis. Submeteu-se às regras e condições da CBF (Confederação Bandida de Futebol, como a identificou o jornalista Juca Kfoury), não lhe faltaram recursos, aperfeiçoou a fatiota pessoal, recebeu o quarto maior salário de treinadores do mundo (3,6 milhões de euros por ano, equivalente a R$ 19,7 milhões, ou seja, pouco mais de R$ 1,6 milhões por mês). Mas fracassou. E lá se foi a Era Tite. Como foi a Era Bolsonaro e, oxalá!, também a Era Neymar.

Agora, para o hexa, a contar de hoje, faltam apenas 1.297 dias, como avisou o nosso Zé Beto.

Pra frente, Brasil!!!

P.S. – E tem uns infelizes que comparam Neymar a Messi! Não há termos de comparação. O argentino surra o brasileiro de cinta.

Publicado em Célio Heitor Guimarães | Deixar um comentário
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Arthur Lira oferece 150 votos para PEC em troca do Ministério da Saúde

Tales Faria

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), emperrou o anúncio que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faria do nome de Nísia Trindade Lima, atual presidente da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), como ministra da Saúde do seu governo.

Nísia informou a integrantes da equipe de transição que o próprio Lula lhe comunicou que não faria mais o anúncio nesta terça-feira (13).

A versão que corre na bancada do Partido dos Trabalhadores é que o anúncio foi suspenso por pressão de Lira. O deputado teria sido informado de que seu principal adversário político em Alagoas, o senador Renan Calheiros (MDB), estava cotado para assumir o Ministério da Integração.

Lira, então, resolveu oferecer ao futuro governo uma nova fórmula para aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Transição: ele garantiria o voto a favor do texto de um grupo que chamou de “consórcio de deputados”. Seriam cerca de 150 integrantes do seu partido, o PP, do União Brasil, PSDB e Cidadania, entre outras legendas.

Com esses 150 deputados, somados ao MDB, a outros partidos que também ganharão ministérios e à base de apoio ao futuro governo já formada no Congresso, haveria votos mais que suficientes para aprovar a PEC na Câmara.

Integrantes da Equipe de Transição ouvidos pela coluna negam que Lula vá se render à pressão do presidente da Câmara. Mas deputados do PT estão insistindo com o futuro presidente que sem o apoio de Arthur Lira a PEC dificilmente será aprovada.

Também argumentam que e a possível nomeação de Renan Calheiros para a Integração Nacional cria dificuldades, mais ainda sem uma compensação de peso ao presidente da Câmara.

O fato é que, por uma razão ou por outra, não foi feito o esperado anúncio da ministra da Saúde. E há na Câmara uma sensação de que a PEC dificilmente será votada nesta semana, como queria o governo.

Aliado de Lira, Elmar Nascimento (União Brasil-BA) foi ungido relator do projeto e anunciou que precisará esperar propostas dos líderes partidários para, então, preparar seu parecer.

Cada bancada tem seu desejo de ganhar ministérios e só deverá oferecer apoio à PEC depois de receber sinais do presidente Lula de qual pasta deverá ganhar.

A expectativa é que essas negociações, envolvendo os mais de 30 ministros que Lula pretende nomear, não deve ser fechada antes de quinta-feira (15). Com isso, a votação tem tudo para ficar para a próxima semana.

A não ser que Lula feche de imediato acordo com Arthur Lira.

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Polícia da moralidade, tão longe e tão perto

Há milhares de patrulhas digitais, vasculhando o mundo de ideias e atos, acusando, julgando.

A polícia da moralidade no Irã é um dos temas internacionais mais noticiados no momento. Ficou mais conhecida após a morte da jovem Mahsa Amini, levada para um centro de reeducação pelos agentes da ditadura religiosa.

A revolta das mulheres iranianas cresceu e está sendo punida com pena de morte. Minha filha tem vizinhos iranianos em Portugal e se interessou pela história desse fascinante país. Sugeri que lesse o livro de memórias de Azar Nafisi, “O que eu não contei”.

Nafisi foi professora de literatura ocidental em Teerã e escreveu também o best-seller “Lendo Lolita em Teerã”. A história dela e de sua família de intelectuais dá uma boa visão do vigor iraniano sufocado pela teocracia.

Um dia desses, volto ao tema Irã. Não posso fugir do Brasil. Acabamos de passar por um processo eleitoral em que se falava de uma guerra santa, o presidente gritava “Deus acima de todos”, sua mulher demonizava os adversários. Parecia que caminhávamos para uma teocracia, porque Bolsonaro já avisara que escolheria ministros do Supremo terrivelmente evangélicos.

Isso não aconteceu. Mas o Irã me faz pensar em pelo menos duas direções. A primeira delas é nacional. Vivemos um período em que religião e Estado estiveram perigosamente associados.

A simples menção a “Deus acima de todos” já é complicada na boca de um chefe de Estado. Nem todos têm o mesmo Deus. Nietzsche dizia que a civilização grega era rica e diversa, que um só deus não conseguia atendê-la em suas demandas de fé e esperança.

A tentativa de associar religião e política não dá certo no mundo moderno precisamente por causa da diversidade. Ou se articula um projeto em termos de interesses convergentes, ou se tenta desesperadamente enquadrar as vidas pessoais num modelo rígido e anacrônico.

Do susto brasileiro nas eleições, passo a uma outra dimensão da polícia da moralidade. Ela não existe no Ocidente, patrocinada por um governo com a ferocidade que se mostra no Irã. Mas, se analisarmos a internet, constatamos a existência de milhares de patrulhas digitais, vasculhando o mundo de ideias e atos, acusando, julgando e penalizando moralmente atos e ações.

Sem dúvida, houve democratização do debate político. Mas houve também ampliação do disse me disse, do boato e da maledicência. Sem juízo de valor, observo que, em semana de Copa do Mundo, dois temas morais invadiram o debate sobre a seleção brasileira. Um deles foi a carne folheada a ouro comida por alguns jogadores num suntuoso restaurante de Doha. O outro foi a maneira como um assessor de imprensa da CBF pegou um gato no pelo e o arremessou no chão. Existem formas mais brandas de tratar um gato. Mas o interessante, inspirando-me no livro de John Gray sobre a filosofia felina, é ressaltar como as pessoas discutiam o tema, e o gato estava tranquilo no chão, complemente indiferente.

Os gatos são felizes porque vivem o momento e não são preocupados com a ideia da morte — embora percebam o momento final e achem um lugarzinho para morrer em paz. Tudo isso para dizer que a polícia da moralidade tem uma forma perversa numa ditadura religiosa, mas, no universo laico e cibernético, os seres humanos seguem proferindo julgamento sobre os outros. Talvez seja essa também uma das razões por que os gatos são mais felizes.

Nietzsche tinha razão sobre os gregos ao ver sua riqueza numa multidão de indivíduos diferentes. Essa diversidade hoje é uma realidade mais elástica ainda. Só que o filósofo alemão via nos gregos a capacidade de criar muitas religiões. Hoje, a riqueza das diferenças se baseia apenas no desejo de viver a própria vida, longe da polícia moral.

Publicado em Fernando Gabeira - O Globo | Deixar um comentário
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O grande dia do ministro

O país deve a Alexandre de Moraes a ordem política

A cerimônia de diplomação de Lula, na segunda-feira, foi o grande dia do ministro Alexandre de Moraes. À sua firme presidência no Tribunal Superior Eleitoral o país deve a preservação da ordem democrática e da dignidade do Poder Judiciário.

Tanto ele como Lula rememoraram a agressividade criminosa que acompanhou a campanha. Ambos sabem muito e usaram adjetivos fortes para deixar em segundo plano revelações constrangedoras. Um dia se conhecerá o diálogo que teve com o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal na tarde do segundo turno, quando bloqueios dificultavam o deslocamento de eleitores no Nordeste. Dele, até agora, só se ouviu que não lhe ofereceu café.

Ficando-se num só episódio, visto na noite de 30 de outubro. Anunciado o desfecho, a ministra Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal, comemorou a lisura do processo. Era um recado para quem queria manter as falsas polêmicas dentro dos limites do TSE. Falava a presidente do STF. O Poder Judiciário garantiu o processo eleitoral de 2022 com uma conduta que, como lembrou o ministro, poderá impedir futuras investidas golpistas.

Jair Bolsonaro tem razão quando diz que governou dentro das quatro linhas da Constituição. Falta-lhe dizer que isso se deveu à firmeza do Judiciário, a quem deliberadamente insultava.

Além de ser um magistrado de grande coragem pessoal, Moraes é um servidor formado no Ministério Público com experiência no aparelho policial. Ele foi secretário de Segurança de São Paulo e gostou da função. Conhece as pressões dos inquéritos e o desconforto das camas nas carceragens. Essa característica habilitou-o para apertar com sincronismo os botões da coerção e da jurisprudência.

Nomeado por Michel Temer, o ministro Alexandre de Moraes caiu na presidência do TSE por um afortunado rodízio. Se no seu lugar estivesse um dos ministros nomeados por Lula ou Dilma Rousseff, a batalha teria sido mais áspera.

Antes dele, a cadeira era ocupada pelo seu colega Edson Fachin, um juiz severo, com mais gosto pelas doutrinas do que pelos camburões. Deve-se a Fachin o traçado da linha de defesa das urnas eletrônicas. Como Alexandre de Moraes, um dia ele contará o trabalho que essa defesa lhe deu.

Moraes combateu em várias frentes. Defendeu as urnas eletrônicas, enquadrou plataformas disseminadoras de mentiras e, depois do resultado, dissolveu bloqueios de caminhoneiros estimulados por empresários. Nenhum desses embates foi simples. Os gestores das grandes plataformas entravam no seu gabinete com a pompa dos balanços de suas empresas e saíam preocupados com o tamanho do bônus no fim do ano. A qualquer momento ele poderia ficar na posição do magistrado que fala da lei, enquanto seu interlocutor acredita que é fácil fechar um tribunal. Esse tipo de personagem viu-se obrigado a lidar com um magistrado que sacode códigos com uma das mãos e chaves (de celas) com a outra.

Falta aplicar os rigores da lei aos irresponsáveis que se barricaram, bloquearam estradas em diversos estados e incendiaram ônibus em Brasília, bem como aos senhores que os incentivam no conforto de suas salas.

Alexandre de Moraes foi a pessoa certa no lugar certo, na hora necessária.

Publicado em Elio Gaspari - Folha de São Paulo | Deixar um comentário
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Audálio Dantas

© Fernandes

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