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Publicado em amigos do peito
Com a tag http://www.ishotmyself.com/public/main.php, tetas ao léu
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Encontrada a cura para o bolsonarismo
Pessoas que estavam cegas agora conseguem enxergar
Há relatos de cidadãos de bem que, agora recuperados, passaram a condenar o hábito de sacar uma arma no meio da rua. “Caramba! Agora eu vejo que a Carla Zambelli foi imprudente! É um milagre!”, celebrou o cirurgião Augusto de Alhures e Bragança, com os olhos marejados.
Segundo o médico Epistêmico Alambrado, o bolsonarismo é uma condição anormal que afeta negativamente todo estado de espírito da pessoa contagiada. “A doença faz com que o fígado cresça de maneira desordenada. Tudo vira bile. Em alguns casos, o fígado substitui o sistema nervoso central. Os principais sintomas são miopia, cansaço, ressentimento, dor de cabeça e uma febre alta que pode causar delírios e ataques histéricos”, explicou. E completou: “Além da incapacidade crônica de usar a vírgula e a crase”.
Psicólogas, como Adalgisa Ferradura, ressaltam que os danos podem ser profundos. “Pessoas acometidas de bolsonarismo são incapazes de dançar, chorar de rir, ver sentido num gesto de ternura ou de encontrar empatia na Bíblia”, diz.
Alguns surtos de bolsonarismo, no entanto, foram detectados nos últimos dias. “Diagnosticamos o bloqueio das vias rodoviárias, mas o tratamento com nebulização de gás de pimenta se mostrou efetivo”, explicou o doutor Alambrado. “Também flagramos a expansão da doença em tempo real quando vimos a fake news da prisão de Alexandre de Moraes se espalhar como um vírus por um pequeno grupo. Para isso, o tratamento é mais demorado, mas estamos otimistas”, completou.
A cura do bolsonarismo, segundo especialistas, se dá por um choque de realidade. “Trata-se de um impacto profundo que faz o fígado voltar ao tamanho normal. E a pessoa começa a ver que político não é mito, não é Messias, não é Deus. Começa a enxergar as mentiras de Bolsonaro e as de Lula. E passa a cobrar, fiscalizar, exercer sua cidadania e a encontrar o seu lugar na esquerda ou na direita democrática. Num último estágio de recuperação, o paciente volta a pensar com a própria cabeça.”
Publicado em Renato Terra - Folha de São Paulo
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Um flato do lepidóptero
Publicado em Rogério Distéfano - O Insulto Diário
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70% das urnas apuradas
O que eu sinto quando uma esfirra de queijo demora para sair
Domingo passado, dia em que este país elegeu, com a graça de Deus, Lula para presidente, acordei como se alguém tivesse injetado anfetamina no meu joelho e cocaína no meu cóccix. Uma sensação leve de que eu poderia vomitar oito jatos de bile sabor halls preto. E também uma fome voraz e descontrolada, que me fez abrir umas oito embalagens de besteiras aleatórias para devorar.
Domingo passado, dia em que pensei que poderia morrer de tanta ansiedade e nervoso, dia em que temi acabar desmaiada, taquicárdica e cagada no chão de casa, dia em que tive vontade de dançar besuntada de saliva com pó de ouro pela Paulista abraçando toda sorte de progressistas, dia em que não fiz nada disso porque de tanto querer tanta coisa eu já estava inteira panicada e fóbica e exausta e tirando a pressão e medindo a febre e tomando ondansetrona com clonazepam… Domingo passado foi só mais um dia normal na minha vida.
Aquilo que você sentiu quando o Bonner avisou que 70% das urnas estavam apuradas. E você pensou: “Foi? Já é? Hein? Hein? Acaba logo essa porraaaaaa porque eu não tenho saúde pra tanta emoção!!!”. Aquilo que você sentiu quando o Datafolha projetou “Lula presidente”, mas seu primo de exatas falou: “Calma, ainda não vai gritar na janela, ainda não é certeza”.
A vontade de se rasgar inteiro e ir ser selvagem por entre árvores e esquecimentos. Esse bicho desaforado roendo por dentro as suas batatas da perna. Esse acúmulo de 1 milhão de janelas que se abriram no seu horizonte e você, impossibilitado de fechar uma por uma, pensou estar ficando louco. Bem, essa sou eu há 43 anos. Há 43 anos eu vivo cada minuto como se fosse aquele minuto do domingo passado, com 70% das urnas apuradas.
Se você sofre do que eu sofro, vai me entender. Se o avião começa a chacoalhar muito e as pessoas começam a ficar desesperadas, eu quase entro em êxtase: “Oba, agora sim estão todos no mesmo clima em que eu já estava antes mesmo de sair de casa pra entrar nessa merda de avião”. Eu já estou dentro de um avião em queda muito antes de comprar a passagem. Eu já estou em um avião em queda e nem tenho nenhuma viagem para fazer.
Foi engraçado ver meus amigos reclamando de uma coisa no intestino, na goela, na nuca, no meio do peito. “Vai logo ou eu vou morrer!”. Isso aí, rapaz, é meu estado normal. Eu estava assim no cinema, na missa, na pracinha, na reunião, na padoca moderninha, no meio do sexo, na acupuntura e até mesmo dormindo.
Precisou uma passagem de ônibus ficar uns centavos mais cara, precisou um bando de arrombados (eu inclusa) sair para as ruas em 2013, precisou ter um golpe contra a Dilma, precisou o país eleger um fascista negacionista, precisou o Lula voltar, precisou uma projeção nos prédios de NY implorando para os brasileiros votarem certo e não foderem com o planeta, precisou o Caco Ciocler explicar para as tias do zap o que é nazismo, precisou chegar em 70% das urnas apuradas no último domingo para meus amigos entenderem o que eu sinto quando uma esfirra de queijo demora para sair.
Já fui diagnosticada com ansiedade generalizada, mas antidepressivos me causam virada maníaca. Seria então bipolaridade do tipo 2? Se fosse eu teria episódios significativos de depressão. Transtorno de deficit de atenção? Eu costumo ser bem focada nos meus múltiplos empregos. Hiperatividade? Se a aula for boa eu posso passar 15 horas sentadinha sem me mover. TOC? Quando estou sexualmente ativa os livros da minha estante podem estar todos bagunçados e empoeirados que eu não acho que o teto vai me engolir. Hipomania? A única atividade arriscada de que eu gosto é dormir até tarde quando estou com a conta negativa no banco.
Eu não sei o que eu tenho, mas eu sei que todo mundo que eu conheço parecia mais vivo e mais humano no último domingo. Eu não devo ser tão ruim assim.
Publicado em Tati Bernardi - Folha de São Paulo
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O golpe de Itararé
Quem queria virar a mesa em Brasília ficou falando sozinho
A democracia venceu. Mas, nas 45 horas entre o anúncio da vitória de Lula e a fala para lá de ambígua do presidente rejeitado, na terça (1º/11), o bolsonarismo — estimulado pelo silêncio do chefe a se aboletar em caminhões — abraçou o golpe. No Dia de Finados, estradas permaneciam bloqueadas, enquanto vivandeiras batiam às portas do quarteis, clamando por uma intervenção militar — que não virá.
O movimento golpista nada teve de espontâneo e inesperado. Cresceu no Brasil paralelo onde vivem seus líderes e participantes, embalado por repetidos discursos contra as instituições eleitorais e pela demonização dos adversários que promoveriam a “comunização” do país.
O golpismo vinha sendo ostensivamente propagado nas redes sociais: insuflou os perdedores e garantiu a sincronia entre a mudez do presidente derrotado e o travamento das rodovias por caminhoneiros em muitos pontos do país.
Golpes são sempre urdidos de antemão; seu desfecho, porém, depende de decisões dos principais personagens envolvidos, tomadas no calor da hora. Dois livros dissemelhantes iluminam esses processos de alto risco para seus líderes. Em “Os militares e a República” o antropólogo Celso Castro, da FGV (Fundação Getulio Vargas) analisa com notável competência as decisões do grupo de oficiais responsáveis pelo golpe bem-sucedido que acabou com a monarquia no Brasil, em 1889. Já no magnífico “Anatomia de um instante”, o escritor espanhol Javier Cercas mostra como um gesto de coragem do primeiro-ministro Adolfo Suárez, na invasão do Parlamento por militares golpistas, em 1981, desarmou o movimento e permitiu a consolidação do regime democrático no país.
Aqui, o que garantiu o respeito à democracia foi uma sequência de gestos que se seguiram ao anúncio oficial dos resultados eleitorais. Os discursos do presidente da Câmara, Arthur Lira, (por sinal aliado de Bolsonaro), do seu homólogo do Senado, Rodrigo Pacheco, e da titular do STF, Rosa Weber, mostraram que o Legislativo acatava a vontade dos eleitores e o Judiciário a respaldava. Registre-se que foi no Supremo que Bolsonaro jogou a toalha, ao dizer “Acabou”.
Governadores, o vice-presidente e alguns parlamentares bolsonaristas se anteciparam ao vencido. No exterior, o americano Joe Biden e o francês Emmanuel Macron encabeçaram o extenso rol de líderes nacionais que se apressaram a saudar o triunfo de Lula. O regozijo internacional amalgamou-se ao do alívio da mídia nacional por ter a democracia, afinal, prevalecido. Quem queria virar a mesa em Brasília ficou falando sozinho. Como a Batalha de Itararé, na Revolução de 1930, golpe não houve.
Publicado em Geral
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Perdão pela brochada
Publicado em Sem categoria
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Enfim, a esperança novamente
Não sei se comemoro a vitória de Luiz Inácio. O desequilibrado imbrochável está deixando o Brasil em petição de miséria. Será difícil, muito difícil, administrá-lo. A economia está em frangalhos; o prestígio internacional, ao rés do chão. Em compensação, a pobreza, a miséria e a violência avançam a níveis nunca dantes navegáveis. Além do que, há que se desinfetar os palácios Alvorada e do Planalto, não apenas com água benta, mas também com um bom despacho de esquina. E ainda: recolher a milicada aos quartéis ou às casas e os papa-bíblias, falsos tementes a Deus, aos templos e fazê-los calar a boca. Pobre Lula! Pede ajuda à Janja.
É claro que comemoro a vitória do barbudo. Fez-me sair de casa depois dos oitentinhas e ir à urna com a maior das esperanças. O início do parágrafo inicial foi mero chiste para provocar bolsonarista. Melhor do que o capitão, até uma das emas que circundam o palácio presidencial.
Agora, falando sério: queiramos ou não, Lula é o único político brasileiro capaz de tentar pacificar o país. Poucos colunistas destas bandas o criticaram tanto (como os desmandos e crimes do PT), quando ele ainda estava no poder e depois, quanto o acima assinado. Basta recorrer aos meus escritos de 2004 a 2014, publicados em O Estado do Paraná e, a seguir, no Blog do Zé Beto. A maioria deles está no livrinho “Com todo o respeito, Excelências!”, de 2018, ainda encontrável na Editora Íthala.
Daquelas páginas extraio trecho de um comentário escrito e publicado no início de 2014, para provar o que disse acima:
“Ninguém lamenta mais a tomada do poder pelo PT do que este ingênuo escriba, que um dia acreditou nas boas intenções de Luiz Inácio da Silva e até ajudou, com o seu voto, a entronizar o ex-metalúrgico no Planalto. Do mesmo modo que ninguém lastima mais do eu o atual aparelhamento do Estado, a petização (e o apequenamento) da administração pública nacional, incluindo a economia, a educação e até mesmo a mais alta esfera do Judiciário; a institucionalização da safadeza, capaz de tentar transformar criminosos em heróis nacionais; e o desgoverno dessa farsa chamada Dilma Rousseff, que, só pela autorização dada para compra pela Petrobras de uma refinaria falida do Texas, EUA, e pelo valor pago, já merecia um ‘impeachment’. Mas, com certeza, não será chamando a Cavalaria que resolveremos isso. E muito menos através de justiceiros, torturadores e assassinos, que abominam a liberdade e acham que o povo de uma nação é apenas um detalhe”.
A despeito de toda a divergência que ainda possamos ter com Luiz Inácio e com grande parte de seus seguidores, há momentos na vida em que se é obrigado a relevar e optar por um mal menor. Este é um desses momentos. O Brasil está dividido pelo ódio. Ódio ditado pelo poder central, que joga irmão contra irmão, desrespeita os Poderes constituídos, debocha dos doentes e dos pobres; desmoraliza a educação e a cultura, menospreza as mulheres e os indígenas, fomenta a destruição das matas, das florestas e dos rios, incentiva o uso de armamento… Situações muitíssimo piores do que no tempo petista. E isso tudo com uso da máquina administrativa, o uso do dinheiro público e o apoio de um Legislativo sem nenhuma credibilidade.
Lula tem lá os seus defeitos. Precisa ainda provar que amadureceu, que se livrou das más companhias e de eventuais más intenções. E que, ao final da vida, quer apenas deixar um país livre de mentiras, de patifarias; com liberdade, direção e democracia; com mais igualdade social, mais fraternidade, mais oportunidades e mais esperança.
Foi por isso que recebeu sessenta milhões de votos no segundo turno eleitoral. E é isso que está prometendo. Tem várias e indiscutíveis vantagens sobre o adversário ora no poder. Algumas delas: é um ser humano e sabe ouvir a voz das ruas. Se desafinar, será novamente repreendido. Com a devida severidade. Mas tem tudo para dar certo. Que Deus ajude o Brasil a encontrar o seu caminho!
Publicado em Célio Heitor Guimarães
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Bozonavírus
Publicado em Sem categoria
Com a tag Grandes tragédias brasileiras, Jair Bolsonaro
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O terrorista Bolsonaro
A latere, dois episódios chocantes: a declaração de voto de seu diretor geral, Silvinei Vasques, no Facebook, em Jair Bolsonaro na véspera do segundo turno; agora, para associar o insulto à injúria e à conspiração escancarada, o diretor não cumpre a ordem de desbloqueio das estradas passada pelo ministro Alexandre de Moraes; reclama – como condicionante – recursos, convocação de policiais de outras funções e tarefas administrativas para cumprir a ordem – como se o desbloqueio não fosse atividade de ofício, a ser executada incontinenti à sua ocorrência. O retardamento da ação por Silvinei Vasques tem cara da estratégia longamente ajustada no Planalto para subverter o resultado da eleição, vale dizer, garantir a permanência de Bolsonaro, por fas ou por nefas. O corpo mole de Silvinei Vasques é contágio, efeito de vaso comunicante do corpo mole de Bolsonaro no reconhecer o resultado das eleições.
Acontece que o absurdo do bloqueio, associado à histeria dos bolsonaristas, estimulada pelas milícias digitais, teve sua dinâmica atalhada pela reação de opinião pública: o bloqueio retarda atendimentos médicos, hospitalizações, decolagens de aeroportos – a continuar levará ao mesmo resultado de igual bloqueio no governo Bolsonaro, o do fornecimento de oxigênio aos doentes da Amazônia, da vacinas e do estelionato da cloroquina. Quer dizer, o bloqueio é filho da sanha homicida de um presidente psicopata, que se descontrola diante da menor contrariedade. De resto, algo que se desenhava desde que assumiu. Que o poder e aqueles que o sustentam por ambição, cegueira ou deficiência de caráter, cometa desatinos é de entender, é o lado desumano da humanidade. A democracia tolerou Bolsonaro até agora e ao que parece irá tolerá-lo até que ele lance sobre o Brasil as chamas com que destrói a Amazônia.
O presidente da República, nosso Jim Jones – por sinal evangélico e apoiado por inúmeras (e estranhamente silentes) denominações neopentecostais -, quer levar o Brasil ao genocídio, sempre: os inocentes amantes da liberdade serão mortos pelos ensandecidos que o apoiam, as Carlas Zambelis da vida (a dona do nome, por sinal, apoia os bloqueios, que podem atingir e prejudicar seus eleitores. Afinal, nada diferente se espere de quem tenta matar a tiros um homem negro, simples e desarmado, em plena rua). Para os apoiadores de Bolsonaro, ao estimular bloqueios, tolerar tiroteios (Roberto Jefferson) e contrariar a democracia do voto revela sua condição de terrorista de Estado, digno do panteão trágico em que estão François Duvalier, Muamar Kadafi, Idi Amin, Hitler, Stalin e congêneres.
Publicado em Rogério Distéfano - O Insulto Diário
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