Cheirando coca

absolut-LENNONCena do filme A Hard Day’s Night.

Publicado em Sem categoria | Com a tag , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Um CEO contra os principais acionistas

O mapa de votação da última reunião do Conselho de Administração da Vale, obtido pelo Bastidor, demonstra que a articulação do empresário Rubens Ometto e do CEO da mineradora, Eduardo Bartolomeo, para manter o comando da companhia vai contra a área de governança da companhia, os principais acionistas, o representante dos funcionários e os representantes dos minoritários.

Pelo plano antecipado pelo Bastidor, Ometto e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, trabalhariam para prorrogar o mandato de Bartolomeo à frente da Vale. Em seguida, o executivo Luís Henrique Guimarães, homem de confiança de Ometto, assumiria o cargo.

Hoje, o Conselho reuniu-se para votar a recondução de Bartolomeo. O resultado foi um empate de 6 a 6 com a abstenção de Guimarães.

Os votos expõem de onde vem a força de Ometto no Conselho – e de onde não vem. O presidente do Conselho, a Previ (maior acionista), o Bradesco (segundo maior acionista), o representante dos funcionários e os dois representantes dos minoritários votaram contra a recondução e a favor de uma lista tríplice para escolher um novo CEO, seguindo os critérios de governança da companhia.

Ometto, por sua vez, teve apenas um acionista relevante a seu lado: a Mitsui. Os demais cinco votos foram de conselheiros independentes, aqueles que, segundo o estatuto da mineradora, não devem ter ligação com os maiores acionistas. O ex-governador do Espírito Santo Paulo Hartung, por exemplo, é um dos independentes que têm vínculo estreito com o dono da Cosan. Guimarães, que era da Cosan, também.

De acordo com o estatuto, os conselheiros independentes não podem ter participação direta ou indireta superior a 5% do capital social da companhia ou vínculo formal ou declarado com acionista que a detenha.

A posição dos que votaram contra Bartolomeo, segundo fontes ligadas aos acionistas com quem o Bastidor conversou, não tende a mudar. A justificativa é que o CEO tem dificuldades naquilo que é considerado o maior problema da Vale hoje: as relações institucionais.

Votaram pela recondução Manoel Oliveira (Ollie) – independente; Douglas James Upton – independente; Vera Marie Inkster – independente; Paulo Hartung – que está na vaga dos independentes, mas foi colocado pelo Ometto; José Luciano Penido – independente; e Shunji Komai – Mitsui.

Votaram contra a recondução e para montar uma lista tríplice para escolher um novo CEO: João Fukunaga – Previ; Fernando Jorge Buso – Bradesco; André Viana Madeira – representante dos funcionários da Vale; Daniel André Stieler– presidente do conselho (Previ); Rachel de Oliveira Maia – independente; e Marcelo Gasparino – independente.

Publicado em O Bastidor | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Fraga

Publicado em fraga | Com a tag , , , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Todo apocalipse tem seu fim

O Carnaval terminou, mas a apuração da micareta golpista continua

Demorou, mas o resultado está saindo. Com certo atraso, as primeiras notas da apuração começam a ser lidas pelos jurados.

A narrativa “Dos delírios de fraude eleitoral nasceu o esplendor de um golpe” foi magistralmente documentada de forma impressa e auditável em diversas minutas. O enredo foi colocado em prática numa reunião gravada em vídeo e provocou arrebatamento de uma legião de fiéis. No dia do desfile, os adereços verde-amarelos ornaram com os ônibus alegóricos e com os acampamentos em tons oliva. Um arraso! A perda de dois décimos se dá pela falta de originalidade da narrativa, claramente inspirada no enredo do Cordão do Capitólio.

Fantasia – Nota 10

A capacidade que o bolsonarismo tem de fantasiar a realidade é hors-concours. Sem falar no uso antológico do verde-amarelo, em todas as suas escalas de tonalidade, numa simbiose perfeita com o enredo.

Evolução – Nota 10

Não há dúvidas quanto à empolgação, coesão e vibração dos componentes. Invadiram a praça dos Três Poderes, quebraram tudo o que viam pelo caminho e destruíram todo o prédio do Supremo Tribunal Federal sem deixar buracos entre as alas. Até mesmo o recuo da bateria policial ocorreu em perfeita sintonia com o desfile.

Alegorias e adereços – Nota 9,5

Brilharam os elegantérrimos kits da marca suíça Chopard, os relógios Rolex e Patek Philippe e as joias exibidas pela ala “Mercadores da Arábia”. O destaque Valdemar da Costa Neto também surpreendeu com uma reluzente pepita de ouro. Outro destaque que será lembrado é Roberto Jefferson e suas granadas de luz e som. Mas onde sobrou glamour e riqueza faltou criatividade e inovação. O carnavalesco do golpe certamente faltou à reunião de cúpula gravada por Bolsonaro.

Harmonia – Nota 6

Talvez tenha sido o grande entrave que impediu a agremiação golpista de permanecer no Grupo Especial. Faltou harmonia, inclusive entre membros da diretoria militar.

A apuração da micareta golpista, no entanto, ainda não foi concluída. A Polícia Federal precisa revelar quem são os integrantes da Comissão de Frente para que os julgadores possam concluir seu trabalho.

Publicado em Renato Terra - Folha de São Paulo | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

A arte do golpe

ESSA história dos generais cagões que arrepiaram no golpe de Bolsonaro tem justificativas e antecedentes. A justificativa é a prudência do cabo de guerra, que sabe dos riscos e poupa vidas diante de guerras antecipadamente perdidas. Entre os antecedentes, há bons e maus generais que fogem da guerra. Os bons são aqueles da Arte da Guerra, de Sun Tzu, que só combatiam em último caso, quando certos da vitória – e no geral nem combatiam, pois o mestre Sun dizia que sempre se deve conhecer o inimigo antes de iniciar a guerra; assim, se os dois generais se conheciam, cada uma ficava no bivaque tomando chá e furunfando as gueixas.

Não podemos esquecer os destemidos generais gregos, comandados por Leônidas e acompanhados de seus 300 soldados, que diante da ameaça de Ciro (ou Xerxes, não sei), rei da Pérsia que com milhares de combatentes ameaçava escurecer o céu das Termópilas com a sombra de suas flechas, morreram gloriosos, não sem antes responder com desdém: “tanto melhor, combateremos à sombra”. Tinha os generais da Guerra da Secessão a quem Abraham Lincoln pedia por favor para entrarem em combate. Uma vez, irritado, o presidente dos EUA mandou telegrama pedindo que um general lhe emprestasse seu exército, que ele próprio comandaria.

Publicado em Rogério Distéfano - O Insulto Diário | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Mural da História – 2020

Publicado em Sem categoria | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Apparício Torelly

O voto deve ser rigorosamente secreto. Só assim, afinal, o eleitor não terá vergonha de votar no seu candidato.

Publicado em Barão de Itararé | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Bozo

Publicado em Bozonarismo | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Defesa de Bolsonaro questiona Moraes “vítima e julgador”

A defesa de Jair Bolsonaro (PL) solicitou nesta quarta-feira, 14, o afastamento do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, das investigações sobre o envolvimento do ex-presidente em um plano de golpe de Estado, registrou o Uol.

A petição foi encaminhada ao presidente da Corte, Luís Roberto Barroso. “Diante do manifesto impedimento para a realização de qualquer ato processual no presente feito pelo seu nítido interesse na causa”, diz a defesa de Bolsonaro.

Moraes, “vítima e julgador”

Ao pedir o afastamento do magistrado, os advogados de Jair Bolsonaro alegam que Alexandre de Moraes não poderia ser o relator do caso, já que ele seria uma das vítimas.

“Uma narrativa que coloca o ministro relator no papel de vítima central das supostas ações que estariam sendo objeto da investigação, destacando diversos planos de ação que visavam diretamente sua pessoa”, afirmaram.

A defesa do ex-presidente também solicitou que todos os atos determinados por Moraes, que “assumiu, a um só tempo, a condição de vítima e de julgador”, sejam anulados.

O afastamento de Moraes do caso também foi requerido pela defesa de Marcelo Câmara, ex-assessor de Bolsonaro.

Operação Tempus Veritatis

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi um dos alvos da Operação Tempus Veritatis.

Além de Bolsonaro, o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, e os ex-ministros Anderson Torres, Walter Braga Netto e Augusto Heleno também foram alvos da Polícia Federal.

Dois ex-assessores de Bolsonaro foram presos. São eles: Marcelo Câmara, ex-ajudante de ordens, e Filipe Martins, ex-assessor internacional da Presidência. Ao todo, foram cumpridos 33 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva em nove estados –Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás– e no Distrito Federal.

Bolsonaro recebeu plano de prender Moraes, Gilmar e Pacheco

O relatório que embasou a operação da PF aponta Filipe Martins, ex-assessor para Assuntos Internacionais da Presidência, e o advogado Amauri Feres Saad como autores da minuta do golpe que foi apreendida na casa do ex-ministro Anderson Torres. Segundo a PF, o documento teria sido entregue ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

De acordo com a PF, a primeira versão do documento teria o pedido de prisão do presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e dos ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, do STF.

O relatório mostra que entre as alterações solicitadas por Bolsonaro estava a retirada da previsão de prisão do também ministro do STF Gilmar Mendes, embora não a de Moraes, que ainda “foi monitorado pelos investigados”.

Publicado em o antagonista | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Mural da História – 2016

Lina Faria e Dóris Teixeira.  © Vera Solda

Publicado em tempo | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Mural da História – 2018

Publicado em Jornal Bananão | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

A aliança pela Vale

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, aliou-se de vez ao empresário Rubens Ometto na disputa pelo comando da Vale. Entre o presidente Lula, a quem é formalmente subordinado, e o dono da Cosan, Silveira não hesita mais. Age conforme os interesses de Ometto e à revelia do Planalto, segundo fontes que participam da escolha do novo CEO da mineradora.

No começo do mês, o Bastidor revelou que Silveira fazia jogo duplo: defendia em público a opção de Lula por Guido Mantega e, em privado, trabalhava com Ometto para emplacar Luiz Henrique Guimarães, ex-presidente da Cosan. De lá para cá, de acordo com representantes de acionistas da Vale que conduzem as tratativas, a parceria entre Silveira e Ometto intensificou-se. Resultou num acordo entre ambos, cujos detalhes ainda são desconhecidos. O objetivo, contudo, é claro: ceder o comando da maior mineradora do país a Ometto.

Para viabilizar o plano, Ometto e seus aliados surpreenderam os demais acionistas, na última reunião do Conselho da Vale, com a proposta de reconduzir por mais um ano Eduardo Bartolomeo, o atual CEO da empresa, cujo mandato encerra-se em junho. Pelo acordo, Bartolomeo daria lugar a Luiz Henrique Guimarães, o homem de Ometto. Previ e Bradespar se opuseram à proposta. Eles querem um substituto para Bartolomeo, mas não pretendem entregar a Vale ao dono da Cosan.

Ometto, porém, não desiste. Além de fazer novamente carga em Brasília, conquistou apoio dos acionistas estrangeiros Black Rock e Capital Group Internacional. Não há sinal de que o empresário possa mudar de ideia – nem de que seus adversários na Vale, que agora incluem a Mitsui, possam recuar.

Os demais acionistas temem que, uma vez no comando da Vale, mesmo que indiretamente, Ometto use a mineradora em benefício de suas empresas: seja diretamente, seja pela força política dela. Além da Cosan, o empresário é dono da Compass, da Raízen, da Moove e da Rumo Logística, que recentemente conseguiu dois acordos vantajosos com o governo federal, graças a ajuda de políticos do MDB.

Havia a expectativa para uma nova reunião do Conselho ainda nessa semana, entre quinta-feira (15) e sexta-feira (16). Até o fechamento dessa reportagem, a Vale, porém, não havia confirmado se haveria uma nova assembleia.

A Previ, além de duas cadeiras no conselho, tem 8,7% das ações da Vale. A Mitsui tem 6,3% e a BlackRock tem 5,8%. Outros 5,3% são da própria empresa. Os 73,9% estão divididos entre acionistas minoritários que não ultrapassam os 5% das ações.

Publicado em O Bastidor | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Assim rasteja a humanidade

Publicado em Sem categoria | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

O vício da jijoca

A POLÍCIA pegou no flagrante o cearense que costumava furtar calcinhas do varal da vizinha. Preso, alegou ter fetiche pela peça, com a qual satisfazia o instinto primal após sorver o embriagante perfume de sabão em pó com volúpia igual à do viciado em cocaína. Foi liberado depois de assinar o tal termo de conduta – que não funciona, pois não converte o ladrão em cheirador de cuecas. Frise-se que o crime foi o de furto, aqui sem qualquer qualificatória; ao contrário, seria no máximo furto famélico, em estado de premente necessidade. O fato aconteceu em Jijoca de Jericoacoara, cidade no Estado de Ciro Gomes, que teve em seu varal as melhores calcinhas do Brasil. Seja o que Jijoca ou Jericoacoara signifiquem solitárias ou em conjunto no cearense tupi-guarani, no brasileiro contemporâneo são excelentes metáforas para o território coberto pela res furtiva.

Publicado em Rogério Distéfano - O Insulto Diário | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Carná

© Amorim.

Publicado em Geral | Com a tag , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter