Carioca, Tarcísio de Freitas sofre para se passar por paulista na eleição

Candidato foi visto no centro da capital comprando uma pitaia por R$ 78

O eleitor paulista, além de tentar imitar o clima carioca jogando areia no chão dos bares, escolheu alguns políticos capazes de chocar até quem votou em Cláudio Castro e Romário.

Além de eleger o pior ministro do Meio Ambiente da história, o paulista escolheu como representante no Senado um ministro da Ciência e Tecnologia que não contribuiu nada à ciência. Seu único mérito foi viajar ao espaço a passeio. Além de ser garoto-propaganda de um travesseiro com tecnologia da Nasa, que, na verdade, quer dizer nobre e autêntico suporte anatômico.

Não deixemos de lado a deputada federal Rosângela Moro, conhecida pela máxima “sorry feministas, mas eu amo cuidar de quem eu amo”, como se feministas entregassem seus entes queridos aos abutres. Além do onipresente palhaço sem graça Tiririca.

Uma grande surpresa foram os mais de 42% de votos para o candidato a governador carioca e ex-ministro do pior governo da história brasileira Tarcísio de Freitas.

Tarcísio nunca morou em São Paulo e, a poucos meses das eleições, alugou um imóvel do cunhado em São José dos Campos. Ao ser questionado onde fica seu novo local de votação, respondeu “é um colégio”. O mesmo cunhado foi contratado com verba eleitoral, provando que o candidato entende de ética como conhece o Vale do Paraíba.

Mas não saber o local de sua residência não foi a única gafe do ex-ministro. Recentemente, Tarcísio foi visto no centro da capital caindo no golpe do Mercadão, ao comprar uma pitaia por R$ 78. Ele também foi flagrado colocando ketchup na pizza e furando a fila de um gelateria na Vila Madalena. Ao elogiar o gelato de avocado, disse “maneiro”, em vez de

Testemunhas alegam ter ouvido o candidato falar “biscoito” em vez de “bolacha”, além das palavras “butão”, “pitixco” e “tumate” no Tatuapé. Elas também o flagraram chamando os colegas pelo nome inteiro, não pela primeira sílaba.

Logo que a temperatura caiu de 25°C para 23°C, Tarcísio vestiu seu sobretudo com cachecol e gorro. Em seguida, foi visto perdido em Moema, procurando um endereço com nome de pássaro. Recentemente, Tarcísio foi flagrado elogiando o picolé enterrado no petit gâteau do Paris 6 e ganhando um prato com seu nome: a marmelada à Tarcísio. A receita é uma forte candidata a ser a predileta dos paulistas.

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Giba Trindade

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As novas regras do telemarketing

A Agência Nacional de Telecomunicações – Anatel alterou, novamente, as regras para o telemarketing no Brasil. São três medidas que impactam diretamente as operações de centrais de chamadas: o prefixo 0303, o limite de robocalls e o fim da gratuidade das ligações de até 3 segundos de duração.

A Agência estabeleceu a criação do prefixo 0303, e dessa forma todas as ligações de telemarketing ativo devem ser identificadas para os consumidores reconhecerem as ligações de oferta de produtos e serviços ao visualizarem o prefixo no visor do aparelho, essa medida ainda não está funcionando.

A regra das 100 mil ligações: com a aproximação do prazo final para implantação do prefixo 0303 a Anatel passou a monitorar as empresas com telemarketing ativo, e ficou definido que as operadoras de telefonia devem bloquear por 15 dias todas as linhas telefônicas das empresas que ultrapassarem a quantidade de 100 mil ligações abusivas por dia, isto é, depois de importunar 100 mil pessoas o call center deve parar.

São consideradas abusivas as ligações que são atendidas pelos consumidores, mas que são desligadas automaticamente em até 3 segundos. Isso ocorre devido ao disparo massivo de chamadas, prática conhecida como robocalls.

Durante o período de bloqueio das linhas telefônicas a empresa pode reverter a punição ao comprovar para a Anatel já ter se adequado a regra. Aqueles que voltarem a descumprir a medida, além do bloqueio das linhas telefônicas, poderão ser multados.

Até 30 de junho de 2022 não eram consideradas chamadas faturáveis as ligações que tinham duração inferior a 4 segundos. A cobrança por parte das operadoras seguia a cadência de tarifação 3-30-6, ou seja, os primeiros 3 segundos não eram cobrados. A partir do quarto segundo de ligação ocorria a tarifação mínima de 30 segundos e na sequência a tarifa era acrescida a cada 6 segundos de duração extra.

Atualmente, 70% das ligações geradas em call centers ficam na casa dos 3 segundos, assim o fim da gratuidade dos segundos iniciais representa um aumento de custos de telefonia estimado em mais de 400%.

O Ato nº 13.672/2022 traz também novas regras para a utilização prefixo 0500 atendendo a pedidos de entidades sem fins lucrativos encaminhados à Anatel, o prazo de veiculação das campanhas de doação, que originalmente era de apenas 30 dias por ano, foi estendido para até 90 dias, isto é, aumentou o período de importunação.

Os horários ainda permitidos para telemarketing são das 10h às 21h de segunda a sexta-feira e aos sábados das 10h às 13h, imagine caro leitor: aos sábados.

O Brasil está longe de uma postura legal civilizatória adequada.

O telemarketing deveria ser a exceção e somente poderia ser realizado com autorização específica do consumidor. O site “não me perturbe” não funciona plenamente, apesar do cadastro, os consumidores continuam recebendo ligações indesejadas, e segue o baile.

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O lado sombrio do brasileiro médio

O resultado das eleições do domingo remete-me ao texto do sociólogo Ivann Lago, “O Jair que há em nós”, escrito em fevereiro de 2020 e reproduzido no blog do Zé Beto dias atrás.

Para Ivann, “Bolsonaro é uma expressão bastante fiel do brasileiro médio, um retrato do modo de pensar o mundo, a sociedade e a política que caracteriza o típico cidadão do nosso país”.

Ao citar “o brasileiro médio”, Lago refere-se à sua versão mais obscura e mais realista, de acordo as pesquisas dele e a sua experiência.

Argumenta:

“No ‘mundo real’ o brasileiro é preconceituoso, violento, analfabeto (nas letras, na política, na ciência… em quase tudo). É racista, machista, autoritário, interesseiro, moralista, cínico, fofoqueiro, desonesto.” Tal qual o capitão imbrochável.

Apesar dos avanços civilizatórios vividos pelo mundo, com políticas públicas de inclusão, de combate ao racismo e ao machismo e de criminalização do preconceito, segundo o citado sociólogo, a descriminação, o racismo, o machismo e o preconceito sobrevivem no imaginário da população brasileira, no cotidiano da vida privada, nas relações afetivas, nos ambientes de trabalho, nas redes sociais, nas piadas diárias e nos comentários entre amigos.

Reprimido por anos, o brasileiro médio, desgraçadamente – escreve Ivann Lago –, sentiu-se representado por Bolsonaro, um candidato/presidente que ofende as mulheres, os homossexuais, os índios, os nordestinos, o Judiciário, a imprensa, “através de um palavreado vulgar, frases mal formuladas, palavrões e ofensas”.

E vai além, destacando que o dito brasileiro médio “se sente importante quando seu ‘mito’ enaltece a ignorância, a falta de conhecimento, o senso comum e a violência verbal para difamar os cientistas, os professores, os artistas, os intelectuais, pois eles representam uma forma de ver o mundo que sua própria ignorância não permite compreender.”

Esse “brasileiro médio” – na conclusão de Ivann Lago – “não entende patavinas do sistema democrático e de como ele funciona, da independência e autonomia entre os poderes, da necessidade de isonomia do judiciário, da importância dos partidos políticos e do debate de ideias e projetos que é responsabilidade do Congresso Nacional. É essa ignorância política que lhe faz ter orgasmos quando o Presidente incentiva ataques ao Parlamento e ao STF, instâncias vistas pelo ‘cidadão comum’ como lentas, burocráticas, corrompidas e desnecessárias. Destruí-las, portanto, em sua visão, não é ameaçar todo o sistema democrático, mas condição necessária para fazê-lo funcionar.”

Assim pensa o “brasileiro médio” – muito bem representado pelos eleitores paranaenses e catarinenses – e aí está porque elegeu o Messias em 2018 e deu-lhe uma poderosa votação no 1º turno de 2022. Daí a razão de serem eleitos sabujos bolsonaristas, como Pazuello, Salles, Damares, Tereza Cristina, Marcos Pontes, Mourão, Zema e Cláudio Castro.

“Por isso – arremata o sociólogo – “não basta perguntar como é possível que um Presidente da República consiga ser tão indigno do cargo e ainda assim manter o apoio incondicional de um terço da população. A questão a ser respondida é como milhões de brasileiros mantêm vivos padrões tão altos de mediocridade, intolerância, preconceito e falta de senso crítico ao ponto de sentirem-se representados por tal governo.”

Com profunda tristeza, sou obrigado a concordar com o raciocínio e as conclusões de Ivann Lago. No entanto, tenho grande esperança que, no segundo turno do pleito presidencial, a outra face da média de brasileiros, aquela – na qual me incluo – que não compactua com o retrocesso, com os desmandos, com o desgoverno e com o desatino comandados pelo insano imbrochável de Brasília, desaloje-o definitivamente do Palácio do Planalto, em nome da democracia, da brasilidade, da maturidade política e da união nacional.

Publicado em Célio Heitor Guimarães | Deixar um comentário
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O que está em jogo é muito maior do que cada um de nós, diz Tebet ao anunciar apoio a Lula

Terceira colocada na disputa, senadora almoçou com ex-presidente nesta quarta (5) em São Paulo

A senadora Simone Tebet (MDB-MS), terceira colocada na disputa pela Presidência, declarou, nesta quarta-feira (5), apoio no segundo turno ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dizendo não reconhecer no atual mandatário, Jair Bolsonaro (PL), compromisso com a democracia.

“Ainda que mantenha as críticas que fiz ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva, em especial nos últimos dias de campanha, quando cometeu o erro de chamar para si o voto útil, o que é legítimo, mas sem apresentar suas propostas para os reais problemas do Brasil, depositarei nele o meu voto, porque reconheço seu compromisso com a democracia e a Constituição, o que desconheço no atual presidente”, afirmou Tebet em pronunciamento.

Segundo a senadora, o que está em jogo é “muito maior do que cada um de nós”.

Tebet afirmou que, nos últimos quatro anos, o Brasil foi abandonado na fogueira do ódio e das desavenças. Segundo ela, a diversidade brasileira está esmigalhada por todos os tipos de discriminação.

“Neste ponto, um desabafo: de que vale irmos às nossas igrejas, proclamar a nossa fé, se não somos capazes de pregar o evangelho e respeitar o nosso próximo nos nossos lares, no nosso trabalho, nas ruas de nossa pátria?”

Tebet disse ainda que seu apoio “não é por adesão”. “Meu apoio é por um Brasil que sonho ser de todos, inclusivo, generoso, sem fome e sem miséria, com educação e saúde de qualidade, com desenvolvimento sustentável”, afirmou.

Ela disse manter críticas aos dois candidatos que disputarão o segundo turno e que ouviu apelos para que optasse pela neutralidade. Mas ressaltou: “Votarei com minha razão de democrata e com minha consciência de brasileira. E a minha consciência me diz que, neste momento tão grave da nossa história, omitir-me seria trair minha trajetória de vida pública”.

A senadora encerrou o discurso sinalizando a intenção de ir às ruas contra a reeleição de Bolsonaro. “Até o dia 30 de outubro, estarei nas ruas, vigilante; meu grito será pela defesa da democracia e por justiça social; minhas preces, por uma campanha de paz.”

Após o pronunciamento, integrantes da campanha de Tebet conversaram com membros do comitê petista para discutir agenda da senadora.

Entre as propostas apresentadas por Tebet estão a de zerar as filas de cirurgias, consultas e exames não realizados no período da pandemia, com repasse de recursos ao SUS, e resolução do problema do endividamento das famílias —em especial das que ganham até três salários mínimos mensais. Ela propõe que seja sancionada lei que iguale salários entre homens e mulheres que desempenham, com currículo equivalente, as mesmas funções. O acolhimento dessas propostas está sendo tratado com Geraldo Alckmin, candidato a vice de Lula.

Também após seu discurso, em entrevista à GloboNews, Tebet desconversou sobre compor o ministério de Lula em caso de vitória do petista, como se ventila. Disse que o assunto não foi tratado entre ela e o candidato do PT e que seu apoio não foi condicionado a nenhum acordo.

“É preciso primeiro ganhar a eleição. Meu voto é independente de qualquer coisa, é pela democracia, Constituição e políticas públicas. Em nenhum momento foi apresentado ou oferecido cargos, e eu sequer aceitaria essa discussão. Não quero cargos, não quero ministérios, eu quero um Brasil que volte a ter paz”, afirmou a senadora.

Tebet disse ainda que estará em palanques regionais de candidatos que apoiem Lula ou onde houver composição com seu partido, sem restrições. Ela afirmou que agora espera a equipe de Lula responder se aceita incorporar à plataforma de campanha do petista as sugestões que ela apresentou.

O ex-presidente já havia conversado, nesta segunda-feira (3), com Tebet. Antes do telefonema, o vice da chapa de Lula, Geraldo Alckmin, também conversou com a senadora. Após uma série de contatos, o telefonema foi intermediado pela mulher do ex-presidente, a socióloga Rosângela da Silva.

Na manhã desta quarta, o MDB anunciou a posição de neutralidade do partido no segundo turno, liberando seus filiados para apoiar Lula ou Jair Bolsonaro (PL).

A posição de neutralidade do MDB vinha sendo questionada por alguns membros do partido, que pediam que o partido tomasse uma posição. O tesoureiro do partido, senador Marcelo Castro (MDB-PI) havia afirmado que seria necessário o MDB escolher um candidato pela sua “história em defesa da democracia, de liberdade, de estado de direito, de respeito às instituições”. A ala emedebista mais vocal defende apoio a Lula.

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Flagrantes da vida real

Kraw Penas. © Maringas Maciel

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Bolsonaro monta sua própria “frente ampla pela democracia”

Presidente recebe mais apoios de governadores, que serão coordenadores da campanha presidencial em seus estados e vão aparecer na propaganda eleitoral

Jair Bolsonaro se reúne agora no Palácio do Planalto com Ibaneis Rocha (MDB), reeleito no Distrito Federal, e Onyx Lorenzoni (PL), que disputa o segundo turno no Rio Grande do Sul. Amanhã, o presidente vai se encontrar com os nomes do União Brasil.

A legenda, que ensaia uma fusão com o PP, elegeu Ronaldo Caiado em Goiás e Mauro Mendes no Mato Grosso. Está no segundo turno com Wilson Lima no Amazonas, Marcos Rocha em Rondônia, Rodrigo Cunha em Alagoas, ACM Neto na Bahia, Capitão Wagner no Ceará e Silvio Mendes no Piauí.

Ontem, Bolsonaro recebeu apoio dos governadores eleitos em Minas Gerais, Romeu Zema, e no Rio de Janeiro, Claudio Castro, além do atual governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, derrotado no primeiro turno.

A estratégia bolsonarista é apresentar todos esses nomes juntos na propaganda eleitoral, embalados no slogan de “verdadeira frente ampla pela democracia”. Vários desses nomes devem assumir papel de coordenação na campanha neste segundo turno.

Claudio Dantas

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Esses moços, pobres moços…

Deltan Dallagnol e Sérgio Moro declaram apoio a Jair Bolsonaro no segundo turno. Para tanto desfraldam a bandeira da Lava Jato. Há uma certa coerência, ainda que ingênua: não poderiam queimar a biografia e apoiar Lula. Então preferiram sapecar os fundilhos com Bolsonaro. Não precisava, estão justificados pela vitória eleitoral.

A menos que haja cálculo político… Negociaram com Bolsonaro, a PGR para Dallagnol, o STF para ambos? Aí, não. Se fizeram esse cálculo, a ordem dos fatores não fecha com o produto. A menos que, como o sapo, ofereçam carona ao escorpião. Não bastou elegerem o primeiro Bolsonaro. Tinham que persistir no erro.

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© Jan Saudek

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Fraga

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2022 não é 2018 e pode ser 1974

A deificação de Lula arrisca eleger Bolsonaro

Quem viu o último grande evento da campanha de Lula, no dia 26 de setembro, podia achar que estava na cerimônia de entrega do Oscar, com um só vencedor, Luis Inácio Lula da Silva. Sentia-se no ar uma opção preferencial pelas celebridades. O evento destinava-se mais a deificar Lula do que a permitir que uma coligação de vontades derrotasse Bolsonaro.

Contados os votos, Lula prevaleceu, mas não conseguiu fechar a eleição no primeiro turno. Olhando-se para o mapa, vê-se que os candidatos apoiados por Bolsonaro ficaram na frente em todos os Estados do Rio Grande do Sul ao Espírito Santo. O mapa de 2022 guarda semelhanças com o do vendaval de 1974, quando o MDB elegeu todos os senadores do Rio Grande do Sul até a muralha da Bahia. (A semelhança é grosseira por parcial, porque desta vez as eleições no Rio Grande do Sul e São Paulo decidem-se no segundo turno.)

Em 1974 o favoritismo dos candidatos da ditadura era tamanho que Ulysses Guimarães em São Paulo e Tancredo Neves em Minas gerais preferiram ficar no conforto de sua cadeiras de deputado. Elegeram-se os pouco conhecidos prefeitos de Campinas e Juiz de Fora, Orestes Quércia e Itamar Franco.

Em 1974, dizia-se no palácio que Nestor Jost, candidato do governo no Rio Grande do Sul, devia ficar quieto, pois ganhara uma cadeira de senador. Ilusão, ela foi para o emedebista Paulo Brossard. Em 2022 o comissariado petista selou sua aliança com o ex-governador Márcio França dando-lhe a cadeira de senador e entregando à sua mulher a vice na chapa de Fernando Haddad. Contados os votos, França foi para casa, o astronauta de Bolsonaro elegeu-se senador e Haddad lutará no segundo turno.

A eleição do astronauta Marcos Pontes em São Paulo traz outro sinal. 2022 não é um replay de 2018 porque ele não é o Major Olímpio, que tomou a cadeira de Eduardo Suplicy. É verdade que em 2022 o boiadeiro Ricardo Salles conseguiu se eleger para a Câmara, mas seu bolsonarismo, mesmo sendo radical, é recente. Quem o trouxe para a política de São Paulo foi Geraldo Alckmin. Entre 2018 e 2022 o deputado federal Eduardo Bolsonaro perdeu um milhão de votos.

Alguns ventos de 2018 fizeram-se sentir, mas a força que os move está de certa forma ligada ao antipetismo. O ex-juiz Sérgio Moro elegeu-se senador pelo Paraná e sua mulher, deputada por São Paulo.

O comissariado e, sobretudo Lula, subestimaram o vigor desse sentimento. São muitos os eleitores que apreciaram a entrada de Geraldo Alckmin na chapa de Lula, mas não o acompanharam no mea culpa de dizer-se iludido por ter condenado práticas dos governos petistas.

Quando Lula diz que o segundo turno é uma simples prorrogação de um jogo ganho ele pode estar cometendo o último erro de uma campanha que começou bem e se perde num terrível instante, parecido com aquele em que a defesa da seleção brasileira de 1950 achou que o ponta direita uruguaio Alcides Ghiggia recebeu a bola e ia centrar. Ele avançou e fez 2×1.

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Urgente: PDT e Ciro Gomes confirmam apoio a Lula no 2º turno

Endosso à candidatura petista foi condicionada à incorporação de propostas de Ciro Gomes como o projeto renegociação de dívidas

O presidente do PDT, Carlos Lupi, confirmou há pouco que o partido aprovou, por unanimidade, apoio à candidatura de Lula no segundo turno. “Reunimos toda a executiva nacional do partido, e tomamos uma decisão unânime, sem um voto contrário, de apoiar o mais próximo da gente, que é a candidatura do Lula”, disse o presidente do partido.

“Ele [Ciro Gomes] disse que endossa totalmente a decisão do partido. Tem uma decisão tomada pelo partido. Não é o que a gente lutou para ser, mas é aquilo que era mais próximo do que deveria ser. Não admitimos nenhum pedetista apoiando o Bolsonaro. Ciro não vai viajar e vai ficar no Brasil”, declarou Lupi, sobre o candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes.

Ciro participou da reunião da executiva nacional do partido, da qual participaram deputados estaduais, deputados federais, vereadores e diretores da sigla. Segundo Lupi, Ciro também endossou o apoio ao ex-presidente Lula.

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Todo mundo lá!

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